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Comentários
Essa ideia só poderia ser concebível em um sistema completamente privado, em que as escolhas das pessoas fossem baseadas em escolhas de mercado e no cumprimento de contratos.
Ainda assim, trata-se de uma utopia. Faz-se necessário um mínimo de Estado para garantir a segurança e o império das leis.
E isso é tão verdade que a Constituição de Weimar ainda é considerada uma das mais bem feitas e avançadas de todos os tempos. Só que isso não impediu a ascensão do III Reich.
Existem acordos secretos entre o poder executivo e o legislativo que impedem que eles funcionem de forma separada. É o famoso toma-la-dá-ca. Mas, se o poder executivo for subordinado ao poder legislativo e este poder legislativo for exercido diretamente pelos eleitores e não mais por políticos. Acabam os acordos secretos, as trocas de favores e os privilégios para os financiadores de campanha.
De acordo com J. Vasconcelos, um pensador da democracia direta, o poder executivo deve continuar sendo exercido por políticos. Entretanto, estes políticos deveriam estudar pelo menos dois anos num Liceu que os prepararia para exercer um cargo público. Eles também estariam sujetos a votação pelos eleitores para elege-los, mas poderiam ser demitidos se fizessem coisas erradas. No final eles ficariam subordinados ao legislativo exercido pelo povo.
Então o mais importante é a implantação da democracia direta em substituição ao legislativo. A chefia do poder executivo pode continuar sendo exercido por políticos: prefeitos, governadores e presidente.
Se uma pessoa não aprende a decidir as coisas por si própria ela nunca irá saber decidir. Então o povo brasileiro (olha eu criando uma entidade) precisa ter direito a decidir para aprender.
Para decidir é necessário ouvir, discutir, ver as propostas. Assim, naturalmente as pessoas são educadas para serem cidadãos participantes. Diferentemente do que hoje acontece, pois as pessoas são treinadas para odiar política. Um exemplo é o horário político eleitoral que faz isto.
Decidir qual político escolher não é uma decisão no Brasil. E' uma obrigação. Uma vez eleito o político atende quem financiou a campanha. Fica o povo (tá certo boa parte) sem educação política. Totalmente desestimulado a entender como as coisas funcionam. Até porque se for tentar, a tristeza será grande.
Se queremos cidadãos participantes temos que treinar as pessoas para isto. Começando dando poder a elas para decidir assuntos do seu bairro, depois da sua cidade, região, estado, país. Aos poucos a cidadania vai se fortalecendo conforme ela enfrente desafios maiores. Da mesma forma como as pessoas são treinadas para odiar política, elas podem ser treinadas para amar a política.
As pessoas querem ter seus problemas resolvidos. Então elas mesmas que arregacem as mangas e resolvam seus problemas. A democracia direta é para isto. Colocar a solução nas mãos das pessoas interessadas e não nas mãos de políticos marionetes de financiadores de campanhas.
Político não age por ideologia. Ideologia é só para jogar para a galera. Político age para atender os interesses dos financiadores de campanha. No início a democracia representativa não era assim, mas com o passar do tempo foi ficando e hoje a única forma de impedir isto é o aumento do poder popular.
O que pode impedir a exploração é a união das pessoas que não querem ser exploradas para que nenhum delas sofra exploração.
Individualmente o ser humano é fraco, mas em grupo ele é mais forte. Seja na selva de mato ou na selva de pedra.
Isto não é questão de ideologia esquerda ou direita. Com o desenvolvimento tecnológico de hoje, está cada vez mais possível às pessoas se autosustentarem. A evolução tecnológica mudou tudo. Então o papo já não é mais direita versus esquerda. A única constante na natureza é a mudança e elas precisam ocorrer. E as mudanças sociais acontecem pelo desejo dos povos. Protestos no mundo inteiro apontam para o desejo das pessoas de maior independência e poder político.
A renda não está ficando mais concentrada, na média, ainda que haja oscilações com o tempo. Esta é uma falha intrínseca ao sistema ou um problema brasileiro?
Há alguma garantia de que outro sistema vá funcionar melhor ou é apenas uma questão de fé?
Não sou explorado, mas já fui. O fato de ter um pouco mais do que a maioria dos brasileiros, assim como todos que usam a internet, não me impede de falar por eles e de procurar ver o mundo pelos olhos deles. Até porque estas pessoas não tem voz e nem vez. Não quero ser indiferente a isto, olhar o mundo com outros olhos, que não sejam os nossos, enriquece a experiência do viver.
