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Professores desistem por causa da bagunça dos alunos

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO


Formado na USP, Edson Rodrigues da Silva, 31, foi aprovado ano passado no concurso público da rede estadual para ensinar matemática. Passou quatro meses no curso preparatório obrigatório do Estado para começar a lecionar neste ano no ABC paulista. Ao final do primeiro dia de aula, desistiu.

"Vi que não teria condições de ensinar. Só uma aluna prestou atenção, vários falavam ao celular. E tive de ajudar uma professora a trocar dois pneus do carro, furados pelos estudantes. Se continuasse, iria entrar em depressão. Não vale passar por isso para ganhar R$ 1.000 por 20 horas na semana."

Silva diz que continuará apenas na rede privada. Como ele, outros efetivados neste ano pelo governo já desistiram das aulas, passados apenas 39 dias do início das aulas, sendo 25 letivos.

Até sexta-feira, 60 já haviam finalizado o processo de exoneração, a pedido, média de mais de dois por dia letivo. Volume não informado pela Secretaria da Educação está com processo em curso.

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) diz ser normal o número de desistências, considerando a quantidade de efetivações (9.300). Educadores, porém, discordam.

Para a coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Maria Marcia Malavasi, "o cenário é triste; especialmente na periferia, os professores encontraram escolas sem estrutura, profissionais mal pagos, amedrontados e desrespeitados."

DESMOTIVAÇÃO

As desistências têm diferentes motivações. Entre as principais citadas por exonerados ouvidos pela Folha estão falta de condições de trabalho (salas lotadas, por exemplo), desinteresse de alunos e baixos salários.

"Muitos alunos não apresentam condições mínimas para acompanhar o ensino médio e têm até uma postura agressiva com o professor", disse Juliana Romero de Mendonça, 25, docente de química. "A realidade da escola é diferente da mostrada no curso", afirmou Gilson Lopes Silva, 30, de filosofia.

O concurso selecionou docentes de todas as matérias do final dos ensinos fundamental e médio, séries com muitos temporários e mais problemas de qualidade.

Para Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato do magistério, além de condições precárias da rede, "a formação nas universidades não é satisfatória, pois elas trabalham com uma escola irreal, de alunos quietinhos". Ela exige que o Estado dê mais tempo aos docentes para a formação em serviço.

Estado diz que saída de docentes é normal

Professores aprovados podem ter usado exame para aumentar pontuação em outros concursos, afirma secretaria

Para governo, carreira está atrativa e oferece bônus e reajuste com base no mérito; salário inicial é de R$ 1.834

DE SÃO PAULO

A Secretaria da Educação informou que considera normal o volume de docentes novatos que desistiu da rede.
A pasta afirmou que devem sair do sistema 10% dos recém-efetivados (cerca de 900 professores), mas não informou em qual prazo podem ocorrer as exonerações.

Segundo a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), nem as condições de trabalho oferecidas nem os salários da rede são as causas das desistências.

A secretaria aponta como explicações a situação pessoal de cada professor, como quem arrumou outro emprego ou só queria o certificado de aprovação, que pode ajudar em concursos futuros.

Para o governo, a carreira está atrativa, por conta do bônus por desempenho (que pode chegar a 2,4 salários) e do reajuste com base no mérito (ano passado, 20% dos professores com as melhores notas numa prova ganharam 25% de reajuste). O salário inicial é de R$ 1.834 (jornada de 40 horas semanais).

A professora recém-efetivada Ana Paula dos Santos, 28, elogiou as condições da rede. "Posso fazer aulas diferentes com datashow ou na sala de informática. Se o professor montar uma boa aula, os alunos vão se interessar", disse ela, que leciona biologia em colégio estadual da zona norte de São Paulo.

A secretaria disse ainda que alunos que estudariam com docentes desistentes não ficarão sem aula, pois há reposição com temporários.

E esses professores provisórios serão substituídos no ano que vem, quando devem entrar nas escolas estaduais 25 mil novos concursados, também aprovados no concurso do ano passado.

