O apoio da esquerda brasileira ao Hamas e por que a guerra não acaba

Fernando_Silva

Pelo menos 160 crianças morreram cavando túneis para o Hamas:

No momento em que Israel denuncia a descoberta de numerosos túneis construídos pelo Hamas, a mídia israelense chamou atenção nesta segunda-feira para o uso de mão de obra infantil nas obras, citando um relatório do Instituto de Estudos Palestinos, de 2012. De acordo com o documento, pelo menos 160 crianças morreram durante as escavações.



O relatório, intitulado de “O fenômeno túnel de Gaza: A dinâmica involuntária do cerco de Israel”, diz que o grupo militante islâmico não agiu para acabar com o trabalho infantil.

http://www.folhapolitica.org/2014/07/ao-menos-160-criancas-morreram-cavando.html

emmedrado

Eu já fui um esquerdista mas hoje eu não entendo como alguém pode amadurecer e não abandonar estas sandices.
Eu via um mundo onde malvados governantes de direita e capitalistas se esforçavam para se manter ricos, explorarando a mão de obra de pobres e indefesos trabalhadores .Achava realmente que haviam pessoas no mundo que de alguma maneira se conectavam para manter esta situação de pobreza no qual eles se aproveitavam juntando riquezas .Tinha essas pessoas como doentes mentais, sociopatas, que dominavam o mundo com suas manobras maquiavélicas .Quando você se desvincula destas idéias você até entende jovens com sua natural rebeldia e desejo de transformar o mundo se agarrarem a este tipo de coisa. Mas pessoas maduras , defendendo Hamas ,conspirações doentias , idéias que postas em prática só trouxeram morte, pobreza e ditaduras no planeta , beira a loucura do fanatismo religioso .
Eu não consigo entender, realmente não consigo .

Leandro_

emmcri disse: Eu já fui um esquerdista mas hoje eu não entendo como alguém pode amadurecer e não abandonar estas sandices.

FANATISMO

Fanatismo (do francês "fanatisme") é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema, historicamente associado a motivações de natureza religiosa ou política. É extremamente frequente em paranóides, cuja apaixonada adesão a uma causa pode avizinhar-se do delírio.

Em Psicologia, os fanáticos são descritos como indivíduos dotados das seguintes características:

1. Agressividade excessiva ;
2. Preconceitos váriados;
3. Estreiteza mental;
4. Extrema credulidade quanto a um determinado "sistema"
5. Ódio;
6. Sistema subjetivo de valores;
7. Intenso individualismo;
8. Demora excessivamente prolongada em determinada situação/circunstância.

O apego e cultivo, mesmo quando desmesurado, por determinados gostos e práticas (como costuma ocorrer com colecionadores de selos, revistas, etc) não configura, necessariamente, fanatismo. Para tanto, faz-se preciso que a conduta da pessoa seja marcada pelo radicalismo e por absoluta intolerância para com todos os que não compartilhem suas predileções.

De um modo geral, o fanático tem uma visão-de-mundo maniqueísta, cultivando a dicotomia bem/mal, onde o mal reside naquilo e naqueles que contrariam seu modo de pensar, levando-o a adotar condutas irracionais e agressivas que podem, inclusive, chegar a extremos perigosos, como o recurso à violência para impor seu ponto de vista.

Tradicionalmente, o fanatismo aparece associado a temas de natureza religiosa ou política, porém, mais recentemente, ele se tem mostrado também em outros cenários, como os das torcidas de futebol e ídolos da música.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fanatismo

Leandro_

emmcri disse: beira a loucura do fanatismo religioso .

Não "beira".
Estão no mesmo nível!

Quando a pessoa passa a questionar o sistema e começa a perceber os absurdos que defende, então está a um passo da realidade.

Enquanto isso não ocorre, resta ao fanático obedecer a cartilha do seu fanatismo.

Fernando_Silva

150 mil mortos na Síria e ninguém fala nada. Putin é recebido como herói no Brasil apesar das suspeitas de envolvimento russo na derrubada de um avião de passageiros.

