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Comentários
Não eram representantes eleitos democraticamente nem houve plebiscito.
Não há justificativa. Dizer que no fim ficamos melhores não muda em nada o fato de que vivíamos em ditadura e não deveria ter sido assim.
Poderiam ter feito isto logo depois de afastado o perigo comunista.
A princípio estava mais para garantir a sucessão de mandatos entre os próprios militares.
Não é uma ditadura mais comum, onde um único sujeito manda indefinidamente. Mas uma ditadura de uma "entidade", que no nosso caso foi dos militares.
Em que lugar do mundo um governo nacional, seja democrático ou ditatorial, faz plebiscito para aprovar tomada de empréstimos internacionais?
Até aqui não vi ninguém defendendo que "deveria ter sido assim".
Uma facção dentro das forças armadas defendia a devolução do poder aos civis logo após o fim do mandato de Castelo Branco, dizem que o próprio era defensor da idéia. Venceu a linha dura que impôs o AI-5, influenciados pela decisão das esquerdas de acirrar a luta armada - o tal perigo comunista, que estava longe de ter sido afastado então.
Sim, o que já eram melhor que uma ditadura personalista e nunca houve entre os militares o objetivo de se eternizar no poder.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Não mencionei que o FMI era instrumento de opressão, o que digo é que não deveriam ter emprestado dinheiro a um país que se encontrava nas mãos de ditadores. Nem o FMI nem outra entidade qualquer.
No governo democrático são eleitos representantes justamente para tomar decisões em nome da nação.
Como disse, a versão esquerdista.
E no contexto da Guerra Fria, o conceito de ditadura era secundário dentro da geopolítica de um mundo dividido em dois grandes blocos rivais.
Nos anos setenta toda a América do Sul era governada por regimes fortes, assim como quase toda América Central, todo bloco comunista, toda África e Oriente Médio (com exceção de Israel), quase toda Ásia.
Democracia era um luxo consumido na Europa Ocidental, América do Norte (com ressalvas para o poder excessivo do PRI no México), Austrália, Japão e bolsões livres aqui e ali.
Nesta realidade querer que o FMI assumisse o papel de juiz democrático do mundo é simplesmente irreal, mesmo porque o FMI é uma sociedade internacional e muitas destas ditaduras eram sócias do Fundo, o que implica que tinham direito de recorrer a ele em caso de emergência financeira.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
E em regimes não democráticos são empossados governantes que tomam decisões em nome da nação.
O erro aqui é misturar a questão da superioridade moral da democracia com a realidade política das relações internacionais.
Estados nacionais soberanos, sejam democráticos ou não, são responsáveis por suas ações perante a comunidade internacional e alegar ilegitimidade de seus governos não os isenta desta respondabilidade.
Como relacionei em minha postagem anterior, a democracia é fenômeno político recente na grande maioria dos países do mundo, o que implica que a grande maioria dos acordos internacionais poderia ser denunciado por estes países sob a alegação de que foram ditaduras em passado recente.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
O que ocorreria se um dos dois países renegasse o tratado e resolvesse começar do zero negociações sobre a usina, com ela pronta e operando?
Tratados internacionais, sejam eles políticos, econômicos ou financeiros são uma das bases em que se sustenta a paz mundial. Admitir que se tornem apenas papéis que podem ser rasgados quando as circunstâncias ou interesses mudam traz, em última instância, a guerra como solução final dos conflitos.
Visões romantizadas da realidade não mudam este fato.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Esse negócio de taxar e separar o mundo em esquerda e direita é muito chato.
Por que dizer que entidades internacionais não deveriam facilitar a vida nem endossar ditaduras é algo de esquerda?
Se achar que dificultar a vida de ditaduras é algo de esquerda então digo que sou esquerdista com o maior orgulho.
Coisa que está degringolando.
O Paraguai está tentando renegociar o tratado.
Sem razão, já que não entrou com um centavo que fosse e agora quer levar vantagem.
Grécia: Aumentam casos de jovens desmaiando por não comer.
Grécia revive fantasma da fome, após 3 anos de crise.
Aumentam casos de jovens desmaiando por não comer.
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS.
A crise grega, que se arrasta há três anos, fez renascer um fantasma: o de crianças passando fome.
