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Comentários
O incesto alias e um exemplo interessante de como um sentimento de repugnancia sexual pode ser moralmente programado ao ponto de ser extremamente dificil desprograma-lo.
A maioria das pessoas nao se sente atraida sexualmente por parentes proximos e se oporia violentamente a ideia.
Mesmo se obrigados, muitos homens sequer conseguiriam uma erecao nesses casos.
No entanto essa e uma reacao majoritariamente moral.
Talvez existam mecanismos biologicos que reduzam a atracao sexual entre parentes proximos. Ja vi alguns estudos ligando certas assinaturas quimicas presentes nos odores pessoais ao sistema imunologico, e que pessoas sentiriam maior atracao sexual pelo cheiro de pessoas com sistemas imunologicos diferentes do seu, oulgo do genero. Mas nao sei se isso e amplamente aceito.
O ponto e que estes mecanismos nao explicam exclusivamente o comportamento observado.
No passado o incesto era normal. E em sociedades primitivas atuais tambem.
Faraos do Egito casavam-se com irmas e filhas o tempo todo. Nefertiti era irma de Akenatom.
Com o tempo formou-se a percepcao de que o incesto nao e bom e que deveria ser evitado.
Relacoes consanguineas proximas foram sendo banidas legalmente, e relacoes com tios e primos consideradas abominaveis.
Criaram-se os tabus morais que hoje prevalecem.
Quais as razoes ecologicas para esse desenvolvimento? Provavelmente variadas.
Fitness genetico, harmonia domestica e diplomacia interfamiliar parecem relevantes.
O ponto e que nao importa qual e a razao para o incesto ser considerado imoral.
O sentimento moral de que o incesto e algo repugnante esta instalado profundamente nas nossas identidades.
Mas programas morais podem ser corrompidos por incendentes educacionais diversos.
Uma das tarefas dos responsaveis e perceber essas instancias e corrigi-las antes que uma contaminacao maior se forme.
Huxley,
Eu nao acompanhei esses estudos para dar um parecer metodologico.
Mas a linguagem usada nos trechos selecionados e pouco clara.
Primeiro, programas de reeducacao comportamental geralmente fracassam.
Seja se a pessoa quer se tornar mais organizada e gerir melhor seu tempo, seja se a pessoa quer seguir uma dieta e praticar exercicios, seja se ela quer abandonar uma dependencia quimica, a grande maioria das tentativas fracassa.
Isso nao quer dizer que esses programas sejam necessariamente picaretagem. Apenas quer dizer que habitos profundamente enraizados sao extremamente dificeis de ser corrigidos.
E obviamente e muito mais dificil tratar um caso de obesidade morbida com dieta e exercicios do que um caso de moderado sobrepeso.
Da mesma forma, deve ser muito mais dificil tratar um caso de extrema promiscuidade e perversao homossexual do que um caso mais brando de bissexualidade.
No final, quando leio termos "homossexuais exclusivos" isso me parece uma definicao ad hoc. Homossexuais exclusivos seriam aqueles nos quais os procedimentos nao funcionaram. Sao os "escoceses verdadeiros".
Como eu disse, eu nao estou em condicoes de julgar a metodologia dos estudos, eu estou apenas me baseando na linguagem dos trechos que voce recortou.
Mas eu tenho alguma experiencia pratica em estatistica e analise de dados, e eu sei o quanto nao e complicado dar a um apanhado de numeros a forma que nos queremos que eles exibam. Podemos ser bastante seletivos quando as nossas conclusoes ja estao prontas. E o quanto isso e frequentemente observado em se tratando de temas politicamente carregados.
"Consensos cientificos" sao artefatos de natureza politica.
Ninguem precisa invocar um consenso sobre a lei da gravidade.
Qualquer um que duvide que a atracao entre dois corpos decai com o quadrado da distancia entre eles pode fazer seus proprios calculos. Pode ate lancar seus proprios foguetes espaciais. Boa sorte tentando pousar na Lua.
Talvez veadagem seja mesmo imutavel. Talvez buscar tratamento seja de fato futil.
Mas as pessoas devem ter a liberdade de embarcar em empreendimentos que parecem cientificamente futeis.
Ao invocar um consenso para suprimir-lhes esse direito, nao se faz nada para avancar a ciencia.
Certas linhas de pesquisa sao ativamente sabotadas porque elas minam a credibilidade dos dogmas politicos das agendas dominantes.
