Parece que você é novo por este pedaço. Se você quer se envolver, clique em algum destes botões!
http://oglobo.globo.com/opiniao/lembram-se-consenso-de-washington-9650265#ixzz2chgJxFnFLembram-se? Consenso de Washington
Repararam no que pediram os empresários vencedores do Prêmio Valor Econômico? Menos intervenção do governo, menos regras
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
E essa agora, hein? O motor da economia mundial está de novo nos Estados Unidos. E não porque os EUA abandonaram a prática do seu capitalismo, mas, ao contrário, porque a energia do mercado funcionou amplamente.
Ora, mas isso é óbvio, poderiam dizer. A recuperação do capitalismo só poderia vir da principal economia capitalista.
Pois é, mas não era essa a história que se contava, com ampla aceitação, há poucos quatro anos.
Lembram-se? A crise financeira de 2008/09, criação dos EUA, seria o muro de Berlim do capitalismo; a Zona do Euro desabaria com suas políticas de ajuste; os Estados Unidos seriam superados pela China; e os emergentes triunfariam com suas próprias forças, independentemente da liderança e da vontade dos ricos.
Dirigentes chineses diziam, entre irônicos e sérios: agora nós é que daremos lições ao Ocidente, inclusive na organização política. Líderes dos emergentes, Lula à frente, celebravam a política de intervenção estatal como a “nova economia”.
Analistas resumiam: sai o Consenso de Washington, entra o Consenso de Beijing.
O panorama visto hoje é o contrário disso. Começa pela recuperação dos EUA. Sim, o governo Obama gastou dinheiro público para impedir a quebradeira de bancos e grandes empresas. E o Federal Reserve, o banco central deles, evitou a grande depressão e criou bases para a retomada com a enorme injeção de dinheiro no mercado.
Mas impedir o desastre não garante a retomada. Esta veio do ajuste feito pelas empresas e famílias, reduzindo endividamento, saneando finanças, renovando investimentos e consumo. Privados, sobretudo no setor imobiliário. E com inovações, como o extraordinário evento do gás de xisto — um resultado acabado da economia de mercado.
George Mitchell, engenheiro e geólogo, acadêmico e empreendedor no negócio de petróleo, desenvolveu, durante anos de pesquisa e experimentos, uma nova tecnologia de extração do gás de xisto. Investiu dinheiro e conhecimento para simplesmente revolucionar o setor de energia. Quando o sistema finalmente funcionou, as imensas reservas no xisto tornaram-se economicamente viáveis e o preço do gás desabou nos EUA. Isso barateou investimentos em toda a indústria, especialmente na petroquímica, e reduziu gastos das famílias.
Tudo pelo mercado, não por políticas públicas. Mitchell teve espaço institucional para desenvolver sua livre iniciativa.
Isso foi um marco, mas é o conjunto da economia americana que se move. Bancos e empresas que foram salvos pelo governo estão recomprando ações e devolvendo o dinheiro público. E até o ajuste das contas públicas está sendo feito antes do esperado. Saiu atrapalhado por conflitos políticos, Obama reclamou de cortes de gastos que foi obrigado a fazer, mas, quando foram ver, o déficit público despencava e a economia continuava andando com as pernas do setor privado.
Dizem que poderia ter andado mais se mantidos os gastos do governo. Pode ser, mas também é verdade que o arranjo das contas federais melhora o ambiente para os próximos meses.
Olhem agora para o outro lado. A China desacelera e começa a mudança de modelo. Qual mudança? Mais salário, mais consumo, e uma boa reforma no amplo setor estatal, de modo a privatizar, com o perdão da palavra, e dar mais eficiência a companhias do governo. Ou seja, mais mercado.
Nos países emergentes, a desaceleração é geral. Parte dela se deve à mudança da política monetária americana, que está levando capitais de volta aos EUA. Todos sofrem com isso, mas alguns sofrem mais. Quais? Aqueles que foram apanhados com baixo crescimento, inflação alta, déficit nas contas externas e desarranjo nas contas públicas, circunstâncias que levam a uma desvalorização maior da moeda local — e que devem exigir juros maiores.
Pensaram no Brasil?
Pois é. Mas repararam bem no diagnóstico? Falharam aqueles que desrespeitaram os fundamentos clássicos: não pode ter inflação (e 6% ao ano é, sim, inflação alta); não se pode aumentar gasto público sem adequado financiamento; as contas externas precisam estar equilibradas; e é preciso criar condições institucionais que estimulem os investimentos privados, especialmente no setor de infraestrutura.