Desde 2004, a rede estadual não contava com um concurso tão amplo para efetivar professores do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio. (FT)
Post edited by Kairós on
«13456

Comentários

  • 134 Comentários sorted by Votes Date Added
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited julho 2013 Vote Up0Vote Down
    Kairós disse: As desistências têm diferentes motivações. Entre as principais citadas por exonerados ouvidos pela Folha estão falta de condições de trabalho (salas lotadas, por exemplo), desinteresse de alunos e baixos salários.

    Não vejo uma sala lotada já faz algum tempo, mas isso não muda em nada.


    Kairós disse: "Muitos alunos não apresentam condições mínimas para acompanhar o ensino médio e têm até uma postura agressiva com o professor", disse Juliana Romero de Mendonça, 25, docente de química.

    Tenho alunos com 13~14 anos que estão no 8°Ano que não sabem multiplicar, eles não sabem calcular 12x12, números maiores então, nem pensar.


    Kairós disse: Para Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato do magistério, além de condições precárias da rede, "a formação nas universidades não é satisfatória, pois elas trabalham com uma escola irreal, de alunos quietinhos"


    O que na prática não mudaria em nada. A única diferença é que os formandos já saberiam de antemão o que os esperaria, mas que isso causaria alguma mudança eu duvido.


    Kairós disse: Segundo a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), nem as condições de trabalho oferecidas nem os salários da rede são as causas das desistências.

    Mistério? Quais seriam as reais causas? O trabalho tem um bom salário e boas condições... o que diabos têm feito esse pessoal desistir então?


    Kairós disse: A secretaria aponta como explicações a situação pessoal de cada professor, como quem arrumou outro emprego ou só queria o certificado de aprovação, que pode ajudar em concursos futuros.

    Hein??? Como é que é? Que porra é essa? Um certificado de aprovação não ajuda ninguém em nada e ainda tem mais, se o cara precisasse de tal certificado ele bastaria somente passar no concurso, o pessoal aí está sendo efetivado e depois desistindo.
    Kairós disse: Para o governo, a carreira está atrativa, por conta do bônus por desempenho (que pode chegar a 2,4 salários) e do reajuste com base no mérito (ano passado, 20% dos professores com as melhores notas numa prova ganharam 25% de reajuste). O salário inicial é de R$ 1.834 (jornada de 40 horas semanais).

    O dia que salário de professor depender de desempenho de aluno não haverá mais professores.


    Kairós disse: A professora recém-efetivada Ana Paula dos Santos, 28, elogiou as condições da rede. "Posso fazer aulas diferentes com datashow ou na sala de informática. Se o professor montar uma boa aula, os alunos vão se interessar", disse ela, que leciona biologia em colégio estadual da zona norte de São Paulo.

    Recém-efetivada já diz tudo... Aposto que ainda nem pôs os pés dentro da sala. Achar que boas aulas despertam o interesse é de uma ingenuidade infantil.

    Sou professor e já fui aluno. Apesar de ter estudado a maior parte da minha formação em escolas públicas eu fiz o final do ensino médio em uma particular, a coisa que mais me chamou minha atenção não foi aulas extremamente bem preparadas nem mesmo recursos técnicos avançados, porque isso não havia, as aulas eram simples e somente no quadro com o livro didático, a grande diferença era o interesse dos alunos. Era uma época em que para passar no vestibular era necessário muito esforço e dedicação e isso os alunos estavam dispostos a fazer, não tinha essa conversa mole de aula chata e sem graça, o pensamento era que aquilo deveria ser aprendido de qualquer forma, chato ou não. Ir às aulas no sábado era coisa perfeitamente aceitável, plantões de trigonometria nas manhãs de domingo eu fui a muitos, agora, fala isso em uma escola pública, vai lá falar para eles acordarem cedo para estarem nas salas às 8 da manhã num domingo.
    Discordo completamente do Acauan, acredito que o principal agente no processo de aprendizagem não é o professor, é o aluno. Se o aluno quiser ele pode até aprender sozinho com livros. A falta de interesse do aluno define tudo, se o cara quiser ele é capaz de aprender sozinho, mas se ele não quiser então não tem quem faça.