Algumas centenas de palestinos mortos numa guerra contra fundamentalistas? O Brasil faz um escândalo.

A regra é atacar quem for aliado dos EUA e perdoar o resto.

Mais uma prova de que os profissionais da diplomacia estão em segundo plano é a tíbia posição brasileira diante do ataque ao jato comercial por grupos de rebeldes ucranianos apoiados pela Rússia de Putin, outro aliado preferencial do Planalto. O avião, malaio; o míssil, russo. Morreram 298 pessoas.

O governo evita qualquer condenação à Rússia e faz o mesmo com a Síria de Assad, ditador já com mais de 150 mil mortos na biografia. O conceito é simples: faz-se tudo aquilo que contraria a política externa americana. Parece birra, mas há quem considere eficaz para conseguir votos.

http://oglobo.globo.com/opiniao/diplomacia-partidarizada-sob-encomenda-13411583#ixzz38rqtuWzI

Nyarlathotep

Pois é... se o parâmetro for CREDIBILIDADE, o desgoverno do PT acabou faz tempo, Fernando Silva. Para Dilma, a única saída honrosa seria a renúncia, como fizeram Jânio da Silva Quadros e Fernando Collor de Melo. Ou, melhor ainda, Getúlio Vargas ("saio da vida para entrar para a História".

salgueiro

A diplomacia deveria ser de Estado e não de partido político.

Fernando_Silva

Jordânia mata 10 mil palestinos (ou 20 mil, segundo algumas fontes) no "Setembro Negro": ninguém fala nada.
Iraque chacina vilarejos curdos inteiros com armas químicas: ninguém fala nada.
Na Síria, 170 mil mortos até agora. Ninguém fala nada.

Palestina: 800 mortos. Todo mundo horrorizado.

Nyarlathotep

Fernando Silva,
Não resta dúvida de que o "mass media" é pra lá de tendencioso, quando se trata de Israel x mundo arabe. Contudo, mesmo os fãs de Israel (NÃO estou entre eles) deveriam lembrar que a Haganah praticou terrorismo contra os britânicos, matando tanto civis quanto militares, ANTES da decisão polêmica da ONU em 04/07/1948. A comunidade internacional se mobilizou contra o apartheid sulafricano, e o regime caiu. Contra o comunismo, e em 1992 ele caiu também. Penso que esta na hora de intervenção internacional no conflito, antes que ocorra o pior. Um Estado soberano tem o direito e o DEVER de defender seu povo e seu território. Contudo, quando caem bombas em escolas, hospitais e mesquitas, usar a desculpa dos "escudos humanos" não resolve o problema. É preciso deter a escalada de violência para não ficar PIOR!

Fernando_Silva

Azathoth disse: Penso que esta na hora de intervenção internacional no conflito, antes que ocorra o pior. Um Estado soberano tem o direito e o DEVER de defender seu povo e seu território. Contudo, quando caem bombas em escolas, hospitais e mesquitas, usar a desculpa dos "escudos humanos" não resolve o problema. É preciso deter a escalada de violência para não ficar PIOR!

Acontece que há países da região torcendo secretamente por Israel, como Egito e Arábia Saudita, enquanto outros torcem pelos palestinos.

O conflito Israel x Palestinos é uma coisa antiga e localizada numa região que era estática e agora está mudando rapidamente, afetando países, regimes e fronteiras. São sunitas x xiitas, sunitas x sunitas, islamismo x autoritarismo.

Nenhuma guerra é uma ilha
David Brooks

O conflito entre Israel e os palestinos se tornou apenas um palco no qual se expressam os choques regionais no mundo árabe

É surpreendente o quanto a discussão sobre a guerra de Gaza se baseia na suposição de que ainda estamos em 1979, na percepção de que a disputa israelense-palestina é contida em si mesma, protagonizada pelas duas partes mais diretamente envolvidas. Ainda se acredita que o horror pode ser contido se hábeis negociadores romperem o impasse na direção de um acordo “dois povos, dois estados”. Mas não é mais 1979. A violência entre Israel e o Hamas, que controla Gaza, pode parecer a mesma, mas o contexto em torno mudou.

