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Comentários
Deveriam ser contados também. Para que nenhum deles se consagre como Herói. Ambos fizeram merda. Ambos quiseram submeter a população ao que acreditavam. O que não aceito é a cara de pau de virem falar que foi para nosso bem, que fizeram aquilo com a intenção de evitar um mal maior.
O que se teve foi um mal menor, mas que fique claro que essa nunca foi a intenção.
Diícil dizer qual seria o presente . Cuba continua uma merda comunista. Mas a Russia era comunista e hoje não. A China virou uma coisa que eu, sinceramente, não sei definir.
Estou confuso quanto ao destinatário desse post, mas vou responder.
Se morreram 420 guerrilheiros, isso é consequência natural de qualquer confronto armado. Como se diz no popular: “Guerra é guerra”. Mas não sou assim tão alienado para acreditar que, infelizmente, inocentes não tenham pagado o preço dessa insanidade. E qual outro confronto, em qualquer tempo ou lugar, não ceifou vidas inocentes? Não é uma justificativa, é uma abordagem prática (mesmo que pareça fria e indiferente). Sempre foi assim e sempre será. Tragédias pessoais sempre irão emoldurar o cenário de qualquer conflito armado e, enquanto não somos suficientemente civilizados para abrir mão da necessidade de utilizar armas, resta-nos a questionável, e talvez nojenta, prática de olhar para os fins, em detrimento dos meios.
Matar as pessoas não deveria ser aceito, seja em que quantidade for, querer tornar menos grave só porque "não foram tantos assim" é algo que alguns simpatizantes dos militares fazem.
Comunistas estavam dispostos a matar e mataram para impor o que acreditavam, se tivessem tomado o poder matariam quem fosse contra, militares estavam dispostos a matar e também mataram para impor o que acreditavam, mataram alguns que foram contra. Qual é a grande diferença entre eles?
Destinava-se ao Cabeção.Foi ele que disse que para cada morto em tortura deveriam haver 4 filmes.
Exato. Não podemos prever o futuro. E, por isso mesmo, não podemos ancorar nossas ações em apostas otimistas.
Por que você tem essa certeza?
Não foi essa a intenção. Se tivessem morrido 420 mil guerrilheiros, eu pensaria da mesma forma. Não se trata de defender o regime militar em função do baixo número de mortos. Trata-se de compreender o momento histórico e todas as motivações que estavam à mesa.
Quando você fala “pessoas”, deve estar ciente de que são pessoas armadas, motivadas, dispostas a empregar a força e o terror para atingir seus objetivos. A guerrilha possui aspectos terríveis para as forças regulares. Em um combate convencional, você sabe quem é seu inimigo; ele não se oculta entre a multidão de inocentes. Na guerrilha, um soldado caminha tranquilamente por um pacífico vilarejo, dá bom dia a uma simpática senhora que cruza seu caminho e, cinco passos depois, ele está morto, alvejado pela aparentemente inofensiva senhora. É muito difícil, para um civil, entender isso. É uma realidade que não faz parte do seu horizonte e, como tal, jamais será apreendida em sua cruel totalidade. Esse cenário de incertezas, obriga as forças regulares a agirem nos mesmos moldes da guerrilha, e muitas vidas se perderam para que essas lições fossem aprendidas. Militares também são pessoas.
Os métodos usados foram um erro, mas não invalidam a necessidade.
Ou, dito de outra forma, os fins não justificam os meios, mas os meios não invalidam os fins.
E outra enorme diferença: os militares mantiveram o sistema capitalista e promoveram um grande progresso no país, ao contrário de Cuba, Coréia do Norte e outros. Erraram em muitos pontos, mas, pessoalmente, acho que o saldo foi positivo.
A China passou por coisas obscenas como a Revolução Cultural da qual também ainda não se recuperou.
Nós tivemos coisas que não deveriam ter acontecido, mas que não afetaram a maior parte dos brasileiros. Não me lembro de ter tido a minha vida prejudicada em nada, embora alguns parentes tenham sido presos.
Os militares impediram que os comunistas transformassem o país num regime que as pessoas sensatas, já naquela época, sabiam que era uma aberração. Impediram que aquilo que era aceito como o certo fosse transformado em uma coisa inaceitável. Impediram que os absurdos que já nos estavam sendo impostos se tornassem universais e definitivos. Não foi 'a crença dos militares'. Eles tiveram o apoio da maioria dos brasileiros.
Erros foram cometidos no processo, psicopatas receberam um poder que nunca deveriam ter tido, houve julgamentos equivocados e, em muitos casos, a violência foi desnecessária. Isto não muda o fato de que a intervenção era necessária.