Não é o que o governo Dilma faz, embora seja o que tem prometido. Mas assim de contragosto, porque, sem querer provocar, estão ali as bases do Consenso de Washington. Repararam no que pediram os empresários vencedores do Prêmio Valor Econômico? Menos intervenção do governo, menos regras.
Em resumo, fica a lição americana. A boa ação do Estado é aquela que abre espaço para o funcionamento do mercado. E o bom gasto público, financiado sem truques, deve se concentrar em educação, saúde, segurança.
As voltas que a história dá.
Carlos Alberto Sardenberg é jornalista
Direitos reservados de acordo com cada publicação, 2001 ~ 2014, Fórum Religião é Veneno.
As opiniões expressas e o conteúdo publicado neste fórum por seus usuários são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores e não representam as opiniões dos administradores e moderadores do "Religião é Veneno".
Desenvolvido e mantido pela Administração e Moderação.
Comentários
1. A União Soviética em breve será a maior potência mundial, já superou os americanos na corrida espacial e falta pouco para ultrapassarem a economia americana;
(cadê a União Soviética?)
2. O Japão em breve será a maior potência econômica mundial, os americanos se provaram incapazes de competir com os japoneses em tecnologia;
(A economia japonesa amarga estagnação há vinte anos, período no qual os Estados Unidos lideraram a Revolução Digital)
3. A China etc, etc, etc... de novo.
(Aguardemos)
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
2008: O capitalismo entrou em colapso, a America está falida, é o fim do Império Americano.
Próxima crise: idem
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
E, pouco a pouco, os americanos estão ficando mais estatólatras e (economicamente) menos liberais, ou seja, é de se pensar o que vai acontecer quando o dinheiro para acabar com as crises também acabar.
Tem muita gente, dentro e fora dos EUA, que querem acabar com o país, e estão pouco a pouco conseguindo pela engenharia mental da sociedade de lá, e por colocar gente como o Obama no poder.
É possível e até provável que os EUA "caiam", mas não vai ser por causa do capitalismo, mais sim exatamente por eles terem abandonado o passado liberal que os fez o que é hoje. Quer dizer, vai ser assim no mundo dos fatos, na realidade vão colocar a culpa no capitalismo, na degeneração moral da sociedade deles, ou qualquer coisa que ajude a aumentar o Estado de países comunistóides como o Brasil e a China ou a fortalecer ditaduras teocráticas como a do Irã.
Como o próprio tópico diz: Nada como um dia atrás do outro ...
Interessante que isso parece um pequeno detalhe mas é um sinal de intervenção estatal para salvar o mercado que, segundo os defensores de mercado livre, deveria se salvar sozinho.
Pode ser uma vitória do capitalismo, mas não do livre capitalismo.
Claro que teremos aqueles que dirão que ele seria capaz de se salvar sozinho, o que pode ser verdade ou não.
Realmente.
Durante a crise asiática de 1998 a Daewoo teve problemas financeiros e precisava de intervenção estatal, coisa que os EUA foram contra. Mas na crise dos Estados Unidos em 2008 houve intervenção federal para salvar várias empresas.
Tá, a América não faliu, mas bem que crises destas proporções poderiam ser evitadas. Ironicamente, com a receita oposta ao mainstream atual: menos intervenção do governo.
A única coisa que o governo Obama fez foi dobrar o débito aumentando o teto da dívida. Pagou o visa com o mastercard.
http://ivn.us/2012/10/28/peter-schiff-who-predicted-the-financial-crisis-forecasts-the-worst-to-come-around-2013-2/
Entre acreditar no cara do jornal da Globo e o Vossa Santidade Peter Schiff, fico com o segundo.
Arthur Laffer em 2007: "A economia americana nunca esteve tão boa."
Será que ele pagou sua aposta com Peter Schiff?
Quando estamos falando de problemas práticos convém deixar a ideologia de lado e agir conforme a necessidade.
As montadoras americanas estavam à beira da ruína e milhares de empregos estavam ameaçados, não dava para ficar parado vendo o barco afundar, era preciso fazer algo ainda que seja contra a ideologia vigente.
O que me revolta é não assumirem isso e ficarem sentando em cima do rabo apontando para o rabo de outros.
Falando nisso, para quando é a previsão de se chegar ao limite do teto atual, 3 ou 4 anos? Alguém aí sabe?
Não é uma questão de ideologia. Se você está com problemas de endividamento, e se endivida ainda mais, o problema se agrava.
Negócios mal geridos devem falir.