E a mesma historia com o "consenso" aquecimento global.
Pode ser que o aquecimento global antropogenico seja mais do que um factoide.
Pode ser. O que nao quer dizer que nao se deva duvidar, e testar as evidencias e formular hipoteses alternativas.
Ciencia nao e groupthink.
Invocar maiorias para perseguir opositores intelectuais nao e ciencia.
Trata-se da boa e velha violencia politica.
Embora eu esteja ciente das dificuldades naturais de uma analogia desse tipo, as vezes eu gosto de pensar na matriz institucional da sociedade como se ela fosse um enorme projeto de software.
Eu nao sou engenheiro de software, eu so programo coisas relativamente pequenas, entao eu posso falar algumas bobagens aqui e ali. Whatever, Op is always a faggot, lets go.
Um grande projeto de software, como um sistema operacional, envolve o trabalho de diversos programadores.
Cada um cria bibliotecas, isto e, uma colecao de metodos que transformam certos inputs em certos outputs, interdependentes que resolvem problemas especificos num nivel especifico.
Nem todas as bibliotecas sao primitivas. Algumas dependem de outras. E nem sempre os que trabalham nas bibliotecas secundarias entendem exatamente como funcionam as funcoes que eles usam das bibliotecas primitivas. Quase sempre algumas bibliotecas antigas sao aproveitadas de outros projetos, como legado, alem das bibliotecas "standard" das linguagens de programacao, usadas por quase todo mundo.
Ate as linguagens de programacao usadas no projeto podem ser diferentes. Algumas linguagens sao mais apropriadas para o micro-gerenciamento de memoria e outros aspectos no nivel da maquina. Essas linguagens compreendem apenas instrucoes diretas ou quase que correspondem a certas alteracoes fisicas dos estados internos dos circuitos. Elas nao sao "010011" mas quase.
Outras sao mais adequadas para a criacao e manipulacao de estruturas abstratas complexas de dados que correspondem as intencoes do utilizador.
Ordens mais complexas sao pre ou pos-programadas, e atraves da sua "compilacao" sao transformadas nas ordens simples diretamente compreensiveis pelos circuitos.
Dai e preciso encaixar isso tudo e isso nao e facil. Todo um complicado processo de precompilacao, linkagem, compilacao e muitos, muitos testes e debugagens sao efetuados ate que tudo funcione como esperado.
E no final e provavel que ninguem entenda o projeto inteiro. Porque ninguem, nem mesmo o mais assiduo membro, acompanhou a construcao de cada algoritmo, a padronizacao das estruturas de dados, e a tediosamente longa eliminacao de cada maldito bug de compilacao e runtime error.
As vezes certos pedacos nao sao plenamente compreendidos nem por seus autores originais.
Ora porque ele testou uma gambiarra qualquer num algoritmo e funcionou.
Ora porque outras pessoas remodificaram o codigo depois dele para aumentar a performance ou harmonizar a afetacao de variaveis em certas partes.
Etc, etc.
Mas esse frankenstein acaba funcionando mesmo assim. E ninguem sabe porque.
O conhecimento que faz o sistema inteiro funcionar encontra-se difuso.
O sistema e um resultado da acao racional, mas ele nao foi inteiramente concebido pela razao, como as maquinas complexas que Nicola Tesla fazia funcionar na sua cabeca. Ao contrario, todo um processo complexo de selecao de solucoes por tentativa e erro se passou. Um processo que ninguem pode reconstruir exatamente.
E claro que no caso de um projeto de software existem ferramentas "arqueologicas" bastante eficazes a disposicao.
Arvores de dependencia, historicos de compilacao e debugagem, assim como as versoes precedentes meta-estaveis.
E possivel examina-los e formar uma ideia relativamente acurada de como a coisa toda se passou.
Assim como e possivel determinar qual e o impacto de um determinado arquivo no grande esquema das coisas, embora isso as vezes de um trabalhao danado.
Muitas vezes a melhor coisa a se fazer e nao tocar em legados antigos e nao consertar aquilo que esta funcionando. A NASA, por exemplo, usa nao somente algoritmos antiquissimos como ate sistemas e equipamentos fisicos da decada 70 ou antes, tanto em terra como abordo. Componentes que muitas vezes existem em versoes modernas mais eficientes, mas cujo dispendioso trabalho de substituicao envolveria um custo maior do que o beneficio da atualizacao.
