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Comentários
Mas se um traço inato é altamente resistente à mudança e aparece logo na infância, então existe sim algo como um traço psicológico “quase medeliano”. Esse parece ser o caso da homossexualidade.
Sim, concordo plenamente.
Cameron,
Quem esta sendo taxativo sao os deterministas sexuais.
Eles estao dizendo que "nao ha condicionamento social na formacao da orientacao sexual". Que voce nasce gay ou nasce nao-gay e nao ha absolutamente nada que a educacao possa ter a ver com isso.
Eles afirmam isso em contradicao com a ampla evidencia de que esse tipo de comportamento e mais frequente em familias, religioes e sociedades com atitudes morais mais ambivalentes quanto a sexualidade. Assim como em familias desestruturadas ou apos infancias traumatizadas.
A ideia que eles procuram sustentar e a de que a tendencia para a homossexualidade e latente em ambientes repressivos, que esses individuos gays camuflariam sua identidade genetica se percebecem que sua orientacao poderia causar-lhes problemas de adaptacao.
Embora essa ideia faca sentido e nao seja completamente irrealista, o ponto e que nao e cientifico invoca-la para justificar o dogma de que o homem nasce gay ou nao-gay.
Ora, e obvio que pessoas que se assumem gays aos 40 anos vao afirmar que passaram por periodos de repressao da sua sexualidade.
Esses sao justamente os casos onde os comportamentos homossexuais dominaram.
Em retrospecto essas pessoas tenderam a analisar dizendo que "sempre foram gays", como forma de justificar a sua identidade assumida atual.
E aqueles em que os comportamentos heterossexuais dominaram vao fazer a mesma coisa.
O ponto nao e o que as pessoas afirmam sobre si mesmas, mas as decisoes que elas tomam.
Poucas desses deterministas sexuais achariam apropriado expor criancas a pornografia gay, e duvido que um deles deixaria seus proprios filhos consumirem esse tipo de coisa.
Alias, quase todas as pessoas entendem que pornografia geral, por exemplo, tem efeitos na formacao da sexualidade adulta, seja em termos de orientacao ou de apetities.
Ou seja, todo mundo na pratica sabe que existe uma componente educacional na sexualidade. Todo mundo entende na pratica que promiscuidade pode ser transmitida. Ninguem gostaria de ver a propria filha se aproximando de garotas do bairro cuja reputacao fosse duvidosa.
Mas e uma violacao do dogma politicamente correto dizer em bom portugues que essa componente educacional moral se estende a orientacao sexual.
Porque isso viola a retorica politicamente bonitinha prevalecente, muito embora seja exatamente a forma como as pessoas agem na pratica…
Ora, com todo respeito, vao tomar banho!
O determinismo genetico na orientacao sexual so e adotado como dogma porque ele e instrumental para os interesses politicos do gayzismo.
Nao ha absolutamente nada de cientificamente razoavel nessa proposta.
Cabeça,
Eu te entendo perfeitamente, apesar de você não ter feito questão nenhuma de ser didático para a maioria, indo direto às conclusões.
Como aqui não nos damos às condescendências com o Politicamente Correto, o ponto em questão é a ruptura com o - como você disse - dogma de que a atração sexual define a identidade do indivíduo tanto quanto a raça, como querem as militâncias e gente que vai na onda.
Oras bolas, entendo porque você pulou a parte de explicar o óbvio de que dosagem de melanina ou por quem o fulano sente tesão não diz nada sobre as escolhas de algém e são estas escolhas que nos definem (como já disseram), sem dar trela ao determinismo biológico que não passa de Calvinismo Cientificista.
Lógico que quem faz do cu o centro de sua vida renuncia à plenitude de suas possibilidades humanas tanto quanto quem acha que o mundo é injusto com quem consome por dia 10.000 calorias mais do que queima.
Definir-se como indivíduo a partir dos objetos e mecanismos de prazer sexual é de uma probreza autoevidente, tanto faz que objetos e mecanismos sejam estes, tanto quanto é decadente viver prá comer.
Como sempre, Índio Velho sendo pedantemente explicativo, do seu jeitinho nada sutil, mas muito eficiente.
E aí, quando passa por estas bandas de novo?
