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Como melhorar o ensino público no país?

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Comentários

  • sybok disse: Fato: Alguns alunos sabem que papai está pagando e que a escola não vai chutar o cliente pra fora.
    Fiquei pior quando fui pra escola publica, mas aprendi a me comportar mal ainda na escola particular. Os pseudo-educadores do brasil são ruins independente de se tem ou não o governo como patrão.

    Isso aí, eu já sofria por ser timido e bom aluno não dava trabalho para professores. Os alunos problema era castigados precariamente e olhe lá. No segundo grau a coisa piorava, cheguei a me isolar de todos no terceiro ano e quanto terminei o segundo grau veio uma sensação de alívio.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited novembro 2012 Vote Up0Vote Down

    Cameron,

    E normal e perfeitamente saudavel encarar as minhas projecoes para a performance de um sistema de educacao em livre mercado como sendo "otimistas".

    Elas sao grosso modo baseadas em resultados observados em outros setores privatizados, como mineracao e telecomunicacoes. Pouco mais de quinze anos atras seria igualmente otimista acreditar que em pouco tempo todo pobre teria um telefone celular ou dois, ou que a Vale do Rio Doce seria a maior empresa de mineracao do mundo, e o fundador da sua concorrente nacional seria um dos homens mais ricos do mundo.

    E o sistema publico de educacao parece ter tantos problemas simples que poderiam ser resolvidos pela disciplina do mercado, que eu acho ate que os resultados de uma privatizacao seriam mais espetaculares ainda no caso dele.

    Mas voce tem toda razao em ser cetica quanto a isso, essa e apenas a minha opiniao bastante vaga. Eu posso estar enganado.

    Com relacao a proposta nao angariar apoio, e porque ela ainda e pouco levada a serio.
    Ha uma componente de profecia auto-realizante na formacao de qualquer tipo de apoio politico.

    Quanto mais pessoas comecarem a discutir seriamente coisas como a abolicao do MEC, mais esse tipo de proposta se tornara visivel, e mais chances de que alguma coisa seja feita nesse sentido.

    A proposta de extinguir o Department of Education nos EUA por exemplo e suficientemente levada a serio para fazer parte do programa de pelo menos tres pre-canditados as ultimas eleicoes presidenciais pelo Partido Republicano (Ron Paul e Rick Perry foram explicitos quanto a esse ponto, e Mitt Romney deu a entender algo nesse sentido).

    Em outras palavras, trata-se de um ponto mais realista do que muitas pessoas estao condicionadas a pensar.

    No caso nao se tratava de um amplo projeto de privatizacao, mas da extincao de um orcamento federal e do deslocamento dessas responsabilidades e poderes para Estados e individuos, mas isso ja seria um excelente comeco.

    A verdade e que a proposta e extremamente aterradora para aqueles que acreditam na gestao burocratica das coisas. A educacao publica secular foi instrumental para o estabelecimento dos regimes politicos modernos e sobretudo para a articulacao de sistemas totalitarios.

    Ministerios de Educacao controlam as verdadeiras armas de destruicao em massa no arsenal da violencia politica moderna, armas que sao usadas pelos governos contra seus os proprios cidadaos.

    Esta mais do que na hora de comecar a falar seriamente sobre desmantela-los.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Dificilmente o analfabetismo funcional pode ser extinto em 10 anos, uma vez que os que já concluíram os estudos no ensino público já foram analfabetizados por ele. Precisaria de pelo menos uma geração para extingui-lo por completo.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • sybok disse: Abolir o ensino publico seria a melhor coisa do mundo ufka_Cabecao, mas infelizmente o ensino particular também é um problema.


    Não diria que seria um problema somente das escolas: é problema dos pais também. Quem não se interessa em saber como o filho se comporta e larga de mão em uma escola pública tem a mesma culpa que paga uma escola particular esperando que o mesmo tome jeito delegando a responsabilidade a terceiros. São educadores, não babás.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • Inicialmente uma pessoa neoliberal como eu deveria concordar plenamente com o ufka_Cabecao, porém, todas as áreas que foram privatizadas, o foram, mas, até onde eu sei, em todos os lugares a iniciativa privada é REGULADA pelo Estado, em momento algum eu observei o forista propondo isto. Dito isto, todos temos que concordar que em qualquer área, seja da petrolífera a de telecomunicações, sem a mão do estado regulando-as, as coisas mais bizarras acontecem, o que poderia ocorrer em um sistema educacional 100% privatizado? No começo poderia termos incríveis benefícios, mas, com o tempo os preços subiriam descontroladamente, principalmente em decorrência da própria concorrência inicial, que fez com que as escolas gastassem mais e mais. Um bom exemplo, universidades americanas, conhecidas por serem extremamente caras, e seus custos estão subindo muito além da inflação, e não pretendem baixar, tudo por não terem nenhum tipo de regulação. Tamanha barbaridade não pode ocorrer na educação básica.

    O grande problema do Brasil é de ordem cultural, como uma teia de aranha maldita várias idéias se complementam e criam e fortalecem esta maldito caldo cultural, em que a esperteza, junto com a corrupção, criou um ambiente em que o povo é mantido longe da educação que o libertaria por todos os meios possíveis, seja direta ou indiretamente, consciente ou não, os nossos queridos e estimados governantes, garantem que o ensino seja cada vez pior.

    O Povo não tem noção concreta da situação e não tem condições de protestar. Assim, como os cidadões romanos, os brasileiros vivem do populismo e do pão e circo, o que todos já sabemos.

    Incapazes de requisitar uma solução, a sua única solução seria os intelectuais, que infelizmente estão congelados no tempo com pensamentos ora atrasados, ora avançados demais, vivendo suas mentes em um outro mundo que não é o Brasil. As soluções estão aqui, e poderiam ser implementadas facilmente.