O emprego é importante na medida que é produtivo. Pagar um bando de homens para cavar um buraco e depois pagá-los novamente para tapar este buraco não se produziu nada, nem havia demanda por um buraco inicialmente.
Que ideologia vigente? Nos EUA, o mainstream econômico defende o keynesianismo, que é justamente o que está em vigor, e a segunda escola mais popular (e mais capitalista) é o monetarismo/chicago, que nada mais é do que keynesianismo de direita.
Caras como Peter Schiff são uma raridade, por isso humilham todos os outros:
2002-2007: Schiff: Temos uma crise.
Keynesianos: Nunca estivemos melhores.
2008-2013: Estamos mascarando o problema e ele está aumentando:
Keynesianos: Estamos resolvendo a crise, a economia já apresenta sinais de melhora. Yes, we can! Viva Obama!
Ou você acredita no prognóstico de quem fez o diagnóstico correto, ou adere ao curandeirismo.
Em 2009, todos estavam empolgados com a recuperação, quando Philipp Bagus lançou a Tragédia do Euro (que pode ser baixado em português gratuitamente aqui) não sendo levado a sério por ninguém, nem mesmo seu professor, Jesus Huerta de Sotto, um economista austríaco que defende que o Euro é o novo padrão ouro. Que baboseira.
ESCRITO POR JEFFREY NYQUIST | 21 AGOSTO 2013
INTERNACIONAL - CHINA
Em outubro de 2011, o presidente do Instituto Mises (EUA), Doug French, escreveu um artigo intitulado “O modelo chinês é insustentável”. Ele questionou se a China era mesmo o gigante capitalista “que todos pensam que é”. Evidenciando a China como uma economia vacilante e citando o livro Red Capitalism: The Fragile Foundation of China’s Extradordinary Rise (NT.: “Capitalismo vermelho: A frágil base do extraordinário crescimento chinês”) do autor J. T. Howie, French explicou que o capitalismo chinês conta com um sistema financeiro de tipo soviético. É um sistema de não-mercado funcionando às avessas, pois é o Partido Comunista quem forja a oferta e a procura: existem “bancos zumbis e corporações lideradas pelos camaradas do partido que só estão lá para desperdiçar o capital”. E desperdiçar é o que eles fazem.
As perdas financeiras decorridas da construção de cidades que ninguém precisa ou da fomentação de investimentos que não trarão retorno são coisas que terão necessariamente um fim catastrófico. O estado comunista de um partido só é problemático porque a mentalidade daqueles que estão no comando é fundamentalmente oposta ao mercado. Portanto, o conceito de uma China capitalista portadora de uma economia de livre mercado é necessariamente errôneo. Assim se segue que a ideia de um milagre econômico chinês deve ser igualmente errônea.
A Agência de Informações Energéticas dos EUA diz que a China se tornará o maior importador mundial de petróleo bruto em outubro deste ano. Deveríamos estar impressionados por esse testemunho do rápido crescimento chinês. Ou seria isso um testemunho do mau investimento chinês? Pode também ser uma demonstração da elevação da América no cenário energético. (No último ano, o Bank Of America Merrill Lynch fez uma projeção de que as novas descobertas domésticas de petróleo e gás natural estavam rapidamente aproximando a marca de US$ 1 bilhão por dia de renda aos Estados Unidos.) Qualquer que seja o argumento a se tecer, a economia chinesa não está livre para seguir o mercado. Ela segue diretivas políticas. Assim, devemos perguntar: O quão real é a taxa de crescimento chinesa? Os economistas têm encontrado problemas com as estatísticas mercadológicas da China, cifras de crescimento doméstico e pesquisas de consumo. O The Hindu Business Line cita o economista Stephen Green dizendo que “se há um indicador suspeito nas estatísticas oficiais chinesas, ele não aparece nos dados oficiais...”
Ouça: Joseph Dancy: Global Demand For Oil Is Growing Relentlessly (NT.: Demanda global pelo óleo cresce implacavelmente).
Não há nada novo em um regime comunista falsificando estatísticas, relatórios governamentais ou registros históricos de áreas inteiras. É completamente coerente aos feitos comunistas falsificar toda uma economia. Ao presumir isso, não significa que deveríamos negar as centenas de arranha-céus construídos ou as montanhas de produtos baratos exportados. Contudo, podemos nos perguntar: qual retorno pode se esperar desses e de outros investimentos estatais? Como apontou o economista austríaco Ludwig von Mises, “a interferência estatal no cenário econômico [...] não fez nada além de destruí-lo”.