Isso tudo serve para ilustrar a ilusao ultra-racionalista, que nao se aplica nem mesmo a forma como a ciencia e feita na pratica.
Para o ultra-racionalista, o unico conhecimento legitimo e aquele baseado em premissas simples e elegantes e validado num processo formal de verificacao cientifica.
Os protocolos cientificos formais, onde experimentos fechados e controlados sao conduzidos e permitem isolar a natureza de um fenomeno e testar uma hipotese sobre ele, sao excelentes para a formacao de um certo tipo de entendimento.
A capacidade de estabelecer uma verdade simples e elegante sobre um processo e testa-la e fascinante.
Mas eles sao tambem bastante limitados em escopo. Apenas sistemas de fenomenos relativamente simples podem ser compreendidos assim.
Fenomenos de naureza complexa, que demandariam um arranjo experimental demasiado custoso, e cujo isolamento e controle de variaveis seria praticamente impossivel, nao podem sucumbir a esse metodo.
Mas ainda assim forma-se algum tipo de entendimento racional sobre esses fenomenos complexos.
Ele pode nao ter a mesma aparencia ou precisao quantitativa que um teorema fisico, mas ele permite discernir entre mundos e resolver problemas praticos.
Por exemplo. E extremamente complicado explicar matematicamente como se formam e evoluem engarrafamentos. O tratamento de modelos mais realistas e muito dificil, tanto em teoria quanto em simulacao pratica.
Mas um individuo nao precisa resolver essas equacoes complicadas na sua cabeca sempre que sai de casa.
Ele tem um certo entendimento aproximado de quando sao as horas de pico e qual intensidade esperada do trafego.
Mas como ele nao consegue explicar precisamente o fenomeno, o ultra-racionalista diria que ele sabe tanto de engarrafamentos quanto o seu cachorro.
Afinal ele nao fez uma serie de testes estatisticos controlados, saindo a cada hora do dia, a cada dia da semana, incorporando fatores externos e calculando o tempo medio gasto.
Contudo seu entendimento e suficiente para resolver o problema pratico da sua vida.
E a maior parte do conhecimento util empregado no mundo e parecido. Sao regras gerais, ideias aproximadas, impressoes, convencoes arbitrarias, supersticoes, macetes, gambiarras, truques, e todo tipo nocao informal. E esse conhecimento encontra-se amplamente disperso.
Mesmo o conhecimento empregado para fazer coisas altamente tecnicas como um sistema operacional ou enviar um foguete para Lua.
Com essas ideias em mente, agora pense no problema apreciavel de elaborar um "experimento controlado" para "isolar" a influencia de algo tao vasto e complexo como a educacao de uma pessoa na formacao de algo tao vasto e complexo como seus apetites, orientacao e identidade sexual.
Pense na qualidade do entendimento cientifico que um tal "experimento controlado" poderia produzir.
Pense se o parecer final poderia ser de alguma forma mais sensivel aos preconceitos e valores do examinador, ou a simples margens de erro estatisticas, do que a qualquer uma das milhares de variaveis envolvidas problema em si.
Nao da, nao e mesmo?
Talvez se o problema fosse reduzido, talvez se examinassemos a correlacao de um aspecto bem particular da educacao, por exemplo, a incidencia de abuso na infancia, com um aspecto bem particular do comportamento sexual adulto, como a pratica frequente da pederastia, um entendimento mais claro seria obtido.
E cavando nao muito longe encontra-se algo que corresponde exatamente as nossas expectativas.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=pubmed&uid=11501300&cmd=showdetailview&indexed=google
Eu nao vou mentir. Eu lia apenas esse abstract. Ele parece confirmar o que eu intuia.
Tambem nao vou cantar qualquer vitoria. E claro que esses resultados podem ser disputados.
Eu nao botaria minha mao no fogo por apenas um artigo cientifico, nem no jornal mais prestigioso de Física.
Os dados podem ser deliberadamente forjados, atraves da pre-selecao de amostras a la Kinsley.
Outra fonte de vies possivel e a de que homossexuais podem ser mais abertos ou liberais na denuncia de casos de molestacao infantil.
Heterossexuais talvez nao gostem de falar a respeito, ou tenham reprimido essas experiencias (talvez ate por terem gostado de serem abusados, quem sabe?).
Outra possibilidade e a de que os caracteres homossexuais ja presentes na crianca de alguma forma aumentariam a chance dela ser molestada por alguem.
