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Comentários
― Winston Churchill
― Winston Churchill
Interessante, muito interessante...
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Nenhuma pessoa dotada de mediano senso crítico vai negar que houve excessos por parte do Governo Militar. Nesta seara, os fatos falam por si e por mais que se tente vislumbrar certos aspectos sob um prisma eufemístico, tortura e morte são realidades que emergem de maneira inegável.
Ocorre que é preciso contextualizar as coisas. Porque analisar fatos extirpados do substrato histórico-cultural em meio ao qual eles foram forjados é um equívoco dialético (para os ignorantes) e uma desonestidade intelectual (para os que conhecem os ditames do raciocínio lógico). E o que se faz com relação aos Governos Militares do Brasil é justamente ignorar o contexto histórico e analisar seus atos conforme o contexto que melhor serve ao propósito de denegri-los.
Poucos lembram da Guerra Fria, por exemplo. De como o mundo era polarizado e de quão real era a possibilidade de uma investida comunista em território nacional. Basta lembrar de Jango e Jânio; da visita à China; da condecoração de Guevara, este, um assassino cuja empatia pessoal abafa sua natureza implacável diante dos inimigos.
Nada contra o Comunismo, diga-se de passagem, como filosofia. Mas creio que seja desnecessário tecer maiores comentários sobre o grau de autoritarismo e repressão vivido por aqueles que vivem sob este sistema. Porque algumas pessoas adoram Cuba, idolatram Guevara e celebram Chavez, até. Mas esquecem do rastro de sangue deixado por todos eles; esquecem as mazelas que afligem a todos os que ousam insurgir-se contra esse sistema tão "justo e igualitário". Tão belo e perfeito que milhares de retirantes aventuram-se todos os anos em balsas em meio a tempestades e tubarões na tentativa de conseguirem uma vida melhor.
A grande verdade é que o golpe ou revolução de 1964, chame como queira, talvez tenha livrado seus pais, avós, tios e até você mesmo e sua família de viver essa realidade. E digo talvez, porque jamais saberemos se isso, de fato, iria acontecer. Porém, na dúvida, respeito a todos os que não esperaram sentados para ver o Brasil virar uma Cuba.
Respeito, da mesma forma, quem pegou em armas para lutar contra o Governo Militar. Tendo a ver nobreza nos que renunciam ao conforto pessoal em nome de um ideal. Respeito, honestamente.
Mas não respeito a forma como esses "guerreiros" tratam o conflito. E respeito menos ainda quem os trata como heróis e os militares como vilões. É uma simplificação que as pessoas costumam fazer. Fruto da forma dual como somos educados a raciocinar desde pequenos. Ainda assim, equivocada e preconceituosa.
Numa guerra não há heróis. Menos ainda quando ela é travada entre irmãos. E uma coisa que se aprende na caserna é respeitar o inimigo. Respeitar o inimigo não é deixar, por vezes, de puxar o gatilho. Respeitar o inimigo é separar o guerreiro do homem. É tratar com nobreza e fidalguia os que tentam te matar, tão logo a luta esteja acabada. É saber que as ações tomadas em um contexto de guerra não obedecem à ética do dia-a-dia. Elas obedecem a uma lógica excepcional; do estado de necessidade, da missão acima do indivíduo, do evitar o mal maior.
Os grandes chefes militares não permanecem inimigos a vida inteira. Mesmo os que se enfrentam em sangrentas batalhas. E normalmente se encontram após o conflito, trocando suas espadas como sinal de respeito. São vários os exemplos nesse sentido ao longo da história. Aconteceu na Guerra de Secessão, na Segunda Guerra Mundial, no Vietnã, para pegar exemplos mais conhecidos. A verdade é que existe entre os grandes Generais uma relação de admiração.
A esquerda brasileira, por outro lado, adora tratar os seus guerrilheiros como heróis. Guerreiros que pegaram em armas contra a opressão; que sequestraram, explodiram e mataram em nome do seu ideal.
E aí eu pergunto: os crimes deles são menos importantes que os praticados pelos militares? O sangue dos soldados que tombaram é menos vermelho do que o dos guerrilheiros? Ações equivocadas de um lado desnaturam o caráter nebuloso das ações praticadas pelo outro? Penso que não. E vou além.