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Não, Cabeção. A questão não é que não haja possibilidade de condicionamento. A questão é que, para aceitar a validade de um axioma moral, uma condição NECESSÁRIA é que haja uma estrutura biológica que associe algum prazer ou dor ao evento moral que se pode atingir. Se não tivéssemos neurônios-espelho amplamente funcionais, por exemplo, não teríamos dor empática ou alegria empática. Se esse fosse o cenário, então Maquiavel seria o autor mais respeitado em Ética (é claro que, na prática, isso é improbabilíssimo porque a seleção natural favorece jogos de soma-não zero em espécies com elevadíssima inteligência e sociabilidade). É certamente verdade que nosso comportamento é geneticamente determinado, no sentido de que nossas capacidades residem na organização de nosso sistema nervoso, e que seria muito diferente se tivéssemos o cérebro de um chimpanzé ou não tivéssemos neurônios-espelhos amplamente funcionais.
Você consegue aprender a gostar do sabor de vômito? Digamos que a resposta seja "sim, mas com muita dificuldade". Mesmo que isso seja verdade, você não vê qualquer motivação intríseca para modificar a lista de coisas que você põe à disposição do paladar por causa da potencialidade de condicionamento específica mencionada (Isso contrasta com o fato de que as pessoas usualmente se dispõe a colocar genitália na boca na hora do sexo oral). Isso é causalmente determinado. Quantos neurônios são necessários para entender algo tão simples como isso?
Huxley,
Você faz afirmações taxativas como se esta fosse uma questão encerrada, o que em Ciência nunca ocorre, muito menos neste particular.
Mas não vou entrar no mérito, só lançar um ponto.
A História evidencia que as civilizações definem seus princípios morais em um determinado momento e depois conservam este padrão até o surgimento de um novo, intervalo que pode durar milênios.
O que mudou, por exemplo, nas causalidades neurobiológicas e evolutivas do Império Romano quando ele renunciou à Moral Cívica e adotou a Moral Cristã?
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Acauan,
Está havendo um pequeno mal-entendido aí. Eu defendo que existam os traços psicológicos maleáveis, os imaleáveis e aqueles que são altamente resistentes à mudanças, e em todos eles a seleção natural é relevante para a sua explicação. Mas isso não quer dizer que eu acredite no epifenomenalismo. Eu concordo que quando alguém tem certos pensamentos ou emoções, quando, por exemplo, você está sentado visualizando uma imagem, também está controlando e transformando seu cérebro. Isto é algo que hoje em dia pode-se demonstrar facilmente em laboratório e sabemos que, de esse modo, as pessoas podem modificar voluntariamente seu cérebro.
Pode-se dizer que os pensamentos ou as emoções são propriedades emergentes do cérebro que, por sua vez, influi no cérebro dos demais (via linguagem verbal/não-verbal e neurônios-espelhos). Por isso, não existe a menor dúvida que a evocação de sentimentos de bondade e de compaixão ou de certo tipo de imagens provoca mudanças manifestadas no cérebro. Na moderna neurobiologia, existem numerosos estudos que demonstram que, quando movo minha mão, também modifico o funcionamento de meu cérebro.
Embora a seleção natural nem sempre é uma causa explicativa necessária e suficiente para o surgimento de um traço moral altruísta, todavia podemos dizer que ela sempre é causa explicativa necessária. Toda moralidade altruísta NECESSITA da explicação da “seleção de parentesco” e/ou do “altruísmo recíproco”. O ser humano tem origem animal. Se o resultado de jogos de soma não-zero fosse o de prejuízo para os "cooperadores egoístas", então todas as "moralidades altruístas" na história animal de nossos ancestrais não existiriam. E animais altruístas iriam desaparecer de uma população já que os não-altruístas ganhariam os benefícios, mas não pagariam os custos desses atos altruístas. Aprendizagem social de moralidade altruísta depende de empatia, mas essa última depende dos neurônios-espelhos, uma adaptação neurobiológica que até os macacos-prego têm. Condicionamento neuroassociativo da aprendizagem moral social depende da emoção da satisfação, que também é uma adaptação evolutiva.
Não existe “verdade de orientação sexual desejável” para além da consciência. As afirmações morais sobre o que é bom para sua sexualidade só são verdadeiras se há propriedades morais que são intrinsecamente motivadoras. Só que não existem propriedades intrisecamente motivadoras sem as propriedades neurobiológicas correspondentes e essas demostram que não há características universalmente partilhadas da sensibilidade sexual humana. Tudo aquilo que se entende por "conhecimento" tem que ser objetiva ou intersubjetivamente válido, o que não é o caso do "realismo moral sexual".
E interessante notar como o doutrinamente politicamente correto faz com que certas palavras produzam reacoes pavlovianas previziveis.
Pouco importa o contexto onde elas sao empregadas.
Aqui por exemplo eu me referia ao processo atraves do qual um individuo se boioliza.
