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Evangélicos tiram filhos da escola para ensinar valores morais em casa
Mendonça quer para filhas ensino
de acordo com princípios bíblicos
"Somos evangélicos e seguimos princípios bíblicos contrários ao que se ensina na escola, como o homossexualismo.” É o que disse o metalúrgico Hugleslei Vagner Mendonça Filho (foto), 35, ao explicar por que ele e sua mulher Fabrícia, 32, tiraram este ano suas duas filhas — uma de 10 anos e outra de 7 — da escola e adotaram o ensino em casa.
O casal mora em Timóteo (MG), cidade de 81 mil habitantes que fica a 216 km de Belo Horizonte. A cidade tem 200 famílias que substituíram a escola por homeschooling, o ensino em casa. A maioria delas é evangélica, informou Cláudia Collucci, da Folha de S.Paulo.
Em todo o Brasil, houve um rápido crescimento do homeschooling, abrangendo cerca de mil famílias, contra as 200 registradas em 2009, de acordo com levantamento da Aned (Associação Nacional de Ensino Domiciliar).
Além das questões morais, o que tem levado as famílias a tirar seus filhos da escola é o baixo nível de ensino.
“Em casa, eles [filhos] puderam receber uma educação que os preparou para o mercado de trabalho e para a vida adulta”, disse o empresário Cléber Nunes, 48, coordenador da Anplia (Aliança Nacional para Proteção à Liberdade de Instruir e Aprender). Em 2005, ele e sua mulher, Bernadeth, 44, tiram seus filhos da escola, Davi, hoje com 19, e Jônatas, 18.
O homeschooling é no Brasil uma prática polêmica por dois motivos. Primeiro: é ilegal porque o Estatuto da Criança e dos Adolescentes e a Lei de Diretrizes e Bases obrigam os pais a matricularem os filhos em uma escola. Segundo: educadores afirmam que as crianças têm de conviver com outras de sua idade e com professores, em um processo de assimilação das diferenças e pluralidade.
Nunes foi condenado a pagar R$ 9.000 de multa por tirar seus filhos da escola. Outras famílias estão tendo de responder à Justiça pelo mesmo motivo. Em Timóteo, 21 famílias se preparam para pleitear no Ministério Público o direito de educar os filhos.
Fabrícia afirmou que, para suas filhas, não há problema de socialização porque elas “têm amiguinhas de igreja”, além de frequentar aula de natação fora de casa duas vezes por semana.
Para Mariana, há perigo
na socialização escolar
O administrador de empresas Glayson Fick Silva, 41, e sua mulher Mariana (foto), 31, afirmaram que querem manter longe de sua filha Emilly o tipo de socialização oferecido pela escola.
Mariana disse que no período de um ano em que sua filha esteve matriculada em um estabelecimento de ensino houve um caso menina grávida e outro de sexo oral entre alunos no banheiro, além de um aluno pego com uma arma de fogo.
Encontra-se em tramitação no Congresso um projeto de lei do deputado Lincoln Portela (PR-MG) que, se aprovado, regulamentará o homeschooling, a exemplo do que ocorre em países como México, Canadá e Inglaterra.
Com informação e imagens da Folha de S.Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/47859-cresce-adesao-dos-pais-ao-ensino-domiciliar.shtml
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Comentários
Parece que se trata de escolher o menor dos males.
Não pelos mesmos motivos citados acima, mas se eu tivesse grana suficiente, não hesitaria em contratar os melhores professores das mais elitistas escolas particulares para serem ensinarem meus filhos fora da escola. É óbvio que com um tutor particular voltado apenas para um único aluno durante a aula o ensino é muito mais eficiente.
O convívio social poderia ser adquirido em atividades extra-curriculares como prática de esportes. Uma sala de aula não é um lugar pra bater-papo ou fazer amizades, é pra estudar. Existem diversas outros eventos em que o objetivo é a interação social.
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venceu :D
como a maioria falou em questao de ensino não vejo problema tbm, mas...
isso sim pode gerar alem desses problemas, muitos outros
Realmente...
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Além do que, para mim, educação religiosa para crianças devia ser crime.
Tirar seus filhos da escola sob qualquer pretexto deveria ser um direito inalienavel e inquestionavel das familias.
Educacao estatal compulsoria foi criada e empregada extensivamente como instrumento de controle totalitario e hegemonia ideologica.