No Fórum da Ásia Oriental, Yao Yang da Universidade de Pequim escreveu um artigo intitulado “Autoritarismo não é a chave para o sucesso econômico chinês”. De acordo com Yao, é um erro associar o sucesso econômico da China ao sistema político autoritário. O sucesso da China, diz Yao, “é antes de tudo o resultado de décadas de reformas de mercado”, pois se “a intervenção governamental fosse a chave para o crescimento econômico, a China já teria sido bem sucedida 30 anos atrás quando o estado já governava todos setores da sociedade”.
Assim, o sucesso econômico chinês pode ser uma ilusão keynesiana, pois quando o livre mercado é combinado com o governo autoritário, a tendência, segundo Yao, é que uma pequena elite monopolize a economia e bloqueie o desenvolvimento. Contudo, essa crítica só vai até onde é possível que Yao consiga falar sem correr risco pessoal. Como escravo de um estado governado por um partido comunista corrupto e todo poderoso, ele deve afirmar que há elementos democráticos na China que promovem a responsabilidade governamental, para que então se diga que o país não é governado por uma pequena elite. De acordo com Yao, “os oficiais do país estão cada vez mais sendo responsabilizados por seus atos – seja por meio dos canais formais do establishment ou por meio das opiniões populares (expressas) na mídia e na internet”.
Nada disso parece provável. A China está longe de ser um país livre. Além disso, seu mercado econômico é atrelado aos comitês do Partido Comunista que dominam secretamente os altos postos executivos das maiores companhias chinesas. Isso está melhor exposto no livro The Party: The Secret World of China’s Communist Rulers (NT.: “O Partido: O mundo secreto dos dirigentes comunistas chineses”). Enquanto há esforços para estancar a maré de casos de corrupção do governo chinês ligado a economia, esses mesmos esforços parecem pouco se considerada a escala em que estão esses casos (comparados aos maiores). A Comissão Disciplinar Central, diz McGregor, tem um staff de apenas 800 pessoas para vigiar um grande número de empregados do governo que, por sua vez, vigiam a maior economia do mundo. De acordo com o Índice de Liberdade Econômica 2013 da Heritage Foundation, a pontuação da China é 5.19, de modo que ela ocupa o 136º lugar. Não é de impressionar. De acordo com a Heritage Foundation,
“a economia chinesa mantém-se ‘predominantemente restringida’. O sistema regulatório e legal são vulneráveis à influência política e às diretivas do Partido Comunista. A derradeira autoridade do partido sobre todo o sistema econômico alui as normas legais e a fidelidade contratual. A corrupção é disseminada e a camaradagem é institucionalizada e universal”.
A verdadeira questão não é se a China continuará a crescer. A ciência econômica sugere que a economia chinesa parará de crescer, se é que já não parou. O maior país do mundo – com seus 1.4 bilhão de habitantes – sofrerá necessariamente a maior e mais devastadora ruína financeira imaginável. No dia 29 de julho, Michael Pettis escreveu um artigo para a CNN intitulado Will China’s economy crash? (NT.: A economia chinesa irá falir?). Pettis é professor de finanças na Universidade de Pequim. Ele diz que “a história chinesa tomou o pior dos rumos. Parece que agora a China está prestes a colapsar. Junto dela irá todo o mundo”.
Para aqueles que entendem o quão problemática é a interferência estatal na economia, não há mistério. Essa é a tragédia que o mundo não vai aprender nunca a evitar. Como escreveu Le Bon uma vez, “embora o socialismo esteja em contradição com todos os dados da ciência moderna, ele possui uma enorme força pelo próprio fato de ele tender a assumir uma forma religiosa”.
E assim é, mesmo quando o estado nega ou tenta esconder a extensão do seu envolvimento na economia, seja ele chinês ou americano.
Publicado no Financial Sense.
Tradução: Leonildo Trombela Junior
FONTE: http://www.midiasemmascara.org/artigos/internacional/china/14436-a-china-e-a-economia-livre.html
MídiaSemMáscara
Me refiro à intervenção do estado na economia.
Estamos falando de política (são eles que intervêm na economia). Você acha mesmo que um político quando indagado sobre salvar empregos dirá "que se dane"?
Isso é bastante discutível. Se a demissão em massa provocar maiores prejuízos do que for investido é algo a se pensar.
Está certo. Seria a ideologia pregada a outros.
China perde o controle da sua economia Frankenstein
O mundo aceitou cada vez mais a ideia de que os líderes chineses são administradores hábeis da colossal economia do país.
E parece ter-se enganado, escreveu William Pesek, correspondente em Tóquio do Bloomberg News.
