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A Internet causou o aumento de pessoas sem religião?

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Comentários

  • sybok disse: A internet foi o que me permitiu estudar religião, como não sou de nenhuma igreja, nem de uma religião especifica, foi garimpando na net que pude me informar sobre princípios, praticas, livros, etc...

    É assim que se encontram Budistas (como encontrei), Judeus, Muçulmanos...
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    Cameron disse: E quanto a Teoria Da Evolução?
    A ICAR demorou demais para reconhecer o mérito dela e dos naturalistas, fez uma oposição que não se justificava ou essa também seria uma das difamações de discursos revolucionários?
    Vamos ignorar os protestantes nessa.

    Bem..., sim.

    Como você disse, demorou, mas tudo demora na Igreja Católica Romana, que tem seu próprio timing.
    O que é um Coringa muito prático, uma vez que é difícil errar quando você espera décadas ou mesmo séculos até declarar uma posição definitiva sobre alguma coisa.

    Daí vem o dogma da infalibilidade da Igreja em questões de Fé. A Igreja não erra porque não tem pressa e prefere esperar a correr riscos.

    Além disto a bronca da Santa Sé era e É contra o Darwinismo, não contra a Evolução.
    Se verificar a posição oficial da Igreja hoje, o referendo à evolução é acompanhado do questionamento ao Darwinismo, como ideologia.

    Na origem está o temor original do Vaticano de que o referendo às teses de Darwin implicasse em um referendo implícito ou tácito ao Darwinismo Social de Spencer e corja. Não que houvesse correlação, mas como dito, prelados romanos abominam o risco.

    E de fato Darwinismo Social esteve na moda na Europa e Estados Unidos por tempo suficiente para ser uma doutrina a ser evitada.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • CameronCameron Membro
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    sybok disse: Enquanto a ciência não for capaz de trazer a luz o que ocorre na mente humana durante estados meditativos profundos e em especial explicar o que é chamado pelos budistas e hinduístas de iluminação, a religião sempre vai ter um espaço.
    Ok, vou fazer aqui o papel de cientificista fanática.

    Esse tipo de lógica sempre me soou arrogante e pedante.

    Se a ciência não responder uma determinada questão ou explicar nos mais rigorosos detalhes um determinado fenômeno isso implica em dizer que a religião esteja certa ou que sua explicação esteja em igualdade com outras.

    A versão mais comum desse argumento é que já que a ciência não é capaz de dizer como o universo surgiu então a doutrina religiosa do deus criador está certa.

    É como se as crenças religiosas "jogassem pelo empate" ou que obrigatoriamente deveria ser concedido o benefício da dúvida a elas até que se esgotassem todas as possibilidades.

    Não vejo nenhuma pessoa ser tão permissiva assim em nenhum outro aspecto da vida dela, por que com a religião haveria de ser diferente?

    Post edited by Cameron on
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    sybok disse:
    Tai uma coisa da qual eu quase nada sei, já ouvi muita gente falando sobre esse mito, mas eu mesmo ainda tenho aquela imagem da igreja perseguindo cientistas durante a inquisição.

    Que é uma imagem de propaganda.

    Como disse, a lista de monges e padres que foram pioneiros da Ciência é enorme.

    E a Inquisição combatia a heresia, não o desenvolvimento científico.
    O caso Galileu, muito citado, é pouco explicado.
    Que a Igreja pisou na bola não há o que desmentir, mas a turma do contra exagera nas cores.
    Galileu nunca esteve perto de ser queimado, como dizem, e só foi a julgamento porque encheu o saco do Papa até o limite do que qualquer cristão aguentaria. Vide a sátira de Galileu, Diálogo, na qual um sábio defende as teses do autor e um burro, literalmente, defende as posições do Papa.

    Mas a questão definitiva, muito bem destacada por Thomas Woods é a da paralaxe estelar.
    Quando questionado pelos astrônomos do Vaticano - sim, os havia e há - porque havia estrelas fixas no céu se a Terra se move, Galileu não soube explicar.
    Assim, foi uma questão científica não respondida e não obscurantismo puro e simples que selou a sentença.

    Que por sinal, nem foi tão ruim assim. Galileu foi condenado a prisão domiciliar e viveu no bem bom o resto da vida em condições muito confortáveis, inclusive com direito a receber visitas.