Pessoas procuram instrucao para si mesmas e para seus filhos por livre iniciativa delas mesmas, na medida em que mais instrucao lhes conceda acesso a condicoes mais satisfatorias de vida.
Aqueles que gostam de se imaginar membros de uma elite intelectual procuram entreter uma visao do "individuo comum" como um total paspalho. Os infelizes membros dessa "massa ignobil" pereceriam se a eles fosse concedida a responsabilidade de instruirem a si mesmos e a seus filhos. Cabe as magnanimas elites tomarem essas decisoes importantes por eles.
E raro encontrar quem nao subscreva em algum nivel a essa forma de pensar.
E extremamente dificil desfazer a ideia reconfortante de ser parte de uma pequena fracao de individuos aptos em meio a um oceano de idiotas. Episodios de estupidez individual saltam aos olhos em tantas ocasioes que e facil acreditar que essa e seja uma regra geral.
A educacao que recebemos e em grande parte um treinamento no sentido de desenvolver esse tipo de vaidade. Essa vaidade entao e subsequentemente explorada por progressistas, cujas propostas sao quase sempre sustentadas na nocao de que individuos sao burros demais para tomar decisoes por si proprios e serem considerados responsaveis.
Assim, o principal papel do estado na educacao tem sido o de manter, geracao apos geracao, o nivel geral de estupidez necessario para que o discurso dessas elites se torne uma profecia auto-realizada.
A escola é a solução possível para a maioria.
Pelo contrário, acho que escolas públicas dão chance de mobilidade social àqueles que, de outra forma, não teriam como se instruir e ficariam eternamente distantes dos bem nascidos, cujos pais podem lhes pagar professores particulares.
Nao e o conceito da escola em si o problema, Fernando.
De fato, colocar um professor para ensinar uma mesma licao a varios alunos simultaneamente e uma reducao obvia dos custos envolvidos no processo de instrucao.
Ninguem esta falando que isso e algo necessariamente ruim.
A minha critica e apenas contra o conceito de um curriculo compulsorio.
Pais devem ser livres para escolher o tipo de instrucao que pretendem dar para seus filhos.
Eles sabem o que e melhor para seus filhos do que os burocratas do ministerio da educacao.
Podem haver casos onde pais tomam decisoes displicentes e questionaveis, mas essas decisoes estariam restritas aos filhos desses pais.
Quando os erros ou ardis sao cometidos por burocratas do ministerio da educacao, as consequencias afetam aos filhos de todas as pessoas.
É nesse sentido que acho que as crianças deveriam ser colocadas nas escolas, a não ser que seus pais sejam professores eles não estão habilitados a lecionar, isso não implica que eu acredite que tais sejam "paspalhos" ou membros de uma "massa ignobil".
Nem sempre, não que eu ache que burocratas sejam bondosos e generosos sempre preocupados com o bem-estar dos outros mas alguns pais não sabem o que é melhor para seus filhos, se soubessem algumas mães não fumariam durante a gestação, não seriam relapsos deixando a criança ser criada mais na rua do que em casa e em casos extremos nem levam seus filhos para vacinar entre outros exemplos deploráveis que vemos pelo país afora, sou absolutamente contra o controle estatal sobre aspectos familiares, mas dizer que os pais sabem o que é melhor para seus filhos nem sempre corresponde a realidade, pelo menos em muitas regiões.
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Cameron,
A sua resposta em grande parte ataca uma nocao que eu nao defendi.
Eu reli o meu post. Eu em nenhum momento afirmei que pais estao necessariamente melhor qualificados para ministrar disciplinas escolares do que professores treinados.
Mas parece que foi isso que voces leram.
Deixando bem claro entao: eu nao acho que uma domestica semi-analfabeta faria um melhor trabalho ensinando algebra polinomial para seu filho do que um professor de matematica.
Minha mensagem nao era uma defesa do homeschooling como metodo universalmente adequado de ensino, mas sim como uma das opcoes disponiveis para aqueles que nao se sintam confortaveis com um sistema de ensino de massa.
A maioria das pessoas tambem nao esta em condicoes de plantar os alimentos que sua familia vai consumir. Isso nao quer dizer que seja uma boa ideia o governo criar centros de alimentacao compulsoria, onde criancas sao forcadas a comer uma dieta especifica.
