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Comentários
Desde que os grandes gênios intelectuais esquerdistas burros (com o perdão do pleonasmo) passaram a ser mais ouvidos, ainda mais com os antigos criminosos esquerdistas agora no "pudê", temos deixado muito nebulosa a questão do certo/errado e passou-se a uma ampla e geral justificativa dos errados.
Antigamente se bandidos aprontavam nas cadeias, sobrava tiro e cacetada pra todo mundo. Hoje... _ Não! Não podemos agredir, nem falar grosso nem nada: temos de NEGOCIAR.
O cara cometia algum crime, antigamente devia ser punido e pronto. Hoje... O mote é EDUCAR E CONSCIENTIZAR, mas NUNCA punir. Viva os Dereitos Omanos! E assim então temos dois pesos e duas medidas para tudo. Os bandidos sempre têm razão, sempre tem uma JUSTIFICATIVA SOCIAL para cometer seus crimes.
E para os gênios intelectuais esquerdistas, há crimes e crimes. Atletas cubanos insatisfeitos com o Paraíso dos Trabalhadores que Cuba é, quiseram sair de lá e pediram asilo aqui. Caíram do cavalo: o muito humanitário e rigoroso Tarso Genro os mandou de volta na hora. Já no caso do Batistini, que matou 4 pessoas... Ah! Este não fez nada de errado. Afinal ele matou em nome de uma sociedade mais humana, justa e igualitária. Por isso entendeu que ele pode ficar por aqui mesmo. Disseram até que, depois de resolvidas suas pendências, ele vai ser assessor do Tarso...
Isso parece que é até mesmo "aplicado" a algumas religiões e ao "Deus" que alguns defendem
A memoria seletiva funciona em todas as direções. Seja na sua, na minha ou na dos seguidores doidos.
Não vejo necessidade de escolher partes boas ou más, basta ler o todo. Conheço a parte a que você faz referência. Esse texto literal não é violento no seu todo, mas de facto pode ser lido desse modo, especialmente se for amputado do seu todo pela memoria seletiva. O que vamos fazer, interditar? Vamos punir todos os seguidores, por existirem doidos -onde iria isto parar?
A bíblia tem o mesmo problema, a meu ver, pior. Nos judeus procuro entender, como podem tirar paz, ideias de melhoria do ser humano, no meio das piores atrocidades descritas num livro dito sagrado. E, sem necessariamente concordar com as explicações, prefiro aproveitar para tentar ver o melhor, invés do pior. Não é a existência de doidos que deve ditar a vida de milhões de pessoas decentes. Qual seria a outra alternativa, interditar?
Não precisamos respeitar, nem aceitar as crenças alheias, podemos ver cada caso, por aquilo que ele é, evitando atingir as pessoas boas. Não creio caber-nos a tarefa de ditar aos outros o que devem crer.
Desde que o crente não ache que sua crença prevalece sobre a constituição e o código penal.
Eu nunca li a Bíblia e nem o Corão, graças a Deus, mas conheço muitas passagens de ambos os livros, pois, com frequência, leio trechos que são publicados aqui mesmo, no RV. Acusadores e defensores fazem essas publicações tentando, cada um, demonstrar sua razão. A ironia, como eu disse anteriormente, é que o tiro sai pela culatra quando tentam defender. O texto publicado pelo Pug, lembro-me perfeitamente, continha inúmeras incitações à violência, com ordens explícitas para que se matassem os inimigos. Em diversos momentos, o livro fala que se deve matar apenas quando houver justa causa, sem, no entanto, esclarecer o que seria esse motivo justo, deixando (muita) margem à interpretações perigosas. Mais adiante, fica bastante explícito que, por motivo justo, entende-se o simples fato de ser incrédulo.
A defesa apresentada na época não é muito diferente desta, que você acaba de abordar. Fala-se de um tal contexto e que não se deve literalizar os ensinamentos ali contidos. No entanto, o que se afigura óbvio é que o homicídio não deveria ser tratado com tamanha irresponsabilidade. Pessoas inocentes estarão sempre à mercê da interpretação dada por fanáticos que, a bem da verdade, apenas não conseguiram traduzir toda aquela insanidade de forma pacífica e serena como você e outros fizeram. Não se deve esperar que as pessoas compreendam contextos quando, em um livro que se diz sagrado, o certo seria não haver qualquer permissão para se tirar uma vida. Principalmente por motivos tão fúteis.
