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Epidemia de fraude na ciência

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Comentários

  • ReidReid Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    Judas disse: raciocina ao contrário.

    raciocina de ré

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    Post edited by Reid on
  • Judas
    Prove.
    Quem pode provar alguma coisa a não ser trazer evidencias?
    Se Deus existe ele não quer se manifestar. Isto é fato.
    Temos um plano divino que alimenta o homem a crer em Deus pela fé.
    Leia com bastante atenção.
    http://super.abril.com.br/tecnologia/nome-leis-universo-explicado-pela-matematica-438940.shtml
    Se apoiar em teorias de historiadores céticos que não provam nada para satisfazer um ceticismo pessoal é um desespero pelo apelo a autoridade.
    http://eriveltonoprofeta.blogspot.com.br/
  • CameronCameron Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    profetadosateus disse: Levo a vida a sério e não iria perder meu tempo precioso se eu poderia tá curtindo minha vida de outra forma.
    O que você faz ou deixa de fazer com o seu tempo e sua vida não é da minha conta e nem me interessa, mas seria pedir muito para você não transformar cada tópico do fórum em um local para despejar suas infantilidades? Afinal de contas já tem aquele tópico que você criou com mais de trinta páginas para fazer isso.

    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • Explique o que aconteceu com a ciência no crescimento de tantas fraudes. Voce não acha que alguns ficaram revoltados com a tamanha corrupção introduzida dentro da ciência?
    Será que este não foi fator predominante para fraudar algo que alguns não estavam levando nada a sério?
    Se apoiar em teorias de historiadores céticos que não provam nada para satisfazer um ceticismo pessoal é um desespero pelo apelo a autoridade.
    http://eriveltonoprofeta.blogspot.com.br/
  • ReidReid Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    profetadosateus disse: Será que este não foi fator predominante para fraudar algo que alguns não estavam levando nada a sério?

    não se preocupe, em relação as religiões eh bem menos.
    Post edited by Reid on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Cameron disse: Pessoal, acho que nunca foi tão necessário repetir um chavão.

    NÃO ALIMENTEM OS TROLLS.
    Ele não é troll. O problema dele é outro.
  • O problema que eu arrumei é ser profeta dos ateus.
    Se apoiar em teorias de historiadores céticos que não provam nada para satisfazer um ceticismo pessoal é um desespero pelo apelo a autoridade.
    http://eriveltonoprofeta.blogspot.com.br/
  • Judas disse: Seu problema é doença mental. Incapacidade de entender a realidade e dislexia grave.

    pra ter doença mental tem q ter cérebro :/
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Judas disse:
    Seu problema é doença mental. Incapacidade de entender a realidade e dislexia grave.

    Ele tem a capacidade, apenas não pode se permitir aceitar a realidade pois entraria em desespero.
  • Fernando_Silva disse: Ele tem a capacidade, apenas não pode se permitir aceitar a realidade pois entraria em desespero.

    Aí vem o caso de pessoas qua usam a religião como muleta.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    Huxley escreveu:
    "A Inutilidade da Teologia" é um inadequado título de artigo? O problema da teologia é seu objeto de estudo: Deus, uma hipótese impossível de ser confirmada e impossível de ser refutada. Da perspectiva do pragmatismo epistemológico, Deus e Nada são sinônimos. E o Nada, como se sabe, não tem efeito sobre qualquer coisa.


    Vamos la de novo.

    Independente da sua opiniao acerca do carater ontologico de Deus, o fato e que a crenca na sua existencia foi e ainda e amplamente admitida, e a organizacao dessa crenca obedece a principios de ordenacao metodologicos. E a ciencia que se ocupava e ainda se ocupa disso e a Teologia.

    Da orgazinacao teologica desse conhecimento varias consequencias bastante concretas emanaram e ainda emanam. Consequencias de natureza cultural, geopolitica e tecnologica. Com um conhecimento rudimentar de historia geral podemos acumular um bocado de exemplos especificos de cada um desses.

    So isso ja basta para tornar indefensavel qualquer interpretacao possivel para a tese defendida de que a "teologia e inutil" num sentido amplo.

    A teologia pode ser inutil para resolver uma determinada classe de problemas. Problemas que talvez encontrem tratamento mais adequado a partir de uma perspectiva de "pragmatismo epistemologico".

    Mas reduzir todo o universo de problemas humanos e solucoes uteis ao que pode vir a ser compreendido a partir do seu entendimento atual de "pragmatismo epistemologico" e a expressao de um dogmatismo paradigmatico extremo, e bastante inconsistente.

    Talvez voce queira reservar o termo "cientifico" para problemas e metodologias associadas considerados mais compativeis com o paradigma do "pragmatismo epistemologico".

    Isso e ate certo ponto um direito seu, embora nao seja uma convencao absolutamente aceita.