    Com base nisto, eu tenho algumas soluções óbvias e simples:
    1) Instituição da meritocracia;
    2) Reforma completa no MEC, excluir cargos desnecessários e estruturas inúteis.
    3) Estampar o nível de qualidade do ensino de um escola, na entrada de escola. A nota do ENEM.
    4) Obrigatoriedade de filhos de políticos de todas as esferas estudarem em colégios públicos.
    5) Implementar meios de intervenção em escolas em que a nota do ENEM esteja muito baixa, a equipe intervencionista teria poderes irrestritos, desde demissão de todos os membros da escola, como em casos extremos solicitar até que a polícia comparecesse regularmente a instituição com o intuito de intimidar alunos problema.
    6) Aferição do Quociente intelectual (ou qualquer outra métrica que identifique o potencial) dos alunos, após a quarta série, e aqueles que tiverem QI acima da média serão transferidos para polos especiais mais equipados. Desde que a Família e o próprio estudante esteja de acordo com tal.

    A implementação de tais medidas por si só, melhorariam e muito a educação do país. A meritocracia através de exame é passível de "tramóias", conforme você pode ler em livros como "Freakonomics", porém, existem meios de detectá-las, conforme lá é descrito, além disto, em qualquer sistema sempre existirão os espertos, afinal, moramos no Brasil, mesmo que melhoremos ao máximo, nunca chegaremos a perfeição. Exceto no dia que o Brasil foi como a Coréia do Sul, em que o POVO per si, já considera a EDUCAÇÃO como algo extremamente essencial, neste dia não precisaremos mais nos preocupar com "espertos", pois, em uma cultura como esta, estes são poucos e a própria sociedade sabe como depurá-los com precisão.


  • Para complementar, os arquétipos inerentes a própria sociedade e cultura brasileiras são atípicos, bizarros e só ocorrem aqui.

    Aqui a coisa mais insana possível para um empregado ou funcionário público é a instalação da meritocracia, todos se consideram iguais, e consideram direito essencial a maldita isonomia salarial. Apoiados na ideologia esquerdista, eles falam mais do mesmo, que a educação não é boa devido a salários e a ineficiência, salientando assim uma meia verdade, que é a mais velha e cruel irmã da mentira.

    Dito isto, fica patente porque qualquer solução aqui apresentada, que de fato possa resolver o problema, não tão cedo poderá ser implantada, pelo simples fato de que todas precisam que haja uma mudança na mentalidade do próprio povo brasileiro. Desde a abandonar idéias bastardas como isonomia salarial, como a adoção do pragmatismo das soluções e sobretudo o endeusamento da educação no seu lugar de merecimento como a solução de todos os nossos problemas.
  • Recomendo a leitura do paper abaixo, sobre o "fracasso" do sistema de vouchers chileno, que criou uma situação em que existem 3 tipos de escola. As de baixa qualidade, as públicas, as de média qualidade, que são subsidiadas pelos vouchers, e as excelentes que são as inteiramente privadas. Realidade esta que o povo observou e não gostou nenhum pouco:
    http://www.schwartzman.org.br/simon/paperChile.pdf
    Cito aqui uma parte do paper:
    A criação de um sistema educacional moderno,
    eficiente, socialmente eqüitativo e de qualidade não é obra de pouco tempo, nem o
    resultado de uma decisão política isolada, mas requer um trabalho constante e
    permanente de governos, educadores e da sociedade como um todo. Esta parece ser,
    em síntese, a principal lição que podemos aprender do laboratório chileno.

    Outra coisa, em um sistema privado não-regulamento, com toda a certeza, teríamos lugares de excelência em que as mensalidades seriam caríssimas, escolas medianas e escolas péssimas, as faixas de preço seriam equivalentes ao nível de qualidade das escolas, então, além de não resolver um problema, garantiriamos a segregação social, pois, como os pobres teriam acesso a educação excelente sem nenhum órgão regulador se quer obrigando a que existissem bolsas?
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited novembro 2012 Vote Up0Vote Down
    Malak escreveu:
    Tecnicamente o problema da educação pública estaria resolvido( sem educação pública = sem problema de educação pública), mas eu não sei se resolveria o problema da educação, tanto é que mesmo as escolas particulares sofrem do problema da qualidade do ensino. Acho que não é esse o cerne do problema. A própria União Soviética nunca foi um fracasso educacional, apesar de tudo.


    A ideia de que o sistema educacional privado brasileiro opera num livre mercado e bastante inadequada.

    O regime no qual as "escolas privadas" operam e exatamente analogo ao regime no qual as "empresas privadas" do terceiro reich operavam. Os seus "Geschaftsfuhrer" sao meros administradores do capital, mas que devem seguir as diretrizes estabelecidas em programas desenhados pelas diversas organizacoes politicas que controlam o aparato estatal.

    Existe algum pano de fundo de investimentos privados, lucros, prejuizos e mesmo competicao comercial. Isso costuma torna-las mais "eficientes" na gestao dos seus recursos do que suas "concorrentes" controladas por burocratas, com orcamentos financiados por impostos.

    Mas essa eficiencia se da na execucao da funcao dessas escolas.

    E essa funcao nao e a de educar alunos com os conhecimentos de fatos destilados pelas geracoes, ou de competencias necessarias para uma excelente perfomance profissional e humana.

    Essa era a missao das antigas escolas confessionais e seculares, antes delas serem absorvidas pelo Estado.

    Agora sua missao primaria e a de conduzir alunos atraves de um programa de condicionamento social definido pelo Ministerio da Educacao, partidos, sindicatos de professores e outras entidades politicas. Em geral tal programa e camuflado em slogans como "formar cidadaos" ou do emprego frequente do incrivelmente sinistro verbo transtivo "conscientizar".

    Um programa seguido tanto por escolas "privadas" quanto escolas "publicas", e de maneira mais eficiente pelas primeiras.

    Isso nao e particular do Brasil, mas e uma realidade mais ou menos geral.

    Uma miseria particular da educacao brasileira e que enquanto em outros paises ela teve que ser convertida do modelo reacionario para o modelo progressista, no Brasil ela praticamente ja nasceu politizada.

    A maioria dos paises no Ocidente ja possuia um sistema educacional "reacionario" bem desenvolvido com escolas e universidades vinculadas a Igreja e a organizacoes e caridades. Nesses paises o processo de instrumentacao politica da educacao foi mais ou menos gradativo.

    No Brasil esse processo foi mais abrangente e rapido, pois os nossos pioneiros nos metodos educacionais de violencia politica nao precisaram lidar com muita resistencia de muitas instituicoes de ensino "reacionarias", ja que a escala do sistema educacional era relativamente pequena.