Sucessivas medidas do presidente do Banco da China, Zhou Xiaochuan, de início foram aclamadas como golpes de batuta de um mestre. Mas, quando elas viraram uma espiral de marchas à ré e de mudanças de rumo, semearam mal-estar e sugeriram que as finanças do gigante comunista podem ser comparadas a um Frankestein saído do controle do Dr. Jekyll
Imensas cidades fantasmas novas, rodovias, aeroportos e hidrelétricas inflaram o PIB chinês, obnubilando os investidores estrangeiros otimistas e gerando vertiginosos movimentos bancários.
O perigo, segundo Pesek, é que ninguém realmente sabe como está a saúde dos bancos estatais chineses, ou qual é o tamanho do enorme sistema de financiamento paralelo. Para Stephen Green, da Standard Charteres em Hong Kong, o sistema de crédito da China é uma “enorme e assustadora caixa preta”.
A hora da verdade da China se aproxima. O governo marxista tenta adiá-la, inoculando ativos equivalentes a um sistema bancário americano a cada cinco anos.
Agora o perigo beira o pânico e os “comunicados padronizados e vagos [do Banco Central chinês] só exacerbam a aflição nos mercados”. A opacidade é método socialista, que agora não mais consegue dissimular um ente monstruoso balançando de modo assustador.
A economia chinesa virou “um monstro como Frankenstein. Uma criatura poderosa e gigantesca nascida de experimentos não ortodoxos, da qual seus criadores perdem cada vez mais o controle”, explica Pesek.
A economia desacelera, há necessidade urgente de reformas cruciais sem provocar pavor repentino nos mercados nem desestabilizar a abalada sociedade chinesa.
Embora uma dolorosa terapia de choque seja indispensável, os criadores do Frankenstein da China não parecem determinados a refreá-lo por razoes ideológicas que não respeitam, e até escarnecem das leis econômicas “capitalistas”.
Postado por Luis Dufaur às 05:30
FONTE: http://pesadelochines.blogspot.com.br/2013/08/china-perde-o-controle-da-sua-economia.html
PesadeloChinês
por Business Intelligence Middle East, quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
O americano Jim Rogers e o suíço Marc Faber, dois dos maiores gurus do mundo dos investimentos, concordam entre si a respeito de vários assuntos. Porém, há um quesito que os separa nitidamente: o futuro da economia chinesa e o consequente impacto que isso teria sobre as commodities ao redor do mundo.
Tanto Rogers quanto Faber vêm há muito tempo alertando sobre os efeitos deletérios das políticas monetária e fiscal dos EUA, e continuamente enfatizam que a recente valorização das ações ao redor do mundo decorre principalmente da impressão de dinheiro, uma espécie de política "Robin Hood às avessas" feita pelos governos, na qual a impressão de dinheiro retira poder de compra dos pobres e aumenta a dos ricos.
Ambos vivem na Ásia, pois suas perspectivas quanto à economia mundial, bem como quanto à possibilidade de uma recuperação sustentável da economia americana, são — para colocar de maneira suave — um tanto negativas.
O conflito
Marc Faber, gestor de fundos de investimento e editor do boletim Gloom Boom & Doom, acredita que uma forte desaceleração da economia chinesa já está em marcha.
Em uma entrevista por telefone concedida à rede CNBC na sexta-feira passada, ele disse que, caso a economia chinesa faça um "pouso brusco", isso trará um enorme impacto negativo para as commodities globais. Foi ainda mais fundo e disse estar "mais preocupado com uma desaceleração da economia chinesa do que com uma recessão na Europa".
Por outro lado, Jim Rogers, o lendário investidor global e presidente da Rogers Holdings, sediada em Cingapura, disse que Faber está com noções erradas a respeito da China.
"O Marc ainda não entendeu muito bem a China. De fato, ocorrerão vários pousos bruscos nos próximos anos, mas a aterrissagem da China será bem menos bruta que outras, como Grécia, EUA et al.", disse Rogers à CNBS na sexta-feira.
Em novembro, a atividade industrial da China caiu para seu nível mais baixo em 32 meses, segundo estatísticas do HSBC, reavivando temores de que a potência asiática está perdendo vigor em meio às aflições econômicas globais.
O economista-chefe do HSBC para assuntos econômicos da China, Qu Hongbin, disse esperar que o arrefecimento da demanda doméstica e o enfraquecimento da demanda externa pelos produtos chineses gere uma redução adicional na produção interna chinesa durante os próximos meses.