O primeiro caso de um estudante desmaiando de fome ocorreu um ano atrás e logo se seguiram mais denúncias de professores dizendo que alunos passavam o dia todo, até as 16h, sem comer nada.
Inicialmente, os relatos foram recebidos com incredulidade, e o primeiro professor a denunciar um caso foi acusado de caluniar o governo.
A história começou a mudar faz cerca de duas semanas, quando um jovem de 13 anos desmaiou na escola, na ilha de Creta.
A diretora ligou para a mãe do jovem (uma funcionária pública que cuida sozinha dos quatros filhos), que respondeu que a família não comia nada havia dois dias.
O caso provocou uma comoção no país, já que havia suspeitas de que alguns imigrantes ilegais passassem fome, mas o relato da ilha de Creta era de um jovem grego.
São casos aparentemente isolados, mas que até recentemente pareciam impossíveis de ocorrer em um país da União Europeia.
E despertam entre os mais velhos o fantasma do inverno de 1941-42, quando mais 300 mil pessoas morreram de fome no país, que vivia então sob ocupação nazista.
Engraçado, estão acontecendo principalmente nos países mais socializados.
Aqueles que distribuíram mais benefícios 'sociais', como Grécia, Portugal e Espanha.
Na verdade você estará sendo contraditório, pois o discurso das esquerdas é de acusar o FMI de imperialismo, enquanto você propõe que - acima das soberanias nacionais - o Fundo atue como juiz da democracia no mundo, função que não cabe a um organismo financeiro.
A guisa de exemplo, tomemos a China hoje, que é uma ditadura descarada.
O país é o maior parceiro comercial do Brasil, grande movimentador de créditos no sistema financeiro internacional e agente econômico preponderante no mundo moderno.
Pergunta: O Brasil, o sistema financeiro internacional e os demais agentes econômicos devem boicotar a China até que ela se torne uma democracia?
Como os países do mundo mantém suas transações comerciais e financeiras com a China, caso ela se torne uma democracia no futuro terá o direito de pedir indenizações aos antigos parceiros por conta do boicote que não executaram?
Exemplo 2: Com exceção da Noruega, todos os grandes exportadores de petróleo do mundo são ditaduras (umas mais, outras menos).
Estes exportadores de petróleo devem ser excluídos do comércio e das finanças internacionais?
Note, não há aqui um conflito entre defender ditaduras x ser contra ditaduras, o que seria pueril.
O que se está discutindo é o conflito entre soberanias nacionais x ordem econômica financeira mundial.
Não existe - e talvez não deva existir - um juiz da democracia no mundo, cabendo aos órgãos financeiros internacionais simplesmente cumprir seu papel.
Se quiser aferir, cheque como foram decididas e executadas as sanções da ONU contra ditaduras e no que deu ao final.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Pode reinvidicar revisão de pontos específicos do tratado, mas jamais poderia pleitear negociações a partir do zero, uma vez que o momento histórico é outro, Itaipú está construída e funcionando, sendo elemento estratégico para segurança nacional do Brasil.
Ou seja, por mais que o Paraguai chie, pode-se até aumentar o valor pago pelo Brasil pelo kWh excedente, mas jamais nenhum governo brasileiro admitirá que o sul-sudeste industrial fique sem energia para atender a vontades guaranis.
No fim, em caso de impasse entrará de um lado o poderio brasileiro e de outro a falta de poderio paraguaio, o que é em última instância o que decidiria a questão e todo mundo sabe disto.
Prá evitar estes impasses é que tratados são lavrados e respeitados.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
O Carlo tem o poder de fazer todos os demais parecerem inteligentes.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Eu não coloco minha mão no fogo.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
E os que acreditam em economia sem regulação, que os USA é uma democracia, e que os USA invadem países para salvar democracias.
que a OTAN bombardeia países para salvar a população civil, que os os USA não são os maiores parceiros da china, que acham que o Brasil não que negocia com a china que é uma puta de uma ditadura, mas, capitalista, como se o mundo inteiro não fizesse o mesmo.
Não é o caso dos liberais aqui do forum, eles não iriam tão longe.