O que ocorreu é que o Oriente Médio iniciou o que Richard Haass, do Council on Foreign Relations, chama de sua Guerra dos 30 Anos — série de conflitos e guerras por procuração que se entrelaçam, podem durar décadas e transformar identidades, mapas e contornos políticos da região.

A rivalidade sunita-xiita está em plena ebulição. Despedaçado pela violência sectária, o Iraque não mais existe em sua antiga forma.

A rivalidade entre o autoritarismo árabe e o islamismo está em plena ebulição. Mais de 170 mil sírios morreram numa terrível guerra civil, incluindo 700 em apenas dois dias, há duas semanas, enquanto o mundo prestava atenção em Gaza.

A rivalidade sunita contra sunita está em ebulição também. Arábia Saudita, Qatar, Turquia e outras nações estão em meio a uma guerra fria intrassunita, enviando mensageiros de aluguel que distorcem qualquer outra tensão na região.

A rivalidade saudita-iraniana está forte também — os dois países manobram pela hegemonia regional e contemplam uma corrida nuclear.

Em 1979, a situação israelense-palestina era fluida, mas o mundo árabe em torno estava relativamente estagnado. Agora, a região é um caldeirão de mudanças convulsivas, enquanto o conflito entre Israel e palestinos se tornou repetitivo.

Aqui está o resultado: as grandes convulsões regionais estão conduzindo os eventos, incluindo a guerra em Gaza. O conflito palestino-israelense se tornou apenas um palco no qual se expressam os choques regionais no mundo árabe. Quando se chocam, dão tiros em Israel para ganhar vantagem uns sobre os outros.

Veja como os combates em Gaza foram atiçados. Defensores do autoritarismo e islamitas estão em luta pelo controle do Egito. Depois da Primavera Árabe, os islamitas assumiram o controle. Mas, quando o governo da Irmandade Muçulmana foi derrubado pelos militares, estes iniciaram a repressão. Sentenciaram à morte centenas de líderes da Irmandade. Fecharam 95% dos túneis que conectavam Egito a Gaza, onde a cria da Irmandade, o Hamas, está no poder.

Como pretendido, a iniciativa egípcia foi economicamente devastadora para o Hamas. Este tirava 40% de sua receita das tarifas sobre mercadorias que passavam por esses túneis. Um economista estimou o prejuízo em US$ 460 milhões por ano, quase um quinto do PIB de Gaza.

O Hamas precisava acabar com o bloqueio, mas, sem poder atacar o Egito, atacou Israel. Se o Hamas pudesse emergir como o lutador heroico numa guerra contra o Estado judeu, se as telas das TVs árabes se enchessem de civis palestinos mortos, a revolta da opinião pública forçaria o Egito a levantar o bloqueio. Vítimas civis eram parte do plano. O alvo era o Cairo.

Todo o conflito passa a sensação de uma guerra por procuração. Turquia e Qatar apoiam o Hamas na esperança de ficar por cima em sua rivalidade regional com Egito e Arábia Saudita. Egípcios e até sauditas estão discretamente torcendo para Israel, para que sua máquina de guerra enfraqueça o Hamas. Em 1979, a disputa árabe-israelense parecia um choque de civilizações, entre a democracia ocidental e a autocracia árabe. Hoje, parece um pedaço de um choque dentro da civilização árabe, sobre seu futuro.