    Voce ate pode redefinir o termo "util" para se refirir apenas ao instrumental pratico e teorico empregado na sua definicao previa de "ciencia", mas isso seria novamente uma atitude de rebeliao semantica sua, que nada tem a ver com a maneira que a gigantesca maioria das pessoas usa e compreende o termo.

    A ideia que Dawkins parece querer expressar, mas que falha miseravelmente na sua execucao, e a de que existiria uma tendencia historica para a contracao da esfera de influencia da metodologia teologica. Na medida em que metodologias alternativas de solucao de problemas surgem, menor atencao parece ser consagrada a ideia de Deus e suas implicacoes. Essa menor atencao enfraquece a crenca global em Deus e aumenta a proporcao de pessoas que conscientemente nao empregam essa hipotese nas suas decisoes consequentes (ateus, agnosticos, e etc). Nesse contexto, a relevancia da metodologia teologica, medida em termos de sua invocacao na solucao de problemas praticos, tem se reduzido gradualmente.

    Isso parece ser ate certo ponto factual e indisputavel.

    Dai vem a parte especulativa: extrapolando essa tendencia historica podemos vislumbrar um futuro para o conhecimento humano onde todos os problemas serao abordados sem o uso de qualquer hipotese ou metodologia teologica, e onde a crenca em Deus tera completamente desaparecido na pratica. Ideias de carater teologico, dentro dessa filosofia futurista, teriam seu interesse reduzido ao estudo da historia do pensamento e ao papel e utilidade que elas no passado teriam tido e que, nesse futuro hipotetico, nao teriam mais. Em tal futuro, a teologia seria para todos os efeitos inutil.

    Isso remete a certos temas recorrentes na filosofia de Friedrich Nietzsche.

    Embora nao seja de todo irracional, e preciso enfatizar que esse tipo de visao nao e empiricamente sustentavel.

    Ao contrario, isso e ironicamente muito mais proximo de certos tipos de analise schatologica presentes nos estudos teologicos.

    E isso e uma inconsistencia grave dentro de uma filosofia que propoe como a unica fonte de conhecimento valido a testabilidade empirica de hipoteses.

    Ainda mais abusiva e a sugestao implicita de que esse raciocinio por si so justificaria a conclusao de que a teologia e inutil no presente, isto e, antes dela ser completamente rejeitada em favor de outras ciencias.

    Esse tipo de recurso a uma visao sobre o estado de entendimento futuro como justificativa para uma atitude presente e um padrao bastante presente do obscurantismo moderno progressista, que emprega o linguajar cientifico para mascarar seu carater ocultista e profetico.

    Post edited by ufka_Cabecao on
  • CameronCameron Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    Cabeção, talvez toda a nossa divergência seja mesmo semântica.

    A grosso modo o que estamos tentando dizer é que Teologia é o "estudo sobre Deus", dessa perspectiva é que a questionamos, afinal, o mínimo, o basilar, para algo ser considerado conhecimento é ter bem caracterizado seu objeto de estudo, e Deus é tão bem definido e caracterizado que é possível afirmar que cada crédulo em sua existência tem uma perspectiva diferente sobre tal, razão pela existência de milhões de crenças diferentes mesmo entre aquelas que disponham das mesmas fontes monoteístas, organizadas e com o mesmo livro sagrado.

    Teologia como uma parte da antropologia e da história, como estudo das crenças e de sua influência não há como negar sua validade e influência.
    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • HuxleyHuxley Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse: Vamos la de novo.

    Independente da sua opiniao acerca do carater ontologico de Deus, o fato e que a crenca na sua existencia foi e ainda e amplamente admitida, e a organizacao dessa crenca obedece a principios de ordenacao metodologicos. E a ciencia que se ocupava e ainda se ocupa disso e a Teologia.

    Da orgazinacao teologica desse conhecimento varias consequencias bastante concretas emanaram e ainda emanam. Consequencias de natureza cultural, geopolitica e tecnologica. Com um conhecimento rudimentar de historia geral podemos acumular um bocado de exemplos especificos de cada um desses.

    So isso ja basta para tornar indefensavel qualquer interpretacao possivel para a tese defendida de que a "teologia e inutil" num sentido amplo.

    A teologia pode ser inutil para resolver uma determinada classe de problemas. Problemas que talvez encontrem tratamento mais adequado a partir de uma perspectiva de "pragmatismo epistemologico".

    Mas reduzir todo o universo de problemas humanos e solucoes uteis ao que pode vir a ser compreendido a partir do seu entendimento atual de "pragmatismo epistemologico" e a expressao de um dogmatismo paradigmatico extremo, e bastante inconsistente.