Eu gostaria de poder morar no Rio de Janeiro. Minha terra natal que eu adoro. Infelizmente, a corrupção me tirou de lá. O Rio é um estado muito rico, mas os políticos roubam muito e isto acaba tirando as oportunidades das pessoas. Então tive que ir morar bem longe, na região Norte, onde consegui encontrar um emprego digno.
Então eu tenho que protestar contra o sistema político brasileiro, que obriga as pessoas a saírem de suas terras e ficarem vagando por este Brasil afora. Eu tenho meu porto seguro, mas ainda carrego dentro de mim a revolta de quem um dia não teve este porto.
Há 2500 anos atrás, já existiam pessoas com ideias de um governo mais popular. Platão propõe um governo de sábios. O problema desta solução é que falta a ela legitimidade para ser considerada democrática. É necessário que todos possam influir nas decisões. Este é um problema a ser resolvido: como ter um processo decisório democraticamente legítimo e ao mesmo tempo ter as melhores soluções?
Se o Brasil fosse um ditadura, mas as pessoas tivessem o mesmo padrão de vida que possuem hoje, creio que o povo iria se revoltar e procurar derrubar a ditadura. Pois, quase ninguém quer uma ditadura.
A solução para ter um governo que explore o seu povo, mas ao mesmo tempo impede uma revolta popular, é ter uma falsa democracia e uma falsa divisão entre poderes.
Muitos se iludem achando que ao votar estão decidindo os rumos de sua cidade ou país, mas um político eleito, mesmo sendo honesto, quase nada pode fazer para mudar o sistema.
Dão a ilusão de poder à população. Se o governo eleito for mal, basta trocá-lo e assim por diante. Como se o sistema político/eleitoral fosse perfeito mas as pessoas estivessem sempre erradas.
Os beneficiários do atual sistema eleitoral não querem que nada mude. Então a iniciativa desta mudança deve partir dos excluídos das decisões. O primeiro passo é divulgar a ideia, e o segundo é implantá-la aos poucos pelos pequenos municípios.
Uma democracia pura significa as próprias pessoas da população em geral propor e escolher as leis. Ao inves de colocar supostos representantes para fazer isto por elas.
Se os vereadores de um municipio qualquer fossem escolhidos através de sorteio dentre os eleitores, seriam vereadores muito superiores ao vereadores escolhidos por eleição. Isto porque o cidadão comum é mais honesto do que as pessoas que aceitam participar deste podre processo eleitoral.
Para saber se a democracia direta é boa ou ruim no Brasil, só mesmo testando. Seria bom se ao menos um município aceitasse substituir sua câmara de vereadores por um conselho de cidadãos: eleitores que voluntariamente se ofereceriam para realizar o trabalho dos vereadores. Dai, se der certo, este município influencia outros a fazer o mesmo.
Digamos que isto não tem nada a ver com fé. Tem a ver com desejo e pode se transformar em realidade. Não é milagre algum. Simplesmente muitas pessoas (como eu) querem ter o direito de influir mais no governo. Então, eu e estes outros malucos faremos algo para concretizar nossos anseios por um governo mais democrático, honesto e transparente.
É certo que o trabalhador que se espreme no metro tem muito mais condições de decidir sobre o transporte nos grandes centros do que o burocrata que só anda de carro. Em nenhum momento propus que burocratas decidicem estas coisas. Propus sim que as pessoas votassem de acordo com seus conhecimentos, mas há casos e casos e só um estudo maior sobre democracia direta pode apontar a melhor solução para cada caso. O maior objetivo deve ser sim permitir a todos eleitores influir diretamente nos rumos da sua sociedade sem a interferência danosa dos políticos profissionais.
Existe uma ou mais soluções ótimas para tudo: para a saúde, para a educação, para o esporte etc. Os deputados e vereadores não elegem estas melhores soluções porque isto não interessa para eles. O melhor para a população não é o melhor para um político. É por isto que as leis, incluindo decisões orçamentárias, devem ser escolhidas pelos cidadãos. São eles que sabem quais as melhores soluções para seus problemas.
Sabe que o metrô está lotado, mas não sabe como melhorar a situação.
As pessoas têm objetivos, mas nem sempre soluções viáveis por falta de visão global e conhecimentos técnicos.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Encosto, não avacalha!!!
Numa democracia direta o mesmo eleitor que decide sobre o transporte urbano, também deve entender de sustentabilidade e de orçamento público.