A lei de Anistia é um perfeito exemplo da nobreza que me referi anteriormente. Porque o lado vencedor (sim, quem fica 20 anos no poder e sai porque quer, definitivamente é o lado vencedor) concedeu perdão amplo e irrestrito a todos os que participaram da luta armada. De lado a lado. Sem restrições. Como deve ser entre cavalheiros. E por pressão de Figueiredo, ressalto, desde já. Porque havia correntes pressionando por uma anistia mitigada.
Esse respeito, entretanto. Só existiu de um lado. Porque a esquerda, amargurada pela derrota e pela pequenez moral de seus líderes nada mais fez nos anos que se seguiram, do que pisar na memória de suas Forças Armadas. E assim seguem fazendo. Jogando na lama a honra dos que tombaram por este país nos campos de batalha. E contaminando a maneira de pensar daqueles que cresceram ouvindo as tolices ditas pelos nossos comunistas. Comunistas que amam Cuba e Fidel, mas que moram nas suas coberturas e dirigem seus carrões. Bem diferente dos nossos militares, diga-se de passagem.
Graças a eles, nossa juventude sente repulsa pela autoridade. Acha bonito jogar pedras na Polícia e acha que qualquer ato de disciplina encerra um viés repressivo e antilibertário. É uma total inversão de valores. O que explica, de qualquer forma, a maneira como tratamos os professores e os idosos no Brasil.
Então, neste 31 de março, celebrarei aqueles que se levantaram contra o mal iminente. Celebrarei os que serviram à Pátria com honra e abnegação. Celebrarei os que honraram suas estrelas e divisas e não deixaram nosso país cair nas mãos da escória moral que, anos depois, o povo brasileiro resolveu por bem colocar noPoder.
Bem feito. Cada povo tem os políticos que merece.
Se você não gosta das Forças Armadas porque elas torturaram e mataram, então, seja, pelo menos, coerente. E passe a nutrir o mesmo dissabor pela corja que explodiu sequestrou e justiçou, do outro lado. Mas tenha certeza que, se um dia for necessário sacrificar a vida para defender nosso território e nossas instituições, você só verá um desses lados ter honradez para fazê-lo."
Anônimo
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
Click aqui :
http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
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No dia 31 de março próximo faz 40 anos que foi deposto o Presidente da República, João Goulart.
Uns chamam esse acontecimento de golpe militar, outros de tomada do poder, alguns outros de Revolução de 1964. Eu prefiro considerá-lo como a Contra-Revolução de 31 de março de 1964.
Vou lhes explicar o meu ponto de vista ao longo deste artigo. Espero que ao final vocês tenham dados suficientes para julgar se estou certo.
Vocês foram cansativamente informados por seus professores, jornais, rádios, TV e partidos políticos :
- que os militares tomaram o poder dos civis para impedir que reformas moralizantes fossem feitas;
-que para combater os "generais que usurparam o poder" os jovens da época uniram-se e lutaram contra a ditadura militar e que muitos deles morreram, foram mutilados, presos e torturados na luta pela "redemocratização" do país;
- que os militares assim agiram a mando dos Estados Unidos, que temiam o comunismo instalado no Brasil;
-que jovens estudantes, idealistas, embrenharam-se nas matas do Araguaia para lutar contra a ditadura e pela redemocratização do país.
Com quantas inverdades fizeram a cabeça de vocês! E por que essas mentiras são repetidas até hoje? Foi a maneira que eles encontraram para tentar justificar a sua luta para implantar um regime do modelo soviético, cubano ou chinês no Brasil.
Por intermédio da mentira, eles deturparam a História e conseguiram o seu intento. Vocês que não viveram essa época acreditam piamente no que eles dizem e se revoltam contra os militares.
Vamos aos fatos, pois eu vivi e participei dessa época.
Em março de 1964 eu era capitão e comandava uma bateria de canhões anti-aéreos do 1º Grupo de Artilharia Anti-Aérea, em Deodoro, no Rio de Janeiro.