De acordo com Marc Faber, "a economia chinesa é formada por vários setores, e creio que alguns deles provavelmente já estão em recessão". E foi adiante: "Creio que o crescimento da China será muito mais baixo do que estão prevendo, e é até possível que possamos testemunhar um pouso brusco sem absolutamente nenhum crescimento."
Ainda segundo Faber, especificamente o mercado de commodities será o mais impactado por essa desaceleração econômica da China.
"Creio que muitas pessoas realmente irão se importar caso a China cresça apenas 5% ao invés de 10%; ou, no caso de um pouso brusco, cresça 0% — pois a China é de longe o maior comprador de commodities do mundo", disse ele.
"Se a economia chinesa esfriar, a demanda por commodities também vai esfriar. Consequentemente, as economias do Brasil, da Argentina e de todos os países exportadores de commodities serão afetadas, e isso fará com que eles, por estarem exportando menos, também comprem menos produtos da China. E isso pode gerar uma espiral recessiva", acrescentou Faber.
Rogers concorda que o mercado de commodities sofrerá uma correção, mas rebateu a visão de Faber de que isso será algo devastador. "Sim, haverá uma arrefecida no mercado de commodities, pois ele está em ascensão há anos. Todos os mercados altistas passam por um período de desaceleração e subsequente retração", disse Rogers. "Em 1987, as ações ao redor do mundo declinaram de 40 a 80%, mas isso não representou o fim do período de alta nas ações. Tal fim só ocorreu em 2000".
Antes desta declaração de Rogers, Faber havia dito o seguinte sobre a visão de Rogers a respeito do mercado de commodities: "Se eu sempre tivesse sido um otimista com relação a commodities e não tivesse previsto o crash de 2008, então, obviamente, tendo essencialmente amarrado minha reputação às commodities, eu continuaria sendo um otimista quanto a esse mercado."
Ao que Rogers retrucou: "Proclamei repetidas vezes, em todas as minhas entrevistas, que um investidor não deve comprar commodities durante uma fase altista. Também expliquei que eu não estava vendendo e nem pretendo vender as commodities em que estou investido, pois, naquela época já estávamos [e ainda estamos] em um mercado altista que vai durar ainda um bom tempo, embora correções de curto prazo não estejam descartadas". E ele acrescentou: "Quando um investidor faz várias especulações baixistas [fica vendido; faz uma venda a descoberto] e os preços desses bens declinam de 90 a 100%, então pode-se dizer que ele teve um bom ano, ainda que suas posições compradas [especulação altista] também tenham declinado de preço".
De acordo com Rogers, é Faber quem tem feito previsões erradas, argumentando que ele "perdeu completamente" o longo período altista do mercado de commodities, que começou no início de 1999.
O crescimento econômico da China desacelerou de 9,5% no segundo trimestre para 9,1% no terceiro trimestre. As causas, especula-se, foram os esforços do governo para controlar a inflação de preços e a turbulência econômica na Europa e nos Estados Unidos, o que afetou a atividade econômica do país.
O vice-primeiro-ministro chinês, Wang Qishan, que também é o principal ministro das finanças do país, recentemente alertou que a China precisa corrigir "problemas estruturais" em seu sistema financeiro para poder lidar com uma recessão global "de longo prazo" que ameaça a segunda maior economia do planeta.
"Para uma economia como a chinesa, que depende fortemente de exportações, o segredo é compreender bem a situação e colocar a casa em ordem", disse Qishan à agência estatal de notícias Xinhua.
Em uma subsequente entrevista à CNBC, já no sábado, Faber reiterou seu ponto de vista: os dados podem ser manipulados, mas eu diria que há uma óbvia desaceleração na economia chinesa, e creio que há uma chance de um pouso brusco.
Faber prosseguiu e explicou em mais detalhes as consequências não premeditadas do afrouxamento monetário: "Quando o senhor Bernanke se tornou presidente do Fed, o índice S&P 500 estava em 1264 — isso foi em 1º de fevereiro de 2006. Hoje está em 1244. Ou seja, o mercado hoje está mais baixo do que naquela época. Nesse meio tempo, o ouro foi para US$ 1.740, sendo que estava em US$ 570 quando Bernanke assumiu... O afrouxamento monetário não significa que a economia irá melhorar, pois o dinheiro criado pode perfeitamente ir para apenas determinados setores da economia... O mercado de ações da China pode apresentar alguma recuperação, mas não creio que veremos novos recordes de alta. Creio que a economia irá se enfraquecer porque se trata de uma economia bastante voltada para o setor de bens de capital, e o investimento em capital é algo bastante volátil."
