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Comentários
Primeiramente, o dever moral é (na minha cabeça) sempre individual. Alias, a palavra coletivo usou-a você.
O sistema liberal é, no entanto, uma proposta coletiva, quer se goste ou não. E, o seu funcionamento é muito moral, tal como entendo a moralidade.
Não existe moralidade sem liberdade e, por liberdade entendo autonomia do individuo.
Seguidamente. No meu entender, o liberalismo surge para responder a um excesso de concentração do "dever moral".
Concluindo. Quando falei em prever um sistema por dever moral, não falava de um sistema futuro, mas de um existente - O liberalismo.
Também vi pessoas que deveriam saber explicar e não o fizeram. De facto é assustador pensar que tudo é mera aposta de casino. O Cabeção até apresenta a argumentação desse jeito.
Não me importam os viciados no jogo, mas quem usem do meu esforço para o fazerem.
Deixo por agora esta nota de acordo a respeito da responsabilidade ou a falta dela. O dever moral de pensar o sistema que minimize a ganância, talvez seja melhor aceite se pensarmos invés o sistema maximizador da responsabilidade.
Eu nao sei o que voce define por "verdadeiramente inesperado", mas existe todo um dominio chamado machine learning que consiste justamente em criar algoritmos que reagem e adaptam-se a nova informacao.
Algoritmos geneticos, redes neurais, self organizing maps, algortimos estocasticos, jogos iterates… you name it.
Nao e uma "proposta".
A menos que proposta esteja sendo usado num sentido metaforico.
O "sistema liberal" e o que acontece quando as pessoas sao livres.
So isso. Nao e um design social elaborado por uma elite secreta.
Eu nao estou dizendo que nao existem elites nao tao secretas por tras da alta financa.
Mas esse sistema nao e liberal nao importa quanto a midia use esse nome para designa-lo.
Nao e liberal que alguns tenham acesso privilegiado ao dinheiro dos outros sem o consentimento deles.
Mas essas elites nao sao os Quants.
Nao forme uma opiniao categorico baseada em documentarios que apresentam apenas um lado.
Documentarios sao coisas ultra parciais e altamente editadas para avancar uma determinada visao.
Essa nocao de que eles "deveriam saber explicar" por exemplo e completamente despropositada.
O fato deles trabalharem com derivativos nao quer dizer que eles devam ser capazes de explicar como eles funcionam para leigos.
Alem disso, uma divisao pode trabalhar com uma variedade enorme de produtos diferentes e nem sempre todos sabem exatamente como tudo funciona.
Nenhum engenheiro conhece o funcionamento de todas as partes do aviao.
Se um aviao cai e voce coloca o engenheiro na frente da camera para improvisar uma explicacao para o leigo de como a rebimboca 42 A da parafuseta 17 B funciona ele vai provavelmente dar de ombros tambem.
Se voce der alguns dias ele pode escrever um relatorio correto, mas numa entrevista com um reporter espertinho fazendo perguntas sobre detalhes tecnicos ele pode passar por um ignorante.
Outra coisa e essa analogia com o cassino.
Ela nao e verdadeira. Isso porque o cassino gera risco artificialmente, por diversao.
As pessoas participam de um cassino porque elas querem emocoes criadas pelo risco.
Em principio o mercado financeiro nao gera risco, ele transaciona risco ja existente.
Todo negocio faz face a diversos tipos de risco. Uma parte do trabalho dos financistas e compreender a natureza desse risco, estima-lo e realoca-lo.
Esse processo pode criar mais risco, mas nao e necessariamente o caso, e nao e o objetivo, como num cassino.
Mas mesmo quando o e, se o risco e portado por investidores privados, como no caso de Hedge Funds, nao ha problema. Se eles querem jogar com o dinheiro deles, azar o deles.
Mas quando se trata de bancos creditados no Banco Central essas apostas sao garantidas em ultima analise no dinheiro dos outros.
Sério, dá vontade de organizar um quebra-quebra das agências delas e da cara dos políticos que aprovam essas aberrações.