Eram pessoas que tinham uma opinião diferente da sua. Nem todos os simpatizantes de causas socialistas são favoráveis ao espancamento de pessoas que não compartilham a mesma opinião ideológica. O mesmo acontece com (algumas) pessoas de direita que, apesar de discordarem, não pretendem matar esquerdistas.
A polícia dos tucanos perseguem e matam quem é desafeto dos tucanos??
Estamos falando de crimes políticos ou de criminosos comuns?
Devido ao que fizeram. Não se contentaram em afastar a ameaça comunista. Foram muito além. É só tentar justificar as ações "necessárias" que mencionei antes que isso fica bem claro.
A coisa não foi bem assim. Os militares não acordaram num dia de verão e resolveram que para a alegria da nação iriam reestabelecer a democracia.
A pressão interna e também externa tiveram seus efeitos.
Convêm lembrar que os militares não eram um grupo monolítico, nem todos concordavam com o que estava sendo feito. A recessão teve seu peso também. O fim do apoio americano à ditadura com a vitória do democrata Jimmy Carter teve seus efeitos.
Geisel, no início dos anos 70, já começou a falar em abertura. Demorou mais do que devia, mas os militares nunca falaram em 'viemos para ficar'.
A tortura com certeza e um expediente lamentavel assim como os episodios amplamente documentados de uso dessa tatica por agentes do governo provisorio.
Ocorre que esquerdistas e simpatizantes tentam estabelecer uma identidade entre defender a necessidade de uma intervencao militar nos anos 60 com uma defesa irrestrita da pratica da tortura.
O recurso a tortura de presos politicos foi um dos aspectos do regime de 64, mas nem de longe sua identidade.
Ao contrario, a tortura de dissidentes, traidores, hereges, opositores, subversivos e insobordinados e uma constante civilizacional das mais antigas. Ela foi empregada praticamente ao longo de toda a historia de todas as civilizacoes, e ainda e amplamente empregada nas civilizacoes do oriente, e, de maneira menos aberta, no ocidente.
Nao foram os militares brasileiros que a criaram ou introduziram, e a sua saida do poder nao a eliminou. Um exemplo de emprego atual da tortura de conhecimento e substancial aprovacao publica sao nas acoes de batalhoes de operacoes especiais das policias estaduais contra grupos armados em favelas.
O recurso a tortura nao e uma mera questao moral abstrata a qual nos podemos estabelecer um julgamento categorico em retrospecto, mas uma questao sobretudo pratica e contextual.
E dentro de um contexto de guerra e terrorismo certas medidas moralmente repugnantes podem se tornar imperativos praticos incontornaveis.
Porque julgamentos bastante diferentes sao produzidos por intelectuais isolados no tempo e espaco de problemas que agentes da lei devem resolver no calor do combate.
Idealmente o que procuramos sao poderes judiciarios e executivos estritamente limitados por uma rigida constituicao, que entre outras clausulas, proiba o emprego de tortura.
Mas essa nocao nao se aplica num cenario onde poderes instituidos estao perto de ser dissolvidos pela sabotagem sistematica de grupos criminosos, cujos objetivos totalitarios nao sao nenhum segredo.
Nao se trata de empregar o relativismo moral. A imoralidade da tortura nao esta em questao. Mas se trata de entender o problema pratico e os trade-offs morais que muitas vezes existem quando decisoes reais envolvendo pessoas de carne e osso sao tomadas.
Na conjuntura existente na epoca, doses de tortura e agonia eram inevitaveis, e algumas pessoas encarregadas de tomar decisoes importantes procuraram direcionar essas aflicoes, na medida do possivel, aos inimigos juramentados da sociedade democratica.
E a eles eu dou meu reconhecimento.
De quais terroristas estamos falando? Dos militares que aterrorizavam? Ou dos comunistas?
Todos eles eram inimigos da democracia. Os militares e os comunistas.
Isto parece lógico a quem não viveu aquela época. A quem não se sentiu ameaçado pelos caos crescente. Sim, eleições diretas talvez tivessem funcionado. Ou talvez tivesse bastado que o vice-presidente assumisse. Ou não. Afastar o presidente e alguns políticos provavelmente não seria o bastante, considerando que guerrilheiros e terroristas continuariam agindo livremente.
Já estavam fazendo isto. Várias empresas estrangeiras tinham sido expropriadas, as fazendas estavam sendo invadidas e incendiadas.
Ahhh.....não? E o atentado no Riocentro? Me explique.