A maioria dos oficiais que servia no 1º Grupo de Artilharia AAe, entre eles eu, teve uma atitude firme para que o Grupo aderisse à Contra-Revolução.
Eu era um jovem com 31 anos. O país vivia no caos. Greves políticas paralizavam tudo: transportes, escolas, bancos, colégios. Filas eram feitas para as compras de alimentos. A indisciplina nas Forças Armadas era incentivada pelo governo. Revolta dos marinheiros no Rio; revolta dos sargentos em Brasília. Na minha bateria de artilharia havia um sargento que se ausentava do quartel para fazer propaganda do Partido Comunista, numa kombi, na Central do Brasil.
Isto tudo ocorria porque o governo João Goulart queria implantar as suas reformas de base à revelia do Congresso Nacional. Pensava, por meio de um ato de força, em fechar o Congresso Nacional com o apoio dos militares "legalistas".
Vocês devem estar imaginando que estou exagerando para lhes mostrar que a Contra-Revolução era imperativa naqueles dias. Para não me alongar, vou citar o que dizem dois conhecidos comunistas:
- depoimento de Pedro Lobo de Oliveira no livro "A esquerda armada no Brasil" - "muito antes de 1964 já participava na luta revolucionária no Brasil na medida de minhas forças. Creio que desde 1957. Ou melhor, desde 1955". "Naquela altura o povo começava a contar com a orientação do Partido Comunista".
- Jacob Gorender - do PCBR, escreveu no seu livro "Combate nas Trevas": "Nos primeiros meses de 1964, esboçou-se uma situação pré-revolucionária e o golpe direitista se definiu, por isso mesmo, pelo caráter contra-revolucionário preventivo. A classe dominante e o imperialismo tinham sobradas razões para agir antes que o caldo entornasse".
Diariamente eu lia os jornais da época: O Dia, O Globo, Jornal do Brasil, Tribuna da Imprensa, Diário de Notícias, etc... Todos eram unânimes em condenar o governo João Goulart e pediam a sua saída, em nome da manutenção da democracia. Apelavam para o bom senso dos militares e até imploravam a sua intervenção, para que o Brasil não se tornasse mais uma nação comunista.
Eu assistia a tudo aquilo com apreensão. Seria correto agirmos para a queda do governo? Comprei uma Constituição do Brasil e a lia seguidamente. A minha conclusão foi de que os militares estavam certos ao se antecipar ao golpe de Jango.
Às Forças Armadas cabe zelar para a manutenção da lei, da ordem e evitar o caos. Nós não tinhamos que defender o governo; tinhamos que defender a nação.
O povo foi às ruas com as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, no Rio, São Paulo e outras cidades do país. Todos pedindo o fim do governo João Goulart, antes que fosse tarde demais.
E, assim, aconteceu em 31/03/1964 a nossa Contra-Revolução.
Os jornais da época(Estado de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil; Tribuna da Imprensa e outros ) publicaram, nos dias 31/03/64 e nos dias seguintes, editoriais e mais editoriais exaltando a atitude dos militares. Os mesmos jornais que hoje combatem a nossa Contra- Revolução.
Os comunistas que pleiteavam a tomada do poder não desanimaram e passaram a insuflar os jovens, para que entrassem numa luta fraticida, pensando que lutavam contra a ditadura. E mentiram tão bem que muitos acreditam nisso até hoje. Na verdade, tudo já estava se organizando. Em 1961, em pleno governo Jânio Quadros, Jover Telles, Francisco Julião e Clodomir dos Santos Morais estavam em Cuba acertando cursos de guerrilha e o envio de armas para o Brasil. Logo depois, alguns jovens eram indicados para cursos na China e em Cuba. Bem antes de 1964 a área do Araguaia já estava escolhida pelo PC do B para implantar a guerrilha rural.
Em 1961 estávamos em plena democracia. Então para que eles estavam se organizando? Julião já treinava as suas Ligas Camponesas nessa época, que eram muito semelhantes ao MST de hoje. Só que sem a organização, o preparo, os recursos, a formação de quadros e a violenta doutrinação marxista dos atuais integrantes do MST.