    De novo, só para deixar claro, a Igreja pisou na bola. Poderiam ter lidado muito melhor com a situação, pois em momento algum a Santa Sé se opôs às teses de Copérnico, que antecedeu Galileu em um século no que se refere à proposição do heliocentrismo.

    Post edited by Acauan on
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  • CameronCameron Membro
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    Judas disse: As possibilidades não se esgotam, nunca. Somos humanos.
    Correto, mas isso não impede que observemos padrões e analisemos a plausibilidade.

    Por milênios os deuses e demais alegações sobrenaturais eram usadas para explicar fenômenos que não entendíamos, terremotos, chuvas, doenças, vida e morte, etc...

    Tão logo entendemos o funcionamento de um determinado fenômeno com causas naturais, como por exemplo, doenças sendo causadas por microorganismos e não demônios, os seres sobrenaturais vão sendo empurrados para zonas aonde o conhecimento não alcança.

    Fazendo uma analogia bem simplória, se você levar sua TV para consertar em uma eletrônica e ele não conseguir e devolver quebrada e isso se repetir pela quarta vez você levaria uma quinta vez? Não há como ter certeza de que ele não conseguirá se tentar outra vez mas você não teria motivos mais do que suficientes para levar a TV em outra eletrônica ou até mesmo comprar uma nova e desistir do conserto?

    Nunca, sequer uma vez que fosse, as explicações sobrenaturais se mostraram corretas, não temos nada, absolutamente nada, que indique a veracidade de qualquer crença no sobrenatural.

    Talvez o universo seja a criação de uma entidade sobrenatural, talvez nos tornaremos uma espécie de fantasma depois que morrermos, nunca teremos a certeza sobre isso e sobre o resto, mas tais afirmações merecem credibilidade? Merecem o benefício da dúvida? Por que raios as crenças sobrenaturais deveriam ser colocadas em um pedestal imunes ao julgamento que usamos em todas as outras áreas de nossa vida?

    Tão logo um motivo apareça, como um deus na esquina, essa credibilidade poderia ser revista, até lá, não vejo a mais remota razão para tratar crenças na reencarnação, conversa com os mortos ou que o criador dos céus e da Terra se importaria com o que você coloca ou deixa de colocar no seu tubo digestivo na semana santa de forma diferente da crença no Saci-Pererê ou de quem acha que conseguirá dinheiro fácil entrando de gaiato em esquemas como a Telexfree.

    Post edited by Cameron on
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  • Judas disse: E isso aqui eu já disse antes, aqui mesmo no fórum.
    A hipótese deus tem toda a benevolência de ter falhado todas as vezes e ainda merece todo o crédito e continua a ser tentada e mostrada como super plausível.
    Se importaria de dizer a razão?

    Me parece uma contradição extrema algo, seja lá o que for, ter credibilidade + plausibilidade ao mesmo tempo que só tenha falhado.

    Ainda não consegui entender por que Deus ou qualquer outra crença sobrenatural deveria ser tratada de forma diferente da qual julgamos todo o resto.

    Come with me if you wanna live.
  • Acauan disse: O ponto é o uso do discurso científico como pregação ateísta, que já começa errado porque a existência ou não de Deus extrapola as premissas do materialismo científico, que se limita a tecer teses sobre o que pode ser observado e teorizado matematicamente, o que não é o caso, obviamente, das questões teológicas, que devem ser abordadas filosoficamente - uma perspectiva mais ampla que inclui e extrapola o argumento científico, sem excluí-lo.

    - Apenas parte do discurso ateísta é baseada em materialismo científico, a maior parte dele é baseado em análise histórica e arqueológica, em crítica textual das escrituras e em questionamentos filosóficos das doutrinas.

    Abraços,
  • emmedradoemmedrado Membro
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: Assim como é certo e óbvio que o cara que inventou a lobotomia ganhou o Prêmio Nobel de Medicina, dentre outras escorregadelas comprometedoras.

    sybok disse: Tai uma coisa da qual eu quase nada sei, já ouvi muita gente falando sobre esse mito, mas eu mesmo ainda tenho aquela imagem da igreja perseguindo cientistas durante a inquisição.

    Eu também tenho essa imagem, queria ver o índio veio com cara de garotão falar mais sobre isso.




