Evangélicos tiram filhos da escola para ensinar valores morais em casa

Mig29

Como defensor da porta da universidade aberta a todo aquele que mostrar capacidade de frequência num curso superior. Não vejo nenhum problema para as pessoas, por não estudarem em escolas convencionais.

Pode fazer-se necessário algum exame para provar aquisição de competências (nem todas as pessoas podem ou pretendem estudar na universidade). Podemos não gostar, mas o diploma vai continuar a determinar a possibilidade de empregabilidade.
Duvido que o empregador esteja disposto a testar o candidato, quando existe outro "testado" e "qualificado" através de um "papel".

ufka_Cabecao

Sinceramente não acredito em nenhum dos cenários, me parece que com algumas variações de grau cenários intermediários é o que acabarão ocorrendo, abusos esparsos em países que o massacre e a opressão de sua população se daria de um jeito ou de outro e focos de infecção isolados em regiões esparsas com a maioria dos outros locais com imunização em uma escala razoável e a vacinação sendo utilizada para fins legítimos.

Pois e, a comparacao de “worst case cenarios” e sempre algo delicado quando nao se dispoe de uma quantificacao precisa do dano e da probabilidade de dano desses cenarios.

Sempre e possivel inventar um cenario mais estapafurdio.

Por exemplo, podemos dizer que a formacao de um governo mundial e necessaria para organizar a defesa terraquea contra potenciais forcas alienigenas que nos ataquem.

Face a tal ameaca os perigos criados por um governo mundial sao diminutos.

Mas o ponto justamente nao e evitar o pior “a todo custo”.

“A todo custo” e um custo muito alto.

E preciso entender os custos que estao envolvidos nas nossas medidas de precaucao.

Tambem e importante ter em mente que os vicios do totalitarismo nao sao um problema de outros povos e culturas. O totalitarismo esta sempre a espreita.

E quando um governo razoavelmente democratico resolve declarar soberania sobre corpos e fisiologia dos seus suditos ele esta dando passos largos para o totalitarismo.

A questao e mais complexa do que a probabilidade do governo brasileiro ou americano ou de qualquer pais moderno vir a usar de fato vacinas para esterilizar, sequelar ou matar populacoes inteiras.
Embora essa possibilidade nao seja nula, ela nao compoe necessariamente a substancia do problema aqui.

O problema aqui e mais abstrato. Esta na mensagem passada, na crenca subjascente a tudo isso. Esta na doutrinacao implicita que ocorre quando pessoas entregam o direito sobre seus corpos e saude a autoridades burocraticas.

Essas autoridades nem precisam efetivamente usar o poder genocida que agora elas possuem. Basta que elas o tenham, que elas saibam que a populacao tolera esse tipo de abuso, para que elas deem seguimento a suas outras linhas de acao.

E como leis de desarmamento. O governo nao necessariamente vai instaurar lei marcial na noite seguinte ao desarmamento da populacao geral. Pode ser que sim pode ser que nao.

Mas o que e certo e que o desarmamento e um passo num processo de escravidao progressiva. Pessoas que aceitam terem suas armas tomadas e se acostumam com o fato de estarem a merce de seus governantes serao mais sucetiveis a tolerar abusos futuros ainda maiores.

Mesmo que vacinas compulsorias nao sejam amplamente empregadas para matar, mesmo que o desarmamento da populacao nao necessariamente a ultima jogada antes da consolidacao de uma ditadura totalitaria, o ponto e que essas medidas passam a mensagem clara para todo mundo de que resistir aos objetivos do governo e um exercicio de futilidade.

Acauan

Fernando_Silva disse: Claro que o certificado de vacinação era exigido para certas coisas, mas ainda assim havia a liberdade de alguns não se vacinarem.

Que me lembre, a única sanção contra quem não vacinasse os filhos era o corte do salário família, que nos tempos da inflação era uma merreca tão insignificante que se uma mãe tivesse que pegar ônibus até o posto de vacinação já gastava o benefício.