Na verdade, minha familiaridade com matérias econômicas é maior que a maioria da população, em virtude de haver cursado 3 anos de Economia e ter trabalhado no Bando do Brasil durante 10 anos. Mas o fato de eu não haver "criado" um derivativo não me impede de criticá-los. Da mesma forma que alguém pode ser contra a bomba atômica sem ser físico nuclear. Basta alguma cultura e senso crítico.
Sobre convicções (não usaria o termo absolutas), elas são formadas sim, a partir de opiniões de terceiros (não sei o que você quis dizer com "terceira mão"), de livros que lemos, de filmes que assistimos e de conversas que temos com outras pessoas. Senão fosse assim como formaríamos opiniões sobre o mundo que nos cerca?
Okay. E facil decidir se voce sabe ou nao alguma coisa para comentar.
Considere um ativo financeiro S qualquer:
-O valor dele hoje e 100.
-Ele segue a dinamica de Black and Scholes (lognormal).
-A taxa de juros e 10%
-A sua volatilidade e 30%.
- Voce esta long em um call ATM que expira em 30 dias.
Agora responda:
Qual e o valor do seu portfolio?
Qual e o delta da sua posicao?
Qual e a estrategia auto-financiada que elimina o risco?
Isso e o feijao com arroz de financas matematica.
Se voce nao tem ideia de como responder isso sem precisar procurar na Wikipedia significa que qualquer opiniao que voce tenha sobre o assunto e pouco mais do que lixo.
Eu nao to querendo ser babaca. Mas e verdade. Nao saber responder isso e falar sobre a utilidade dos derivativos e como nao saber resolver uma equacao diferencial newtoniana e querer dar pitaco sobre as diferentes interpretacoes da mecanica quantica.
Nao que seja necessario ser genio para aprender e falar dessas coisas. Qualquer um pode.
Mas tambem nao e facil e nao e algo cujo o entendimento necessario para se formar uma conviccao esteja ao alcance de gente que apenas le o jornal.
E um assunto altamente tecnico. Exige treinamento para se formar conviccoes. E o mais provavel e que mesmo com treinamento e compreensao profunda nenhuma conviccao seja possivel.
E normal nao ter conviccoes sobre certas coisas.
Eu nao tenho opiniao sobre procedimentos de cirurgia estetica ou sobre a culinaria de Bangladesh. Minha unica opiniao e que esses temas nao me interessam o suficiente para eu me esforcar no sentido de formar uma opiniao consequente.
Nao gaste seu cerebro formando conviccoes inuteis.
Comportamento humano. Depois, toda a série de fenômenos naturais.
Interessante.
Nem mais.
A cada vez maior especialização dos indivíduos é uma tragédia, mas isto é outro assunto que não vale a pena desenvolve.
Voce so podera apreciar corretamente essas consequencias se voce entender o que se passa.
Todo mundo parece ter concluido que as tecnicas de financas quantitativas foram a causa da crise apenas pelo fato dessa disciplina ter desempenhado um papel relevante nos ultimos anos.
Todo o texto original do topico se sustenta nesse argumento.
E esse argumento e ridiculo.
Choques e crises nao sao um advento de modelos matematicos ou contratos contingenciais. E nunca foi proclado que essas inovacoes teriam posto fim a perturbacoes maiores no mercado.
Muito dinheiro foi perdido com instrumentos complexos, mas apenas porque esses sao negociados num volume muito maior do que eram no passado.
Nao se sabe o que causa essas crises. Existem teorias, e a maioria delas e formada apos o fato. Nos sabemos o que fazer para evitar a ultima crise, mas a proxima ainda e um misterio.
Um exemplo histórico disso foi o episódio envolvendo as tulipas, chegou-se ao extremo delas ficarem tão sobrevalorizadas a ponto de seu peso ser adquirido com o peso equivalente em ouro, em algum momento as pessoas perceberam o exagero e a crise estourou e muita gente perdeu patrimônio.
Mas essa é uma opinião leiga, talvez eu só esteja dizendo bobagens.