Isto e, o desenvolvimento do habito homossexual na pratica.
Porque eu acredito que o homem nasce sem maldade alguma no coracao ou em qualquer parte de seu corpo.
No entanto, o caminho do Bem pode ser mais dificil para alguns do que para outros.
Uns sao expostos a mais exemplos ruins ou a tentacoes de desvio.
Pense nesses padres que abusam de criancas colocadas sob sua supervisao na eucaristia.
E claro que experiencias desse tipo impactam profundamente a personalidade em formacao.
Assim como decisoes tomadas pelo proprio individuo vacilante.
Algumas criancas nascem em familias conscientes da necessidade de uma educacao alimentar.
Outras nascem em familias cuja ideia de diversao consiste em ir ao McDonald's toda semana.
E natural que diferentes criancas formem habitos diferentes e esses habitos se reflitam numa personalidade diferente.
E desse processo de cristalizacao moral que eu falo.
Eu nao falo da impossibilidade de apreciacao estetica da obesidade morbida, ou do reconhecimento do amor romantico gay enquanto sentimento genuino e belo.
Isso e em ultima analise algo subjetivo. E os diferentes fetiches humanos nao cansam de me surpreender.
Eu tambem nao falo da incompatibilidade da obesidade ou do comportamento homossexual com um ideal de sociedade ou qualquer nocao do tipo.
Eu nao sou um progressista. Eu nao tenho uma visao ideal de sociedade, em termos de resultados e composicao dos seus integrantes.
Nem acredito que uma sociedade livre de progressismo seria desprovida de veadagem. Acredito que um certo nivel de variacao comportamental humana existiria e em certo ponto seria ate saudavel. O que nao existiria e o amplo programa de sodomizacao do Ocidente em andamento.
Por que no meu entender nem obesidade nem boiolice sao necessariamente incompativeis com os processos e ideais de justica que eu considero eticamente superiores, aqueles que procuram preconizar tanto a liberdade quanto a responsabilidade individual.
Mas eles sao obvias degeneracoes de um processo natural de formacao moral.
Apenas recentemente se tornou politicamente incorreto fazer mencao a isso.
Porque o problema nunca foi a boiolice privada de um individuo, mas a penetracao violenta da ideologia boiolista e sua agenda boiolizante no reto da sociedade.
Nao e porque alguem reveste um dogma de termos tecnicos e palavras-chave cientificistas que ele deixa de ser um dogma.
Da para falar um monte de bobagem usando termos tecnicos seja da neuro-biologia seja da mecanica quantica e parecer esperto e intimidante.
Em geral eu procuro evitar jargao desnecessario.
Ate porque minha proposta e bem simples: eu afirmo que ha uma componente moral no processo de formacao de identidade sexual.
Isto e, existe um input social de informacao a respeito de quais comportamentos sao mais apropriados para cada sexo, e que esse input afeta as probabilidades que um comportamento homossexual venha a se manifestar em idade avancada.
E que esses comportamentos aprendidos solidificam a identidade sexual definida pelos cromossomos.
Essa afirmacao implica em certas consequencias que podem em principio ser observadas na realidade pratica.
Por exemplo, que a incidencia de homossexualismo varia de sociedade para sociedade em funcao da ambivalencia moral prevalecente. Que entre homossexuais encontraria-se maior proporcao de pessoas que passaram por experiencias traumaticas na infancia, ou que de alguma forma tiveram criacoes diferentes das tradicionais. Etc.
Porque justamente essas seriam as consequencias caso houvesse componente moral na formacao da identidade sexual.
Mas e raro ver um determinista biologico se arriscando a empreender o programa herculeo de tentar negar essas obviedades.
Ao contrario, o que se ve sao ora apelacoes a chavoes politicamente corretos, ora a jargao biotecnobobo vazio, como vemos agora.
A primeira afirmacao e puro non-sense.
O entendimento moral nao e um produto de racionalidade pura.
Nao existem diferencas fisiologicas substanciais entre individuos prehistoricos e modernos, e ainda assim individuos prehistoricos viam naturalmente coisas como infanticidio, canibalismo, estupro e incesto.
Entendimento moral e destilado pela experiencia social e transmitido por tradicao e esse e o unico processo possivel de aquisicao e validacao desse conhecimento.
Assim, a sua ideia de que nao ha nada de errado com certas formas de satisfacao sexual e apenas uma entre possiveis tradicoes de pensamento a respeito desse tema e voce nao pode dizer aprioristicamente que a sua nocao e melhor ou mais racional. Ela talvez prevaleca em certos circulos em tempos recentes, mas a historia viu diversas concepcoes morais desaparecerem tao rapido quanto elas surgiram.