E foi com essa propaganda mentirosa que eles iludiram muitos jovens e os cooptaram para as suas organizações terroristas.
Então, começou a luta armada.
Foram vários atos terroristas: o atentado ao aeroporto de Guararapes, em Recife, em 1966; a bomba no Quartel General do Exército em São Paulo, em 1968; o atentado contra o consulado americano; o assassinato do industrial Albert Boilesen e do capitão do Exército dos Estados Unidos Charles Rodney Chandler; seqüestros de embaixadores estrangeiros no Brasil .
A violência revolucionária se instalou. Assassinatos, ataques a quartéis e a policiais aconteciam com freqüência.
Nessa época, eles introduziram no Brasil a maneira de roubar dinheiro com assaltos a bancos, a carros fortes e a estabelecimentos comerciais. Foram eles os mestres que ensinaram tais táticas aos bandidos de hoje.Tudo treinado nos cursos de guerrilha em Cuba e na China.
As polícias civil e militar sofriam pesadas baixas e não conseguiam , sozinhas, impor a lei e a ordem.
Acuado, perdendo o controle da situação, o governo decretou o AI-5, pelo qual várias liberdades individuais foram suspensas. Foi um ato arbitário mas necessário. A tênue democracia que vivíamos não se podia deixar destruir.
Para combater o terrorismo, o governo criou uma estrutura com a participação dos Centros de Informações da Marinha (CENIMAR), do Exército (CIE) e da Aeronáutica (CISA). Todos atuavam em conjunto, tanto na guerrilha rural quanto na urbana. O Exército, em algumas capitais, criou o seu braço operacional, os Destacamentos de Operações de Informações ( DOI). Para trabalharem nos diversos DOI do Brasil, o Exército seleciononou do seu efetivo alguns majores, capitães e sargentos. Eram, no máximo, 350 militares, entre os 150 mil homens da Exército.
Eu era major, estagiário da Escola de Estado Maior. Tinha na época 37 anos e servia no II Exército, em São Paulo. Num determinado dia do ano de 1970, fui chamado ao gabinete do comandante do II Exército, general José Canavarro Pereira, que me deu a seguinte ordem: "Major, o senhor foi designado para comandar o DOI/CODI/II Ex. Vá, assuma e comande com dignidade".
A partir desse dia minha vida mudou. O DOI de São Paulo era o maior do país e era nesse Estado que as organizações terroristas estavam mais atuantes. O seu efetivo em pessoal era de 400 homens. Destes, 40 eram do Exército, sendo 10 oficiais, 25 sargentos e 5 cabos. No restante, eram excelentes policiais civis e militares do Estado de São Paulo. Esses foram dias terríveis! Nós recebíamos ameaças freqüentemente.
Minha mulher foi de uma coragem e de uma abnegação total. Quando minha filha mais velha completou 3 anos de idade, ela foi para o jardim da infância, sempre acompanhada de seguranças. Minha mulher não tinha coragem de permanecer em casa, enquanto nossa filha estudava. Ela ficava dentro de um carro, na porta da escola, com um revólver na bolsa.
Não sómente nós passamos por isso! Essa foi a vida dos militares que foram designados para combater o terrorismo e para que o restante do nosso Exército trabalhasse tranqüilo e em paz.
Apreendemos em "aparelhos" os estatutos de, praticamente, todas as organizações terroristas e em todos eles estava escrito, de maneira bem clara, que o objetivo da luta armada urbana e rural era a implantação de um regime comunista em nosso país.
Aos poucos o nosso trabalho foi se tornando eficaz e as organizações terroristas foram praticamente extintas, por volta de 1975.
Todos os terroristas quando eram interrogados na Justiça alegavam que nada tinham feito e só haviam confessado os seus crimes por terem sido torturados. Tal alegação lhes valia a absolvição no Superior Tribunal Militar. Então, nós passamos a ser os " torturadores".