    Talvez voce queira reservar o termo "cientifico" para problemas e metodologias associadas considerados mais compativeis com o paradigma do "pragmatismo epistemologico".

    Isso e ate certo ponto um direito seu, embora nao seja uma convencao absolutamente aceita.

    Voce ate pode redefinir o termo "util" para se refirir apenas ao instrumental pratico e teorico empregado na sua definicao previa de "ciencia", mas isso seria novamente uma atitude de rebeliao semantica sua, que nada tem a ver com a maneira que a gigantesca maioria das pessoas usa e compreende o termo.

    A ideia que Dawkins parece querer expressar, mas que falha miseravelmente na sua execucao, e a de que existiria uma tendencia historica para a contracao da esfera de influencia da metodologia teologica. Na medida em que metodologias alternativas de solucao de problemas surgem, menor atencao parece ser consagrada a ideia de Deus e suas implicacoes. Essa menor atencao enfraquece a crenca global em Deus e aumenta a proporcao de pessoas que conscientemente nao empregam essa hipotese nas suas decisoes consequentes (ateus, agnosticos, e etc). Nesse contexto, a relevancia da metodologia teologica, medida em termos de sua invocacao na solucao de problemas praticos, tem se reduzido gradualmente.

    Isso parece ser ate certo ponto factual e indisputavel.

    Dai vem a parte especulativa: extrapolando essa tendencia historica podemos vislumbrar um futuro para o conhecimento humano onde todos os problemas serao abordados sem o uso de qualquer hipotese ou metodologia teologica, e onde a crenca em Deus tera completamente desaparecido na pratica. Ideias de carater teologico, dentro dessa filosofia futurista, teriam seu interesse reduzido ao estudo da historia do pensamento e ao papel e utilidade que elas no passado teriam tido e que, nesse futuro hipotetico, nao teriam mais. Em tal futuro, a teologia seria para todos os efeitos inutil.

    Isso remete a certos temas recorrentes na filosofia de Friedrich Nietzsche.

    Embora nao seja de todo irracional, e preciso enfatizar que esse tipo de visao nao e empiricamente sustentavel.

    Ao contrario, isso e ironicamente muito mais proximo de certos tipos de analise schatologica presentes nos estudos teologicos.

    E isso e uma inconsistencia grave dentro de uma filosofia que propoe como a unica fonte de conhecimento valido a testabilidade empirica de hipoteses.

    Ainda mais abusiva e a sugestao implicita de que esse raciocinio por si so justificaria a conclusao de que a teologia e inutil no presente, isto e, antes dela ser completamente rejeitada em favor de outras ciencias.

    Esse tipo de recurso a uma visao sobre o estado de entendimento futuro como justificativa para uma atitude presente e um padrao bastante presente do obscurantismo moderno progressista, que emprega o linguajar cientifico para mascarar seu carater ocultista e profetico.

    Talvez você esteja se referindo a alguma coisa que eu não chamaria de Teologia. Minha definição de Teologia recorre à etimologia da palavra e é a que Cameron mencionou.

    Deus = hipótese impossível de ser confirmada e impossível de ser refutada = incognoscível. Daí o que se segue é ABSOLUTAMENTE IRREFUTÁVEL:

    Campo do conhecimento = envolve o conhecer

    Teologia como campo do conhecimento = o conhecer do incognoscível = algo desprovido de significado
    Post edited by Huxley on
  • HuxleyHuxley Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    Cameron disse: A grosso modo o que estamos tentando dizer é que Teologia é o "estudo sobre Deus", dessa perspectiva é que a questionamos, afinal, o mínimo, o basilar, para algo ser considerado conhecimento é ter bem caracterizado seu objeto de estudo, e Deus é tão bem definido e caracterizado que é possível afirmar que cada crédulo em sua existência tem uma perspectiva diferente sobre tal, razão pela existência de milhões de crenças diferentes mesmo entre aquelas que disponham das mesmas fontes monoteístas, organizadas e com o mesmo livro sagrado.

    Uma definição de Deus é fornecida pelo filósofo Marcus Valério XR:

    "DEUS: Qualquer entidade cujos atributos estão acima das capacidades humanas."

    Fonte: http://www.xr.pro.br/deus.html

    A Teologia tenta estudar Deus ou qualquer coisa que venha de Deus. Mas fica a questão: COMO PODEMOS SABER QUE ALGO VEM DE DEUS? Não há como saber. Na minha opinião, isso por si só já liquida qualquer pretensão de a Teologia vir a ser um campo do conhecimento.
    Post edited by Huxley on



  • Entao todo esse debate se reduz justamente a uma rebeliao semantica sua.

    O que eu chamo de Teologia e todo um conjunto de estudos reais feitos por pessoas de carne e osso, assim como seus efeitos no mundo real.