    Kairós disse: A secretaria disse ainda que alunos que estudariam com docentes desistentes não ficarão sem aula, pois há reposição com temporários.

    O processo de contratação pode demorar até mais de um mês em alguns lugares.

    Post edited by Neuromancer on
  • Neuromancer disse: acredito que o principal agente no processo de aprendizagem não é o professor, é o aluno.

    Fui uma aluna de exatas sendo a matemática meu top, odiava História até o terceiro ginasial quando tive 'a' professora daí surgindo meu amor pela matéria a ponto de quase ter ido fazer faculdade de História. Com Geografia o milagre não se deu, 'o' professor não surgiu e continuo detestando a matéria até hoje. Fui uma aluna excelente, dedicada mesmo detestando algumas matérias e sempre tirando boas notas, minha grande alegria ao passar no vestibular foi não ter que abrir mais um livro de Química, matéria encardida, rs

    E sim, o professor tem um peso tremendo nessa equação, mesmo para alunos bons e excelentes.
    "Um homem é rico na proporção do número de coisas de que ele é capaz de abrir mão." Thoreau
  • salgueiro disse: Fui uma aluna excelente, dedicada mesmo detestando algumas matérias e sempre tirando boas notas, minha grande alegria ao passar no vestibular foi não ter que abrir mais um livro de Química, matéria encardida, rs

    Só fui aprender química depois de formado, bem depois. Resolvi aprender, peguei alguns livros e comecei do começo, resolvi exercícios aos milhares (pode parecer exagero, mas resolvi todos os exercícios de 2 coleções do ensino médio mais outros), passei cerca de 2 meses estudando e aprendendo. Não precisei de professor, somente interesse e dedicação, eventualmente não entendia algo e procurava na net.
    O mesmo mesmo ocorreu com física óptica e ondulatória.
    Você pode não ter interesse em geografia, talvez por isso não tenha "surgido" o professor, já pensou nisso?
    o interesse está nas pessoas, as coisas e os assuntos simplesmente são o que são.
    Aprender verbos irregulares em inglês pode não ser interessante para você, mas pode ser para mim, logo um professor que os ensine vai ser legal para mim e chato para você.
  • salgueiro disse: E sim, o professor tem um peso tremendo nessa equação, mesmo para alunos bons e excelentes.

    Claro que tem. Só não creio que seja o principal.
    Se eu estudar através de bons livros eu obterei bons resultados. Mas livros bons somente podem muito pouco.
  • Neuromancer disse: Não precisei de professor, somente interesse e dedicação, eventualmente não entendia algo e procurava na net.

    Tenho o viés do autodidata, a um professor chato prefiro me virar sozinha mas nem todo mundo pode se dar a esse luxo.
    Neuromancer disse: Você pode não ter interesse em geografia, talvez por isso não tenha "surgido" o professor, já pensou nisso?

    Antes da professora Eugënia Prado (meu tributo a uma excepcional professora) detestava História do mesmo jeito que a Geografia se 'o' cara tivesse surgido não tenho a menor dúvida que eu acabaria gostando. Gosto de aprender, até hoje, rs.
    "Um homem é rico na proporção do número de coisas de que ele é capaz de abrir mão." Thoreau
  • Neuromancer disse: Claro que tem. Só não creio que seja o principal.
    Se eu estudar através de bons livros eu obterei bons resultados. Mas livros bons somente podem muito pouco.

    Dentro do sistema escolar que temos é fundamental, a análise tem que ser feita pela média de capacidade dos alunos aí entrando o 'peso' do professor.

    Sempre me virei sozinha com a matemática, raras vezes tive bons professores mas essa matéria é verdadeiro bicho-papão nas escolas tanto que muitas das vezes nem com professor particular resolve.
    "Um homem é rico na proporção do número de coisas de que ele é capaz de abrir mão." Thoreau
  • salgueiro disse: Antes da professora Eugënia Prado (meu tributo a uma excepcional professora) detestava História do mesmo jeito que a Geografia se 'o' cara tivesse surgido não tenho a menor dúvida que eu acabaria gostando.