Hoje, como participar de seqüestros, de assaltos e de atos de terrorismo passou a contar pontos positivos para os seus currículos eles, posando de heróis, defensores da democracia, admitem ter participado das ações. Quase todos continuam dizendo que foram torturados e perseguidos politicamente. Com isso recebem indenizações milionárias e ocupam elevados cargos públicos. Nós continuamos a ser seus " torturadores" e somos os verdadeiros perseguidos politicos. As vítimas do terrorismo até hoje não foram indenizadas.
O Brasil com toda a sua população e com todo seu tamanho teve, até agora, 120 mortos identificados, que foram assassinados por terroristas, 43 eram civis que estavam em seus locais de trabalho ( estima-se que existam mais cerca de 80 que não foram identificados ); 34 policiais militares; 12 guardas de segurança; 8 militares do Exército; 3 agentes da Polícia Federal; 3 mateiros do Araguaia; 2 militares da Marinha; 2 militares da Aeronáutica; 1 major do Exército da Alemanha; 1 capitão do Exército dos Estados Unidos; 1 marinheiro da Marinha Real da Inglaterra.
A mídia fala sempre em "anos de chumbo", luta sangrenta, noticiando inclusive que , só no cemitério de Perus, em São Paulo, existiriam milhares de ossadas de desaparecidos políticos. No entanto o Grupo Tortura Nunca Mais reclama um total de 284 mortos e desaparecidos que integravam as organizações terroristas. Portanto, o Brasil, com sua população e com todo o seu tamanho, teve na luta armada, que durou aproximadamente 10 anos, ao todo 404 mortos.
Na Argentina as mortes ultrapassarm 30.000 pessoas; no Chile foram mais de 4.000 e no Uruguai outras 3.000. A Colômbia, que resolveu não endurecer o seu regime democrático, luta até hoje contra o terrorismo. Ela já perdeu mais de 45.000 pessoas e tem 1/3 do seu território dominado pelas FARC.
Os comunistas brasileiros são tão capazes quanto os seus irmãos latinos. Por que essa disparidade?
Porque no Brasil dotamos o país de leis que permitiram atuar contra o terrorismo e também porque centralizamos nas Forças Armadas o combate à luta armada. Fomos eficientes e isso tem que ser reconhecido. Com a nossa ação impedimos que milhares de pessoas morressem e que esta luta se prorrogasse como no Peru e na Colômbia.
No entanto, algumas pessoas que jamais viram um terrorista, mesmo de longe, ou preso, que jamais arriscaram as suas vidas, nem as de suas famílias, criticam nosso trabalho. O mesmo grupo que só conheceu a luta armada por documentos lidos em salas atapetadas e climatizadas afirma que a maneira como trabalhamos foi um erro, pois a vitória poderia ser alcançada de outras formas.
Já se declarou, inclusive, que: " a ação militar naquele período não foi institucional. Alguns militares participaram, não as Forças Armadas. Foi uma ação paralela".
Alguns também nos condenam afirmando que, como os chefes daquela época não estavam acostumados com esse tipo de guerra irregular, não possuíam nenhuma experiência. Assim, nossos chefes, no lugar de nos darem ordens, estavam aprendendo conosco, que estávamos envolvidos no combate. Segundo eles, nós nos aproveitávamos dessa situação para conduzir as ações do nosso modo e que, no afã da vitória, exorbitávamos .
Mas as coisas não se passavam assim . Nós que fomos mandados para a frente de combate nos DOI, assim como os generais que nos chefiavam, também não tínhamos experiência nenhuma. Tudo o que os DOI faziam ou deixavam de fazer era do conhecimento dos seus chefes. Os erros existiram, devido à nossa inexperiência, mas os nossos chefes eram tão responsáveis como nós.
Acontece que o nosso Exército há muito tempo não era empregado em ação. Estava desacostumado com a conduta do combate, onde as pessoas em operações têm que tomar decisões, e decisões rápidas, porque a vida de seus subordinados ou a vida de algum cidadão pode estar em perigo.