Não vamos vender nosso ouro
Mas se a China e as commodities conseguiram erguer uma divisória entre os dois lendários investidores, ainda há um investimento que os une: o ouro — embora ambos sejam enfáticos quanto à possibilidade de uma correção no valor do metal.
O preço do ouro bateu recorde no início de setembro, chegando a US$ 1.900. No final do mês, porém, já havia caído para abaixo de US$ 1.600. Atualmente está na casa de US$ 1.730.
Na sexta-feira passada, Faber previu que o ouro continuará recebendo, ao menos no curto e no médio prazo, um estímulo em decorrência das políticas monetárias expansionistas do Fed e do Banco Central Europeu. Faber crê que esses bancos centrais continuarão imprimindo dinheiro na esperança de estimular suas economias.
Ainda de acordo com Faber, a recente disparada do ouro para US$ 1.900, ocorrida em setembro, não significa que haja uma "bolha" nessa commodity, alimentada pela criação de dinheiro dos bancos centrais. "Não creio que o ouro esteja em uma bolha", disse ele à Bloomberg em uma entrevista telefônica. "Quando você compra ouro, você está fazendo um seguro contra falhas sistêmicas nos mercados financeiros."
O preço do ouro está mais barato hoje do que estava há dez anos, embora em termos nominais hoje esteja de 4 a 5 vezes maior, argumenta ele. "Comparado à base monetária, comparado à dívida dos governos, comparado ao aumento da riqueza que houve no mundo, e comparado ao aumento das reservas internacionais, o preço atual do ouro ainda está baixo", disse Faber ainda no dia 5 de agosto.
Faber também diz que seu portfólio de investimento é bem diversificado, sendo dividido igualmente em quatro partes: ouro, imóveis, ações, e dinheiro e títulos. Ele acrescenta que mantém uma boa quantidade de dinheiro em mãos para comprar mais ativos caso haja mais correções nos mercados.
Por sua vez, Jim Rogers continua comprado em commodities e bastante otimista. "O ouro subiu 600% na década de 1970 e depois caiu 50% na década de 1980, o que assustou muita gente. Depois retomou sua alta contínua e subiu mais 850%. Correções são absolutamente normais em todos os mercados", disse ele à CNBC na sexta feira.
Em entrevista concedida ao britânico Investment Week no dia 5 de dezembro, Rogers reiterou que o ouro está demorando mais do que o esperado para sofrer uma forte correção. "É muito incomum um ativo subir continuamente por 11 anos sem sofrer nenhuma correção. Tenho ouro e não pretendo vendê-lo. Tem havido algumas correções no seu preço nos últimos três meses, mas ainda estou esperando uma correção bem mais intensa. Só não tenho ideia do quanto será essa correção. Se o preço do ouro cair porque o mundo está indo à falência, então ele teria de estar precificado a uns US$ 900 para que eu volte a comprar mais. Se houver uma ocorrência mais artificial, então talvez um valor entre US$ 1.200 e US$ 1.400 já me seja atraente", disse ele.
__________________________________________________
Sobre o Dr. Marc Faber
Nascido em Zurique, cresceu e estudou em Genebra e em Zurique. Formou-se em Ciências Econômicas na Universidade de Zurique e, aos 24 anos, obteve seu Ph.D em economia. Entre 1970 e 1978, o Dr. Faber trabalhou para o banco de investimento White Weld & Co. nas filiais de Nova York, Zurique e Hong Kong.
Mora na Ásia desde 1973. De 1978 a fevereiro de 1990, foi o gerente do banco de investimento Drexel Burnham Lambert, em Hong Kong. Em junho de 1990, criou sua própria empresa, que atua como consultora de investimentos e administradora de fundos.
A partir de 2000, Faber decidiu dedicar mais tempo tanto na produção de seus boletins informativos quanto na expansão de suas consultorias. Voltou a morar em sua casa em Chiang Mai, na Tailândia, mantendo apenas um pequeno escritório administrativo em Hong Kong.
O Dr. Faber publica um amplamente lido boletim mensal sobre investimentos, o 'The Gloom Boom & Doom Report', que dá ênfase a oportunidades de investimentos mais atípicas. É também o autor de vários livros.
Sobre Jim Rogers
Nascido em Maryland e criado no Alabama, Rogers sempre se manteve um passo à frente do pensamento convencional dos investidores. Dentre suas várias façanhas, Rogers foi o co-fundador, junto com George Soros (hoje os dois mal se falam), do hedge fund Quantum Fund. Durante seus dez anos junto ao fundo, seu portfólio se valorizou em mais de 4.000%, enquanto o S&P 500 subiu menos de 50%.