    O que eu chamo de Teologia, como alias todas as coisas concretas, escapa a uma definica sintetica abstrata definitiva, e e melhor compreendido enquanto o conjunto da obra intelectual de teologos e o resultado sistemico de metodologias teologicas.

    Definicoes classicas apresentadas para teologia sao necessariamente vagas, como o "estudo das coisas divinas". Assim, mesmo que uma essencia de Deus estivesse alem da capacidade exploratoria da razao humana, o apanhado das "coisas divinas", isto e, relacionadas ou referentes a Deus, poderia receber algum tipo de tratamento.

    O que voces chamam de Teologia nao e qualquer coisa no mundo real, mas uma definicao abstrata simplista e auto-contraditoria que voces insistem ser a "boa definicao", por uma pedancia etimologica bastante trivial.

    Nao ha qualquer prospecto para essa discussao antes que voces admitam que existe uma diferenca metafisica categorica entre as coisas do mundo real e as definicoes abstratas que voces procuram sintetizar para palavras que tambem representam essas coisas.

    Essa e uma condicao essencial para o debate racional, a assumcao comum de uma realidade transcendente ao discurso sobre a qual podemos formar e comparar nossas opinioes.
  • Mais uma vez desviaram o assunto para fazerem críticas. Irei relembrar para não cair no esquecimento:
    Explique o que aconteceu com a ciência no crescimento de tantas fraudes. Voce não acha que alguns ficaram revoltados com a tamanha corrupção introduzida dentro da ciência?
    Será que este não foi fator predominante para fraudar algo que alguns não estavam levando nada a sério?
    Se apoiar em teorias de historiadores céticos que não provam nada para satisfazer um ceticismo pessoal é um desespero pelo apelo a autoridade.
    http://eriveltonoprofeta.blogspot.com.br/
  • CameronCameron Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse:1- O que eu chamo de Teologia, como alias todas as coisas concretas, escapa a uma definica sintetica abstrata definitiva, e e melhor compreendido enquanto o conjunto da obra intelectual de teologos e o resultado sistemico de metodologias teologicas.

    2- Definicoes classicas apresentadas para teologia sao necessariamente vagas, como o "estudo das coisas divinas". Assim, mesmo que uma essencia de Deus estivesse alem da capacidade exploratoria da razao humana, o apanhado das "coisas divinas", isto e, relacionadas ou referentes a Deus, poderia receber algum tipo de tratamento.
    1- Pode ser a mais completa ignorância de minha parte e se for o caso eu admito o erro e peço desculpas por isso, mas quais seriam essas tais metodologias teológicas e principalmente quais seriam caso hajam as diferenças entre a metodologia dos astrólogos ou cartomantes? Qual a diferença por exemplo entre dizer que Deus é uma trindade ou que a revelação da carta da Morte pode representar mudanças sérias em sua vida no futuro próximo?

    2- "Estivesse"? Está sugerindo que está? Está mesmo tentando nos convencer que alegações sobre um suposto ser com poder absoluto sobre tudo, sabedoria total sobre todas as coisas, ação de sua presença em todos os lugares e ainda assim como parte de sua definição que está além de qualquer verificação humana por pertencer a uma alegada dimensão chamada de espiritual estariam ao alcance da capacidade exploratória humana? Por qual método exatamente?

    Para que você entenda o quanto isso soa absurdo, digamos que eu afirme que Deus tem nariz e que o mais renomado teólogo diga que não, qual o método objetivo que dispomos para confirmar ou descartar tais afirmações? Se um teológo cristão disser que Deus é uma trindade, um teólogo islâmico disser que ele é apenas um no sentido mais restrito do termo e um teólogo secular disser alguma outra coisa qual a solução metodológica dentro da Teologia para resolver a questão?

    Se não há, então não pode se dizer que existe uma metodologia que derive conhecimento, apenas descrições disparates de diferentes aspectos doutrinários tão consistentes quanto as crenças nas cartas de Tarô.

    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • HuxleyHuxley Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse: Definicoes classicas apresentadas para teologia sao necessariamente vagas, como o "estudo das coisas divinas". Assim, mesmo que uma essencia de Deus estivesse alem da capacidade exploratoria da razao humana, o apanhado das "coisas divinas", isto e, relacionadas ou referentes a Deus, poderia receber algum tipo de tratamento.

    Se isso for verdade, então o Criacionismo poderia ser incluído como uma parte da Biologia contemporânea, como na paródia a seguir:

    “Definições clássicas apresentadas para Biologia são necessariamente vagas, como o ‘estudo das coisas da vida’. Assim, mesmo que uma essência do Criacionismo estivesse além da capacidade exploratória da razão humana, o apanhado das ‘coisas da vida’, isto é, relacionadas ou referentes à vida, poderia receber algum tipo de tratamento.”