Por fim quem sempre acreditam economistas como o professor Gudinho, e o Bob Petrossaurus Fields, pensadores que diziam que o Brasil só servia para carpir café, prospectar petróleo, jamais. Ídolos dos Chuchus Opus Dei, dos Pilantras traíras como Cerra, pessoas que o Brasil seguindo o que eles pensam seria uma enorme Hacienda dos USA.
Reitero FMI= Fome Miséria Internacional.
LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA
Interessa a eles ensinar que os sistemas são autorregulados e basta corrigir suas falhas.
Desde os anos 1970 os dirigentes das instituições financeiras e os economistas viram seu poder político crescer, mas o mundo também viu um imenso aumento da instabilidade financeira.
Enquanto financistas ganhavam milhões e milhões, o prestígio e o poder dos economistas aumentava. Enquanto estes, muitos transformados em financistas, aumentavam seus ganhos, as crises financeiras se multiplicavam, e a renda de cada país se concentrava nos 2% mais ricos.
Podemos buscar várias explicações para isso, mas creio que o fato histórico novo que teve papel determinante nessa mudança foi a decisão do presidente Nixon em 1971 de suspender a conversão do dólar em ouro ou, mais especificamente, a conversão das reservas em dólares dos outros países em ouro, se seus dirigentes o solicitassem.
A partir desse momento, o dinheiro perdeu referência com a economia real; a criação, o fluxo e a destruição de moeda passaram a ocorrer com grande facilidade; o endividamento do setor privado saiu de controle e, na falta de uma verdadeira âncora para a economia, as crises financeiras se tornaram, além de mais frequentes, também mais profundas.
O poder dos financistas e dos economistas aumentou porque eles passaram a ter um papel estratégico: seriam os gestores desse novo quadro monetário-financeiro -da "financeirização" da economia mundial. Mas, passados 40 anos, verificamos que fracassaram.
Os financistas, porque se preocuparam apenas em ganhar mais dinheiro para eles e para os rentistas. Os economistas, porque construíram uma teoria matemática -a teoria econômica neoclássica- que "demonstrava" que os mercados eram autorregulados, de forma que não havia por que gerir as economias nacionais e a economia mundial. Os dois, porque, ao desregularem os mercados financeiros, estavam "desgerindo" a economia.
Dani Rodrik informou em artigo recente (publicado no "Valor", 19.dez.2011) que um grupo de estudantes abandonou o curso de seu colega na Harvard University Greg Mankiw, protestando contra o fato de que "o curso propaga ideologia conservadora disfarçada de ciência econômica e ajuda a perpetuar a desigualdade social".
Os alunos foram benignos com a teoria econômica ortodoxa: deviam ter acrescentado que ajuda também a aumentar a instabilidade financeira e causar baixo crescimento.
Rodrik defendeu o colega, argumentando com o seu "paradoxo da globalização": que nos cursos os economistas neoclássicos ensinam uma teoria econômica sofisticada, onde as falhas de mercado são devidamente salientadas, mas, na hora de proporem políticas, adotam um liberalismo econômico simplista. Ele está enganado.
Essa teoria econômica matemática que se ensina nas grandes universidades, baseada nos pressupostos do "homo economicus" e das expectativas racionais e no modelo do equilíbrio geral é essencialmente falsa, porque usa o método hipotético-dedutivo e porque adota como critério de verdade a coerência lógica, não a conformidade com a realidade.
Mas não é uma teoria falsa por engano; o é por arrogância matemática que lhes dá monopólio sobre o saber e porque interessa aos economistas ensinar que os sistemas econômicos são autorregulados, bastando para isso corrigir suas pequenas falhas.
Dessa forma eles usam a teoria econômica neoclássica para justificar "cientificamente" o neoliberalismo -uma ideologia reacionária que durante 30 anos (1979-2008) promoveu o atraso e a desigualdade em todos os países que a aceitaram. E, ao mesmo tempo, dizem aos cidadãos desses países que fiquem calados, já que não dominam o "conhecimento" matemático e preciso.
Os liberais, ou os que se acham liberais aqui do forum, não iria tão longe".
Não pensem que eu quiz dizer Roberto Campos. Foi Bob Petrossaurus Fields mesmo.
Graças ao meu bom e generoso padim pade Cerra, ninguém é eterno.