Sempre procurei comandar liderando os meus subordinados. Comandei com firmeza e com humanidade, não deixando que excessos fossem cometidos. Procurei respeitar os direitos humanos, mas sempre respeitando, em primeiro lugar, os direitos humanos das vítimas e, depois, os dos bandidos. Como escrevi em meu livro "Rompendo o Silêncio ", terrorismo não se combate com flores. A nossa maneira de agir mostrou que estávamos certos, porque evitou o sacrifício de milhares de vítimas, como aconteceu com os nossos vizinhos. Só quem estava lá, frente a frente com o terroristas, dia e noite, de arma na mão, pode nos julgar.
Finalmente, quero lhes afirmar que a nossa luta foi para preservar a democracia. Se o regime implantado pela Contra -Revolução durou mais tempo do que se esperava, deve-se, principalmente, aos atos insanos dos terroristas. Creio que, em parte, esse longo período de exceção deveu-se ao fato de que era preciso manter a ordem no país.
Se não tivéssemos vencido a luta armada, hoje estaríamos vivendo sob o tacão de um ditador vitalício como Fidel Castro e milhares de brasileiros teriam sido fuzilados no "paredón" ( em Miami em fevereiro, foi inaugurado por exilados cubanos, um Memorial para 30.000 vítimas da ditadura de Fidel Castro).
Hoje temos no poder muitas pessoas que combatemos e que lá chegaram pelo voto popular e esperamos que eles esqueçam os seus propósitos de 40 anos passados e preservem a democracia pela qual tanto lutamos.
CARLOS ALBERTO BRILAHNTE USTRA
O autor é coronel reformado do Exercito e foi Comandante do DOI/CODI/ II Ex ; Instrutor Chefe do Curso de Operações da Escola Nacional de Informações e Chefe da Seção de Operações do CIE
http://www.averdadesufocada.com/index.php/contra-revoluo-de-1964-notcias-106/5969?task=view
Lembre-se que para Esquerdistas, o que dizem não tem nada a ver com o que acreditam. Eles dizem o que acreditam ser benéfico para sua causa, independente de conhecer a falsidade do dito.
E basta ler o Plano de Reformas de Base do Jango para saber o rumo que o Brasil tava tomando na época. Esquerdistas raramente lembram deste "detalhe".
No mais, golpes esquerdistas bem sucedidos só se revelam quando é tarde demais para sufocá-los. Eles aproveitam um momento de fragilidade das instituições e vácuo de poder para dar um pontapé na porta podre do governo, assumi-lo e instaurar imediatamente um Estado Policial que impeça qualquer tentativa de reação. E a porta do João Goular tava mais podre que queijo francês.
Quem conhece a História da Revolução Bolchevique sabe os exemplos, por isto não é estratégico pros caras reconhecer que um golpe de esquerda estava em andamento, pois pode prejudicar a próxima tentativa, quem sabe, amanhã...
Que Monã nos proteja!
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
O Exército cometeu muitos erros. Subestimou o inimigo e, em combate, esse erro costuma ter um alto preço. Que lhes sirva de lição. Que não deixem mais pontas soltas...
Excelente narrativa do Coronel Brilhante Ustra. Obrigado por compartilhar conosco, Neoapático.
Na hipótese remota, muito remota, de que Monã nos abandone à sorte, espero que as FFAA consertem o erro que cometeram cinquenta anos atrás.
Em nome de Jesus amém .
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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Na verdade eu estava pensando em outro lugar. Podiam mandar para o inferno mesmo, de onde nunca poderão voltar.
Sim, é verdade. Mas é justamente esse o meu receio: que eles fujam! Se alguns pobres coitados cubanos conseguiram, nossa esquerdalha também pode conseguir.
Não tenho como contestar. Seria fantástico se tivéssemos o poder de obrigar todos os "socialistas" a viverem como socialistas. Maldita e imunda esquerda caviar.
Isso é muito pertinente. Faz todo o sentido que um líder comunista pense dessa forma e, com efeito, encontraremos casos na história que refletem esse pensamento. Mas o idiota útil é idiota demais para perceber o perigo. Nem duvido que alguns deles iriam para o paredão resignados, convencidos de que seus líderes estavam certos e de que alguma coisa eles devem ter feito para merecer aquilo. Idiotas inúteis.