    Ademais, quintessência seria um conceito da Física contemporânea, vitalismo seria um conceito da Biologia contemporânea, e assim por diante.
    ufka_Cabecao disse: O que voces chamam de Teologia nao e qualquer coisa no mundo real, mas uma definicao abstrata simplista e auto-contraditoria que voces insistem ser a "boa definicao", por uma pedancia etimologica bastante trivial.

    "A linguagem é uma arte social" (Willard V. O. Quine), ninguém precisa concordar com a adequação de um termo para usá-lo. Ademais, a palavra Teologia tem significado pleno na perspectiva de certas pessoas, o que pode incluir as pessoas que inventaram o termo. Atualmente e ao longo da história, muitíssimos teólogos defensores da Apologética consideraram as coisas divinas tão reais e cognoscíveis quanto às estrelas do Universo.

    Nenhum cético racional discorda que Teologia é um conceito auto-refutatório, daí vem a popularidade da paródia que Dawkins faz com a “Fadologia”.
    Post edited by Huxley on
  • HuxleyHuxley Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    É justamente pelo fato de a Teologia ser um conceito auto-refutatório que Dawkins diz que ela é inútil. Aquilo que não tem significado é inútil. Mas o que não faltam são teólogos que defendem que Teologia é o "estudo sobre as coisas divinas, mas que não deixam de ser reais e cognoscíveis".
    Post edited by Huxley on
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down

    Cameron,

    Qual metodo objetivo determina que a letra "m" so pode aparecer no meio de uma palavra da lingua portuguesa antes de "p" ou "b"?

    Qual metodo objetivo determina que 1+1=2?

    Essas convencoes ou verdades assumidas sem metodos objetivos justificando-as.

    E assim como elas existem nas linguagens e na matematica, cada religiao tem das suas.

    E a teologia desenvolvida nessas religioes vai gerar seus resultados a partir delas.

    Metodos teologicos tem nomes como exegese, apologetica, dialetica, hermeneutica.

    Eu nao tenho muita experiencia pratica com esses metodos mas sei que eles sao diferentes dos metodos de taro ou de astrologia, que alias eu nem saberia enumerar.

    No exemplo que voce deu, o dogma da trindade nao se aplica aos mesmos problemas que a intepretacao da "carta da morte", entao como sequer compara-los enquanto metodologia.

    A sua pergunta faz tanto sentido quanto perguntar se uma chave de fenda e mais util do que a teorema de pitagoras.

    Quanto a validade de certas conclusoes teologicas depender da base religiosa assumida, isso nao e tao diferente da matematica, onde teoremas dependem de postulados.

    Assim a soma dos angulos de um triangulo pode ser sempre 180 para um "geometra plano" e pode ser sempre menos do que 180 para um "geometra hiperbolico".

    Esse tipo de situacao nao torna a matematica inutil ou inconsistente.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    Huxley disse:
    É justamente pelo fato de a Teologia ser um conceito auto-refutatório que Dawkins diz que ela é inútil. Aquilo que não tem significado é inútil. Mas o que não faltam são teólogos que defendem que Teologia é o "estudo sobre as coisas divinas, mas que não deixam de ser reais e cognoscíveis".


    Teologia e um conceito util.

    As pessoas parecem conseguir entender na pratica o que e o que nao e teologia, e quem e quem nao e teologo.

    E essa e a unica utilidade de um conceito, distinguir X de tudo o que nao e X.

    Agora se aquilo que o conceito de teologia representa no mundo real e util para os fins que voce pretende emprega-la e outra historia.

    Isso depende do seu entendimento de teologia e dos problemas particulares que voce tem para resolver.

    Por exemplo, se o seu problema particular no mundo real envolve ser ordenado sacerdote na Igreja Catolica, entender um pouco de teologia pode te ajudar.


    Post edited by ufka_Cabecao on
  • CameronCameron Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    Cabeção, que métodos você utiliza para traçar a linha que separa a mitologia da verdade, o real do imaginário? Do jeito que você expos o argumento ficou parecendo que basta uma determinada alegação sobre qualquer coisa ser aceita por convenção ou axioma por um grupo de pessoas para que tal seja considerada uma forma válida de conhecimento, não estou colocando em questão se é uma forma válida de doutrina religiosa ou crença pessoal.

    Quando eu comparo alegações sobre uma suposta trindade divina ou sobre uma suposta capacidade de uma carta aleatoriamente escolhida prever eventos futuros estou a colocar em xeque a veracidade de tais afirmações e nisso a comparação faz sentido.

    Meu ponto poderia ser resumido na frase: "Realidade é aquilo que não desaparece quando paramos de acreditar."
    Philip K. Dick
    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • HuxleyHuxley Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse
    Isso depende do seu entendimento de teologia e dos problemas particulares que voce tem para resolver.