Parece muito para as pessoas comuns entenderem, mas a educação é a chave de tudo. Educar as pessoas para entenderem a cidade e dai poderem decidir o que é melhor para elas.
O que não dá é para deixar o cidadão ser tutelado pelo Estado. Vamos dar as pessoas a educação que elas precisam ter para serem cidadãos ativos. Donos do seu destino.
Afinal, se o pescador não aprende a pescar, como ele irá obter o peixe?
Recentemente, participei de protestos de rua contra o deputado Marcos Feliciano. Mas o que adiantou? O ignorante continua lá na comissão de direitos humanos. Ele e praticamente todos os deputados federais não me representam. Dizer que esses deputados representam o povo é julgar o brasileiro da pior forma possível.
Na minha cidade os vereadores só fazem roubar. Os prefeitos eleitos nunca foram liderança alguma. Então por que manter este sistema que não nos representa? Por que ter medo das mudanças? E principalmente, por que ter medo da participação popular se nem ricos nós somos?
O brasileiro aprendeu a ser dependente e não tomar iniciativa. Esta realidade precisa ser mudada e uma das formas de fazer isto é convocando o eleitor para decidir o que ele nunca decidiu.
Diferentemente de uma reunião de condomínio ou da ida obrigatória à seção eleitoral de 2 em 2 anos. Decidir a legislação brasileira pode ser algo divertido para todos. Algo que motive as pessoas a assistir vídeos na internet, a lerem jornais e livros , conhecer pensadores e a debater ideias politicas.
Substituir a crença em pessoas pela crença em ideias dará novos horizontes aos brasileiros que precisarão usar mais a mente e menos o coração para decidir. Fará cada brasileiro sentir-se mais responsável por sua cidade, por seu país. Ente sentimento de pertencimento só aumentará a vontade de lutar pela nação. Ai sim teremos uma nação mais forte e organizada.
A outra alternativa é continuar nossa dependência da boa vontade dos políticos.
Claudio, o único deputado que o representa é aquele no qual você votou.
Marco Feliciano representa aqueles que votaram nele.
Em uma democracia direta você teria um voto e seria este único voto que o representaria na democracia direta.
Dá na mesma, mas você está sendo emocional e deixando sua revolta contra "os políticos" decidirem sua opinião.
Sua revolta contra "os políticos" é o que anos atrás se chamava de revolta contra "o sistema".
No fim e a cabo, romantismo é bonito, mas as soluções devem ser pragmáticas.
O que deu melhores resultados é preferível.
O que nunca foi testado é duvidoso e arriscado.
Encontrar um modo de aproveitar as melhores ideias sem arriscar o que foi conquistado a duras penas é o óbvio.
E por aí vai.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Concordo, Acauan, que antes da democracia direta ser colocada em prática ela tem que ser testada, como qualquer remédio.
Hoje ela está sendo testada de forma semi-direta em dois países: Islândia e Suiça. Vamos observar o que acontece nestes países e também em outros países onde a participação popular é maior.
Aqui no Brasil o primeiro passo para testar a democracia direta é espalhando a ideia. O que já estou fazendo. Dai é esperar que a população de algum municipio transforme sua camara de vereadores em um conselho de cidadãos, ou que os brasileiros usem mais os instrumentos de participação popular já previstos na nossa constituição tais como o plebiscito, o referendo e os projetos de lei de iniciativa popular. Para aos poucos irmos caminhando para a democracia direta.
Então se os primeiros experimentos derem certo, eles serão espalhados paulatinamente pelo país. Se der errado, não irão se espalhar. Já existem muitos partidários da democracia direta e grupos diversos discutindo o assunto, então é questão de tempo a ideia ser posta em prática. A mudança é a única constante na natureza e é difícil imaginar a democracia estacionar no nível que está, ela precisa subir de nível.
Quanto a revolta, eu penso que é melhor ser um pouco revoltado do que ser conformado. Não gosto da ideia de ficar vendo os políticos cometendo os erros que cometem e não poder fazer nada a respeito. No final, somos nós que temos que conviver com o caos social que a corrupção gera.
Algumas tentativas de maior participação popular deram errado no passado, mas é assim que a gente aprende, é errando. Não aprendemos uma nova habilidade de imediato, cometemos alguns erros até acertar. Então a democracia direta é uma meta, talvez erros sejam cometidos no caminho, mas uma hora a sociedade acerta.