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Comentários
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Esse debate me aborrece particularmente porque ele parece tratar de um nao-problema: o fato de que filhos das classes mais altas sao mais propensos a ingressar no ensino superior.
Ora, isso e obvio e natural, e nao se trata de um problema. Alias uma das motivacoes mais ancestrais para que pessoas trabalhem e progridam em suas condicoes materiais e justamente poder oferecer esse tipo de oportunidade melhor para seus filhos.
Entao nao se trata de uma questao de oferecer cotas ou de investir ainda mais no ensino basico.
Se trata de ter uma sociedade socialmente movel o bastante para que aqueles dispostos a trabalhar e prosperar possam oferecer condicoes e oportunidades melhores do que as que tiveram para os seus filhos.
E embora exista uma substancial diferenca economica entre os niveis de renda em sociedades capitalistas, estas tambem apresentam as maiores taxas de mobilidade social vivenciadas.
O que não significa que quem é pobre não possa usufruir disto: se não existe pobre em universidade simplesmente é porque não há interesse e/ou não há condições da educação oferecida ao mesmo de competir em pé de igualdade.
O problema é que querem abrir suposta igualdade social com as cotas na faculdade, porém este fenômeno não ocorre no mercado de trabalho: somente são contratados os devidamente preparados. A não ser que nosso governo invente cotas pra empregos e fiquemos mais uma vez maquiando deficiências.
― Winston Churchill
Esta é uma proposta que circula entre os gênios do Partido do Governo.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Muitos elementos do mundo moderno e padrões morais que todos consideram comuns hoje já foram considerados crença em contos de fadas ou ingenuidade por outros em outras épocas, tudo começa de algum lugar, não há absolutamente nada de errado em acreditar e buscar justiça social e igualdade de oportunidades para todos, o erro não está aí, o grande erro do texto está na ideia de que o negro e o pobre estão em condições ruins de vida por culpa dos brancos de classe média e alta mesmo nos casos daqueles que jamais em suas vidas tenham feito nada para prejudicar ninguém ao invés de colocar a culpa em quem realmente a tem, os pais que colocam crianças no mundo sem a mínima condição de criá-las.
O problema será maior quando eles cismarem que deve ser regra geral e querer aplicar na iniciativa privada. A porcaria do assistencialismo exagerado vai piorar mais a situação que se encontra o país.
― Winston Churchill
Perfeito!
Como solucionar isso?
Acabar com as universidades publicas. Simples assim.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Não é só um problema de desigualdade social. Vai um pouco além.
Todos pagam pela universidade com impostos, mas somente alguns usufruem dos benefícios.
O problema é ser mais justo com essa questão, se todos pagam porque só alguns se beneficiam?
As cotas são uma tentativa de resolver ese problema, apesar de não concordar com elas não posso ignorar a intenção.
Se os ricos são os que mais contribuem per capta, os pobres são os que mais contribuem no total. Mas isso não resolve o problema de que todos pagam e somente alguns se beneficiam.
Moral e justica tem respaldo realistico quando fundamentam maneiras de se proceder no mundo real. Ao estabelecerem regras de conduta que podem ser seguidas ou violadas, e no que sao violadas, julgadas.
Mas moral e justica nao se aplicam a uma visao de um estado do mundo.
Nao e imoral ou injusto, exceto num sentido cosmico, o fato de pessoas nascerem pobres ou deficientes. A menos que um responsavel pelo infortunio dessas pessoas possa ser isolado, por exemplo, um obstetra negligente, nao ha injustica a ser corrigda, pois nao houve processo moral envolvido na producao daquele resultado. Ele e apenas uma circunstancia da realidade a ser admitida.
De certo simpatizamos com pessoas afetadas por circunstancias adversas. Mas tratar essas circunstancias como se fossem injusticas a serem eliminadas por algum decreto, ou postular que aqueles nao afetadas por elas sao de alguma maneira culpados ou responsaveis pelos que sao, e um absurdo.
Mas justamente a nocao de justica social procura fabricar essa ideia de culpa, como se circunstancias relativamente piores de uns fossem decorrentes da melhor situacao de outros.