Ou seja, mesmo quando reduzimos bastante a complexidade da correlacao que procuramos estabelecer, ainda assim, e extremamente dificil extrair qualquer conclusao. Ainda ha muito espaco para erros.
Provavelmente outros experimentos com outros conjuntos de dados chegaram a conclusoes diferentes. E agora?
A unica conclusao razoavel aqui e que voce, Huxley, esta, na melhor das hipoteses, extrapolando bastante a abrangencia e signficiado do que voce aparentemente sabe.
Porque mesmo se perfeitamente rigoroso em selecao amostragem e tratamento dos dados, o que eu duvido muito em se tratando de psicologos, o seu experimento permite concluir muito pouco.
Ele permite no maximo dizer que, para os casos mais extremos encontrados, os metodos testados de reeducacao em fase adulta nao se mostraram eficazes.
Concluir a partir dai que nao ha componente moral na formacao de orientacao e identidade sexual e um passo e tanto. E preciso muito wishfulthinking.
Uma leitura menos apaixonada desse abstract veria o contrario, que os resultados do experimento mostram o que se esperaria: que a conversao de casos brandos e mais facil que de casos leves e que adultos sao especialmente dificeis de serem condicionados, mesmo quando querem. Mas que ha possibilidades de conversao.
De qualquer forma, mesmo que a conversao adulta de orientacao sexual fosse uma aberracao rarissima e estatiscamente insignificante, isso apenas indicaria que talvez esse tipo de tratamento fosse mesmo futil em idade avancada, e nao permitiria nenhuma conclusao sobre o impacto da educacao moral na infancia.
Bolsonaro apenas ocupou o vácuo deixado pela covardia dos políticos que morrem de medo de defender publicamente a família e os valores tradicionais temendo ser submetidos à execração sistemática promovida pelas organizações que tentam impor uma nova "moral libertadora" ou qualquer outro eufemismo para um modelo de sociedade que não tem a família como seu núcleo fundamental.
Ninguém tem coragem de dizer o óbvio com medo de ser taxado de machista, homofóbico, reacionário, racista, sexista ou outro rótulo de ocasião.
E basta dizer o óbvio como "um homem vestido de mulher não é uma mulher" para que alguém dentre aqueles solte a pérola "sexo é uma coisa, gênero é outra", como se manipular o sentido das palavras fosse suficiente para modificar a realidade. E uma vez estabelecido que a realidade deve se submeter ao discurso, quem discursa a favor da realidade deve ser combatido como um agente do obscurantismo medieval ou outro pejorativo brega.
O conflito aqui não é entre os que defendem a baitolagem e os que são contrários a tal modo de vida.
Baitolas militantes, como o estereotípico barbudinho, gordinho, de óclinhos e trejeitinhos do vídeo postado acima, que se declara "disposto a pegar em armas se preciso for" (imagino a cena...), são apenas peões em um jogo muito maior.
No exato instante em que lêem estas mal traçadas, a sociedade trava um combate entre as idéias baseadas no absoluto da realidade e as idéias baseadas na supremacia do discurso.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
E justamente o ponto que eu procurei enfatizar aqui, talvez de forma pouco clara e sucinta.
A estratificao e variadade de orientacoes sexuais manifestadas na pratica pelos individuos nao e o problema central.
O problema e o gigantesco programa de reengenharia moral do homem em andamento.
Um programa que visa destruir valores, instituicoes, ensinamentos e porque nao verdades ancestrais, sustituindo-os por slogans pseudo-cientificos propagandeados para avancar as agendas politicas proto-totalitarias que os inventaram.
Um programa que se pretende racionalista e avancado mas na verdade e a propria revolta contra a razao e contra a moral civilizatoria criada por ela.
Quem acha que isso e paranoia precisa estudar melhor a historia dos movimentos revolucionarios dos ultimos dois seculos.
Edmund Burke ja alertava isso em "Reflections on the revolution in France" la em 1790, antes mesmo que as cabecas de Louis XVI e Robespierre literalmente rolassem.
Que o discurso político pseudo-representativo (aqui está incluso a militância gay) que distorce a ideia de democracia e a corrompe para um jogo doentio aonde os diferentes grupos brigam pela obtenção de privilégios cada vez mais disparates e abusivos é uma ameaça ao direito institucional é algo que eu acredito estarmos de acordo.
O ponto que eu discordo de vocês, ou pelo menos que não estaria tão claro como o anterior é a ideia de que esses grupos e esse discurso ideológico sejam resultados planejados e oriundos de uma agenda maior de um grupo organizado manipulando tais eventos (algo como os illuminatis).