A tal Redentora(?) Revolução de 31 de março de 1964 não foi um golpe só militar, pois não dependeu somente deles, afinal não se junta tanta gente numa marcha com Deus pela Liberdade mais do que se juntaria tanta gente por conta de um aumento de 20 centavos em passagem de ônibus. Havia muito mais coisa no pedaço e o motor real era a péssima condição econômica, inflação, percepção de corrupção e por aí vai.
Vendia-se a imagem de que os comunistas iam tomar o poder e fazer do Brasil uma outra Cuba. Bem, o boquirroto Goulart não ajudava nada quanto a isso.
Mas enfim, deu-se o dito golpe, para grande alegria de políticos, como Carlos Lacerda, Magalhães Pinto e outros que apoiaram os milicos. Pensaram eles que logo seriam feitas as eleições e eles, por terem dado apoio aos milicos, seriam os candidatos e futuros presidentes da República. Aí a porca torceu o rabo: os milicos não quiseram mais largar o osso. E os civis que apoiaram o golpe viram-se vítimas de um passa moleque. Se quisessem continuar na política, seriam meros coadjuvantes. Aí até eles passaram a falar contra a dita revolução, que de revolução passou a ser golpe...
O resto do filme, vocês já sabem.
Bem, nos meus tempos de aluno da USP, eram frequente ouvir líderes de centros acadêmicos conclamando os estudantes a se filiarem ao Partido dos Trabalhadores, pois ele precisava de um grande número de filiados para se firmar, etc e tal. Via folhetos onde se chiavam horrores contra a corrupção e bandalheiras dos políticos de plantão, da falta de transparência e de ética no trato da coisa pública. Lembra-me uma entrevista do líder do tal partido, apelidado por alguns de "sapo barbudo". Acho que foi no Programa Ferreira Netto inclusive que ao ser questionado pelo debatedor sobre sua falta de preparo, já que era tido e havido apenas com um operário burro e ignorante, Lula respondeu:
_ Olha. Se estar preparado para exercer o governo significa saber como roubar do erário, permitir que colegas corruptos roubem, fazer negociatas e maracutaias, então confesso que realmente não mesmo preparado para governar.
E, minha gente... Houve um tempo em que acreditei que houvesse ao menos UM partido com programa e com interesse pelo bem do Brasil e do povo brasileiro, ainda que nutrisse sérias dúvidas sobre a possibilidade de um programa de cunho socialista ter algum sucesso, já que fracassou em TODOS os países em que se instalou. Mas se essa gente ao menos parasse a roubalheira, já ajudaria muito.
Mas passou o tempo e o sapo barbudo, que se dizia despreparado para governar na base de roubalheiras e maracutaias finalmente chegou a ser presidente do país... Tal como Carlos Lacerda e outros se decepcionaram com os milicos, eu aqui me decepcionei seriamente com o sapo barbudo e seus cumpanheirus. A roubalheira nunca parou. Os ladrões não foram apeados do poder, apenas tornaram-se partícipes do pudê populá. O tal Partido dos Trabalhadores, sem mudar sua sigla, pode muito bem hoje ser chamado Partido dos Trambiqueiros.
Larga a mão se ser mentiroso, Ustra. Esse tal AI-5 era coisa que os milicos linha dura queriam DESDE O INÍCIO. Se Castelo Branco, o único dessa tropa aí que tinha cérebro e integridade moral, não apelou para isso, o mesmo não fez o Costa e Silva, linha dura como você. Veja se me explica essa: por que a censura prévia a revistas, jornais, livros, músicas, peças de teatro, etc e tal, ajudariam no combate ao terrorismo?
Essa de suspensão de liberdades individuais e proibição de habeas corpus a acusados de terrorismo foi uma das coisas que levou Pedro Aleixo a voltar contra (foi o único que votou contra). Questionado se ele não acreditava que o presidente da república teria o discernimento necessário para fazer uso dos poderes que o AI-5 lhe conferia, sua resposta foi:
_ Ah! Sim, acredito que o presidente terá todo o discernimento necessário. O que não sei é se o guarda da esquina também terá o mesmo discernimento.