    E claro que o tipo de educacao socialista praticado no Brasil incorreu em diversas particularidades que contribuiram para tornar qualquer ideia objetiva de "qualidade do ensino" ainda menor. Educadores brasileiros experimentaram com modelos pedagogicos progressistas que reduziam a autoridade do professor sobre o aluno, desmoralizando esses profissionais e criando uma cultura de indisciplina. Cargas horarias para conteudos tecnicos necessarios para carreiras tecnologicas, como matematica e fisica foram sendo reduzidas e substituidas por cursos de carater ideologico mais intensivo, ou, mais frequentemente, por atividades simplorias e intelectualmente limitantes mas que na perspectiva progressista desses educadores consistiam na vanguarda pedagogica.

    Todos esses defeitos podem ser observados a posteriori na politica educacional brasileira, pelo menos no que diz respeito a uma ideia de qualidade de educacao tradicional.

    Porque numa perspectiva moderna e politizada de educacao, o sistema brasileiro e um grande sucesso.

    Ele consegue manter a grande maioria escassamente alfabetizada, incapacitada de acompanhar fatos e suficientemente imbecil e manipulavel politicamente, assim como doutrinar uma pequena minoria mais talentosa academicamente a se tornar adoradores do Estado e perseguidores de concursos publicos, todos avidos para tornar-se membros de uma elite de pequenos burocratas.

    E e exatamente essa a funcao de controle politico de um sistema de educacao publica. Desse ponto de vista, o sistema brasileiro e um chef-d'oeuvre.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited novembro 2012 Vote Up0Vote Down
    Malak disse: E não sei se 9 entre 10 foristas acham a ideia absurda, mas sei que 10 entre 10 sabem que isso não vai acontecer em qualquer futuro ao alcance da vista. O que seria possível e viável para ser feito hoje, em relação ao problema da educação? Ou para tentar fazer com que, no futuro, essa ideia sua seja viável, e com menos riscos de acabar não atingindo seu objetivo?



    Ok, mas o futuro ao alcance da vista e bem mais limitado do que as pessoas pensam.

    A historia e um produto da interacao de multiplas tendencias distintas, algo bastante nao-linear e pouco previsivel. O horizonte de macro previsoes historicas e curto, e torna-se cada vez mais curto na medida que as sociedades se tornam mais conectadas e tecnologicamente avancadas, e o pool de ideias competindo por atencao mais amplo.

    Pode ser que no debate politico mais visivel das campanhas e programas partidarios pouca ou nenhuma atencao tenha sido dada a ideia de iniciar um processo abrangente de desestaticao a educacao.

    Ate mesmo nesse topico, a maioria das pessoas ainda prefere acreditar em complicadas reformas maoistas do ensino e cultura do que na simples extincao do aparato burocratico associado ao ensino e a cultura.

    Mas a questao tem sido levantada aqui e ali, desafiando a crenca prevalecente.

    Por exemplo, e bastante provavel que o proximo presidente dos EUA extingua o departamento de educacao por la, a fim de resolver problemas orcamentarios.

    E que mesmo alguns governos europeus tomem medidas nesse sentido, dada a sua situacao financeira aguda.

    Eu nao estou dizendo que essas coisas vao necessariamente acontecer, mas que sao cenarios possiveis num futuro proximo.

    O meu modesto papel aqui nesse topico tem sido o de levantar essa ideia, que para muitos ainda e quase inconcebivel, de que a educacao das pessoas nao precisa, e sobretudo nao deveria, ser um assunto de Estado.

    Nao me assustaria se cedo ou tarde isso fosse uma nocao democratica tao clara e auto-evidente quanto e a ideia de que o Estado nao deve interferir na liberdade de expressao.

    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Neuromancer disse: Ele vai chiar masssss....
    A proposta de Cabeção não é melhorar o ensino público, mas tão somente em se livrar dele.


    Exatamente.

    O ensino publico nao precisa ser melhorado. Ele funciona bem quando entendemos exatamente aquilo que ele e: um instrumento de alienacao politica e de genocidio ideologico.

  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited novembro 2012 Vote Up0Vote Down
    Apatico disse: Dificilmente o analfabetismo funcional pode ser extinto em 10 anos, uma vez que os que já concluíram os estudos no ensino público já foram analfabetizados por ele. Precisaria de pelo menos uma geração para extingui-lo por completo.



    Embora seja dificil reverter um condicionamento, nao e uma impossibilidade.

    Acredito que com a desestatizacao do ensino, num primeiro momento, boa parte da atencao dedicada a educacao por instituicoes privadas sera justamente voltada a corrigir os diversos sistemas errados de pensamento e comportamento derivados da exposicao a educacao estatal.

    Se as geracoes educadas em regimes totalitarios conseguiram fazer a transicao para sistemas mais democraticos no passado, nao vejo porque as geracoes estupidizadas pelo ensino estatal nao poderiam fazer similar adaptacao.

    E preciso levar em consideracao que no caso particular do Brasil, a grande maioria nao e exatamente condicionada ideologicamente. Apenas uma minoria suficientemente competente, capaz de se concentrar e dedicada consegue assimilar o conteudo doutrinario dos cursos.

    A maioria e apenas mantida ignorante e isolada do mundo real, onde poderiam estar aprendendo coisas praticas em aprendizados profissionais por exemplo.

    Se ela e condicionada a alguma coisa, essa coisa e apenas a indolencia e a dependencia do Estado como provedor.


    Post edited by ufka_Cabecao on
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited novembro 2012 Vote Up0Vote Down
    Percival disse:
    Não diria que seria um problema somente das escolas: é problema dos pais também. Quem não se interessa em saber como o filho se comporta e larga de mão em uma escola pública tem a mesma culpa que paga uma escola particular esperando que o mesmo tome jeito delegando a responsabilidade a terceiros. São educadores, não babás.


    A reducao do papel da familia nao e a causa da miseria do ensino publico, mas e o proprio objetivo declarado do ensino publico!

    Afinal, a proposta basica e justamente abduzir criancas da supervisao de seus pais e coloca-las a merce de estranhos dedicados a apresentar-lhes um corpo de ideias aprovadas por uma cupula partidaria. Ideias que frequentemente consistem em ataques diretos a instituicao da familia e suas tradicoes.

