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A cura do esquerdismo em 10 etapas

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Comentários

  • Ayyavazhi disse: Ok, até aí, tudo bem. Eu só não entendo porque as torturas e mortes (entre outros crimes) praticadas pelos “supostos” comunistas não são contabilizados nesses exames cadavéricos da Revolução e seus desdobramentos.

    Deveriam ser contados também. Para que nenhum deles se consagre como Herói. Ambos fizeram merda. Ambos quiseram submeter a população ao que acreditavam. O que não aceito é a cara de pau de virem falar que foi para nosso bem, que fizeram aquilo com a intenção de evitar um mal maior.
    O que se teve foi um mal menor, mas que fique claro que essa nunca foi a intenção.
  • Ayyavazhi disse: O grande diferencial é que, se os comunistas tivessem transformado o Brasil numa enorme Cuba, provavelmente nós não estaríamos tendo essa conversa.

    Diícil dizer qual seria o presente . Cuba continua uma merda comunista. Mas a Russia era comunista e hoje não. A China virou uma coisa que eu, sinceramente, não sei definir.
  • AyyavazhiAyyavazhi Membro
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    Neuromancer disse: Certas fontes estimam o número de mortos pelo regime em cerca de 420 casos.
    Pergunto, quanto seria muito para você? Quanto seria admissível até você achar que passaram da conta?

    Estou confuso quanto ao destinatário desse post, mas vou responder.

    Se morreram 420 guerrilheiros, isso é consequência natural de qualquer confronto armado. Como se diz no popular: “Guerra é guerra”. Mas não sou assim tão alienado para acreditar que, infelizmente, inocentes não tenham pagado o preço dessa insanidade. E qual outro confronto, em qualquer tempo ou lugar, não ceifou vidas inocentes? Não é uma justificativa, é uma abordagem prática (mesmo que pareça fria e indiferente). Sempre foi assim e sempre será. Tragédias pessoais sempre irão emoldurar o cenário de qualquer conflito armado e, enquanto não somos suficientemente civilizados para abrir mão da necessidade de utilizar armas, resta-nos a questionável, e talvez nojenta, prática de olhar para os fins, em detrimento dos meios.

    Post edited by Ayyavazhi on
  • Ayyavazhi disse: Não há como comparar isso com a loucura perpetrada pelos nazistas.

    Matar as pessoas não deveria ser aceito, seja em que quantidade for, querer tornar menos grave só porque "não foram tantos assim" é algo que alguns simpatizantes dos militares fazem.
    Comunistas estavam dispostos a matar e mataram para impor o que acreditavam, se tivessem tomado o poder matariam quem fosse contra, militares estavam dispostos a matar e também mataram para impor o que acreditavam, mataram alguns que foram contra. Qual é a grande diferença entre eles?
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    Ayyavazhi disse: Estou confuso quanto ao destinatário desse post, mas vou responder.

    Destinava-se ao Cabeção.Foi ele que disse que para cada morto em tortura deveriam haver 4 filmes.
    Post edited by Neuromancer on
  • Neuromancer disse: Diícil dizer qual seria o presente . Cuba continua uma merda comunista. Mas a Russia era comunista e hoje não. A China virou uma coisa que eu, sinceramente, não sei definir.

    Exato. Não podemos prever o futuro. E, por isso mesmo, não podemos ancorar nossas ações em apostas otimistas.

  • Neuromancer disse: O que se teve foi um mal menor, mas que fique claro que essa nunca foi a intenção.

    Por que você tem essa certeza?

  • Neuromancer disse: Matar as pessoas não deveria ser aceito, seja em que quantidade for, querer tornar menos grave só porque "não foram tantos assim" é algo que alguns simpatizantes dos militares fazem.

    Não foi essa a intenção. Se tivessem morrido 420 mil guerrilheiros, eu pensaria da mesma forma. Não se trata de defender o regime militar em função do baixo número de mortos. Trata-se de compreender o momento histórico e todas as motivações que estavam à mesa.

    Quando você fala “pessoas”, deve estar ciente de que são pessoas armadas, motivadas, dispostas a empregar a força e o terror para atingir seus objetivos. A guerrilha possui aspectos terríveis para as forças regulares. Em um combate convencional, você sabe quem é seu inimigo; ele não se oculta entre a multidão de inocentes. Na guerrilha, um soldado caminha tranquilamente por um pacífico vilarejo, dá bom dia a uma simpática senhora que cruza seu caminho e, cinco passos depois, ele está morto, alvejado pela aparentemente inofensiva senhora. É muito difícil, para um civil, entender isso. É uma realidade que não faz parte do seu horizonte e, como tal, jamais será apreendida em sua cruel totalidade. Esse cenário de incertezas, obriga as forças regulares a agirem nos mesmos moldes da guerrilha, e muitas vidas se perderam para que essas lições fossem aprendidas. Militares também são pessoas.

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    Neuromancer disse: Pode parecer necessário para você. Para mim não era. Os militares torturaram e perseguiram todos que eram contra a ditadura, e é bastante claro para mim que eles rotularam de ameaça esquerdista a qualquer um que fosse contra.