    Por exemplo, se o seu problema particular no mundo real envolve ser ordenado sacerdote na Igreja Catolica, entender um pouco de teologia pode te ajudar.

    O que está escrito acima é equivalente a:
    Isso depende do seu entendimento de "Heaven's Gate" (http://pt.wikipedia.org/wiki/Heaven's_Gate_(seita)) e dos problemas particulares que você tem para resolver.

    Por exemplo, se o seu problema particular no mundo real envolve ir para o céu tomando veneno, entender um pouco de "Heaven's Gate" pode te ajudar.
    Post edited by Huxley on
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    Cameron escreveu:

    Cabeção, que métodos você utiliza para traçar a linha que separa a mitologia da verdade, o real do imaginário? Do jeito que você expos o argumento ficou parecendo que basta uma determinada alegação sobre qualquer coisa ser aceita por convenção ou axioma por um grupo de pessoas para que tal seja considerada uma forma válida de conhecimento, não estou colocando em questão se é uma forma válida de doutrina religiosa ou crença pessoal.



    Essa pergunta abre algumas ramificacoes interessantes que eu pretendo abordar, mas eu acho que eu tenho que lembrar ou esclarecer algo aqui.

    A minha posicao a respeito da teologia nao e a de que ela e um instrumento necessariamente equivalente ou mesmo mais adequado do que a ciencia moderna para a abordagem de todos os problemas humanos. Nem mesmo um instrumento definitivo para certos problemas.

    A propria natureza de certos problemas mudam com o tempo.
    Por exemplo, durante muito tempo acreditava-se que a transformacao de substancias era um problema de natureza alquimica, ou quimica se voce preferir.
    E por razoes bastante naturais, muitos metodos quimicos foram testados sem sucesso para transformar metais comuns em ouro.
    Esses metodos nao foram necessariamente em vao e produziram um vasto conhecimento de solucoes quimicas para outros problemas.
    E mesmo solucoes parciais, como a purificacao de certos minerios e ligas naturais contendo tracos de ouro.
    Mas o problema de transformar um metal qualquer numa igual quantidade de ouro nao foi solucionado.
    E com a descoberta de elementos estaveis na forma de atomos, e a identificacao do ouro como um elemento basico, as esperancas de uma solucao para o problema praticamente se extinguiram.
    No entanto outro caminho apareceu quando fisicos descobriram que atomos de certos elementos podem ser convertidos por meio de reacoes nucleares.
    Teoricamente se tornava possivel a conversal de metal em ouro, mas atraves de outros metodos pertencentes a um dominio diferente de estudos.
    Metodos que infelizmente se mostrariam excessivamente custosos para tornar o processo economicamente viavel.
    Mas ainda assim uma solucao para um antigo problema.

    Essa e uma simplificacao grosseira mas serve para ilustrar a ideia de que como a natureza de um problema e caracterizada e como ela e transformada conforme o entendimento existente evolui.

    O que eu estou dizendo e que de uma maneira geral os problemas Teologicos e cientificos nao sao de mesma natureza.

    Problemas de ciencia empirica em geral consistem em explicar, prever ou reproduzir os mecanismos que produzem fenomenos observaveis.
    Ja a teologia se preocupa sobretudo em estabelecer e harmonizar os significados espirituais por tras das coisas.

    Sao propostas bastante diferentes. No entanto seus escopos de problemas nao sao completamente separados.

    Naturalmente a religiao e a teologia se servem de um entendimento pre-existente de um apanhado de mecanismos do mundo observavel, e da alcada da ciencia empirica, para procurar pelos significados espirituais, por exemplo, ilustrando-o por meio narrativas, alegorias e analogias baseadas na percepcao de certos comportamentos da natureza ou de episodios historicos.
    E o estudo posterior de cientistas pode eventualmente encontrar evidencias para um funcionamento bem diferente de alguns desses comportamentos da natureza, ou versoes diferentes para esses episodios historicos.
    E quando essas evidencias sao fortes elas podem levar os teologos posteriores a adaptar suas interpretacoes dos significados espirituais de maneira a acomoda-las, se isso se mostrar necessario.

    E claro que esse processo nao e algo simples.

    Um exemplo bastante famoso, embora raramente entendido, foi a longa controversia eclesiastica entre os sistemas de mundo Ptolomaico e Copernicista durante a Renascenca.

    Independente das caricaturas grosseiras e simplistas que prevalecem para os lados tomados dessa controversia, trata-se de um exemplo pertinente.

    O sistema geocentrico (Ptolomaico) nao era uma proposta "teologica" e o sistema heliocentrico (copernicista) uma proposta "cientifica".