Familias entendem as necessidades alimentares de seus filhos e se ocupam de comprar os artigos necessarios para alimenta-los. Da mesma forma, familias, mesmo as mais ignorantes e humildes, tem o interesse de buscar os recursos necessarios para educar seus filhos.
Domesticas semi-analfabetas podem nao conhecer nada de algebra polinomial, mas isso nao quer dizer que elas sejam necessariamente estupidas. Pessoas academicamente ignorantes nao sao estupidas. Elas compreendem num nivel bem pratico que instrucao formal alavanca oportunidades. Justamente porque elas mesmas nao tiveram instrucao e provavelmente perderam certas oportunidades por causa disso.
E claro que vao existir casos de pessoas simplesmente displicentes com seus filhos. Mas esses casos sao uma excecao que as elites intelectuais auto-designadas gostam de pensar ser a regra geral. A maioria das familias e ativamente interessada no desenvolvimento de seus filhos.
Para os raros casos onde essa regra nao parece ser respeitada, e preciso pensar se um sistema de educacao compulsoria e a medida mais sensata para lidar com tal problema.
Criancas em familias displicentes nao aprendem nada na escola. Sem acompanhamento e interesse dos pais a escola e apenas uma obrigacao burocratica para ambas as partes, da qual a crianca saira apos um certo tempo sem nenhum bonus em termos de habilidades ou cultura geral quando comparado ao que ela poderia ter aprendido fora da escola.
Ainda que seja lamentavel a existencia de familias displicentes, e preciso considerar se as solucoes encontradas para esse aparente problema sao eficazes ou se elas criam mais problemas.
Me parece absurdo acreditar que porque alguns pais sao negligentes todos os demais devem submeter-se a um regime de controle governamental na forma como eles conduzem a educacao de seus filhos. E essa e a crenca prevalecente.
Claro que casos de abuso e negligencia criminosa devem ser condenados e punidos pela lei.
Mas essas instancias devem restringir-se a tratamentos violentos ou abandono de responsabilidades tais como abrigo, alimentacao e cuidados medicos de menores.
Tais casos podem ser verificados e corrigidos no ambito de comunidades locais.
Quando o crime passa a ser nao seguir a cartilha educacional proposta pelo ministerio da educacao, cria-se a oportunidade para a implantacao de toda a industria de lavagem cerebral que vemos hoje.
Afirmar que isso nao passa de paranoia conspiratoria e apenas tapar os ouvidos, fechar os olhos e cantarolar diante de uma realidade sinistra que nao cansa de se reproduzir.
Solucoes devem ser julgadas segundo os meritos de seus resultados reais, e nao por suas intencoes propostas.
A educacao publica compulsoria pode ter por intencoes declaradas diversas perolas retoricas socialistas tais como “democratizacao do saber” ou “equalizacao de oportunidades”.
Na pratica ela consiste em abduzir criancas de seus lares e coloca-las sob vigilancia e sugestao de um grupo de estranhos agindo sob as ordens de uma hierarquia politica.
Por mais lamentavel que seja o fato de existirem lares desestruturados e pais irresponsaveis no mundo, incapacitados de transmitir qualquer valor a seus proprios, e preciso entender que a solucao para esse problema nao pode ser subjugar todas as familias ao sistema educacional controlado pelo governo.
Essa e provavelmente a mais genocida de todas as ideias progressistas.
O termo genocidio pode parecer um exagero. Nao foram tantas assim as instancias onde esses fenomenos ocorreram, certo? Mas ocorre que muitas vezes o genocidio se da num nivel mais abstrato. Nenhuma pilha de cadaveres e visivel. Os "cadaveres" estao andando e falando, e fazendo coisas que parecem humanas. Mas seu espirito foi destruido. Sao zumbis, homens-massa, rebanhos humanoides programados para acreditar apenas naquilo que for interessante para seus mestres.
Obedecer e ser alimentado e morrer. Escravos num cativeiro psicologico o qual eles nao podem escapar, pois foi-lhes removida a capacidade se dar conta de sua propria miseria.
Nao e necessario promover a morte biologica de milhoes de pessoas para conduzir um genocidio. Basta destruir milhoes de espiritos.
Escolas publicas sao os Dachaus e Auschwitz dos nossos tempos.