    Post edited by emmedrado on
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
    Click aqui :
    http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Judas disse: Ainda que o cara que achamos na esquina seja o verdadeiro "ultimate god" jamais teremos como saber se a fila para por aí, jamais saberemos se ele está mentindo e escondendo algo de nós.
    O seu "deus" só precisa ter um único poder: o poder de nos fazer acreditar em que ele é deus.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Spider disse: - Apenas parte do discurso ateísta é baseada em materialismo científico, a maior parte dele é baseado em análise histórica e arqueológica, em crítica textual das escrituras e em questionamentos filosóficos das doutrinas.

    E o que é análise histórica e arqueológica que não materialismo científico?

    Crítica textual só serve para contradizer os Fundamentalistas Literalistas, que são uns Manés.

    Agora, no questionamento Filosófico, sim.
    Há gente competente para apresentar falhas lógicas em Sto. Tomás de Aquino, mas aí é uma discussão que ocorre em outro nível, longe léguas do que se vê nos debates militantes ateus x crentes da Internet.
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    emmcri disse: Eu também tenho essa imagem, queria ver o índio veio com cara de garotão falar mais sobre isso.

    Sempre cito uma referência fundamental para quem quer entender melhor a Inquisição, acima das propagandas pró ou contra a Igreja Romana, que é o livro O Queijo e os Vermes, de Carlo Ginzburg.

    Quem não conhece o conteúdo do livro, mesmo que por meio de outras obras, não devia sequer dar palpite sobre o assunto.


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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    Cameron disse: Nunca, sequer uma vez que fosse, as explicações sobrenaturais se mostraram corretas, não temos nada, absolutamente nada, que indique a veracidade de qualquer crença no sobrenatural.

    Note que a questão parece centralizar em um qualificativo arbitrário denominado "sobrenatural".

    O ponto é, o que isto significa?

    Do ponto de vista cientificista significa algo místico, mágico, fora das leis da física.

    Mas pode muito bem significar algo que não temos competência para medir. E incluímos como dentro das leis da física apenas os fenômenos sobre os quais podemos exercer algum tipo de medição.

    A ideia então muda de figura, se a Realidade se limita ou não àquilo que podemos medir dela.

    O que, de novo, eleva a questão acima dos partidarismos primários.



    Post edited by Acauan on
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Judas disse: Ainda que o cara que achamos na esquina seja o verdadeiro "ultimate god" jamais teremos como saber se a fila para por aí, jamais saberemos se ele está mentindo e escondendo algo de nós.

    Você chegou ao limite da questão.

    Deus, por definição, é infinito.

    Nossa percepção objetiva da realidade é limitada aos nossos meios de medição.

    E o infinito, também por definição, está além de qualquer possibilidade de medição.

    Resumo da Ópera, Deus é questão de Fé.

    Simples assim.

    Fundamentalistas religiosos e ateus que brigam contra o fato estão apenas perdendo tempo.
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  • CameronCameron Membro
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: Note que a questão parece centralizar em um qualificativo arbitrário denominado "sobrenatural".

    O ponto é, o que isto significa?

    Do ponto de vista cientificista significa algo místico, mágico, fora das leis da física.

    Mas pode muito bem significar algo que não temos competência para medir. E incluímos como dentro das leis da física apenas os fenômenos sobre os quais podemos exercer algum tipo de medição.

    A ideia então muda de figura, se a Realidade se limita ou não àquilo que podemos medir dela.

    O que, de novo, eleva a questão acima dos partidarismos primários.
    Ok, por isso não damos a ciência um caráter absoluto, o fato de não haverem evidências de que a vida após a morte exista não quer dizer que as chances de que exista sejam 0, o mesmo em relação a Deus.

    Se parasse por aí tudo bem, mas as religiões e suas crenças vão além desse ponto, por exemplo, segundo os evangelhos Jesus e seus discípulos teriam curado cegos, aleijados, amputados, ressuscitado mortos, etc..., segundo esses mesmos livros Jesus teria dito que seus seguidores no futuro seriam capazes de realizar os mesmos feitos.

    Temos mais cristãos hoje do que em qualquer período da história humana e milagres de restauração de amputados conforme são narrados não podem ser apresentados em lugar algum do mundo.