    Isso e a educacao publica.

    Com o tempo, as geracoes se sentem menos e menos responsaveis por transmitir o que quer que seja a seus filhos biologicos. Afinal eles proprios foram "educados" por estranhos em salas de aula ou na frente da TV por personalidades mais carismaticas que seus pais.

    A instituicao da familia se deteriora.

    Familias, igrejas e instituicoes tradicionais de um modo geral sao os inimigos principais de partidos e organizacoes politicas progressistas. E apenas natural que estes tentem destruir aqueles.

    A responsabilidade da familia na educacao so pode ser restaurada quando o controle burocratico-partidario do ensino for extinto.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Insane_Boy disse: Inicialmente uma pessoa neoliberal como eu deveria concordar plenamente com o ufka_Cabecao


    Eu nao sei nao, eu desconfio de qualquer um que se auto-designe "neo"-liberal. Isso sempre foi um termo de escarnio usado por esquerdistas para nao precisar refutar um argumento.
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited novembro 2012 Vote Up0Vote Down
    Insane_Boy disse: porém, todas as áreas que foram privatizadas, o foram, mas, até onde eu sei, em todos os lugares a iniciativa privada é REGULADA pelo Estado, em momento algum eu observei o forista propondo isto.


    Praticamente toda atividade economica praticada numa escala suficientemente visivel acaba sofrendo algum nivel de regulacao estatal.

    Mas esse fato se deve sobretudo a oportunidade que organizacoes politicas abocanham de explorar os lucros gerados por esses setores economicos. E se o clima politico for favoravel a movimentos mais ousados, como um controle monopolista do Estado das operacoes dessas empresas, pode ter certeza que essas organizacoes politicas procederiam nesse sentido.

    Isso nao tem nada a ver com uma necessidade "fundamental" de regulacao estatal para que qualquer atividade economica seja conduzida de maneira "economicamente eficiente", "socialmente equitavel", "eticamente responsavel" ou qualquer bobagem do genero.

    Esses sao apenas slogans fabricados para dar suporte retorico a atividade de parasitismo burocratico-regulatorio.

    Quando examinados esses slogans raramente apresentam correspondencia com qualquer resultado pratico procurado no mundo real ou mesmo sequer um grau razoavel de coerencia logica interna.

    Sao apenas palavras e expressoes vazias, comandos pavlovianos, ruidos que as pessoas foram condicionadas a aquiescer durante esse processo de "educacao" pelo sistema de tutela estatal compulsoria ao qual todos foram alegremente subjugados.


    Post edited by ufka_Cabecao on
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited novembro 2012 Vote Up0Vote Down
    Insane_Boy disse: universidades americanas, conhecidas por serem extremamente caras, e seus custos estão subindo muito além da inflação, e não pretendem baixar, tudo por não terem nenhum tipo de regulação


    Universidades americanas ja foram livres, mas ha muito tempo esse nao e mais o caso.

    Existe um enorme fluxo de dinheiro publico entrando em universidades privadas, que em virtude disso se tornam clientes do Estado.

    E os precos ridiculos das instituicoes de elite sao em parte um resultado da intervencao do Estado, atraves da extencao de subsidios financeiros a estudantes na forma de credito.

    Alunos contraem essas dividas subsidiadas para ganhar um diploma de artes liberais que apesar do belo logotipo de uma instituicao da Ivy League, atesta apenas que eles passaram de 3 a 4 anos num campus consumindo drogas, engajando em excessiva promiscuidade sexual e se tornando mais um membro de uma auto-designada elite cultural incrivelmente inutil e parasitica.

    A diferenca e que nos EUA existe um enorme mercado para esse tipo de escoria humana fora do governo, por exemplo, em Hollywood e na "industria do entreteinimento" assim como em Wall Street e no sistema financeiro, setores que dividem com o governo a tarefa de manter as pessoas desinformadas e estupidas o suficiente para nao se darem conta do que realmente esta acontecendo enquanto parasiticamente sugam o que o resto da sociedade produz.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Insane_Boy disse: O grande problema do Brasil é de ordem cultural, como uma teia de aranha maldita várias idéias se complementam e criam e fortalecem esta maldito caldo cultural, em que a esperteza, junto com a corrupção, criou um ambiente em que o povo é mantido longe da educação que o libertaria por todos os meios possíveis, seja direta ou indiretamente, consciente ou não, os nossos queridos e estimados governantes, garantem que o ensino seja cada vez pior.

    O Povo não tem noção concreta da situação e não tem condições de protestar. Assim, como os cidadões romanos, os brasileiros vivem do populismo e do pão e circo, o que todos já sabemos.

    Incapazes de requisitar uma solução, a sua única solução seria os intelectuais, que infelizmente estão congelados no tempo com pensamentos ora atrasados, ora avançados demais, vivendo suas mentes em um outro mundo que não é o Brasil. As soluções estão aqui, e poderiam ser implementadas facilmente.


    Eu nao vou dizer que nao ha "um problema de ordem cultural no Brasil". Esse tipo de afirmacao e semanticamente tao elastica que ela nao pode ser negada em absoluto.

    Mas o que podemos e identificar nos padroes de emprego dessa e outras expressoes-prontas o que realmente esta sendo dito.

    E em geral elas sao usadas para avancar o credo de que uma elite intelectual deve concentrar poderes semi-totalitarios para conduzir uma reforma de qualquer coisa que o povo e culturalmente incapacitado a gerir.

    Ou seja, pura e simples propaganda e exaltacao da violencia politica. Algo que poderia facilmente ser recortado de qualquer manual leninista.

    A verdade e que quaisquer mazelas culturais que acometam o povo brasileiro, e elas sao varias, serao apenas agravadas por novas rodadas de experimentos sociais conduzidos por sedizentes elites pensantes. E enquanto isso nao ficar bem claro, ha pouca esperanca de melhora.
  • Insane_Boy disse: Com base nisto, eu tenho algumas soluções óbvias e simples:
    1) Instituição da meritocracia;
    2) Reforma completa no MEC, excluir cargos desnecessários e estruturas inúteis.
    3) Estampar o nível de qualidade do ensino de um escola, na entrada de escola. A nota do ENEM.
    4) Obrigatoriedade de filhos de políticos de todas as esferas estudarem em colégios públicos.
    5) Implementar meios de intervenção em escolas em que a nota do ENEM esteja muito baixa, a equipe intervencionista teria poderes irrestritos, desde demissão de todos os membros da escola, como em casos extremos solicitar até que a polícia comparecesse regularmente a instituição com o intuito de intimidar alunos problema.
    6) Aferição do Quociente intelectual (ou qualquer outra métrica que identifique o potencial) dos alunos, após a quarta série, e aqueles que tiverem QI acima da média serão transferidos para polos especiais mais equipados. Desde que a Família e o próprio estudante esteja de acordo com tal.