    Ambos eram modelos cientificos para o cosmo. Ambos permitiam observacoes consistentes, assim como ambos produziam um certo grau de erros.
    Ambos foram adaptados inumeras vezes para aperfeicoamento de certos erros de medida.
    E depois de muito tempo e esforco de varios cientistas o sistema heliocentrico adquiriu uma forma cujo tradeoff entre simplicidade e precisao era bastante favoravel, e entao passou a ser majoritariamente empregado por astronomos e dai entao gradualmente se tornou um conhecimento comum.

    Durante esse longo processo, no qual ainda nao se sabia qual modelo era mais adequado, e que argumentos cientificos bastante validos para o modelo tradicional ainda vigoravam, e que a controversia teologica se produziu.

    Isso porque a visao cosmologica compativel com o modelo Ptolomaico encontrava aplicacoes uteis na estruturacao existente de certos argumentos teologicos para certos significados espirituais. A persistencia e utilidade desse modelo atraves dos seculos o tornou profundamente vinculado a concepcao de mundo existente, e seria necessario mais do que algumas observacoes astronomicas para dissolver essa uniao.

    Isso naturalmente contribuiu para a formacao de um vies eclesiastico em favor do modelo Ptolomaico.

    Um dos papeis praticos da Igreja e parte de sua fundamentacao teologica consiste justamente em preservar a cristandade do risco produzido pela propagacao abrupta de novidades, que podem se tornar heresias cujas consequencias podem ser graves para a persistencia da civilizacao ocidental.

    Nao ha como saber precisamente o qual o potencial destrutivo de uma novidade especifica ex ante, e uma cautela bastante justificavel torna heretica e passivel de punicao a atividade de divulgar irresponsavelmente novidades muito impactantes.

    A ideia e que a verdade vai eventualmente prevalecer, mas e preciso proceder com cautela pois o risco de se deixar levar por um sentimento de euforia contagiante pode acabar se mostrando fatal.

    Esse e um principio que existe ate hoje na conduta cientifica seria. "Teorias revolucionarias" sao submetidas a um rigoroso processo de escrutinio antes que paradigmas comecem a ser abandonados. Uma atitude que alias tem sido perigosamente ameacada pela penetracao de ideologias progressistas nos meios academicos, mas isso nos levaria a um outro ponto. E claro que o processo de examinacao rigorosa de novas teorias pode ser conduzido com uma consideravel rapidez em relacao a situacao na idade media, e paradigmas podem ser mais rapidamente transformados, ainda que nao tao rapidamente quanto certas pessoas querem fazer parecer.

    Um aspecto meio tragico desse processo e que quando olhamos para ele em retrospecto percebemos apenas as instancias onde esse mecanismo de protecao paradigmatica (seja ele de carater teologico ou cientifico) teria obstruido um conhecimento que mais tarde seria aceito como novo paradigma. E ignoramos praticamente todas as instancias onde heresias perigosas foram abortadas em sua infancia.

    Da mesma forma que certos cientistas sao criticados por sua adesao a modelos tradicionais e resistencia contra modelos que mais tarde se tornariam novos paradigmas.

    E ignora-se solenemente os exemplos historicos abundantes de desastres humanos ocorridos quando ideias revolucionarias sao promovidas apenas pela "virtude" de serem revolucionarias, seja em dominios cientificos, politicos ou espirituais.

    O ponto e que a qualidade de uma nova ideia so fica clara a posteriori. A priori faz todo sentido proteger uma doutrina que funciona e e boa de uma novidade ainda suspeita, que pode vir a se mostrar ma. A contencao de euforias e essencial para a aquisicao de um melhor entendimento da verdade, e isso e um principio que a ciencia moderna herdou da teologia.

    Acho que sei o que voce esta pensando. Voce esta pensando na validade "objetiva" de "significados espirituais".

    Significados espirituais extraem sua validade da crenca. Uma realidade desprovida de crenca ou de crentes e de fato uma realidade desprovida de significados espirituais. E se voce quiser chamar de "realidade objetiva" o conteudo residual do mundo quando lhe subtraimos as crencas das pessoas, va em frente.
    Alias, eu tambem admito a existencia de uma tal realidade objetiva.
    Eu nao acho que voce ou o resto do universo sejam fantasmas sem existencia fora da minha consciencia.

    Mas eu tambem nao pretendo aqui que a realidade objetiva seja a unica coisa que exista.
    A crenca do ser racional nessa realidade objetiva tambem existe.
    Assim como existem crencas em valores associados as coisas, objetivas ou nao.

    E essa e uma conclusao filosofica independente da existencia de um substrato fisico para o processo de pensamento e crenca.
    Se voce considerar a crenca das pessoas como parte de um processo sinaptico bio-eletro-quimico complicado, mas objetivo, entao voce nao pode mais separar uma "realidade objetiva" da crenca, como voce tentou fazer.

