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Comentários
E acerca do ódio: não há n'alguns de esquerda também? O que S/Pessoa faz com sítios e pronunciamentos é o que em dizer pedestre se qualifica como cherry picking.
Vamos fazer um exercício?
E esse seu maniqueísmo direita vs esquerda, nós contra eles, é a tipificação do fanático religioso.
(*) Bien entendu: se excluem desta visão negativa as redes voltadas a hobbies ou atividades profissionais - jardinagem; aviação; poker; culinária; música; homeopatia; ...- onde claro que nestes os delineamentos das respectivas artes não podem ser objeto de contestação. Um indivíduo que ache ser homeopatia placebo e fique permanentemente trollando isto não deve ser aceito num network dedicado a esta especialidade do espiritismo, bien sûr!
- Você admirando um bilionário? - Mas você considera todos empresários e ricos exploradores filhosdaputa causadores da miséria! - Mas basta ele dar palestra pra os pobres que ele criou que ele vira um ídolo pra você? - Cara, tú é um poço de contradições...
- Nos EUA isso é a coisa mais normal do mundo, todo bilionário monta instituições beneficientes no fim da vida, é um bom jeito de se auto-promover e fugir dos impostos
- Se você se limitasse a defender os pobres, tudo bem, mas você ofende os ricos, os chama de exploradores e causadores da miséria, afirma que pobres são pobres por causa da ação dos ricos, que eles dominam, exploram, oprimem e roubam, de acordo com essa sua ideologia idiota você tem que LUTAR, conforme seus ídolos tipo Che fizeram, segundo seu jeito maluco de pensar, só existem bandidos ricos e mocinhos pobres que devem LUTAR, se você defende isso, não luta e ainda desfruta do seu status de burguês então você é um hipócrita.
- Siga o exemplo dele ué.
- Buda considerava que os ricos viviam na ilusão e no sofrimento também, mas mesmo que fosse como você diz, Buda não seguia a ideologia maluca que você segue que diz que a culpa do sofrimento dos pobres é dos ricos, se seguisse, você poderia condená-lo, mas mesmo não seguindo, ele fez bem mais que você, teve coragem, lutou por suas idéias, embora eu ache melhor você não lutar pelas idéias idiotas que botaram na sua cabeça.
Abraços,
A Rede Record de Televisão, que pertence a Igreja Univer$al, não é só sobre religião. A maior parte da programação tem outros enfoques. Entretanto, quem assiste a Rede Record, atraído por suas outras atrações, acaba tendo contato com a pregação da Univer$al, e acaba assistindo os cultos desta seita.
Bem assim é este fórum. O nome dele e sua descrição nada tem a ver com política. Muitos usuários descobrem ele em mecanismos de busca ao procurar por outros assuntos. Lê um tópico, gosta e se interessa por outros. O problema é que se a pessoa entra num tópico sobre política e dá sua opinião, ela corre grande risco de sofrer agressões pessoais caso exponha alguma opinião considerada de esquerda. Então acaba que este fórum se torna um local onde os cães de guarda da elite ficam livres para atacar as pessoas que devem ser atacadas segundo os gurus da direita. Então o fórum acaba virando uma ratoeira, onde os questionadores são atraídos pelo debate, mas ao baterem de frente com os interesses plutocratas, estes questionadores são imediatamente torturados para se enquadrarem no pensamento único neoliberal.
Gorducho,
Eu nunca encontrei discurso de ódio nos sites, livros e demais materiais de esquerda que já li. O pior que já encontrei é o discurso maniqueísta que pode ser visto no site Carta Maior que eu até parei de visitar por causa disto. Nunca presenciei pregação de ódio contra pessoas nos eventos de esquerda dos quais já participei. Entretanto, a difamação da reputação moral de pessoas de esquerda é uma constate nos discursos de direita.
O que a esquerda sente pelas pessoas de extrema direita é desprezo. Nós não odiamos quem desprezamos. Tipos como Jair Bolsonaro, Danilo Gentili entre outros que nós encontramos no nosso dia a dia, não nos causam ódio. Causam desprezo. São apenas retratos de uma condição humana que nos leva ao conservadorismo.
Não existe na esquerda ódio contra pessoas. Existe ódio contra sistemas de opressão e injustiças. Pois o problema não está nas pessoas. Está no sistema que precisa ser mudado.
É claro que numa situação de extrema opressão de uma classe dominante sobre o restante, haverá ódio em virtude da violência sofrida. Por isto, durante o Brasil colonia, negros matavam seus donos. Durante a Revolução Francesa, o povo matou os nobres e seus defensores. Esses momentos de intensa revolta existiram como reação à violência da dominação e não por causa de uma ideologia. Até porque revoltas sangrentas sempre ocorreram por toda história.