    Pode ser que sim, pode ser que não. Atribuir a uma pessoa o poder de fazer algo lhe soar mais agradável não faz muito sentido.
    Eu acho geografia um pé-no-saco, duvido que alguém tenha o poder de torná-la mais agradável para mim.
  • salgueiro disse: Sempre me virei sozinha com a matemática, raras vezes tive bons professores mas essa matéria é verdadeiro bicho-papão nas escolas tanto que muitas das vezes nem com professor particular resolve.

    Interesse e dedicação. Duas coisas que fazem toda a diferença.
    Eu já fui péssimo em matemática, me dediquei muito, mas muito mesmo e aprendi.
    Quando eu passo lição de casa e os alunos nem sequer tentam, não sobra muito o que fazer. Se o sujeito desiste depois de apenas 20 segundos de tentativa, enquanto eu, por vezes, levava horas tentando, o que posso fazer?
  • Neuromancer disse: Pode ser que sim, pode ser que não. Atribuir a uma pessoa o poder de fazer algo lhe soar mais agradável não faz muito sentido.
    Eu acho geografia um pé-no-saco, duvido que alguém tenha o poder de torná-la mais agradável para mim.

    Meus anos como estudante me provaram que para ser professor o saber não é o principal, claro que é indispensável rs, mas 'o' cara tem é o dom. Tem a mágica, rs, de transformar assuntos maçantes num universo interessante Tive poucos, eles existem, rs.
    "Um homem é rico na proporção do número de coisas de que ele é capaz de abrir mão." Thoreau
  • Neuromancer disse: Interesse e dedicação. Duas coisas que fazem toda a diferença.
    Eu já fui péssimo em matemática, me dediquei muito, mas muito mesmo e aprendi.
    Quando eu passo lição de casa e os alunos nem sequer tentam, não sobra muito o que fazer. Se o sujeito desiste depois de apenas 20 segundos de tentativa, enquanto eu, por vezes, levava horas tentando, o que posso fazer?

    O problema é que isso é raciocínio de adulto, a criança ou o jovem tem que ser cativado. Passei o final do ano passado tentando demonstrar para a minha sobrinha-neta que o carnaval que se faz em cima da matemática é só mito, que é questão de aplicação, e não não é um bicho-papão, rs

    "Um homem é rico na proporção do número de coisas de que ele é capaz de abrir mão." Thoreau
  • salgueiro disse: O problema é que isso é raciocínio de adulto, a criança ou o jovem tem que ser cativado. Passei o final do ano passado tentando demonstrar para a minha sobrinha-neta que o carnaval que se faz em cima da matemática é só mito, que é questão de aplicação, e não não é um bicho-papão, rs

    Mas aí é que está o problema. As assuntos podem ser legais. Mas criaram a ideia que eles TEM que ser legais, que tudo TEM que ser divertido. Obviamente isso não tem como se manter e a coisa naufraga.
  • Neuromancer disse: Mas aí é que está o problema. As assuntos podem ser legais. Mas criaram a ideia que eles TEM que ser legais, que tudo TEM que ser divertido. Obviamente isso não tem como se manter e a coisa naufraga

    Depois do bichinho ter sido cativado e o interesse ter sido despertado a coisa flui mesmo que em meio a trancos e barrancos.
    "Um homem é rico na proporção do número de coisas de que ele é capaz de abrir mão." Thoreau
  • Eu assino embaixo de tudo isso que você disse, mas há de se notar o fato de que em alguns lugares os professores tem que lidar com marginais em miniatura, resultados de péssima criação e ambiente, um mínimo de educação e comportamento tem que vir de casa, do contrário não há bom professor que dê jeito.
    Come with me if you wanna live.
  • sybok disse: A própria incompetência.

    Você está sendo incoerente. Você mesmo diz que no sistema público está cheio de incompetentes, incompetência não os faz sair.
  • The_DoctorThe_Doctor Membro
    edited julho 2013 Vote Up0Vote Down
    Neuromancer disse: Kairós disse: Segundo a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), nem as condições de trabalho oferecidas nem os salários da rede são as causas das desistências.