Acertou na mosca. Embora as torturas e assassinatos fossem políticas oficiais das forças armadas contra os terroristas, a verdade é que não havia limites definidos para se dizer quem era ou não era terrorista. Qualquer um que falasse algo contra o governo já seria automaticamente terrorista na visão do guarda da esquina. Lembra-me que uma professora de química da USP, Ana Rosa Kucinski Silva foi presa em 1974, sumiu e ninguém sabe que fim levou. Alguém aqui sabe me dizer que foi o ato terrorista que ela cometeu?
O temor de Pedro Aleixo tornou-se realidade. Quando o Geisel resolveu que era hora dos milicos começar a esvaziar suas gavetas e tirar o time de campo, os linha-dura não gostaram nem um pouco da ideia. Pra mostrar serviço, chamaram o Vladimir Herzog ao DOI-CODI, ele foi sozinho e saiu de lá na horizontal, sob a desculpa de que havia se suicidado. A mesma coisa aconteceu com um operário no ano seguinte. Até o Erasmo Dias, que endossou a tese de que houve mesmo suicídio, admitiu depois que foi uma baita lambança dos caras, que numa época onde tais ações não mais tinham razão de ser, queriam mostrar serviço. Geisel perdeu a paciência e exonerou o comandante do segundo exército. Silvio Frotta, outro da linha dura que queria suceder ao Geisel, tramava um golpe dentro do golpe. Mas Geisel não marcou touca com ele: exonerou-o no dia em que tudo já estava armado. Apeado, Frotta percorreu Brasília em busca dos colegas para dar o troco, mas não achou nenhum: Geisel armara para que eles ficassem fora de Brasília por uma razão ou outra. Sílvio Frotta teve de enfiar a viola no saco...
É exatamente como agem.
Veja esta entrevista com Yuri Bezmenov, desertor da KGB:
Desta vez, receio que não será tão simples, Ayyavazhi.
De tanto apanhar os estrategistas da Esquerda aprenderam que bater de frente contra as forças conservadoras da América Latina é suicídio.
Os povos latino-americanos tem uma herança cultural católico-romana que os torna aversos ao discurso marxista.
Também tem um longo histórico de intervenções militares nos governos de seus respectivos países.
O resultado da soma dos dois fatores é conhecida: Sempre que as Esquerdas iniciavam um movimento revolucionário na América Latina eram prontamente abortados pela reação dos militares.
Só lograram sucesso em Cuba porque Fulgêncio Batista era uma mistura de Al Capone com Sargento Garcia.
Muito mais representativo da realidade continental foi o patético fracasso de Che Guevara em sua tentativa de incitar uma revolução comunista na Bolívia.
Então, depois dos esquerdistas apanharem que nem gato no saco por todas as terras abaixo do Rio Grande, entenderam que só poderiam ser vitoriosos se adotassem o gradualismo revolucionário, cuja principal arma é a propaganda ideológica de massa mantida a longo prazo. Ou, seja, desviar o foco da ação da luta armada para a Guerra Cultural.
A estratégia é enfraquecer a influência do conservadorismo católico e fortalecer partidos de esquerda apresentados como "moderados e democráticos", conquistar o governo pela via eleitoral, subverter o regime a partir de dentro e então, como declara o próprio PT em seu Terceiro Congresso "Conquistar o poder para mudar a sociedade".
Neste cenário a possibilidade de reação dos militares à subversão revolucionária esquerdista fica extremamente inibida.
Com o fim da Guerra Fria desapareceu a doutrina do "Inimigo Interno", o que coloca as Forças Armadas em notória desvantagem estratégica contra as Forças Revolucionárias, pois a possibilidade de reação militar fica restrita à hipótese de uma violenta ruptura das instituições, coisa que os revolucionários só promoverão quando estiverem certos de que estão fortes o bastante para isto.
Ou seja, as Forças Armadas só se disporão a enfrentar a estratégia do Gradualismo Revolucionário quando for tarde demais.
A esperança reside toda nos erros da estratégia esquerdista, que eu não vou citar aqui (fiquei sabendo que tem gente do lado de lá interessada nas minhas dicas).
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Não sei se isso é devido às décadas de social-democracia europeia que está deixando a Europa do jeito que está atualmente.