    Os métodos usados foram um erro, mas não invalidam a necessidade.

    Ou, dito de outra forma, os fins não justificam os meios, mas os meios não invalidam os fins.
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Neuromancer disse:
    O problema dos excessos é que eles me parecem muito com o grande mal que eles supostamente nos protegeriam. No fim, não vejo muita diferença de um regime ditatorial de esquerda.
    Há uma enorme diferença: os militares não pretendiam se eternizar no poder e, de fato, o devolveram aos civis, enquanto que outras ditaduras tiveram que ser derrubadas. Ou ainda estão aí, como a de Fidel.

    E outra enorme diferença: os militares mantiveram o sistema capitalista e promoveram um grande progresso no país, ao contrário de Cuba, Coréia do Norte e outros. Erraram em muitos pontos, mas, pessoalmente, acho que o saldo foi positivo.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Neuromancer disse:
    Diícil dizer qual seria o presente . Cuba continua uma merda comunista. Mas a Russia era comunista e hoje não. A China virou uma coisa que eu, sinceramente, não sei definir.
    A Rússia foi comunista por mais de 70 anos e à custa de milhões de mortos e um enorme atraso, do qual ainda não se recuperou.

    A China passou por coisas obscenas como a Revolução Cultural da qual também ainda não se recuperou.

    Nós tivemos coisas que não deveriam ter acontecido, mas que não afetaram a maior parte dos brasileiros. Não me lembro de ter tido a minha vida prejudicada em nada, embora alguns parentes tenham sido presos.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    Neuromancer disse: Ambos quiseram submeter a população ao que acreditavam. O que não aceito é a cara de pau de virem falar que foi para nosso bem, que fizeram aquilo com a intenção de evitar um mal maior.
    O que se teve foi um mal menor, mas que fique claro que essa nunca foi a intenção.

    Os militares impediram que os comunistas transformassem o país num regime que as pessoas sensatas, já naquela época, sabiam que era uma aberração. Impediram que aquilo que era aceito como o certo fosse transformado em uma coisa inaceitável. Impediram que os absurdos que já nos estavam sendo impostos se tornassem universais e definitivos. Não foi 'a crença dos militares'. Eles tiveram o apoio da maioria dos brasileiros.

    Erros foram cometidos no processo, psicopatas receberam um poder que nunca deveriam ter tido, houve julgamentos equivocados e, em muitos casos, a violência foi desnecessária. Isto não muda o fato de que a intervenção era necessária.
    Post edited by Fernando_Silva on
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    sybok disse: Agora, esses poucos ai que hoje choram que apanharam, não eram inocentes pegos por engano não, eram vagabundos que levaram uma bela duma surra merecida.

    Eram pessoas que tinham uma opinião diferente da sua. Nem todos os simpatizantes de causas socialistas são favoráveis ao espancamento de pessoas que não compartilham a mesma opinião ideológica. O mesmo acontece com (algumas) pessoas de direita que, apesar de discordarem, não pretendem matar esquerdistas.

    sybok disse: Agora explica ai, como é que pode em plena "democracia", as policias dos governos de esquerda, tanto do PT quanto dos Social Democratas tucanos, matarem tanto mais do que mataram as policias dos militares em sua época, e mesmo assim você ficar quietinho sobre as mortes da policia desses governos de esquerda.

    A polícia dos tucanos perseguem e matam quem é desafeto dos tucanos??
    Estamos falando de crimes políticos ou de criminosos comuns?
    Post edited by Neuromancer on
  • Ayyavazhi disse: Por que você tem essa certeza?

    Devido ao que fizeram. Não se contentaram em afastar a ameaça comunista. Foram muito além. É só tentar justificar as ações "necessárias" que mencionei antes que isso fica bem claro.
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    sybok disse: Agora falta você explicar ai como os militares com tanta sede de poder, puderam ir abrindo VOLUNTARIAMENTE o Brasil para a democratização, inclusive permitindo a volta dos baderneiros e manifestações, até o dia em que finalmente largaram o poder, mais uma vez voluntariamente.

    A coisa não foi bem assim. Os militares não acordaram num dia de verão e resolveram que para a alegria da nação iriam reestabelecer a democracia.
    A pressão interna e também externa tiveram seus efeitos.
    Convêm lembrar que os militares não eram um grupo monolítico, nem todos concordavam com o que estava sendo feito. A recessão teve seu peso também. O fim do apoio americano à ditadura com a vitória do democrata Jimmy Carter teve seus efeitos.
    Post edited by Neuromancer on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Neuromancer disse: A coisa não foi bem assim. Os militares não acordaram num dia de verão e resolveram que para a alegria da nação iriam reestabelecer a democracia.

    Geisel, no início dos anos 70, já começou a falar em abertura. Demorou mais do que devia, mas os militares nunca falaram em 'viemos para ficar'.
  • Um esquerdista nunca vai conseguir passar da etapa 4...
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down

    A tortura com certeza e um expediente lamentavel assim como os episodios amplamente documentados de uso dessa tatica por agentes do governo provisorio.