Você me lembra um calouro de universidade que acha que sabe tudo e enxerga qualquer debate como um mecanismo de auto afirmação. Você disse que não estava querendo ser babaca, mas escreve como um. Mesmo com todo o seu economês de manual, ainda assim não consegue explicar o real motivo da quebra de 2008. Fórmulas matemáticas não significam nada quando milhões perderam suas casas, seus empregos, fundos de pensão foram dizimados e....interessante, os responsáveis por isso receberam bilhões em bônus. E as instituições que aplicaram o dinheiro dos investidores de forma criminosa foram socorridas com os impostos pagos pelo povo. Qual é a fórmula, qual a equação que explica o aporte de bilhões de dólares do contribuinte com o objetivo de sanear empresas inidôneas? Esse tipo de equação eu realmente não consigo compreender.
Tudo é explicado sempre pela negação absoluta.
Vivem no mundo da pura teoria, por isto, não espero que tenham compreensão dos problemas simples das pessoas comuns.
Imagino pela linguagem anti-coletivo que não entendam sequer o significado de vida comunitária.
O pior é não conseguir estabelecer uma ponte de comunicação, com pontos comuns entre um mundo e outro.
A liberdade é impossível sem moral. Liberdade econômica (mercado livre) é impossível...
O governo perpetua a servidão através da tutela implícita sobre as massas. Portanto, existe um problema de moral, as pessoas não são livres.
Continuo a considerar ser dever moral do homem livre empenhar-se em libertar os outros homens. Este pensamento é assustador senão for explicado.
Entendemos por libertar os homens a responsabilização e autonomização. Implica em não lhes dizer no que devem crer, como devem viver, etc.
Não importa o que os meninos do algoritmo fizeram ( se legal).
A liberdade inclui o direito a continuar submisso.
O homem pode escolher continuar a não ser livre. Alias, a maioria escolhe não ser livre.
Submissão não é uma escolha livre.
Não entendemos por submissão o respeito pela moral/lei. Submissão é a abdicação da autonomia enquanto individuo livre para reconhecer os costumes da sociedade.
Os costumes da sociedade constituem a moral dessa sociedade. Quem quer ser aceito por uma sociedade, tem que aceitar seus costumes (o que não impede que tente mudá-los aos poucos).
Isso de escolher nao ser livre e uma armadilha semantica.
Se liberdade for a condicao daqueles cujas decisoes nao estao sendo restringidas por outras pessoas, entao ninguem e livre.
Toda acao humana acarreta consequencias sobre outros, que por sua vez respondem em alguma medida a acao executada. Esse processo reflexivo cria restricoes para o comportamento do individuo.
Estas restricoes entao se cristalizam em instituicoes legais que procuram definir ate onde vai a liberdade individual e onde a jurisprudencia comeca a prevalecer.
Agora poucas coisas podem ter impacto menos significativo sobre outras pessoas do que uma transacao financeira feita com dinheiro privado.
Se o dinheiro nao foi falsificado, transacoes financeiras devem ser completamente livres para serem executadas porque elas nao acarretam nenhum prejuizo para nenhuma parte externa.
Nao ha porque invocar nocoes de jurisprudencia aqui. Se pessoas querem fazer transacoes financeiras confiando no que dizem seus modelos estatisticos ou algoritmos de redes neurais, o problema e delas. E se voce escolhe um banco ou fundo para administrar sua poupanca sabendo que ele procede dessa forma, o problema passa a ser seu. Mas ainda assim e um problema entre particulares que nao exige solucao politica alguma.
O problema se torna politico no caso em que transacoes financeiras sao feitas usando como fiador o dinheiro do contribuinte. Esse e o problema. Nenhum outro.
Nao tem nada a ver com a diferenca essencial entre um algoritmo e um ser humano ou qualquer besteirol semantico sobre liberdade.
Uma falência resultante destas transações ou uma sucessão de falências é um cenário concreto e habitual. Quem vai negar que isto é um drama para muitas pessoas externas à transação.
Sejam honestos. Digam que se estão a cagar.
2 - A escolha do banco não responsabiliza por si o individuo. Se o banco omite parte dos seus atos legais ou fraudulentos. Como pode isto não ser caso para intervenção jurídica, politica ou outra.
Sejam honestos, querem fazer o que vos apetece.