Igualdade de oportunidades pode parecer um ideal bonito, mas nao e compativel com a realidade.
No mundo real criancas nascem e sao educadas por familias, que por sua vez sao bastante diferenciadas em suas situacoes especificas. Essa diferenca sempre vai gerar assimetria de oportunidades.
Mas isso e bom. Isso permite que recursos e investimentos locais sejam feitos por tomadores de decisao mais proximos e envolvidos com os problemas: os pais.
Cancelar os efeitos desses investimentos a posteriori em nome de “justica cosmica” para com aqueles que nao tiveram investimento parental e estupido.
Isso do ponto de vista do aluno admitido pelo sistema de cotas.
Porque o que o sistema de cotas realmente se trata de uma opcao por estudantes que demandarao mais tempo e esforco para assimilar os mesmos conteudos academicos do que outros.
Ou seja, e a opcao por formar 100 medicos ao preco de 200, ou de reduzir a qualidade dos 200 medicos para que eles performem como se fossem 100.
Coletivos porque atendem ao interesse da comunidade ao se formarem médicos, por exemplo, que irão atender às necessidades da população.
Mas pessoais porque quando o sujeito se forma médico ele, na imensa maioria dos casos, não está nem aí para a comunidade e sim se esforçou para ter um emprego que dê retorno financeiro, não que isso esteja errado.
Do ponto de vista de se formar um profissional que requeira menos investimento estaremos restringindo à questão coletiva, mas ela não é a única a ser considerada.
O que acho mais interessante é que ninguém fala sobre a qualidade do material didático. Professores bons ajudam mas não são tudo, no que se refere à material didático os alunos de escolas públicas têm o que há de melhor, mas ainda assim o desempenho é sofrível.
Mas voltando ao assunto, se tentarmos ver a coisa não como sendo uma questão de justiça mas de quem usufrue de algo pelo qual todos pagam temos algo a ser pensado.
O problema é negar o direito para alguém que de alguma forma contribue para manter o ensino superior e não vai ter acesso a ele. Lembro de um episódio em que o Ratinho dizia que só deveriam estudar em universidades públicas alunos que cursaram escolas públicas, achei um absurdo. Pois se os "ricos" pagam impostos para manter as universidades então eles têm direito a cursarem. Logo, do mesmo modo, se pobres também pagam então eles também tem que ter esse direito. Podemos discordar da forma como esse direito é concedido mas nunca dizer que não existe.
acho uma ideia muito interessante em todas as "areas", se bem q n sei se isso poderia causar outros problemas
Não há qualquer obrigatoriedade de que uma obra ou serviço público estejam disponíveis a TODOS os contribuintes.
O mesmo argumento de que todos contribuem, mas só alguns usufruem pode ser usado contra o Bolsa Família e outros programas assistenciais.
Uma obra ou serviço público tem fins específico e independente da origem dos recursos sua destinação deve ser conforme a estes fins.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Nem poderia, pois não há como atender a todos.
Mas estamos falando de direito legal ou direito moral?
A função é dar curso superior a algumas pessoas mas não define quais são essas pessoas. Dar cotas (já disse que não concordo com elas) não deturpa isso só muda quem faz o curso em alguns casos.
Pode sim.
O único direito moral absoluto é que não se pode privar indivíduos humanos do que os define como tais - vida e liberdade, a menos que para impedir que tais sejam usados contra a vida e liberdade de outros. Tudo o mais são convenções sociais expressas na forma de leis ou costumes.
A função como definida hoje é dar curso superior àqueles evidenciados como mais aptos a recebê-lo.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Segundo sua propria interpretacao o direito moral se resume a isto. Pode nao ser o de outros.
Novamente segundo sua propria interpretacao.
O que foi discutido mais de uma vez quando estudava era que nao havia como dar ensino superior a todos, entao teve que ser inventado uma forma de discriminar, de definir como seria escolhido quem teria direito. Alguns professores que faziam parte da comissao tecnica da universidade diziam que a ideia de simplesmente sortear seria ridicula, seria mais razoavel escolher com uma prova. E esse foi o metodo escolhido.