Sim e nao.
Na realidade pratica, nao existe o Illuminatti.
Nao existe uma elite altamente hierarquizada controlando a sequencia dos acontecimentos historicos. Isso e uma impossibilidade pratica, a realidade e muito complexa para ser controlada de maneira centralizada.
Mas enquanto ideia ela existe sim e ideias assumem uma vida propria.
Nao que se trate necessariamente de uma conspiracao secreta, como na lenda.
O ideal de progresso social promovido pelo governo de uma elite intelectual e bastante antiga.
Ele nasce do sentimento comum de superioridade moral propria e de corrupcao do resto sociedade. Do papel que uma elite, da qual cada um acredita fazer parte, poderia desempenhar consertando as demais pessoas, se ao menos lhe conferissem tal poder.
Esses ingredientes da natureza humana criam um ambiente propicio para que o progressismo penetre e persista enquanto ideologia dominante em circulos intelectuais, a despeito de todas as suas contradicoes e fracassos historicos.
E vez por outra as condicoes historicas se tornam propicias para que agendas politicas capitalizem desse vies ideologico e assim amealhem poder suficiente para promover drasticas alteracoes de cenario, incluindo muita destruicao, ate que elas proprias colapsem sob suas contradicoes internas, o que demorar.
E preciso estar sempre vigilante.
Cameron,
Como o conceito de "Teoria da Conspiração" se vulgarizou, se torna quase automático associá-lo a qualquer denúncia sobre um grande projeto de poder político.
Só que grandes projetos de poder político sempre existiram e isto independe da existência ou não de forças secretas que atuam nas sombras. De Genghis Khan aos nazistas, de tempos em tempos surge um grupo que acredita piamente que deve impor seu modo de pensar ao mundo e atua com uma vontade férrea em direção a este objetivo. Obviamente que a esmagadora maioria destes empolgados nunca se torna um Khan ou um Adolf Hitler, felizmente, mas eles sempre estiveram e estão por aí.
No caso que discutimos aqui e retrocedendo à discussão anterior, temos a novidade histórica - de uns séculos prá cá - das ideologias sustentadas por um corpo amplo e disperso de grupamentos militantes.
Um dos meus pedantes e chatos exemplos didáticos:
Por que o Nazismo se tornou uma ideologia marginal com a queda do Terceiro Reich, mas o mesmo não aconteceu com o comunismo com a queda da União Soviética?
A amplitude, gravidade e crueldade dos crimes dos dois regimes são análogas.
Um dos motivos - há outros - é que o nazismo tem um universo extremamente restrito no qual pode arregimentar militantes, enquanto que o comunismo pode conquistar defensores aguerridos em qualquer grupo humano.
Assim, a militância comunista não se limita aos partidos políticos organizados, se espalha pelos sindicatos, movimento estudantil, associações de classe, comunidade acadêmica, segmentos organizados da burocracia estatal, comunidades religiosas ditas progressistas e claro, todo tipo de movimento de minorias.
O resultado é que a propaganda e as ações visando a implantação de um regime comunista sobre a sociedade provém de uma miríade de organizações sem um comando central, o que não impede que a própria natureza dos objetivos práticos e dos preceitos teóricos promovam a convergência destas ações e propagandas.
Não é preciso que Maçons, Illuminatis ou Reptilianos puxem os cordões da marionete da Sociedade.
Basta uma coesão ideológica forte com um objetivo claro para que uma estratégia global ganhe forma, mesmo sem nunca ter sido formalmente declarada pelo consenso dos grupos militantes.
O que é perceptível é que existe uma elite intelectual que atua na uniformização do discurso, conhecedores o suficiente de Ciência Política para saber que é da unidade do discurso que nasce e se reforça a unidade ideológica.
E o melhor exemplo de estratégia global de uniformização do discurso é o Politicamente Correto.
Nada citado aqui é secreto ou inventado. Nem mesmo é uma expressão de opinião, apenas uma coleta das evidências disponíveis a qualquer um no cenário atual.
Para a turma do Politicamente Correto e militâncias afins cabe a opção de contestar evidências ou desmoralizá-las a priori como Teoria da Conspiração, homofobia, obscurantismo religioso, baitolagem reprimida ou qualquer outra classificação tirada de seu estoque de lugares comuns.
É óbvio qual opção eles escolhem.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!