No mais, acho admirável sua tolerância e equanimidade. Quisera eu ser assim. Quisera eu ter assinado o seu texto. Ainda sou uma alma muito primitiva e, confesso, não consigo evitar o ódio toda vez que chegam notícias de mulheres apedrejadas por aquela corja de assassinos. A religião não deve ser interditada, mas essa prática monstruosa merece, repito, atenção do mundo civilizado. E essas palavras não estão fora de contexto; eu quis dizer exatamente isso.
Sei que existem pessoas boas, Mig. Diria até que são maioria. E também não me importo com o que as pessoas crêem ou deixam de crer. O que me incomoda, e muito, é que se cometa qualquer violência e, em nome do respeito à crença, o mundo silencie diante de atrocidades.
Legitima defesa é a causa justa - pode ler-se literalmente isto, no Alcorão. E no caso do Islão, digo para ser lido na literalidade.
Recordo de passagens referentes a cortar a mão do ladrão, onde literalmente, a punição vem seguida das palavras que dizem, se ele mostrar arrependimento, perdoa-lhe.
No entanto, cuidado, estou a citar passagens de memoria, e posso estar equivocado.
Na pratica, todos sabemos o que acontece por esse mundo fora.
Todos somos bons e maus - temos a capacidade de escolher. Mais do que errar, acredito que é na constância que nos fazemos. Tal como você sou um homem, e também sujeito às sensações. A raiva é uma dessas sensações, a qual também se manifesta aquando das noticias de atrocidades.
Confesso, cheguei a chorar pela morte de pessoas pertencentes à oposição. Numas vezes, raiva, noutras tristeza, por vezes as duas ao mesmo tempo em conflito.
Quando falo de pessoas boas, a minha fasquia é baixa. Veja de modo simples, a maioria das pessoas respeita as regras e o minimo que garante um convívio em sociedade.
Claro. Pior é se todos os crentes decidem mudar a constituição e o código penal - deixemos esse cenário implausível de lado
Não é implausível. Acontece no Brasil. Leis são alteradas conforme a conveniência da bancada evangélica.
Dois exemplos:
- O limite de ruído tolerável foi aumentado porque as igrejas evangélicas eram campeãs de multas.
- Era proibido construir templos em áreas residenciais por causa da confusão que eles causam. A lei foi mudada.
E já houve casos na Europa, comentados aqui no RV, em que a shariah prevaleceu sobre a legislação do país (na Inglaterra e na Alemanha, se não me engano).
Perdoe-me a chatice, Mig, mas, entre várias citações de legítima defesa, encontrei uma que dizia “Este será o castigo dos incrédulos” (citado de memória, porém sem comprometer sua essência). Esse tipo de citação, em um livro que se acredita ser a palavra de Deus, pode autorizar um fanático a tirar a vida de qualquer um que não seja muçulmano.
Se Deus quiser tirar a mão ou a vida de alguém, Ele que o faça. Por que mandar que nós, imperfeitos e incapazes de lidar com o real conceito de justiça, façamos esse tipo de coisa? Eu respondo: Porque esse e todos os outros livros sagrados foram escritos por humanos. Não há nada de sagrado nisso. Não há nada de divino ou moralmente elevado em determinar que pessoas aprendam e exercitem a vingança. As sociedades humanas evoluíram bastante e hoje temos leis que tentam garantir a ordem e o bom convívio. Mas nenhuma delas legitima a mutilação de pessoas, como se ainda vivêssemos em tempos bárbaros. Isso é abominável e, diz-se, é a palavra de Deus.
Pois é.
...
Minha visão é simples e rasteira: religião deveria pregar apenas o bem. O crente, de qualquer religião, não deveria ter que se preocupar com contextos e interpretações. O Bem deveria estar lá, explícito, transparente e acessível a uma criança de cinco anos. O Bem não deveria ser o produto do filtro intelectual de uns poucos.
O que são "pessoas pertencentes à oposição"? Por favor, não veja ironia em minha pergunta; eu realmente não entendi.