    Mistério? Quais seriam as reais causas? O trabalho tem um bom salário e boas condições... o que diabos têm feito esse pessoal desistir então?

    Talvez seja isso uma das razoes...
    20021.33723-Crianca-com-rifle-nas-maos.jpg
    Post edited by The_Doctor on
    Eu sou o Doutor. Venho do planeta Gallifrey da constelação de Kasterborous. Com a minha nave, a TARDIS (Time And Relative Dimensions In Space (Tempo e Dimensões Relativas No Espaço) eu viajo por varios mundos e épocas combatendo as injustiças em minhas explorações. Eu o convido para me acompanhar em minhas aventuras, a maioria delas perigosas. Voce quer me acompanhar?

    Total de Mensagens:
    8609 + aquelas que tenho agora. ):-))
  • Eu também achava um porre as aulas de história até aparecer a Dona Ilma na sétima série. Saudades.
  • Neuro, eu concordo com tudo o que voce disse em seu post. Durante um tempo eu tambem já fui da Educação (inspetor de alunos) e sei a merda que é. Os problemas que posso citar para a desmotivação do professor é:

    a) Falta de autoridade do professor. - O professor não pode falar nada que já é ameaçado pelo aluno ou por seus pais. Em caso de 30 anos atras, se voce, como aluno, desrespeitasse o professor, a cinta comia em casa. Hoje, é o professor que leva a bifa.

    b) Falta de apoio da direção - A direção da escola está apoiando o aluno, mesmo quando ele faz uma barbaridade como agredir o professor, fisica ou verbalmente, coisa que não acontecia na antiga instituição de ensino.

    c) Os alunos estão com muito mais liberdade - Eles podem tudo e o professor não tem mais autoridade pra falar nada contra. Se for escola particular é pior ainda, pois a peste do aluno ainda fala: "Fica quieto que é meu pai que está pagando seu salario!". Isso sem falar que, os pais vem com esse discurso para ameaçar a direção e. consequentemente, ameaçando o professor duas vezes: o pai e a direção da escola.

    É um assunto delicado isso.
    Eu sou o Doutor. Venho do planeta Gallifrey da constelação de Kasterborous. Com a minha nave, a TARDIS (Time And Relative Dimensions In Space (Tempo e Dimensões Relativas No Espaço) eu viajo por varios mundos e épocas combatendo as injustiças em minhas explorações. Eu o convido para me acompanhar em minhas aventuras, a maioria delas perigosas. Voce quer me acompanhar?

    Total de Mensagens:
    8609 + aquelas que tenho agora. ):-))
  • Lucifer disse: c) Os alunos estão com muito mais liberdade - Eles podem tudo e o professor não tem mais autoridade pra falar nada contra. Se for escola particular é pior ainda, pois a peste do aluno ainda fala: "Fica quieto que é meu pai que está pagando seu salario!". Isso sem falar que, os pais vem com esse discurso para ameaçar a direção e. consequentemente, ameaçando o professor duas vezes: o pai e a direção da escola.

    Concordo!

    Fica difícil trabalhar SEM autoridade, SEM o respaldo da direção e SEM os pais terem ensinado os limites básicos aos seus filhos. Em faculdade particular é muito pior, verdadeiro supermercado de diplomas. Aprendi isso por experiência própria, no (curto) tempo em que fui professor numa "arapuca" dessas...
  • Se os professores brasileiros não estão querendo lecionar na rede pública, deviam contratar professores cubanos.

    Tenho medo que levem isso a sério.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Neuromancer disse: Mas aí é que está o problema. As assuntos podem ser legais. Mas criaram a ideia que eles TEM que ser legais, que tudo TEM que ser divertido. Obviamente isso não tem como se manter e a coisa naufraga.

    E quando chega à fase adulta, a pessoa vai trabalhar pensando que está em sala de aula: Preguiçosa, irresponsável, conversador, não quer receber ordens de seus superiores, etc.

    E tem também aqueles que nunca quiseram nada com nada, conseguem um emprego de qualquer cargo que não passe de um salário mínimo e vivem reclamando: "Me mato de tanto trabalhar pro patrão ficar rico".