    Todas elas medidas perigosamente vagas ou explicitamente totalitarias.

    Em especial temos esse mantra hipnotico da meritocracia.

    "Instituicao da meritocracia" e apenas uma platitude, um lugar comum, um chavao cujo efeito retorico impressionante encontra-se desacompanhado de qualquer significacao profunda.

    No passado merito era a afetacao de recompensa proporcional a um ato grandioso de competencia ou coragem. As ordens e legioes de merito surgem dessa acepcao.

    Mas recentemente o sentido de merito se associou ao elevacao de resultados pobres ou na melhor das hipoteses mediocres a categoria de grandes feitos se eles tiverem sido alcancados em circunstancias consideradas adversas. Circuntancias sujeitas a interpretacao ideologica conveniente.

    Como se vendedores de bala em onibus tivessem o merito de nao estarem roubando e matando, comportamento perfeitamente aceitavel tendo em vista suas origens humildes, segundo a ideologia das elites intelectuais.

    Nao ha merito quando um trabalhador mantem a sua dignidade, e sim demerito quando ele a abandona.

    Uma das coisas mais curiosas do mundo para mim e a velocidade com que adeptos do relativismo moral recorrem a uma pressuposta nocao objetiva de merito, sobretudo quando essas nocoes servem para fundamentar eticamente seus dogmas e slogans politicos para reformas sociais.

    Talvez merito nao seja algo completamente relativo ou subjetivo. Eu nao acredito que seja.
    Mas de qualquer forma e algo extremamente dificil de comparar entre duas pessoas, sem um conhecimento profundo das circunstancias especificas que se apresentaram para elas.

    Competencia e algo bem menos dificil de se medir e com muito mais utilidade pratica do que essa nocao pseudo-moralista de merito.

    Competencia e a simples capacidade de executar bem uma dada tarefa. Algo que pode ser rapidamente atestado na pratica, e nao depende da nossa simpatia pelo melodrama vivido por um dado individuo.

    Competencia pode ser adquirida pelo merito ou pode ser um dom natural, ou uma consequencia de origens privelgiadas.

    Se eu tenho que tratar um tumor, pouco me interessa o "merito pessoal" do meu medico, e as dificuldades que ele teve que transpor para se formar em medicina.

    Meu unico interesse e que ele seja competente e saiba como me operar.

    Competencia e algo que deve ser instituido.

    E a melhor maneira de instituir competencia e atraves da competicao e do livre mercado.

  • Insane_Boy disse:


    Outra coisa, em um sistema privado não-regulamento, com toda a certeza, teríamos lugares de excelência em que as mensalidades seriam caríssimas, escolas medianas e escolas péssimas, as faixas de preço seriam equivalentes ao nível de qualidade das escolas, então, além de não resolver um problema, garantiriamos a segregação social, pois, como os pobres teriam acesso a educação excelente sem nenhum órgão regulador se quer obrigando a que existissem bolsas?




    E verdade que um sistema de livre mercado poderia criar grandes distorcoes de qualidade. Mas o ponto nao e compara-lo com um ideal de perfeicao, mas como o que nos temos na pratica, que e um sistema politicamente enviezado e de pessima qualidade.

    O sistema burocratizado de educacao nao garante educacao excelente pra ninguem, muito menos para pobres, entao porque diabos temos que exigir o mesmo do mercado?

    O mercado produziria educacao de maneira eficiente na medida em que ela fosse demandada e na proporcao em que recursos fossem economicamente mobilizaveis.

    Provavelmente varios sistemas de educacao orientados para diversos fins se formariam, como alias ja existem em formas incipientes.

    A educacao de um encanador custa menos do que a de um filosofo, e provavelmente remunera mais, ao menos em proporcao ao seu custo.

    Assim, num livre mercado onde as pessoas sao suficientemente racionais no uso de recursos, e provavel que mais pobres se tornem encandores, e mais filhos de classe media menos preocupados com perspectivas profissionais se tornem filosofos.

    Ja o custo de um medico e extremamente alto, e so pode ser pago por familias relativamente bem estabelecidas financeiramente.

    E esses pobres tornados profissionais eventualmente ingressam na classe media e podem mandar seus filhos para estudar filosofia e historia da arte, ou medicina.

    De fato e algo lamentavel que pobres tenham dificilmente acesso a esses estudos caros.

    Mas tambem e lamentavel que eu nao tenha ganho uma Ferrari Enzo quando eu fiz 18 anos.

    O mundo e feito dessas coisas.

    Ao inves de perder tempo tentando corrigir essa natureza assimetrica da realidade, cada um poderia tentar extrair o melhor dela.
  • ufka_Cabecao disse: Embora seja dificil reverter um condicionamento, nao e uma impossibilidade.

    Acredito que com a desestatizacao do ensino, num primeiro momento, boa parte da atencao dedicada a educacao por instituicoes privadas sera justamente voltada a corrigir os diversos sistemas errados de pensamento e comportamento derivados da exposicao a educacao estatal.

    Se as geracoes educadas em regimes totalitarios conseguiram fazer a transicao para sistemas mais democraticos no passado, nao vejo porque as geracoes estupidizadas pelo ensino estatal nao poderiam fazer similar adaptacao.

    E preciso levar em consideracao que no caso particular do Brasil, a grande maioria nao e exatamente condicionada ideologicamente. Apenas uma minoria suficientemente competente, capaz de se concentrar e dedicada consegue assimilar o conteudo doutrinario dos cursos.

    A maioria e apenas mantida ignorante e isolada do mundo real, onde poderiam estar aprendendo coisas praticas em aprendizados profissionais por exemplo.