Eu sei muito bem que não é dando ao governo autoridade sobre a vida familiar que o problema será resolvido, tanto que eu disse antes, sou absolutamente contra o controle estatal sobre aspectos familiares.
Pelo menos na época que eu e o meu irmão estudamos (anos 80 e começo dos 90) a escola era um local de aprendizado, foi uma etapa importante na nossa formação e eu não cuspiria no prato que comi chamando o lugar de campo de concentração, hoje eu não sei qualificar exatamente o que seria a escola pública, algo entre aberração institucional e antro de incompetentes, com certeza o cenário atual me entristece, mas ainda assim acho que a sua comparação foi um exagero.
Displicencia e apenas uma consequencia natural da remocao dos custos e responsabilidades que devem acompanhar tomadas de decisao.
O sistema de educacao publica faz exatamente isso.
Os custos diretos da educacao dos filhos para a familia sao reduzidos, assim como a responsabilidade individual dos pais no acompanhamento do seu desenvolvimento.
Familias passam a acreditar que essa e uma responsabilidade do governo, e julgam fazer a sua parte ao garantir condicoes minimas para que seus filhos possam ir todos os dias a escola.
Acontece que pais estao numa posicao muito mais favoravel para assegurar a educacao de seus filhos do que professores e burocratas distantes. Isso porque eles estao mais proximos dos problemas enfrentados por seus filhos, assim como eles possuem um interesse natural na evolucao dos mesmos.
A responsabilidade pela educacao deve residir na familia.
Alias essa e a grande diferenca entre os asiaticos do leste e os ocidentais.
Os que apressam-se em dizer que a performance escolar de asiaticos e resultado de um sistema publico de ensino mais eficaz ou de QIs superiores provavelmente deveriam prestar atencao em como familias asiaticas diferem de familias ocidentais nas responsabilidades que assumem quanto ao desempenho de seus filhos.
Que os progressistas coletivistas fizeram seus estragos na Asia, isso nao e nenhuma novidade. Progressistas mataram mais gente na Asia do que em qualquer outro lugar do mundo.
Mas a familia asiatica resistiu a essas agressoes melhor do que a familia ocidental.
Talvez por terem vivido condicoes mais intensas de agonia as familias asiaticas tenham se fortalecido nesses episodios de coletivismo radical, enquanto a familia ocidental, exposta a doses mais brandas de progressimo, tenha sido deteriorada pouco a pouco ate chegar ao estado lastimavel no qual hoje se encontra.
O ponto e que a instituicao familiar e a mais antiga e importante de todas elas, e forma a base para o resto da civilizacao. A estrategia adotada pelo progressismo no ocidente, sobretudo apos a segunda metade do seculo XX, tem sido a de sistematicamente atacar as nocoes fundamentais que sustentam essa instituicao.
Se isso parece loucura, faca o teste: use a expressao "valores familiares" numa conversa amigavel com qualquer colega esquerdista seu e preste atencao em como a sua fisionomia reagira.
O fato e que o sistema de ensino e outros setores de formacao de opiniao tem programado as pessoas a rejeitarem valores e lacos familiares, numa escala industrial nunca antes vista.
Esse fenomeno social ja era claro nos anos 30 e 40. Praticamente todo mundo aqui leu Orwell e Huxley, eu imagino. Ambos eram em algum nivel infectados pelos sentimentos progressistas, mas nem por isso deixaram de capturar em suas obras a dinamica nefasta que essa ideologia estabelece.
Educacao publica compulsoria, campanhas de vacinacao/esterilizacao, casamento gay, sexualizacao precoce e aborto. Mudancas de habitos alimentares. Emasculacao e feminismo radicais. Ateismo e relativismo moral.
Quem nao enxergar aqui um padrao precisa de cuidados psiquiatricos.
Vacinacao compulsoria.
Obrigar pessoas a serem inoculadas com agentes patologicos, estabilizadores e sabe-se la o que.
Sem ela, Oswaldo Cruz não teria erradicado a febre amarela no Rio. Sem ela, a varíola não estaria extinta. E a poliomielite só não está extinta também porque há grupos na África que não aceitam a vacinação por motivos religiosos.
Nao e porque uma medida autoritaria facilitaria a solucao de um problema para o Estado que ela deve necessariamente ser tomada.