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    lepiso74 disse:
    E tem também aqueles que nunca quiseram nada com nada, conseguem um emprego de qualquer cargo que não passe de um salário mínimo e vivem reclamando: "Me mato de tanto trabalhar pro patrão ficar rico".
    E daí ficam aqueles babacas no Facebook postando que "9% da humanidade vive às custas dos outros 91%" ou variações sobre o tema "patrão malvado x trabalhador bonzinho e explorado".
  • Lucifer disse: a) Falta de autoridade do professor. - O professor não pode falar nada que já é ameaçado pelo aluno ou por seus pais. Em caso de 30 anos atras, se voce, como aluno, desrespeitasse o professor, a cinta comia em casa. Hoje, é o professor que leva a bifa.

    Já vi dois casos parecidos com este somente este ano. No primeiro deles houve uma denúncia de que um dos alunos estava carregando uma arma, a polícia foi à escola e prendeu o aluno que portava a arma. Os garotos desconfiaram que foi um professor que tinha denunciado e este deu um jeito de tirar licença médica até hoje.
    No segundo, a mãe de um aluno foi à escola prometendo matar uma inspetora de alunos. O mais interessante é que na hora que a mãe foi na escola havia um policial do Proerd(Programa de erradicação as drogas) na escola fazendo palestras, aproveitaram que o cara já estava lá e pediram a ajuda dele, O que a mãe do aluno fez, ela confirmou na cara do policial que estava lá para matar a inspetora, o policial não teve outra alternativa senão a de dar voz de prisão para esta maluca no mesmo instante. Nesse meio tempo ele teve oportunidade de conversar com a diretora e recomendou que ela desse um jeito de transferir a inspetora de alunos porque, segundo ele, a maluca era esposa de um traficante e extremamente perigosa.


    Lucifer disse: b) Falta de apoio da direção - A direção da escola está apoiando o aluno, mesmo quando ele faz uma barbaridade como agredir o professor, fisica ou verbalmente, coisa que não acontecia na antiga instituição de ensino.

    As escolas têm o lema de esconder e abafar tudo. Se o aluno agredir um professor e pedir à direção que acione a policia, ele pode esperar sentado porque a direção não vai fazer isso, eles tem por direcionamento tentar resolver tudo dentro da escola e não chamar a polícia nem por decreto. A todos que são agredidos eu digo, se você quer chamar a polícia então você mesmo tem que fazê-lo.


    Lucifer disse: c) Os alunos estão com muito mais liberdade - Eles podem tudo e o professor não tem mais autoridade pra falar nada contra. Se for escola particular é pior ainda, pois a peste do aluno ainda fala: "Fica quieto que é meu pai que está pagando seu salario!". Isso sem falar que, os pais vem com esse discurso para ameaçar a direção e. consequentemente, ameaçando o professor duas vezes: o pai e a direção da escola.

    Isso depende da escola: Se eles tem mais gente que vaga disponível então eles escolhem que fica e quem sai. Mas se tem mais vaga aí a coisa inverte.
  • Caso notificado pelo jornal em minha escola, aconteceu em maio:
    http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/05/24/interna_gerais,393737/menores-sao-flagrados-com-arma-em-escola-em-montes-claros.shtml

    Por sorte no dia eu não estava lá, era o dia de minha folga.
  • sybok disse: O professor é a peça chave no sistema de ensino, culpar qualquer outra coisa, é apontar para pequenos detalhes e querer ignorar o "motor" do sistema, que é justamente o professor.

    Isso é só a opinião dele. Nem mais nem menos.
    Antes de ser professor eu era aluno e já sabia que para aprender algo dependia de mim.
  • Eu sempre fui aquele aluno esforçado: tinha preferência por humanas e biomédicas. Só fui realmente gostar de matemática na faculdade. Sério, poucos professores me estimulavam interesse a matéria, e como tinha dificuldade (sem contar os alunos bagunçeiros), somente conseguia captar a matéria com a ajuda de explicador.
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

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