Eu nunca encontrei discuso de ódio contra pessoas dentro da esquerda, mas se alguém já encontrou, por favor, me diga onde?
Por "problema" quero dizer justo a querela deveras importante e debatível, claro, sobre quais seriam as melhores formas de organizar as sociedades quanto às formas de produção e ordenamento institucional.
Eu até esse particular nem tenho como debater consigo porque a última coisa que faria é ficar procurando Sítios esquerdistas e pronunciamentos nesses pra saber se há "discurso de ódio ou não". Simplesmente não me interessa isso.
Prefiro dedicar esse tempo a entender um pouco a contabilidade pública, as evoluções dos agregados monetários, os níveis de competitividade do país internacionalmente.
A qualidade efetiva do ensino; as matrizes de produção e consumo - o que se produz cá e o que se importa; e as consequências que isso possa ter. Bem mais profícuo que ficar fuçando em sítios ou panfletos à procura de "discursos".
- Já postaram vários aqui Cláudio, mas você, como bom fanático, ignora o que vai contra sua fé.
Abraços,
Diga então que postagens foram estas, sobre qual texto elas se referiam. Só não pode ser aquela fala do Mauro Iasi(PCB) que eu já comentei.
Não existe discurso de ódio por parte da esquerda. Ela procura organizar a sociedade para que todos possam viver melhor. Já a direita procura manipular a sociedade para que os mais ricos possam viver melhor. Esta manipulação se dá através do medo. Trabalha-se com o medo das pessoas para que elas apoiem discursos autoritários e ditos de forma simples. Nestes discursos são as pessoas que são combatidas, pois para eles o sistema já é perfeito quando o mesmo privilegia alguns. No poder, eles só fazem aumentar estes privilégios.
- Eis a comprovação do que digo quando digo que você é desonesto nos debates, de onde você tirou isso? - Do nada!!!
- Se postarem vários links de esquerdistas fazendo discurso de ódio aqui, você se compromete a não mais repetir essa merda? - Ou vai dar um jeito de relativizar?
Abraços
Gorducho,
Eu gosto muito de economia. Apesar de não ser da área. Caso você queira puxar algum assunto neste sentido, eu terei um imenso prazer em dar minha opinião. É claro que já dei minha opinião sobre modos de produção, mas posso detalhar melhor o assunto. É melhor isto do que ficar discutindo políticas partidárias.
procuro sempre não gastar o dinheiro que não tenho! Assim dificilmente fico devendo algo que não tinha condições de comprar!
sem nenhuma consciência sem existências
Não tenho o link e, de qualquer modo, você não teria como acessar, mas uma conhecida minha disse:
E também disse, depois do impeachment, amaldiçoando até crianças ainda não nascidas e inocentes de seja lá o que ela acha que fizemos:
Quando a Marilena Chauí disse que tem ódio da classe média, não é discurso de ódio?
Quando a neta do Lula mostrou o dedo médio para o país, não é discurso de ódio?
O desenrolar do golpe de Estado de 2016 foi um processo de grande comoção nacional. Foi como saber que alguém que você ama está com uma enfermidade muito grave. A gente fica revoltado com isto e quer fazer de tudo para que o pior não aconteça. A saída da presidenta Dilma do poder foi um momento de grande luto e dor para todos os petistas. Esta dor gerou revolta, gerou raiva. Afinal, o Partido dos Trabalhadores foi uma construção coletiva. Começou no movimento sindical, na década de 80, mas depois se espalhou por todos setores da sociedade. Foi como ver um edifício que construímos desmoronar. Por isto, as reações de raiva da minha parte e da sua conhecida.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
http://reaconaria.org/blog/reacablog/mauro-iasi-candidato-a-presidencia-em-2014-pelo-pcb-defende-morte-da-direita/
Pobres e classe média vivem a mesma luta pela sobrevivência. Luta esta semelhante a que existe na natureza onde o mais adaptado ao meio sobrevive. Só que diferentemente da natureza, entre os humanos esta luta é comandada pela classe dominante em seu proveito próprio. A classe média não é classe dominante. É classe dominada.
Para a direita fascista ou a neoliberal, não importa se o sujeito convive com esgoto a céu aberto, se ele pega três horas de condução lotada por dia ou se ele não tem acesso à direitos básicos. Ele precisa sobreviver a todas estas condições adversas. Se não sobrevive, é porque tem mais é que ser eliminado por ser inferior. Deve morrer numa guerra, ou morrer de fome, tudo em proveito dos que comandam o jogo.