Imagino que o incrédulo seja castigado no inferno - Um zeloso doido pode pensar em acelerar o envio para o inferno - é uma possibilidade.
Passagens como a de cortar mãos, independentemente, do contexto e de existir alternativa, considero deplorável que a mera hipótese de ato atroz seja apresentado - Mais ainda, crendo ser ordem divina. A existência de passagens como a apresentada, torna-me não seguidor.
Discordo. Religião é orientação, nunca uma ideologia totalitária que nos diz o que fazer a cada instante - o hilariante é ver muitos crentes evocarem a sua religião como sendo um código completo e absoluto, como para me contrariar.
Fiquei com a impressão de não estar a ser claro. Esquerda e direita, um é oposição do outro, é isto a oposição rsrs.
Quando escrevi tinha em mente uma situação mais pesada, tal como uma guerra. Escolhi um dos lados, mas não fiquei indiferente ao sofrimento de ambos.
Você acaba de "destruir" todas religiões de forma tão simples :)
Precisamos esclarecer isso. Quando eu digo que a religião deveria pregar apenas o bem, não significa que ela vá ditar o que cada um deve ou não fazer. Pregar o bem é apenas isso, divulgar ao homem o bom caminho a seguir, ser uma portadora de bons conselhos e boas orientações. Segue quem quiser. A liberdade de ninguém estaria comprometida. Mas a religião, rigorosamente, seria tão somente uma fomentadora do bem e um repositório de tudo o que há de melhor no ser humano. Não é, infelizmente, o que se vê na prática. Muito antes pelo contrário. No mais, concordo com você.
Tem a certeza? Por existir o mal, a religião fracassou?
Não pode antes, dar-se o fracasso do individuo?
Qual seria a utilidade do esforço para nos tornamo-nos virtuosos?
Podíamos passar os dias nisto. Indo direto ao que considero essencial. O melhor papel que podemos fazer é denunciar e rejeitar a barbárie.
O alcorão serve para justificar a atrocidade e para a justificar a misericórdia.
http://www.publico.pt/Mundo/iraniana-cega-por-acido-perdoa-agressor-antes-da-aplicacao-da-pena_1505518
Nunca é o livro inteiro, são as partes selecionadas conforme a conveniência de cada um.
O perdão equivocado também é um erro grave.
Sempre, inclusive quando se crê na interpretação do sábio da religião.
Se assim não fosse, o livro não faria menor sentido.
Não sei, pode ser.
Isto se aplica ao Gita, ao Livro dos Mortos egípcios, ao Silmarillion, ao Malleus Maleficarum e ao Mein Kampf.
Sim, o perdão também está lá, mas em que contexto? Ou o contexto só existe quando é necessário explicar a incitação à violência?
(Eu disse que sou chato).
Quando se trata de Deus, eu não compreendo meias verdades. Não as aceito. Defende-se o contexto quando a violência (ou qualquer outra impropriedade) é demonstrada, exposta em livros sagrados. Então, o Bem que ali existe também depende de um contexto. Não é absoluto. Não se pode empregar dois pesos e duas medidas para se explicar as inconsistências de uma obra com essa. Os princípios aplicados a uma parte, servem ao livro todo.
Se algum desses livros sagrados fosse de fato a expressão da verdade, esses “ajustes” não seriam necessários.
Serve para os livros que propõem solucionar o melhor caminho de vida.
Tudo é escolha. A mesma escolha que os doidos fazem para cometer atrocidades ditas justificadas.
No caso, a iraniana nem perdoo, antes preferiu ser indemnizada, ficando mais bonito falar-se em perdão.
Tenho dito, o texto literalmente não manda matar, nem cometer atrocidades - Quando é recortado este passa a dizer o que o individuo escolher ver.
Vou recorrer-me a Heráclito, adaptando-o - O Alcorão substitui o oraculo de Delfos e não falando nem escondendo, apenas indicando.
Desconfie de verdades absolutas, assim o dizia Agostinho da Silva.
"Nunca julgar que aquilo em que acredita é efectivamente a verdade. Fujam da verdade como de tudo! Porque quem tem a verdade no bolso, tem sempre uma inquisição do outro lado, pronta para atacar alguém." - Agostinho da Silva