A seguir, voce procura coisificar o processo decisional. O recurso a negacao do livre arbitrio como forma de nulificacao da filosofia moral e um expediente gasto e patetico e nao merece atencao demasiada, portanto serei breve.
A sua ideia de "escolha" parece sugerir uma intervencao instantanea de uma entidade extra-corporea, o fantasma na maquina, que alteraria o curso natural dos processos neurobiologicos.
Nao ha absolutamente nada nesse sentido dentro do argumento original.
Escolhas e decisoes sao simplesmente os cursos de acao potenciais conhecidos ex-ante por um individuo.
Cada decisao tem um qualidade moral distinta dentro do entendimento existente no momento da acao.
Nao ha qualquer alusao a como o processo especifico de consolidacao da decisao se passa e ele pode ter qualquer tipo de mecanismo neurobiologico.
Independente de impulsos neurobiologicos, nos sabemos antes de comer que existem historias de mundo onde nossa refeicao e um big mac e historias de mundo onde nossa refeicao e frango grelhado com brocolis, e quais sao as implicacoes subsequentes de cada um desses cenarios.
O fato de voce poder teoricamente especular a respeito da cadeia de impulsos involuntarios que fez voce optar pelo big mac e e sempre sera uma interpretacao ex post facto de algo que essencialmente voce nao pode conhecer, sendo portanto filosoficamente limitado como conceito.
Qualquer ideia que se tenha a respeito do que constitui livre arbitrio ou se ele existe de fato, ela nao tem qualquer implicacao logica com relacao a moral.
Ora, mas isso abrange tudo que e necessario para o meu argumento meu chapa...
Com certeza voce tem um jeito de explicar certos conceitos que e notoriamente mais claro.
Eu as vezes insisto num mesmo ponto demais, outras vezes passo batido por algo importante.
Mas eu ainda chego la.
Esse Natal eu to ai de novo e com certeza dou um pulo em Sampa, e a gente realiza o Concilio Ecumenico Sao Paulo II.
Sim, a questao e completamente a cerca da possibilidade de condicionamento comportamental. Sempre foi.
O post inicial trata do fracasso de um individuo determinado a modificar um certo comportamento e a discussao subsequente sugere que certos comportamentos seriam imutaveis.
Eu objetei. A programacao genetica nao e incontornavel e o ser humano e capaz de aprendizado moral que o faz suprimir e rejeitar diversos impulsos basicos.
Que negar essa caracteristica e negar exatamente aquilo que difere homens de animais.
E nao, nao existe qualquer necessidade de um mecanismo biologico de prazer e dor associado a um determinado evento para o desenvolvimento do entendimento moral.
Esses mecanismos sao adaptativos. Nao ha qualquer planta genetica para um neuronio especializado em interpretacao de sua saude financeira, por exemplo.
Mas nos aprendemos a correlacionar dados sobre o nosso estado financeiro com o nosso bem estar futuro, e essas estruturas eventualmente se formam no cerebro, sem que haja necessidade de um gene especifico governando o processo.
Mas nao e necessario qualquer debate refinado a respeito desses processos.
Neurobiologia nao tem qualquer implicacao sobre a moral, conforme eu expliquei em um post precedente. Isso e uma bobagem sua.
O fato do mecanismo de aprendizado se dar a partir de um processo qualquer de plasticidade bioquimica e irrelevante.
Ele poderia muito bem se dar por uma rede neural eletronica ou qualquer outra possibilidade de ficcao cientifica.
Pormenores bioquimicos sao completamente desnecessarios aqui.
Huxley,
Conheço estudos de neurobiologia, que no geral identificam padrões elétro-químicos no cérebro e os associam a determinadas reações no indivíduo.
É extremamente arriscado extrapolar estas associações para conclusões complexas como a natureza da moralidade.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Já disse e repito: orientação sexual é essencialmente uma questão de ATRAÇÃO FÍSICA e não dessa lenga-lenga de livre arbítrio. A emoção positiva sexual é ativada PRIMARIAMENTE de modo muito rápido e involuntário em regiões subcorticais da via inferior do cérebro (Goleman, 2006, citação da página anterior). Destrua esse mecanismo que causa atração física interpessoal e ABSOLUTAMENTE NADA sobrará da sexualidade. Além de não existir "sexualidade primazialmente cognitiva e consciente", é perfeitamente possível haver sexualidade sem livre arbítrio. Por serem biologicamente sofisticadas, mas cognitivamente limitadas, as crianças muito pequenas demonstram melhor a primazia da biologia na emoção sexual:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sexualidade_infantil
E, como eu já disse, não existe moral independente dos prazeres (ou dores) físicos que são emoções momentâneas que vêm através dos sentidos. Isso ficará mais claro adiante...
