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Comentários
Mas às vezes só pioram as coisas.
Eu concordo com você. O único ponto em que insisto é: não haveria necessidade (e nem o risco!) de escolha se as escrituras sagradas só tratassem do Bem. Existe uma margem, e grande, para que essas escolhas aconteçam e óbvio está que nenhum desses livros é sagrado.
Ela diz, de acordo com a matéria, que fez aquilo pelo seu país, pois a atenção internacional estava voltada para o caso. Foi um perdão motivado por questões políticas. E a indenização é justa, já que ela tem feito cirurgias e tratamentos médicos caros, tentando pelo menos minimizar os danos causados pelo ácido.
Neste ponto, lamento, eu vou continuar discordando de você, pois o texto literalmente manda matar. Várias vezes. É possível que um argumento, diferente de tudo o que já foi utilizado até agora, possa mudar essa impressão. Mas isso ainda não aconteceu. Até o presente momento, eu leio claramente ordens para matar onde alguns outros conseguem perceber um contexto que me escapa. Lamento, mas o texto é literal e inequívoco.
Eu faço isso desde que me entendo por gente.
Concordo parcialmente. Eu sempre vou desconfiar de tudo o penso ser a verdade, até que, de alguma forma, essa verdade possa ser experimentada. Fugir da verdade... bem, só se for no sentido figurado, pois o que tenho feito, a vida inteira, é procurar por ela. Por fim, quem tem em um dos bolsos uma inquisição pronta para atacar, NÃO TEM a verdade no outro bolso. É alguém que acredita muito em suas próprias ilusões, nunca alguém que encontrou uma verdade.
2.188 . Não consumais as vossas propriedades em vaidades, nem as useis para subornar os juizes, a fim de vos apropriardes ilegalmente, com conhecimento, de algo dos bens alheios.
2.189 . "Interrogar-te-ão sobre os novilúnios. Dize-lhes: Servem para auxiliar o homem no cômputo do tempo e no conhecimento da época da peregrinação. A virtude não consiste em que entreis nas casas pela porta traseira; a verdadeira virtude é a de quem teme a Deus, para que prospereis."
2.190 . "Combatei, pela causa de Deus, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, Deus não estima os agressores
2.191 . Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos.
2.192 . Porém, se desistirem, sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.
2.193 . E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos.
2.194 . "Se vos atacarem um mês sagrado, combatei-os no mesmo mês, e todas as profanações serão castigadas com a pena de talião. A quem vos agredir, rechaçai-o, da mesma forma; porém, temei a Deus e sabei que Ele está com os que O temem."
2.195 . Fazei dispêndios pela causa de Deus, sem permitir que as vossas mão contribuam para vossa destruição, e praticai o bem, porque Deus aprecia os benfeitores.estima os agressores."
Nem sei quais trechos colocar aqui, sem deturpar o texto - ficam uns quantos que busquei.
Pessoalmente, vejo aquilo que você diz que o livro sagrado deveria ser, falar do bem.
Você compreende que qualquer texto que fale do bem, necessita dizer o que é este bem, nem que para informar o que não é. Todo o livro sagrado é a respeito do bem, de como ter uma vida virtuosa .
Como cético coloco em causa a sacralidade e divindade do texto, este é no meu entender, o principal motivo para o seu mau uso. No lugar do Alcorão podíamos ter um, Ética a Nicômaco, sem o peso da pretensa divindade o ter ditado ou inspirado.
A questão não é se tem mesmo a verdade no bolso, mas pensar que a possui.
Ajudar-me-ia a entender o que você pensa ser um livro que só tratasse do bem.
Vejam como esse cara aí entendeu Religião:
Texto de autoria do pastor evangélico René Kivitz
Numa visita ao Lar Espírita Mensageiros da Luz, que cuida de crianças com deficiência cerebral para entregar ovos de Páscoa. Uma parte dos atletas, jogadores dos Santos, entre eles, Robinho, Neymar, Ganso e Fabio Costa, se recusou a entrar na entidade e preferiu ficar dentro do ônibus do clube, sob a alegação que são evangélicos.
Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles.
O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.
A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.
Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo, ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião.
Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.
O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixam de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.
Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.
Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.
Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina - ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.
Dou nota 1000 pra esse pastor aí. Acho que ele entendeu religião muito melhor que o Dawkings e muito militante ateu por aí.