    Remover ou tentar remover as concepcoes e crencas existentes do processo de analise do mundo pode ser conveniente para o estudo de certos problemas que sao menos afetados por ideias formadas a seu respeito. Por exemplo, a mecanica balistica empregada na descricao do movimento de um projetil ou o calculo estequiometrico de uma reacao quimica nao dependem de ideias formadas e preconcepcoes de pessoas a cerca dos processos descritos.

    Mas a crenca das pessoas determina em ultima analise como elas agem e como elas transformam o mundo, tanto em termos de crenca subjetiva como em termos da sua definicao de realidade objetiva.
    Crencas dotadas de significados espirituais.

    Significados espirituais talvez tenham menos importancia hoje do que tiveram no passado.
    Com certeza, maior atencao parece estar concentrada na descricao objetiva de funcionamento de mecanismos fenomenologicos do que na interpretacao de seus significados.
    Talvez voce acredite nao precisar recorrer a qualquer significado espiritual na sua concepcao particular de mundo.
    Talvez significados espirituais tornem-se universalmente desnecessarios.

    E talvez o mundo se dirija para um futuro onde, de fato, a utilidade do pensamento teologico estara extinta.

    Mas ainda nao e o caso. E nao foi o caso ao longo da historia da humanidade.

    Ate la o que voce tem e um palpite.
    Um palpite baseado em quase nada.

    O ponto aonde eu quero chegar com isso tudo e que esses processos de formacao e validacao do conhecimento sao muito complicados e eu nao estou sugerindo que essa minha descricao seja exaustiva.

    Mas com certeza ela ilustra bem a falacia por tras de argumentos como o de Richard Dawkins, que originalmente motivaram a minha objecao.

    Em resumo, eu nao estou defendendo a primazia da teologia como ferramenta de analise, ou dizendo que ela e equivalente a ciencia empirica, ou qualquer coisa do genero.
    Eu estou dizendo justamente que elas nao sao coisas comparaveis e que afirmacoes como a de Richard Dawkins sao manifestacoes ou de extrema ignorancia ou de extrema desonestidade.
    Provavelmente uma mistura intermediaria de ambas.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • HuxleyHuxley Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse: Talvez voce acredite nao precisar recorrer a qualquer significado espiritual na sua concepcao particular de mundo.
    Talvez significados espirituais tornem-se universalmente desnecessarios.

    E talvez o mundo se dirija para um futuro onde, de fato, a utilidade do pensamento teologico estara extinta.

    Mas ainda nao e o caso. E nao foi o caso ao longo da historia da humanidade.

    Ate la o que voce tem e um palpite.
    Um palpite baseado em quase nada.

    O ponto aonde eu quero chegar com isso tudo e que esses processos de formacao e validacao do conhecimento sao muito complicados e eu nao estou sugerindo que essa minha descricao seja exaustiva.

    Mas com certeza ela ilustra bem a falacia por tras de argumentos como o de Richard Dawkins, que originalmente motivaram a minha objecao.

    Em resumo, eu nao estou defendendo a primazia da teologia como ferramenta de analise, ou dizendo que ela e equivalente a ciencia empirica, ou qualquer coisa do genero.
    Eu estou dizendo justamente que elas nao sao coisas comparaveis e que afirmacoes como a de Richard Dawkins sao manifestacoes ou de extrema ignorancia ou de extrema desonestidade.
    Provavelmente uma mistura intermediaria de ambas.

    Dawkins está repleto de razão. Dizer que Ciência e Teologia não são comparáveis não passa de um sofisma barato. Devido à Apologética, que é um segmento da Teologia, muito do que se chama de “significado espiritual” é algo que tem implicações de significado físico. Por exemplo, "Houve a concepção virgem de um ser humano na Antiguidade" é uma alegação sobre o mundo físico como outra qualquer. Idem para a alegação da continuidade da vida mental após a morte cerebral. A Ciência tem sim autoridade para dizer que determinadas crenças devem ser rejeitadas, como as duas proposições absurdas que citei anteriormente. A Ciência tem autoridade não só para fazer alegações sobre o que É (proposições de existência), mas também para fazer alegações sobre o que NÃO É (proposições de inexistência). Da mesma forma que a Ciência tem autoridade para dizer que o chumbo-206 não é radiotivo, ela tem autoridade para dizer que crenças que violam as leis da natureza devem ser rejeitadas, como aquelas de certas proposições que a Teologia Apologética defende. Agnosticismo sobre as leis científicas é uma forma de obscurantismo como outra qualquer. Descrença em leis científicas, então, é ainda pior. Em certos casos, a Teologia talvez seja ACIENTÍFICA; mas em outros, ela é ANTICIENTÍFICA.
    Post edited by Huxley on
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