Já que acham que a teoria da origem da cooperação animal não pode ser extrapolada para a “moralidade altruísta” humana... E já que um de vocês dois acha que “não existe qualquer necessidade de um mecanismo biológico de prazer e dor associado a um determinado evento para o desenvolvimento do entendimento moral”... Então, gostaria que respondessem a pergunta do sociobiólogo Robert A. Wallace feita no início do último parágrafo da citação abaixo:
Fonte: http://ateus.net/artigos/miscelanea/o-mito-do-altruismo/
http://www.care2.com/causes/pope-decides-gay-people-arent-fully-developed-humans.html
Huxley,
Essas descricoes do mecanismo neurobiologico da atracao sexual sao apenas desvios enfadonhos visando nublar uma realidade que todos conhecem e experimentam: que gostos sao condicionaveis. Incluso atracao sexual.
Um exemplo mais brando disso e o padrao de beleza feminino.
No passado mulheres corpulentas e com largas ancas eram consideradas mais atraentes de um modo geral.
E possivel reparar esse fato ao comparar os corpos de atrizes de filmes antigos e atuais, ou ainda mais pronunciadamente em pinturas de seculos passados.
Hoje em dia o padrao de beleza mudou, privilegiando mulheres com menos gordura.
Ha algumas decadas mulheres com cabelos lisos faziam tratamentos em salao de beleza para ter cachos e hoje mulheres de cabelos cacheados fazem alisamentos.
E esses gostos variam de raca para raca, de pais para pais, de epoca para epoca, dependendo do estimulo que as pessoas recebam.
Esse e um exemplo mais brando mas que ilustra o mesmo fenomeno observado na formacao de apetites e comportamentos sexuais heterodoxos em individuos submetidos a ambientes familiares negligentes e influencias morais ambivalentes.
Ou seja, independente dessa sua descricao mecanicista da atracao sexual no nivel neurobiologico, existe um aspecto de condicionamento social importante em jogo.
Essa ideia de que existe um arquetipo unico que vai ativar a libido de um individuo desde que ele nasce e completamente estupida.
Nao duvido que certas assinaturas quimicas e hormonais possam ativar mecanismos de resposta involuntaria, mas crer que atracao sexual e algo completamente pre-definido vai totalmente de encontro com a evidencia mais obvia.
Conforme eu havia dito, se fosse realmente verdade que a formacao da sexualidade humana se da independente de estimulos ambientais nao faria nenhum sentido impor restricoes etarias a filmes pornograficos.
A tese proposta pelo Huxley e incrivelmente fracassada.
Veja bem.
Eu considero a obesidade como algo a ser evitado.
Assim como o tabagismo e outros vicios que debilitam a saude e a dignidade geral do individuo.
Mas se o governo decidir banir o coxinhas e refrigerantes com acucar, eu serei o primeiro a protestar.
Assim como eu considero absurda a proibicao imposta ao cigarro dentro de estabelecimentos privados.
Eu nao consumo nada disso, nao recomendo o consumo e acho que criancas devam ser educados no sentido de nao consumirem essas coisas.
Nesse sentido eu acho que sao coisas "maleficas". Eu acredito que de uma maneira geral sao vicios comportamentais que limitam o potencial do individuo. Sao patologias comportamentais ou morais no sentido que eu venho empregando.
Mas eu nao acho que o governo deva ter o poder de decidir a respeito disso ou de botar em pratica um programa de erradicacao qualquer.
Eu acredito em responsabilidade individual, e no potencial moral de cada um. Ao perceber os custos de uma dieta desregrada sobre outras pessoas nos escolhemos uma vida saudavel.
Da mesma forma, nao acho que o governo deva colocar em pratica uma agenda que propagandeie a "naturalidade" ou "inevitabilidade" da obesidade, do tabagismo ou de qualquer vicio moral. Que nao ha nada que possa ser feito pelo individuo a respeito dessas condicoes e que ele deve se aceitar enquanto fumante ou obeso natural.
Porque isso seria uma grande mentira.
Mas no caso da homossexualidade, a mesma mentira serve aos propositos politicos de um grupo altamente organizado e militante, e por isso e amplamente repetida e financiada pelo governo.