Se for assim toda a nocao de democracia calcada em direitos individuais inalienaveis esta prejudicada.
Por exemplo, a forma como a policia procede suas investigacoes criminais.
A necessidade de mandato judicial de busca ou de prisao confere mais tempo para que criminosos escondam suas atividades ilegais ou fujam do pais. A investigacao de crimes seria muito mais facil se a policia pudesse fazer buscas em propriedades privadas sem a necessidade de um mandato judicial.
Mas se a policia pudesse agir conforme sua propria vontade, nos nao teriamos um Estado de direito, mas um Estado policial.
A mesma coisa se aplica a campanhas de vacinacao compulsoria.
Ainda que pareca sensato obrigar pessoas a serem inoculadas com vacinas que podem lhes salvar a vida, e preciso entender que isso e uma violacao.
O ponto e que nao importa que vacinas hoje sejam bastante seguras. Isso parece ser um tema de debate tecnico em si, com fatos indicando certos riscos, mas eu ignoro detalhes.
O ponto e que o Estado nao pode gozar dessa prerrogativa de invocar pessoas para terem coisas injetadas nelas a forca. Pode ser que num primeiro momento apenas vacinas seguras sejam usadas, mas isso nao quer dizer que o caso sera sempre esse.
Alias ha varios exemplos historicos do contrario, governos usando "vacinas" para esterilizar ou mesmo exterminar populacoes.
A opiniao tecnica de medicos sobre a eficacia e seguranca de vacinas empregadas nao constitui argumento para justificar a sua aplicacao obrigatoria.
Eu confesso minha ignorancia quase completa em epidemiologia.
Eu nao posso dizer que a febre amarela ou a variola foram ou nao erradicadas devido a vacinacao compulsoria.
Como toda afirmacao sobre alternativas historicas, essa e uma poisicao bem mais dificil de se assumir do que parece.
Talvez a vacinacao voluntaria erradicasse essas doencas, talvez nao.
O ponto e que uma sociedade sem vacinacao compulsoria e com alguns casos residuais de variola ou febre amarela e mais saudavel do que uma sociedade que erradicou essas doencas atraves da compulsao governamental.
O fato de ser um assunto de saude publica e irrelevante.
Digamos que de para erradicar a obesidade, o diabetes e os males relacionados ao consumo do acucar banindo esse alimento.
Provavelmente essa medida "salvaria" mais vidas do que a erradicacao da variola salvou.
Isso nao quer dizer que ela seja uma medida compativel com uma democracia de direito.
No Rio, a febre amarela era um problema de saúde pública, a ponto de muitos estrangeiros evitarem a cidade.
A febre amarela acabou no Rio, a varíola foi extinta no mundo, já que só se propaga entre humanos, e está quase, no caso da pólio, com vacinação obrigatória das crianças. Cheguei a ver crianças paralíticas quando era mais novo.
A melhor interpretação para os fatos que temos é que a vacinação compulsória acabou com essas doenças.
Um Estado democrático não teria o direito de confinar um portador de doença grave e transmissível pelo ar?
Vamos a um exemplo prático: É legítimo que agentes de saúde tenham autoridade para obrigar um morador a limpar seu quintal que está servindo de criadouro do mosquito da dengue que caso não o faça poderá propagar a doença em todo aquele bairro, mesmo que todos os outros moradores ajam corretamente? Eu acho que sim, a justificativa é que o direito a saúde e a vida de seus vizinhos ultrapassam seu direito a liberdade do que fazer (ou deixar de fazer) em seu quintal.
No caso do açucar o mesmo não se aplica porque apenas a pessoa que abusa do açucar é prejudicada por sua ação/omissão.
Quando a lepra não tinha tratamento, os doentes eram contidos em colônias.
Em algumas pessoas a vacinação simplesmente não funciona. Para que essas pessoas não peguem a doença é necessário que as que estão próximas a ela estejam vacinadas e não transmitam a doença.
Não se vacinar coloca em risco a si próprio e a estas pessoas, daí a vacinação compulsória.
Ainda que tivessemos o direito de escolher sermos vacinados ou não, teríamos que decidir sobre esse direito. Pais deveriam poder escolher isso em relação aos filhos? Colocar em risco o próprio filho deveria ser um direito a qualquer um? Um filho é uma propriedade?