    Então não se trata apenas de algo místico, mágico além de qualquer capacidade de averiguação, são alegações da religião que podem ser confrontadas com os fatos e demonstradas falsas, não se trata apenas de uma questão de fé.

    O mesmo vale para aquelas religiões aonde seus adeptos alegam serem capazes de se comunicar com os mortos e ao mesmo tempo dizem que devemos amar e se importar com o sofrimento de nossos semelhantes, se o que dissessem fosse verdadeiro eles não seriam indiferentes as inúmeras famílias que procuram desesperadas seus entes queridos desaparecidos, entrariam em contato com os mortos pelo menos para que esses dissessem aonde estariam seus corpos e darem paz aos seus familiares.

    Uma infinidade de exemplos semelhantes a esses poderiam ser citados, embora o sobrenatural de fato não poderia ser medido pela ciência vários pontos de várias alegações religiosas que apelam para o sobrenaturalismo teria alguma relação ou interação com o nosso mundo e a humanidade nas quais poderiam ser testadas e provadas verdadeiras caso tais crenças fossem reais, logo, temos todos os motivos lógicos e racionais para pressupor que todas elas sejam falsas, mesmo que não tenhamos como ter certeza disso, aliás, certeza no sentido mais restrito do termo é algo fora da experiência humana.

    Post edited by Cameron on
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  • SpiderSpider Membro
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: E o que é análise histórica e arqueológica que não materialismo científico?

    - Mas você não considera válido no contexto? - Tipo, quando se quer provar que a bíblia é um livro de mitos?
    Acauan disse:
    Crítica textual só serve para contradizer os Fundamentalistas Literalistas, que são uns Manés.

    - Leu "O que Jesus disse e o que Jesus não disse?", a crítica textual contesta muito do cristianismo mainstream.
    Acauan disse:
    Agora, no questionamento Filosófico, sim.
    Há gente competente para apresentar falhas lógicas em Sto. Tomás de Aquino, mas aí é uma discussão que ocorre em outro nível, longe léguas do que se vê nos debates militantes ateus x crentes da Internet.

    - OK, mas creio que a crítica materialista é fruto do materialismo religioso, o cristianismo está cada dia mais mundano, dentro deste cenário a crítica a ele será cada vez mais materialista.


    Abraços,
    Post edited by Spider on
  • sybok disse: pois meu irmão está cursando historia e achou estranha a informação de que isso seja um mito.
    Ele chegou a citar que ao menos na musica, (ele é pianista e ouve muita musica clássica)

    É o mesmo que ensina xadrez?
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    sybok disse: O assunto é interessante e gerou debate aqui em casa, pois meu irmão está cursando historia e achou estranha a informação de que isso seja um mito. Ele chegou a citar que ao menos na musica, (ele é pianista e ouve muita musica clássica), os grandes autores são todos pós idade media e que em mil anos de idade das trevas pouca coisa foi produzida.

    Então faça ao seu irmão uma pergunta simples e vejamos se ele tem uma resposta simples para ela:

    Por que após a tal Idade das Trevas, a Europa e somente a Europa manifestou a explosão criativa do Renascimento?

    Se a Europa vinha de mil anos de trevas, seria muito mais lógico esperar que esta explosão criativa ocorresse nas civilizações que não caíram neste abismo negro, como o Islã, a China ou os Impérios Americanos Pré-Colombianos.

    Mas não, foi a Europa e somente a Europa que emergiu da Idade Média para assumir um papel de liderança civilizacional, o que só ocorreria por milagre se a era anterior tivesse produzido apenas ignorância.


    Post edited by Acauan on
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    Spider disse: - Mas você não considera válido no contexto? - Tipo, quando se quer provar que a bíblia é um livro de mitos?

    E qual o problema com os mitos?
    Todas as civilizações existentes e que existiram se consolidaram sobre mitologias unificadoras.

    Spider disse: - Leu "O que Jesus disse e o que Jesus não disse?", a crítica textual contesta muito do cristianismo mainstream.

    Cristianismo maistream?
    Cristianismo é uma religião dogmática, o que torna o termo maistream inaplicável.

    Spider disse: - OK, mas creio que a crítica materialista é fruto do materialismo religioso, o cristianismo está cada dia mais mundano, dentro deste cenário a crítica a ele será cada vez mais materialista.