David Brooks é colunista do “New York Times”

http://oglobo.globo.com/opiniao/nenhuma-guerra-uma-ilha-13424232#ixzz38yBZzaED

Nyarlathotep

Mas quando o Bope investiga, no Rio de Janeiro, denúncias de armas e drogas, ele NÃO destrói prédios com pessoas dentro. Israel pode até pedir a saída do diretor da escola da ONU onde ficavam as armas do Hamas. Agora, querer explicar/justificar a morte de crianças com lugares comuns, tipo "guerra é guerra", "escudos humanos", não me parece muito justo. Ou ético.

emmedrado

emmedrado

Desproporcional... Bom então um bandido vem para matar você e suas família com uma faca , tenho q jogar minha arma fora e usar uma faca também .Quero ver alguém fazer isso de fato . O Islã não tolera a existência do Estado de Israel esse é o centro nevrálgico da questão. Asim é impossível haver paz . O futuro parece sombrio .

emmedrado

sybok disse: Retardados apoiando o Hamas e pedido por um estado palestino socialista:

Kkkkkkkkkkkkkkkk RETARDADOS É ISSO MESMO kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

emmedrado

emmedrado

emmedrado

ENCOSTO

O Hamas e seus 2 milhões de escudos humanos

http://www.cartacapital.com.br/internacional/o-hamas-e-2-milhoes-de-escudos-humanos-5906.html

Uma vez iniciado o conflito, no entanto, sua dinâmica deixa claro que Israel e o Hamas compartilham um abominável desprezo pelas vidas de civis palestinos.

Fernando_Silva

ENCOSTO disse: O Hamas e seus 2 milhões de escudos humanos

http://www.cartacapital.com.br/internacional/o-hamas-e-2-milhoes-de-escudos-humanos-5906.html

Saiu na "Carta Capital"? Hmm... não dá para dizer que é mentira porque saiu na Veja...

Botanico

emmcri disse: Quando você se desvincula destas idéias você até entende jovens com sua natural rebeldia e desejo de transformar o mundo se agarrarem a este tipo de coisa

Se um cara não for esquerdista aos 20 anos, ele não tem coração; se continua esquerdista aos 50, então não tem cérebro.

Spider

Fernando_Silva disse: Saiu na "Carta Capital"? Hmm... não dá para dizer que é mentira porque saiu na Veja...

- A Veja é flagrantemente pró-Israel, qualquer um que lê qualquer reportagem dela sobre o assunto (com um pouco mais de senso crítico) percebe.

- Talvez seja porque seu fundador era Judeu.

Abraços,

ENCOSTO

Spider disse: - A Veja é flagrantemente pró-Israel, qualquer um que lê qualquer reportagem dela sobre o assunto (com um pouco mais de senso crítico) percebe.

- Talvez seja porque seu fundador era Judeu.

Abraços,

A revista não precisa ser imparcial para trazer a verdade dos fatos.

Spider

ENCOSTO disse: A revista não precisa ser imparcial para trazer a verdade dos fatos.

- Concordo! - Mas saber para que lado ela pende é essencial para avaliar o grau de confiança do que é publicado.

Abraços,

Nyarlathotep

Spider disse: ENCOSTO disse: A revista não precisa ser imparcial para trazer a verdade dos fatos.

- Concordo! - Mas saber para que lado ela pende é essencial para avaliar o grau de confiança do que é publicado.

Abraços,

Spider,

Você se recorda do "boimate"?
http://www.humornaciencia.com.br/noticias/boimate.htm
Eu queria lembrar onde foi que eu li sobre as "barrigas" da Veja e outros órgãos da imprensa brasileira. E da Escola Base? Aquelas pessoas foram acusadas - injustamente - de PEDOFILIA, e a imprensa nacional caiu matando. Mas as denúncias nunca foram comprovadas, pessoas inocentes tiveram suas reputações destruídas. A imprensa brasileira está de parabéns, imparcialidade e compromisso com os fatos são as diretrizes - ou NÃO???

Acauan

Azathoth disse: E da Escola Base?

Taí um ponto a se lembrar.
Aqueles que adoram meter o pau na Veja, inclusive citando este episódio para pedir censura, ou melhor, democratização da mídia, deveriam checar o que a Veja publicou sobre o episódio da Escola Base.

O bom da coisa é que tá toda documentada.
É só pesquisar no Google a data dos eventos e procurar no site da Veja o exemplar digitalizado que se referiu à ocorrência.