Rogers se aposentou do Quantum em 1980 e depois se tornou professor visitante de finanças na Columbia University Graduate School of Business entre 1989 e 1990, e moderador dos programas televisivos The Dreyfus Roundtable and The Profit Motive with Jim Rogers.
Para salientar suas convicções de que a prosperidade futura virá da Ásia, mais especificamente da China, Rogers mudou-se com a família para Cingapura, e suas duas filhas pequenas já falam mandarim.
Veja nossos artigos com Jim Rogers.
FONTE: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1175
InstitutoLudwigvonMisesBrasil
Outros textos do Mises.org sobre a China: http://www.mises.org.br/Subject.aspx?id=13
A China no limiar de uma recessão industrial
A bolha imobiliária chinesa finalmente está estourando
A bolha imobiliária chinesa e o espectro de uma grande recessão
Que foi justamente o que gerou a crise, para início de conversa.
O que apenas prova que políticos tomam sempre as piores decisões possíveis, nos bons e maus momentos.
Não é por um motivo simples: eles não estão gerando nada. Neste caso, acontece apenas de tirar dinheiro de quem produz e repassar para quem não produz.
Estou mesmo.
Ou não. Empresas que quebram não produzem e dão espaço para outros concorrentes externos. Concorrentes que vão gerar saída de dinheiro enfraquecendo a economia interna.
Imagine as montadoras nacionais americanas quebradas, quem invadiria o mercado deles?
Em primeiro lugar, empresas quebram porque produzem bens ou serviços que não são comprados.
Se o consumidor americano não quer comprar carro, o governo não deve incitá-lo a isso para "aquecer a economia". Este tipo de raciocínio não faz sequer sentido. O consumidor americano pode não estar comprando carros, mas consome diversos outros ítens, que têm uma demanda real. O que o governo faz é tirar a liberdade do consumidor, tomando dinheiro dele (não como consumidor, mas como contribuinte) para manter empresas mal administradas.
Fabricar carro que ninguém vai comprar é igual a fazer um buraco para tapá-lo em seguida. Não se produziu nada de útil no fim das contas.
Além disso, nada impede que capital interno tome lugar das empresas falidas, e não ha problema com empresas estrangeiras. A Toyota já é a maior empresa do ramo há uma década.
Jura?
Não quer ou não pode??
As pessoas, de maneira geral, querem carros e as que já tem, querem carros mais novos. O que vai definir se elas vão comprar ou não depende de alguns fatores, dentre eles podemos citar a disponibilidade de recursos (dinheiro) e a necessidade de um carro ante um panorama de dificuldades financeiras.
No caso do Brasil, quando houve a redução de impostos, o governo não fez ninguém "querer" um carro, isso as pessoas já queriam. O que ele fez foi dar condições a um número maior de pessoas que já queriam comprar um carro a fazer o que desejavam. Isso é ruim?
À primeira vista pode até parecer, o estado "perdeu" impostos, mas depois o número de carros aumentou e com isso todo um mercado aumentou junto, acessórios, autopeças, manutenção etc.. que geram empregos e criam novas riquezas. Não me parece ser tão ruim assim.
Claro. O porque dos estados se preocuparem com as balanças comerciais deve ser um mistério.
E ainda tem coragem de reclamar das minhas comparações. Você conseguiu me superar ao comparar protecionismo com racismo.
A indústria nacional dá emprego aos brasileiros, ela é boa para o país. A ideia de simplesmente deixar quebrar não faz o menor sentido.
Cara, na boa, você se fosse colocado à frente desse país, não duraria uma semana.
Até mesmo empresários iriam querer sua cabeça.
Além do quê, o governo é um dos culpados pela crise de 2008. Em 1999, ele obrigou alguns bancos, como o Fannie Mae e Freddie Mac, a dar financiamento até a quem não tinha condições de pagar. A bolha foi crescendo e estourou.
Nem todo mundo entende bem o significado econômico de os Estados Unidos não fabricarem mais aparelhos de televisão, ou melhor, de empresas americanas não o fazerem.
Uma comparação que dá ideia da coisa: O que é mais lucrativo, vender modens ou serviços de Internet?
O aparelho se compra uma vez e usa-se até deixar de funcionar ou ficar obsoleto.
Consumo de Internet é contínuo.
Os americanos deixaram de fabricar e vender televisores, mas fabricam e vendem o conteúdo das programações de TV, o que é muito mais lucrativo.
E além do lucro tem o efeito colateral de globalizar a cultura americana.
Ninguém adota costumes japoneses porque comprou uma TV SONY.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!