E tem o Julio Severo, aquele que fugiu do Brasil prá não ser vacinado contra a gripe ou coisa parecida...

De minha parte, lembro os dias em que levava meus filhos prá vacinar como datas festivas, com as ruas cheias de crianças e os postos enfeitados com temas infantis e com a presença de animadores fantasiados.

Cameron

Acauan disse: De minha parte, lembro os dias em que levava meus filhos prá vacinar como datas festivas, com as ruas cheias de crianças e os postos enfeitados com temas infantis e com a presença de animadores fantasiados.

[ironic mode]Tudo isso fazia parte de um plano maligno para ludibriar as crianças que só percebiam que iriam levar aquela injeção dolorida quando já era tarde demais...

Bandidos >:) [/ironic mode]

ufka_Cabecao

Acauan e Cameron,

e facil se deixar levar pela antipatia (em grande parte justificavel) contra tipos como Julio Servero e se posicionar contra ele em instancias onde ele nao esta de todo errado.

Mas vamos com calma. Eu nao leio Julio Severo com frequencia para ter uma ideia precisa do seu ponto de vista, logo eu nao pretendo defende-lo.

Apenas imagino que ele fale de vacinas que tornam gay/autista, que disseminam virus cancerigenos ou que simplesmentem matam velhos de gripe. Porque esses costumam ser os cenarios populares propostos pelos teoricos da conspiracao americanos, dos quais ele parece extrair boa parte da sua retorica.

Entao eu gostaria de esclarecer que eu tenho serias duvidas que qualquer governo democratico moderno tenha efetivamente posto em pratica algum desses expedientes contra a sua propria populacao.

Nao tenho certeza absoluta, como nao tenho certeza absoluta de quase nada. Mas acho altamente improvavel que isso tenha ocorrido no ocidente, em qualquer escala nos ultimos 50 anos, sem que substancial evidencia tenha sido coletada (ou que tenha sido efetivamente silenciada).

Muitas teorias da cospiracao sao elaboradas demais e subsistem da crenca numa competencia irreal de elites em cobrir seus rastros, crenca que eu tenho dificuldade em compartilhar.

Mas aparentemente ha uma ligacao entre agentes estabilizadores a base de aluminio e o autismo. Assim como diversas tentativas de mitigar as evidencias apontadas e descreditar os profissionais de saude que as levantaram. Mas isso nao necessariamente revela um plano do governo de tornar as pessoas autistas, mas o fato de que grupos recorrem a certos expedientes para se proteger de acusoes.

De qualquer forma, o ponto em discussao e que ao aceitarmos que politicos determinem vacinacoes compulsorias de pessoas estaremos entregando ao governo um poder significativo de lesar e controlar pessoas.

Isso independente desse poder ter sido ou nao empregado em planos totalitarios recentes.

Da mesma forma poderiamos argumentar que as recentes legislacoes impondo controle de armas nos paises europeus nao acarretou (ainda) na derrocada da democracia e na tomada de poder por gangues fascistas.

A pergunta a se fazer nao e se no passado recente o risco especifico discutido se materializou. Porque se formos especificos o suficiente, ou se formos recentes o bastante, a resposta sempre sera nao.

O problema se localiza numa esfera maior de abstracao.

A pergunta e se queremos que esse tipo de decisao seja transferida das familias para burocratas distantes. Se nos desejamos liberdade de tomar nossas proprias decisoes e a responsabilidade que acarreta, ou uma virtual sensacao de seguranca criada pela ilusao de que elites estao tomando as melhores decisoes possiveis por nos e que em virtude disso nao precisamos nos preocupar mais.

Uma democracia nao e derrubada por um golpe na calada da noite.

Uma democracia e lentamente debilitada por medidas desse tipo, que fazem pessoas acreditarem que elas sao fracas e dependentes de lideres, de elites. Apenas quando essa crenca se alastrou em uma metastase institucional que golpes finais podem suceder.