    Quem está mais mundano são os cristãos, não o Cristianismo.

    Post edited by Acauan on
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Cameron disse: Então não se trata apenas de algo místico, mágico além de qualquer capacidade de averiguação, são alegações da religião que podem ser confrontadas com os fatos e demonstradas falsas, não se trata apenas de uma questão de fé.

    É uma questão de Fé porque independe de interpretações objetivas.

    Interpretações objetivas é um paradigma científico, não religioso.

    Só os fundamentalistas literalistas são vulneráveis à contestação dos textos bíblicos contra a evidência material. Todos os demais religiosos - a grande maioria - alegarão interpretações espirituais, lançando sua posição para fora do paradigma científico.

    De novo, é tudo uma questão de premissas.



    Acauan dos Tupis
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  • CameronCameron Membro
    edited maio 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse:Interpretações objetivas é um paradigma científico, não religioso.

    Só os fundamentalistas literalistas são vulneráveis à contestação dos textos bíblicos contra a evidência material. Todos os demais religiosos - a grande maioria - alegarão interpretações espirituais, lançando sua posição para fora do paradigma científico.

    De novo, é tudo uma questão de premissas.
    Eu reconheço aqui que minha formação não passou por Filosofia, tudo o que sei a respeito, se é que eu sei alguma coisa, é de debates na internet e alguns livros, então, de fato, eu posso estar dizendo grandes bobagens sem perceber, mas...

    Qual a validade de um paradigma para a verdade quando a primeira coisa que esse faz é jogar pela janela a objetividade?

    A realidade, ao que tudo indica pelo menos, não se molda aos caprichos de egos humanos, logo, se uma pessoa estiver com febre a beira da morte vítima de uma infecção, as bactérias que a estão causando não se transformarão em demônios que ficarão apavorados porque alguém está invocando "o nome com poder sobre os Céus e a Terra", a pessoa vai morrer pouco importa quanta fé e determinação se tenha no paradigma subjetivo.

    Como defender a religião da acusação dos cientificistas de promover a superstição quando a objetividade é sacrificada em nome da fé e de necessidades subjetivas?
    Post edited by Cameron on
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  • Acauan disse: E qual o problema com os mitos?
    Todas as civilizações existentes e que existiram se consolidaram sobre mitologias unificadoras.

    - Não há problema com mitos, o problema é o fundamentalismo mesmo, cristãos que afirmam que Adão e Eva foram reais, que a Arca de Noé é fato, e não é uma minoria insignificante que assim o faz, e quando o fazem retiram toda finalidade do mito, que é justamente dar um sentido às coisas.
    Acauan disse: Cristianismo maistream?
    Cristianismo é uma religião dogmática, o que torna o termo maistream inaplicável.

    - Usei esse termo por causa do livro do Bart Erhman, na verdade existem dissidências que contestam dogmas básicos e até a autenticidade e tradução de vários textos.
    Acauan disse: Quem está mais mundano são os cristãos, não o Cristianismo.

    - Como você pode afirmar isso? - Quem faz o cristianismo não são os cristãos? - Tudo depende apenas de interpretar um livro aberto a uma multiplicidade enorme de interpretações, eu vejo o cristianismo como algo sempre em transformação, conforme a época e lugar.

    Abraços,
  • A que se considerar que a religião antiga separa o mito para o povão e o conhecimento para uns poucos iniciados. Ao povão a adoração ao deus crucificado, aos iniciados entendimento de eventos celestes. Toneladas de conhecimento astronômico foram embutidas em mitos.
  • Quanto as pessoas sem religião, elas sempre estiveram por aí. A internet só ajudou a se encontrarem.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    sybok disse: Ele chegou a citar que ao menos na musica, (ele é pianista e ouve muita musica clássica), os grandes autores são todos pós idade media e que em mil anos de idade das trevas pouca coisa foi produzida.
    Muita coisa foi produzida, mas pouca coisa ficou registrada. Houve literatura, teatro, pintura, escultura, arquitetura etc.
    Por que não haveria música?
  • burrico disse: Quanto as pessoas sem religião, elas sempre estiveram por aí. A internet só ajudou a se encontrarem.

    Exatamente, as tornou mais evidentes. Como exemplo alguns foristas daqui.

    Cada um descobriu seu caminho.
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

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