Religião, especialmente a Cristã, mas as outras não ficam muito atrás, não são coisas destinadas a fazer as pessoas a serem boas. Até dizem que ser bom é inútil se não acreditar nas elucubrações teológicas. Prova disto está aqui:
http://cacp.org.br/espiritismo/artigo.aspx?lng=pt-br&article=2600&menu=5&submenu=1
Segue o texto:
Autor : Pr. Renato Vargens Publicado em : Sexta, 01/04/2011
A imprensa brasileira celebra o lançamento do filme onde se comemora os 100 anos do nascimento do médium espirita Chico Xavier.
Francisco Cândido Xavier, nasceu em Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte, era filho de Maria João de Deus e João Cândido Xavier. Chico Xavier como mais tarde veio a ser conhecido, foi educado na fé católica. Chico teve seu primeiro contato com a doutrina espírita em 1927, após fenômeno espiritual verificado com uma de suas irmãs. Desde então, passou a estudar e a desenvolver sua mediunidade que, como relata em nota no livro Parnaso de Além-Túmulo, somente ganhou maior clareza em finais de 1931. O seu nome de batismo Franciso de Paula Cândido foi dado em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, tendo sido substituido mais tarde pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier. Ao romper com o catolicismo romano Chico escreveu seus primeiros livros. Chico Xavier foi sem a menor sombra de dúvidas o mais conhecido dos espíritas brasileiros, tendo psicografado mais de 400 livros, incentivando o movimento espírita a revelar sua adesão à doutrina sistematizada por Allan Kardec.
Caro leitor, ainda que a imprensa exalte as obras de Chico Xavier, a Bíblia nos ensina que a fé desenvolvida pelo médium o levou para o inferno. Sim! Chico Xavier está no inferno. Por mais honesto e caridoso que ele tem tenha sido, ele está no inferno. Ele está sofrendo juntamente com todos aqueles que negaram a fé e ensinaram o falso evangelho. Ele está lá com todos que corromperam o evangelho da graça, ensinando um cristianismo de obras e carmártico. Ele está no inferno por ter ensinado e acreditado na doutrina da reencarnação, ele está no inferno por não ter recebido Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, ele está no inferno por consultar os "mortos" e espíritos enganadores.
Prezado amigo, Chico Xavier não foi a reencarnação de Allan Kardec. A reencarnação não existe, ela é uma doutrina falsa e demoníaca. Chico Xavier foi um pecador como todos os homens e como tal indesculpável diante de Deus. Chico Xavier está no inferno, por não ter tido os seus pecados perdoados pelo unigênito de Deus.
Vendo toda a história do Cristianismo e o fato de não ter produzido pessoas melhores, nem sociedades melhores, parece-me então que dizer que Religião é ensinar o Bem é um caso de:
"Deus me livre! Que mentira cabeluda!"
Vou olhar o texto antigo, publicado pelo Pug, e relembrar as passagens que se mostraram um tanto inadequadas a um livro sagrado. Se houve um erro de interpretação de minha parte, terei humildade suficiente para reconhecer e desculpar-me.
Vou tomar emprestado um pequeno trecho do texto postado pelo Botânico:
Resumindo: tudo o que possa ajudar o homem a se tornar melhor.
Se existisse o tal inferno, ele seria um lugar muito apropriado para imbecis desse nível.
É difícil responder essa postagem, pois tantas indefinições e mistérios ela guarda, a começar pelo “alguém aqui”, sem, no entanto, especificar quem seja. O início dela aponta em minha direção, o final, em outra, o que me deixa realmente em dúvida quanto ao seu endereçamento. Se você puder dirimir essa dúvida, responderei prontamente.
Corrigi este versículo, faltava a parte mais relevante: Deus não estima os agressores.
No Brasil, consta que espiritualidade é muito usada pelo meio espirita - Aparenta uma necessidade de distinguir os seguidores de uma e doutra doutrina.
Considerando os religiosos num grupo no seu todo, separando os seus componentes pelo agir individual de cada um deles. Fazemos a divisão em dois grupos. O primeiro; temos pessoas interessadas na teoria, onde, a virtude nunca passa do papel ou serve para impor aos outros o que recusam para si. Em paralelo temos o segundo grupo, nele incluem-se; todos aqueles que preferem a virtude vivida, não procurando impor nada aos outros, nem perdem tempo a julgar os mesmos.