3 - Quando o Estado passa a beneficiar o fraudulento, então, estamos todos suicidados.
Sejamos todos honestos, o Estado democrático vive dias difíceis. Desvalorização da moral com consequências profundas no exercício do poder
4 - Não é raro o desprezo pela filosofia que chama atenção aos devaneios da excessiva simplicidade selvagem.
Confundem os desejos, os apetites e a satisfação destes em detrimento da restante comunidade.
Sejam honestos...
Nunca é demais repetir, não existe liberdade sem moral. Sempre que se confundir liberdade com libertinagem (satisfazer os desejos sem a olhar a meios) teremos gente a cagar para as demais.
Muito mais grave, teremos gente a crer que entre marido e mulher ninguém mete a colher.
Não podia estar mais de acordo.
Se voce trabalha ou faz outros negocios com uma empresa que quebra, voce e em parte responsavel pelos prejuizos que essa falencia te causou.
Uma das suas responsabilidades financeiras e inspecionar a solvencia das firmas nas quais voce se investe, de uma forma ou de outra.
E falencias fazem parte do ciclo natural de renovacao do mercado.
Embora sejam por vezes episodios traumaticos, falencias liberam recursos escassos e abrem espaco para firmas mais eficazes proliferarem.
Uma das missoes do setor financeiro e justamente realocar esses recursos entre firmas que estao fazendo lucro e firmas que estao fazendo prejuizo. Para fazer isso de forma eficiente as transacoes devem ser completamente livres, para que cada agente use o maximo de sua informacao privada para maximizar a eficiencia de seus investimentos.
Talvez a causa primordial do caos financeiro atual seja justaente essa nocao de que grandes firmas nao podem falir e que o governo deve intervir com dinheiro publico para evitar a sua quebra.
E essa crenca que motiva a tomada de risco excessivo. Uma decisao bastante racional da parte de agentes que sabem que nao sofrerao as consequencias.
Atualmente nao. Voce tem razao. Todos os bancos sao na pratica o mesmo. Existe um monopolio sobre a moeda e o credito. Esse monopolio, como qualquer monopolio, existe gracas a intervencao politica e so pode ser desmanchado na ausencia de intervencao politica.
O problema esta em acreditar que os burocratas do Estado podem oferecer solucoes para esses problemas, quando na verdade a unica coisa que eles podem fazer e criar as condicoes para que a proxima crise seja ainda pior.
O mercado precisa se corrigir. Urgentemente. Muita gente trabalhando onde nao deveria. Em financas principalmente. Para que essas pessoas mudem de emprego suas divisoes ou firmas precisam fechar. Para que elas fechem elas precisam perder dinheiro. Para que elas percam dinheiro, e preciso que o Estado pare de injetar dinheiro quando elas dao prejuizo.
Eu e voce nao temos visoes tao diferentes. Eu tambem nao concordo com a forma como a crise foi gerida.
A diferenca e que eu sei que isso nada tem a ver com duas contra-partes privados trocando um contrato com base em formulas matematicas.
Isso tem a ver com bancos e governos (que no final sao a mesma coisa) cooperando para abocanhar o dinheiro publico. Eles ate podem usar matematica moderna para isso, mas nao e preciso ir tao longe. 99.99% das pessoas nao entende o sistema de reserva fracionaria que e a base do esquema todo, e este requer apenas um comando primario de aritimetica para ser compreendido.
Eu nao desprezo a filosofia. Eu desprezo besteirol semantico.
Ficar falando sobre a liberdade de nao ser livre e abstracao non-sense.
Os grandes banqueiros atuais sao os primeiros a pedir mais regulacao.
Porque mais regulacao significa mais poder para eles e menos competicao.
Significa que numa proxima crise eles continuarao a ser salvos.
Significa colocar os homens de confianca deles, ou eles mesmos, nos altos cargos reguladores.
Big business loves big government.
Para um banqueiro nao custa absolutamente nada fazer um “mea culpa” para entao pedir mais dinheiro para o Estado.
Isso porque a industria financeira ja foi um dia baseada na reputacao de seus banqueiros.
Mas isso era no passado.