A classe média precisa ter consciência que ela é explorada. Seja para manter o exercito reserva de mão de obra, ou para manter os privilégios da classe dominante. O inconformismo da Marilena Chiaui está no fato da classe média se ver como burguesa, quando ela não é. Pois não possui os meios de produção.
Foi o que fizeram vários fundadores do PT e os que se mudaram para o PSOL, por exemplo.
Vocês preferiram, no entanto, se agarrar a uma ilusão. Igualzinho a um crente que descobre os podres do pastor ou as mentiras e contradições da Bíblia, mas se agarra a sua fé cega.
Conforme você pediu.
Sem falar em que essa imbecil recebe 23 mil por mês às nossas custas. Sem produzir nada de útil. Eu me sinto explorado, não pelos empresários que nos dão emprego, mas pelos parasitas da política. O PT, por exemplo. Os sindicatos, que nos extorquem o imposto sindical em troca de nada. A UNE, sustentada pelo governo para protestar a favor. Grupos terroristas como o MST. E assim vai. É a sua opinião.
Mas você se acha no direito de ser rico sem culpa porque defende o comunismo.
- Relativizou, interpretou conforme sua conveniência, você disse que não faria isso, admita que é desonesto no debate.
Abraços,
Vale tudo desde que seja pra "nossa" CAUSA.
http://www.ihu.unisinos.br/559935-uma-saida-pragmatica-sem-vestir-vermelho-podera-promover-grandes-mudancas-para-a-crise-brasileira-entrevista-especial-com-moyses-pinto-neto
Não adianta. Eu já postei um texto do esquerdista mais imbecil do RS e o Claudio se fez de louco.
http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/2012/11/3418/lembrancas-de-minha-primeira-viagem-a-cuba/
CUBA, O INFERNO NO PARAÍSO
Juremir Machado da Silva
Correio do Povo, Porto Alegre (RS), 4 de março de 2001
Na crônica da semana passada, tentei, pela milésima vez, aderir ao comunismo. Usei todos os chavões que conhecia para justificar o projeto cubano. Não deu certo. Depois de 11 dias na ilha de Fidel Castro, entreguei de novos os pontos.
O problema do socialismo é sempre o real. Está certo que as utopias são virtuais, o não-lugar, mas tanto problema com a realidade inviabiliza qualquer adesão. Volto chocado: Cuba é uma favela no paraíso caribenho.
Não fiquei trancando no mundo cinco estrelas do hotel Habana Libre. Fui para a rua. Vi, ouvi e me estarreci. Em 42 anos, Fidel construiu o inferno ao alcance de todos. Em Cuba, até os médicos são miseráveis. Ninguém pode queixar-se de discriminação. É ainda pior. Os cubanos gostam de uma fórmula cristalina: ‘Cuba tem 11 milhões de habitantes e 5 milhões de policiais’. Um policial pode ganhar até quatro vezes mais do que um médico, cujo salário anda em torno de 15 dólares mensais. José, professor de História, e Marcela, sua companheira, moram num cortiço, no Centro de Havana, com mais dez pessoas (em outros chega a 30). Não há mais água encanada. Calorosos e necessitados de tudo, querem ser ouvidos. José tem o dom da síntese: ‘Cuba é uma prisão, um cárcere especial. Aqui já se nasce prisioneiro. E a pena é perpétua. Não podemos viajar e somos vigiados em permanência. Tenho uma vida tripla: nas aulas, minto para os alunos. Faço a apologia da revolução. Fora, sei que vivo um pesadelo. Alívio é arranjar dólares com turistas’. José e Marcela, Ariel e Julia, Paco e Adelaida, entre tantos com quem falamos,pedem tudo: sabão, roupas, livros, dinheiro, papel higiênico, absorventes. Como não podem entrar sozinhos nos hotéis de luxo que dominam Havana, quando convidados por turistas, não perdem tempo: enchem os bolsos de envelopes de açúcar. O sistema de livreta, pelo qual os cubanos recebem do governo uma espécie de cesta básica, garante comida para uma semana. Depois, cada um que se vire. Carne é um produto impensável.
José e Marcela, ainda assim, quiseram mostrar a casa e servir um almoço de domingo: arroz, feijão e alguns pedaços de fígado de boi. Uma festa. Culpa do embargo norte-americano? Resultado da queda do Leste Europeu? José não vacila: ‘Para quem tem dólares não há embargo. A crise do Leste trouxe um agravamento da situação econômica. Mas, se Cuba é uma ditadura, isso nada tem a ver com o bloqueio’. Cuba tem quatro classes sociais: os altos funcionários do Estado, confortavelmente instalados em Miramar; os militares e os policiais; os empregados de hotel (que recebem gorjetas em dólar); e o povo. ‘Para ter um emprego num hotel é preciso ser filho de papai, ser protegido de um grande, ter influência’, explica Ricardo, engenheiro que virou mecânico e gostaria de ser mensageiro nos hotéis luxuosos de redes internacionais.