Coloca-se um problema, por mais que seja bonito dizer que a virtude, vive-se, fica por saber o que a define. Qual é o comportamento virtuoso?
O Ayyavazhi parece ao carregar na tecla do Bem, querer saber o que o Alcorão diz ou faz de útil para resolver esta questão. Talvez até, questiona se o Alcorão não é responsável na promoção de comportamento inadequado.
Observando o comportamento dos seus seguidores, concluo; este livro inspira os dois tipos de religiosos descritos por mim. Pode-se negar a existência de um dos grupos, mas isto seria apresentar uma visão pouco rigorosa do mundo. A discordância com o Ayyavazhi, deve-se à amputação de uma parte do seu todo. Não consigo entender o mundo como sendo apenas Bem ou apenas Mal, ambos existem, nunca separados.
Os agressores precisam saber disso. Principalmente os que agridem em nome de Deus.
Não exatamente. A atenção que reservo a escrituras sagradas não chega a esse ponto.
Agora sim. Comportamento inadequado existe em praticamente todas as religiões, com grandes variações no nível de inadequação. O cristianismo não tem mais o poder de matar e torturar pessoas, mas já fez isso em larga escala. O que temos hoje é uma evolução social e política, que reduziu o poder da Igreja, o que não significa que a própria religião tenha evoluído. Se tais coisas aconteceram, é porque, óbvio, a religião o permitiu e incentivou. É o que ocorre hoje com o islamismo. Pessoas sendo apedrejadas, principalmente por motivos absurdamente ridículos, é algo inaceitável para qualquer ser humano minimamente decente. A quantidade de fatos “inadequados” que chegam até nós através dos noticiários, e os tantos outros que nunca saberemos!, deixa claro que algo está muito errado. Muito além do que os contextos poderiam explicar.
Então minha análise não está errada.
Minha intenção não é amputar nenhuma escritura, mas demonstrar que, se existe justificativa para a amputação, então a origem divina de qualquer dessas obras é mais que questionável. O religioso que ainda preserva sua razão e bom senso, sempre precisará garimpar os bons ensinamentos, escondidos, misturados ao lodaçal. É possível aprender de outras formas. Qualquer pessoa pode. Em outro tópico, o Criaturo defende a Bíblia com o mesmo afinco e com os mesmos argumentos. Porque não existem outros. Não importa a religião, não importa a escritura, sempre será necessário eleger o que é bom e o que não é. Se uma corrente filosófica, religiosa ou coisa que o valha, precisa da minha ajuda para ser boa, então ela não me serve.
Infelizmente, eu concordo. Posso estar errado mas, até onde já aprendi, o Bem e o Mal parecem ser necessários para o “bom funcionamento” do mundo. No entanto, não é em livros que se dizem sagrados que eu espero encontrar essa dicotomia.
O pior que pode acontecer às ideias é serem sacralizadas.
Uma discussão interessante ocorre no capítulo "O preço da fé", do livro "O preço de todas coisas", Eduardo Porter, basicamente é uma abordagem econômica para as religiões.
Uma abordagem mais detalhada é a proposta de ""Marketplace of the Gods: How Economics Explains Religion", Larry Witham. Porém este último eu ainda não li.
Nós temos alguns pontos divergentes mas, de um modo geral, percebo que não somos assim tão antagônicos. Você parece nutrir uma certa simpatia pelo Islamismo (corrija-me se eu estiver errado) e, eu, nenhuma. Mas, que fique claro, eu tenho o mesmo problema com as outras religiões.
Quando simpatizamos com algo, ficamos mais inclinados a ver o melhor e experimentamos outro nível de tolerância. E vice-versa...
Não considero o Islão diferente das demais religiões. Sempre senti empatia pela religião em geral.
Então você teria a mesma postura em relação à Bíblia, por exemplo?
Sim.
As tradições religiosas fazem parte do nosso comportamento diário. Considero importante estudar a religião, mais não seja para entender as tradições.
Interessante. Então, peço que o colega releve meu julgamento precipitado.
Não necessariamente. Não é preciso concordar ou acreditar em tradições absurdas para sentir atração, simpatia ou mera curiosidade pelo fenômeno religioso. A religião, boa ou má, sempre esteve e, a despeito de previsões mais afoitas, sempre estará presente em nossas vidas, como um componente cultural irremovível.