    Ocorre que esquerdistas e simpatizantes tentam estabelecer uma identidade entre defender a necessidade de uma intervencao militar nos anos 60 com uma defesa irrestrita da pratica da tortura.

    O recurso a tortura de presos politicos foi um dos aspectos do regime de 64, mas nem de longe sua identidade.

    Ao contrario, a tortura de dissidentes, traidores, hereges, opositores, subversivos e insobordinados e uma constante civilizacional das mais antigas. Ela foi empregada praticamente ao longo de toda a historia de todas as civilizacoes, e ainda e amplamente empregada nas civilizacoes do oriente, e, de maneira menos aberta, no ocidente.

    Nao foram os militares brasileiros que a criaram ou introduziram, e a sua saida do poder nao a eliminou. Um exemplo de emprego atual da tortura de conhecimento e substancial aprovacao publica sao nas acoes de batalhoes de operacoes especiais das policias estaduais contra grupos armados em favelas.

    O recurso a tortura nao e uma mera questao moral abstrata a qual nos podemos estabelecer um julgamento categorico em retrospecto, mas uma questao sobretudo pratica e contextual.

    E dentro de um contexto de guerra e terrorismo certas medidas moralmente repugnantes podem se tornar imperativos praticos incontornaveis.

    Porque julgamentos bastante diferentes sao produzidos por intelectuais isolados no tempo e espaco de problemas que agentes da lei devem resolver no calor do combate.

    Idealmente o que procuramos sao poderes judiciarios e executivos estritamente limitados por uma rigida constituicao, que entre outras clausulas, proiba o emprego de tortura.

    Mas essa nocao nao se aplica num cenario onde poderes instituidos estao perto de ser dissolvidos pela sabotagem sistematica de grupos criminosos, cujos objetivos totalitarios nao sao nenhum segredo.

    Nao se trata de empregar o relativismo moral. A imoralidade da tortura nao esta em questao. Mas se trata de entender o problema pratico e os trade-offs morais que muitas vezes existem quando decisoes reais envolvendo pessoas de carne e osso sao tomadas.

    Na conjuntura existente na epoca, doses de tortura e agonia eram inevitaveis, e algumas pessoas encarregadas de tomar decisoes importantes procuraram direcionar essas aflicoes, na medida do possivel, aos inimigos juramentados da sociedade democratica.

    E a eles eu dou meu reconhecimento.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • sybok disse: O grande erro dos militares foi anistiar terroristas e permitir que essa gente tivesse direitos políticos após a re-democratização.

    De quais terroristas estamos falando? Dos militares que aterrorizavam? Ou dos comunistas?
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    Não vou comentar o restante do post por concordar em parte com o que é dito. Mas não posso deixar essa passagem em vão:
    ufka_Cabecao disse: Na conjuntura existente na epoca, doses de tortura e agonia eram inevitaveis, e algumas pessoas encarregadas de tomar decisoes importantes procuraram direcionar essas aflicoes, na medida do possivel, aos inimigos juramentados da sociedade democratica.

    Todos eles eram inimigos da democracia. Os militares e os comunistas.
    Post edited by Neuromancer on
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    Toda vez que o Fernado me diz que era a vontade da nação que os militares tomassem o poder eu respondo: Era só, uma vez afastada a ameaça imediata de golpe, os militares se candidatarem que seriam eleitos, não era necessário que tomassem a força o poder e ficassem indefinidamente.
    Post edited by Neuromancer on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Neuromancer disse: Toda vez que o Fernado me diz que era a vontade da nação que os militares tomassem o poder eu respondo: Era só, uma vez afastada a ameaça imediata de golpe, os militares se candidatarem que seriam eleitos, não era necessário que tomassem a força o poder e ficassem indefinidamente.

    Isto parece lógico a quem não viveu aquela época. A quem não se sentiu ameaçado pelos caos crescente. Sim, eleições diretas talvez tivessem funcionado. Ou talvez tivesse bastado que o vice-presidente assumisse. Ou não. Afastar o presidente e alguns políticos provavelmente não seria o bastante, considerando que guerrilheiros e terroristas continuariam agindo livremente.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    sybok disse: E de modo bastante hipócrita, já que são os mesmos que tentaram dar um golpe e tomar de modo despótico, através da violência revolucionaria toda a propriedade privada e o controle da nação.

    Já estavam fazendo isto. Várias empresas estrangeiras tinham sido expropriadas, as fazendas estavam sendo invadidas e incendiadas.
  • sybok disse: Os militares não promoveram em NENHUM MOMENTO, nenhum tipo de ação terrorista.
    Alias, eles fizeram foi colocar os terroristas pra correr.

    Ahhh.....não? E o atentado no Riocentro? Me explique.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Neuromancer disse:
    sybok escreveu:
    Os militares não promoveram em NENHUM MOMENTO, nenhum tipo de ação terrorista.
    Alias, eles fizeram foi colocar os terroristas pra correr.

    Ahhh.....não? E o atentado no Riocentro? Me explique.
    Eu não diria 'em nenhum momento' e sim que a política oficial não era esta, mas que, como havia radicais entre os militares, este tipo de coisa aconteceu em alguns casos.

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