Certa noite, numa roda de novos amigos, brinco que,quando visito um país problemático, o regime cai logo depois da minha saída. Respondem em uníssono:
Vamos te expulsar daqui agora mesmo’. Pergunto por que não se rebelam, não protestam, não matam Fidel? Explicam que foram educados para o medo, vivem num Estado totalitário, não têm um líder de oposição e não saberiam atacar com pedras, à moda palestina. Prometem, no embalo das piadas, substituir todas as fotos de Che Guevara espalhadas pela ilha por uma minha se eu assassinar Fidel para eles.
Quero explicações, definições, mais luz. Resumem: ‘Cuba é uma ditadura’. Peço demonstrações: ‘Aqui não existem eleições. A democracia participativa, direta, popular, é um fachada para a manipulação. Não temos campanhas eleitorais, só temos um partido, um jornal, dois canais de televisão, de propaganda, e, se fizéssemos um discurso em praça pública para criticar o governo, seríamos presos na hora’.
Ricardo Alarcón aparece na televisão para dizer que o sistema eleitoral de Cuba é o mais democrático do mundo. Os telespectadores riem: ‘É o braço direito da ditadura. O partido indica o candidato a delegado de um distrito; cabe aos moradores do lugar confirmá-lo; a partir daí, o povo não interfere em mais nada. Os delegados confirmam os deputados; estes, o Conselho de Estado; que consagra Fidel’.Mas e a educação e a saúde para todos? Ariel explica: ‘Temos alfabetização e profissionalização para todos, não educação. Somos formados para ler a versão oficial, não para a liberdade.
A educação só existe para a consciência crítica, à qual não temos direito. O sistema de saúde é bom e garante que vivamos mais tempo para a submissão’.José mostra-me as prostitutas, dá os preços e diz que ninguém as condena:’Estão ajudando as famílias a sobreviver’. Por uma de 15 anos, estudante e bonita, 80 dólares. Quatro velhas negras olham uma televisão em preto e branco, cuja imagem não se fixa. Tentam ver ‘Força de um Desejo’. Uma delas justifica: ‘Só temos a macumba (santería) e as novelas como alento. Fidel já nos tirou tudo.Tomara que nos deixe as novelas brasileiras’. Antes da partida,José exige que eu me comprometa a ter coragem de, ao chegar ao Brasil, contar a verdade que me ensinaram: em Cuba só há ‘rumvoltados’.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Eu fui a Cuba em agosto deste ano. Conforme relatei aqui, andei toda a cidade de Havana e conheci a parte oeste da ilha. Conversei com muitos cubanos e até cheguei a organizar uma festa lá. Pois bem, não vi nada do que este texto descreve. Encontrei um país tranquilo onde todos seus habitantes têm todas suas necessidades básicas bem atendidas.
Talvez o autor do artigo tenha visitado Cuba na década de noventa. Neste caso, o que ele narra é verdadeiro. Em Cuba, perguntei aos cubanos como foi a década de noventa por lá. Eles me disseram que chegaram até a passar fome. Cuba passou por maus bocados com o desmantelamento do bloco socialista e o endurecimento do bloqueio comercial. Sem ter com quem comercializar, toda economia da ilha teve que ser reorganizada.
Com a chegada dos anos dois mil, Cuba superou o período especial e hoje toda a população vive bem. Pelo menos vivem muito melhor do que os pobres do Brasil.
Li e texto e gostei muito. Bem esclarecedor.
Realmente, o governo Dilma cometeu erros. Eles ocorreram porque para o governo aprovar no Congresso Nacional medidas que beneficiariam o país tinha que antes atender os interesses dos congressistas financiados por grandes grupos econômicos. Assim, a aprovação de mais verbas para educação podia custar mais verbas para o agronegócio em prejuízo do pequeno produtor rural. Assim, Dilma acabou fazendo um governo contraditório, com uma mão dava benefícios para o povo e com a outra tirava.
Foi um governo de coalização, dentro de uma democracia burguesa. O PT fez o que podia ser feito dentro dessas circunstâncias. Pelo menos hoje o Brasil é um país muito melhor do que era há treze anos atrás quando um terço da população passava fome.
Agora a hora é das esquerdas se unirem para barrar o desmonte do Estado que o governo golpista irá promover. As esquerdas devem reconquistar o poder, mas desta vez sabendo que não podem fazer nenhum tipo de aliança com partidos de direita. Pois não existe coalização entre classes sociais.