    Se ela e condicionada a alguma coisa, essa coisa e apenas a indolencia e a dependencia do Estado como provedor.


    Mesmo que não impossível, o custo provavelmente é alto demais para que possamos chegar a este resultado em apenas 10 anos. Não vejo como o condionamento à indolência pode ser menos nocivo do que o condicionamento à ideologias esquerdistas.

    Note o quanto é difícil a reversão de hábitos nocivos como sodomia <g>, tabagismo, obesidade, sedentarismo conforme o alto número de insucessos nas tentativas de recuperação.

    Seria difícil acreditar que todos esses males seriam erradicados em 10 anos, quanto mais o analfabetismo funcional, que atinge dezenas de milhões de pessoas. Não é só pela dificuldade de contornar o problema, mas pela dimensão que ele atinge. Seria mais fácil ensinar, por exemplo, os adultos Pihara a contar, pois o número é mais limitado.

    Como este custo da reeducação, considero que seria mais útil aproveitar os recursos naqueles que ainda não foram infectados por nenhum tipo de condicionamento, apresentando maior potencial de aprendizado. Acho que não difere muito da sua opinião sobre vestibular e vagas acadêmicas.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited novembro 2012 Vote Up0Vote Down

    Qualquer comentario meu sobre aprendizado de adultos e quase que puramente especulativo.

    Eu estou ciente que existem zilhoes de estudos serios sobre o assunto que eu desconheco em detalhe e que elaboram o tema de maneira muito mais consequente do que qualquer palpite que eu possa ter com base em quase nada de experiencia pessoa e conhecimento geral.

    Feita essa ressalva importante, eu prossigo.

    Eu acho que a eficiencia de qualquer processo de aprendizado, seja entre criancas ou adultos, e proporcional ao incentivo percebido pelo o aprendiz, numa comparacao entre ganhos e custos pessoais do aprendizado procurado.

    Mas essa percepcao de incentivo nao e uma deducao puramente racional, logica e abstrata.

    Ela e uma inferencia empirica baseada na observacao dos padroes de comportamento, sobretudo de outras pessoas proximas.

    Se voce se cerca de pessoas com uma dada competencia, voce tem grande incentivo para busca-la.
    E se voce vive num meio relativamente incompetente ha poucas chances de voce conseguir sair da mediocridade.

    Bebes estao cercados de pessoas que falam e andam, e que estimulam bebes a tentar andar e falar.
    E o cerebro desses bebes tenta obstinadamente copiar esse comportamento.

    E pouco provavel que voce tenha trabalhado mais intensamente para conseguir uma habilidade do que quando voce primeiro aprendeu a andar e a falar. A quantidade de tentativas falhas e a obstinacao de recomecar demonstrada por bebes so e possivel em virtude dessa crenca no potencial e dessa observacao de que outros ao redor conseguiram.

    O aprendizado e veloz na infancia gracas a esse diferencial de conhecimento entre individuo e meio social, essa pressuposicao de que uma crianca e um aprendiz a ser estimulado a aprender.

    Quando um individuo descobre seu nicho social, e passa a produzir um estilo de vida relativamente estavel, seu ritmo de aprendizado e reduzido pois a menor percepcao do que esse diferencial de conhecimento pode lhe aportar. Ele cria uma bolha, uma zona de conforto onde as coisas nao mudam muito e ele nao precisa se adaptar tao depressa para sobreviver.

    Por exemplo, se todo o seu circulo social e composto de cacadores-coletores ignorantes de aritimetica basica e suas aplicacoes praticas, e dificil para voce ter qualquer curiosidade pelo non-sense que o homem-branco-que-nao-sabe-pescar esta tentando te explicar.

    Agora se voce for abduzido da sua comunidade tribal e colocado na cidade grande, onde aprender as regras dos varios homens brancos passa a ser uma questao de sobrevivencia basica, e provavel que maior esforco seja realizado pelo cerebro nesse sentido.

    O mesmo vale para comunidades de pervertidos sexuais, de drogados e de indolentes. Sem uma mudanca de ares, esses habitos nocivos raramente podem ser abandonados apenas por forca de vontade individual. Tentacoes para retornar aos velhos costumes e a zona de conforto criada em torno deles sao muito fortes.

    Essa foi uma das criticas que eu fiz no curso de linguistica as conclusoes feitas por antropologos e linguistas sobre a capacidade de aprendizado dessas tribos isoladas como os Piraha. Eu disse que enquanto elas estivessem isoladas seria pouco provavel que seus membros percebessem qualquer incentivo em entender o que os antropologos e linguistas em contato com elas estavam tentando explicar.

    E claro que isso era apenas uma critica amadora de um aluno de um curso eletivo de ciencias humanas dentro de um curriculo geral de engenharia e matematica aplicada, e nao um argumento academicamente relevante.

    No caso do desaparecimento do analfabetismo funcional, o que eu acredito e que numa sociedade sem um sistema compulsorio de ensino estatal subvencionando a ignorancia, comunidades se formarao para transmitir conhecimentos praticos e seus efeitos positivos serao rapidamente visiveis por todos.

    Eu acredito no potencial humano para buscar a verdade e o conhecimento. O homem livre precisa conhecer a verdade porque e ele que toma suas decisoes e e responsavel pelos seus resultados.

    A zona de conforto da ignorancia desapareceria, e com ela essa perniciosa cultura de povo-gado que serve apenas aos interesses dos pecuaristas politicos que a sustentam.

    Claro que uma tal mudanca nao se dara da noite para o dia, mas 10 anos e tempo mais do que suficiente.

    Na ausencia de incentivos para a pobreza intelectual e a mediocridade moral criados pelo sistema de educacao, o unico resultado possivel e o enobrecimento exponencial de toda a sociedade.

    Nao ha nenhuma roda a ser reinventada. Nenhuma teoria a ser redescoberta. Suficiente conhecimento cientifico, tecnico e moral ja existe, ele apenas nao esta suficientemente difundido. E conhecimento quer ser livre. Pessoas procuram avidamente pelo saber, mesmo quando condicionadas a aceitar sua propria ignorancia por um sistema sinistro de emburrecimento coletivo. O potencial esta la. O conhecimento quer ser livre.

    Post edited by ufka_Cabecao on
  • ufka_Cabecao disse: A reducao do papel da familia nao e a causa da miseria do ensino publico, mas e o proprio objetivo declarado do ensino publico!

    Afinal, a proposta basica e justamente abduzir criancas da supervisao de seus pais e coloca-las a merce de estranhos dedicados a apresentar-lhes um corpo de ideias aprovadas por uma cupula partidaria. Ideias que frequentemente consistem em ataques diretos a instituicao da familia e suas tradicoes.

    Isso e a educacao publica.

    Acho que não fui claro: eu diria em como se portar não quanto a conhecimento. As proprias instiuições não se interessam ou controlam comportamentos de muitos alunos.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • Obtido de um blog na net.
    Brasil é o 2º lugar em qualidade de Educação. Oh, wait!

    Deixe-me correr para corrigir o erro do título. Eu estava vendo a listagem de cabeça pra baixo. Mal aí, gente! Mais uma vez, nós mostramos a que viemos: sermos chacota no cenário mundial, mas parece que ninguém se importa. Por que alguém se importaria? Tal aconteceria se Educação fosse algo mais prioritário que verificar se acabou a lata de leite condensado.


    Entra ano, sai ano e é sempre a mesma palhaçada de sempre, com políticos vociferando a importância do cenário educacional (totalmente falido por aqui), mas sempre sendo o mais do mesmo. A população, a bem da verdade, pouco se dá se as êmulas claudicam ou que os professores sejam acicatados (não há o verbo "ciclatar" no VOLP).

    É puramente vergonhoso o nível que estamos e mais vergonhoso ainda é que isso já não me é mais novidade. Não vejo mudanças no cenário daqui pra frente, estamos estagnados no ponto onde chafurdamos no lodaçal da ignorância, restando locupletarmo-nos em não piorar… mas vai, podem ter certeza. Fiquem de pé. Inclinem-se para frente. Estão vendo o abismo? É para o fundo que vamos. Não adianta choro, toalha, meia gravada com o nome da distinta e dane-se as letras de sambas antigos.

    Abaixo, vemos a listagem do ranking global de Educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores. A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países. As informações são da BBC (ela é Imprensa Golpista?)

    brasil-e-o-2-lugar-em-qualidade-de-educacao-oh-wait

    O próprio Economist fez um comentário nada lisonjeiro que a população paga impostos do nível da Europa e recebe um sistema educacional semelhante ao da África. Shooooooooooooowzaço! Somos bons naquilo que interessa: extorquir a população de seu rico dinheirinho, já que dinheiro é coisa de burguês e devemos privar os cidadãos brasileiros deste grande mal.

    [BREAK]

    Cadê os babacas dizendo que a Educação aqui é uma das melhores, porque alguns alunos ganharam torneios internacionais de Olimpíadas disso e daquilo?

    [/BREAK]

    Em 2005, a Veja (agora sim! IMPRENSA GOLPIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIISTAAAAA!!) trouxe a matéria "7 Lições da Coreia para o Brasil". São elas:
    Concentrar os recursos públicos no Ensino Fundamental – e não na universidade – enquanto a qualidade nesse nível for sofrível

    1)Premiar os melhores alunos com bolsas e aulas extras para que desenvolvam seu talento

    2)Racionalizar os recursos para dar melhores salários aos professores

    3)Investir em polos universitários voltados para a área tecnológica

    4)Atrair o dinheiro das empresas para a universidade, produzindo pesquisa afinada com as demandas do mercado

    5)Estudar mais. Os brasileiros dedicam cinco horas por dia aos estudos, menos da metade do tempo dos coreanos

    6)Incentivar os pais a se tornarem assíduos participantes nos estudos dos filhos


    1) Não será feito. A Universidade parece artigo de luxo. Um ideal a ser conquistado, pouco importando o que acontecerá depois de formado ou durante o curso.

    2) Nah, nah. Meritocracia é algo feio e coisa que psicopedarretardadas odeiam. O lance é premiar alunos sem a menor condição de estar numa faculdade, pois foi aprovado pelo regime de Aprovação Automática, mal sabendo escrever o próprio nome. Se bem que isso não impede de ser eleito para um cargo público.

    3) HAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAAHAHAHA

    4) Ciência & Tecnologia nunca foi prioridade aqui no Brasil. O lance é discutir as vicissitudes da vida pós-moderna, numa confluente abordagem do cotidiano e reflexões sintomáticas do porquê a pessoa lhe assalta, já que você está ostentando seu vale transporte e anda de trem lotado.

    5) Com nossos sistemas de extorsão, digo, investimento, fica difícil alguém querer desenvolver algo aqui. Steve Jobs disse com todas as letras que a carga tributária do Brasil é maluca e anti-competitiva.

    6) HAHAHAHAHAHUAHUSAHUSAHUSAHUSAHUSAHSIAHAHAAUASHUSAHUHAHAHAH
    AU… COF… COF… COF… AAAAAAAHHHHHHSUHAUHAHUAHAUHS

    7) Pai paga colégio caro para que este tome conta de tudo. A maioria não está nem aí.

    O 8º item deveria ser extinção das faculdades de Pedagogia, declarando a profissão como "fora-da-lei". Mas num país onde Homeopatia e Astrologia são profissões reconhecidas (desculpe, Lealcy, mas a área de TI não é), por que Pedagogia não seria?

    Aliás, na própria Veja desta semana, em artigo da Monica Weinberg, somos apresentados a professores que são verdadeiras estrelas. Não porque são aquela escória que fazem palhaçada em cursinhos, e sim porque ensinam pra valer e o vestibular para aquelas bandas não é o lixo que temos aqui e o ENEM seria algo que uma criança coreana de maternal riria de tão idiota que a prova é. Infelizmente, não está disponível online e nem tive tempo para escaneá-la. Então, professor, vá numa banca e compre um exemplar (e chore copiosamente depois).

    Mas há um porém. Será que essa pressão toda em cima dos estudantes é necessária? No caso da China, por exemplo, não vejo muita saída a não ser espremer as crianças desde cedo. Caminhando para quase 2 bilhões de habitantes, não há vagas para atender a todos eles, e a saída é sair cortando por cima, coisa que no Brasil do Coitadismo, isso magoaria as criancinhas. Por lá, eles sabem que estão em constante competitividade e não há mercado de trabalho para todos, onde os perdedores acabaram indo trabalhar numa Foxxcon da vida ou embalando meus trecos de 2 dólares da DealExtreme.

    No Brasil, não há nada, nem uma simples cobrança ou questionamento que coloque governos e prefeituras contra a parede, pois o município do Rio de Janeiro é a cidade que mais possui escolas municipais no mundo. Já era para termos erradicado (ou algo bem perto disso) o analfabetismo, mas enquanto mascara-se resultados, engana-se a todos separando em analfabeto, analfabeto funcional, lê mas não escreve, escreve deus-sabe-como, ele é tão lindinho que não pode ser analfabeto, que mané analfabeto o que! eu sei desenhar meu nome… e assim por diante.

    O ranking mostra a realidade que todos nós conhecemos mas fingimos não ser conosco. Não fará diferença, as pessoas lerão isso aqui e correrão para a TV pois estará na hora da novela. O fato é que somos um país de iletrados, onde muitas e muitas vezes alguém chega aqui e mal entende o que coloquei nos artigos, ou só lê a primeira linha, ou lê, não entende e já parte pro xingamento.

    Enquanto isso, no Feice…

    Parabéns a todos os envolvidos.
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited novembro 2012 Vote Up0Vote Down
    Percival escreveu:
    Acho que não fui claro: eu diria em como se portar não quanto a conhecimento. As proprias instiuições não se interessam ou controlam comportamentos de muitos alunos.


    Justamente.

    Esse sistema de educacao publica vende a ilusao de que as atitudes e comportamentos civilizados podem ser instaladas em instituicoes frias e impessoais de ensino.

    Mas a verdade e que essas atitudes sao transmitidas pelas tradicoes familiares e religiosas.

    Ao retirar a responsabilidade de pais e o contato das criancas com suas familias e igrejas a escola publica secular, altar da religiao estatista, estanca o desenvolvimento emocional e moral das mesmas.

    Nessas escolas criancas convivem apenas com outras criancas atrofiadas e com adultos estranhos que no fundo nao dao a minima para que elas aprendam a ser pessoas melhores.

    Eu sei que o professor em contato direto com os alunos e em parte outra vitima desse sistema hediondo e eu nao estou colocando a culpa exclusivamente nele, mas essa e a verdade.

    Ao mesmo tempo os pais tambem perdem o aprendizado moral que se passa quando sao eles que assumem a responsabilidade de criar seus filhos.

    Pais poem a culpa em escolas ruins, e escolas poem a culpa em pais displicentes.

    A familia e a igreja sao atrofiadas.

    E as solucoes propostas costumam ser mais poder para burocratas do ensino, mais dinheiro gasto em escolas, mais atividades coletivistas emburrecedoras, e mais propaganda progressista anti-familia e anti-religiao.

    A verdade e que as instituicoes de ensino controlam sim o comportamento dos alunos.

    Mas esse controle nao e no sentido de torna-los civilizados, ordeiros e trabalhadores, mas em instigar-lhes a revolta contra autoridades tradicionais, a exaltacao de condutas libertinas e atitudes imorais, a atribuicao de responsabilidades coletivas e a crenca incondicional na reivindicacao de esmolas ao Estado.

    Essa e a doutrina que esta sendo sistematicamente ensinada nas escolas. E nisso que professores creem e e nisso que alunos eventualmente passam a crer, ainda que muitas vezes essa crenca seja inconsciente e na forma de comportamentos e atitudes condicionadas.

    Mas e politicamente feio colocar as coisas dessa fora.

    Fora o fato de que soa como "teoria de conspiracao", logo nao passa de bobagem paranoica e "todo mundo sabe" que nao vale a pena perder tempo refutando esse tipo de coiso.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • ufka_Cabecao disse: Justamente.

    Esse sistema de educacao publica vende a ilusao de que as atitudes e comportamentos civilizados podem ser instaladas em instituicoes frias e impessoais de ensino.

    Mas a verdade e que essas atitudes sao transmitidas pelas tradicoes familiares e religiosas.

    O ponto em que eu queria chegar.


    ufka_Cabecao disse: A verdade e que as instituicoes de ensino controlam sim o comportamento dos alunos.

    Mas esse controle nao e no sentido de torna-los civilizados, ordeiros e trabalhadores, mas em instigar-lhes a revolta contra autoridades tradicionais, a exaltacao de condutas libertinas e atitudes imorais, a atribuicao de responsabilidades coletivas e a crenca incondicional na reivindicacao de esmolas ao Estado.

    Agora compreendi o seu ponto com mais clareza.






    ufka_Cabecao disse: Essa e a doutrina que esta sendo sistematicamente ensinada nas escolas. E nisso que professores creem e e nisso que alunos eventualmente passam a crer, ainda que muitas vezes essa crenca seja inconsciente e na forma de comportamentos e atitudes condicionadas.

    Mas e politicamente feio colocar as coisas dessa fora.

    Fora o fato de que soa como "teoria de conspiracao", logo nao passa de bobagem paranoica e "todo mundo sabe" que nao vale a pena perder tempo refutando esse tipo de coiso.

    Por isso que eu tinha concordado com seu post inicial. Devido a esta problemática que há em se por o ensino em poder do estado.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • Bem, não discordo que um sistema totalmente privado e obviamente não compulsório inevitavelmente seria uma melhora grotesca na educação. Apenas sou menos otimista quanto os prazos em que sistema apresentaria certos resultados.

    O motivo é o que eu já citei.

    O caso Pirahara seria teoricamente mais simples de resolver caso pudéssemos abduzi-los e colocá-los entre nós. Caso você esteja certo, inevitavelmente aprenderiam a contar e seria fácil dispersá-los entre os brancos por questão de número. Mas imagine a situação oposta. Uma sociedade majoritariamente Pirahara e poucos homens brancos para ensiná-los a contar. Ou ainda uma sociedade majoritariamente composta por drogados e poucos sóbrios para servir de incentivo.

    Já sobre os imbecis do sistema público, eles já estão aí, são dezenas de milhões e não há como isolá-los de sua imbecialidade e colocá-los entre pessoas educadas. Em 10 anos, ainda estaríamos formando as primeiras turmas do sistema totalmente privado.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
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