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Comentários
Negar educação a quem não pode pagar, é simplesmente uma discussão superada nos países desenvolvidos. Pq é bastante obvio que isso agravaria a pobreza. Mas se quiser defender vc é livre para isso, e se esse pensamento for dominante entre os liberais as chances deles são nulas. Mas duvido que seja, o Acauan, por exemplo, já vi destacando a importância pelo menos da educação pública. Em algum nível a maioria sabe que ter diferentes pontos de partida faz parte da vida, mas ter um sistema que apenas os que podem pagar tem acesso aos serviços que desenvolvem as potencias individuais aumenta demasiadamente as desigualdades já existentes.
Talvez o atual momento político nos leve a uma reflexão sobre o ESVAZIAMENTO DAS LIDERANÇAS. Explico melhor: em 1988, o Senador Mario Covas rompeu com o PMBD, por não concordar com os cinco anos para Sarney. Nasceu ali o PSDB, um partido com muitos intelectuais, pensadores e políticos de escol. Em 1994, o Brasil saiu da hiperinflação, graças ao Plano Real, urdido pelo Fernando Henrique Cardoso. Não sou psdbista, mas o primeiro mandato do FHC foi espetacular; o segundo, nem tanto... em 2002, Lula foi eleito presidente, reelegeu-se em 2006 e fez sua sucessora em 2010. Lá se vão 12 anos de desgoverno do PT. Antes de sua morte em 13/08, Eduardo Campos tinha 9% de intenção de voto. Hoje, Marina supera Dilma e venceria um eventual segundo turno. O que isso significa? Que o povo não aguenta mais a dicotomia PT/PSDB. Portanto, é menos pela excelência de Marina Silva e mais pelo descontentamento do eleitorado. Onde estão as novas lideranças na política? Homens e mulheres com ideais, sem compromisso com os "caciques" dos partidos? Não temos. Seria bom tirar o PT do poder, a alternância de partidos é boa para a democracia e é boa para o Brasil. Só não sei se Marina é a melhor opção e se representa uma REAL ruptura com o sistema que está aí. Definitivamente, não ficaram os três melhores para uma eleição presidencial no Brasil...
Quando voces virem reportagens desse tipo, reparem que a resposta da imprensa é sempre a mesma...resposta padrão. Mas podem ter certeza...sem averiguação.
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8609 + aquelas que tenho agora. ):-))
Não terão mais nenhum desejo de superar as outras, de serem melhores, de conseguir o reconhecimento dos outros? Cegos e outros deficientes físicos SEMPRE estarão em desvantagem. E não é culpa de ninguém. A meritocracia é o único sistema válido para pessoas normais.
Para quem nasceu com desvantagens insuperáveis e não tem como competir, abrem-se exceções.
O capitalismo não é perfeito? Melhore-se o capitalismo. O que, aliás, vem sendo feito ao longo dos séculos.
A solução é corrigir os problemas do capitalismo, não abandoná-lo em nome de utopias que pressupõem uma humanidade ideal que só existe na cabeça dos sonhadores.
Para a humanidade que nós temos, capitalismo e meritocracia são o que funciona, por mais imperfeitos que sejam.
Já notou que todas as ditaduras comunistas falam em "homem novo"?
Idem idem saúde pública. Para isto existem os impostos.
Ninguém aqui questiona isto.
Repare que eu não fui contra as privatizações, mas o governo psdbista faz é exatamente isso...privatiza e nao supervisiona. Ou seja, para o grosso da palavra...fazem licitaçao, entregam para a empresa que menos custoso e, em vez de supervisionar para ver se estao cumprindo as metas, não..."deixa que se danem, não é mais a minha responsabilidade!".
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Fernando, vc não deve estar lendo as mensagens do Sybot, mas perceber que existem defensores do capiatalismo nesse forum que reconhecem a necessidade de proporcionar melhores chances para os que nascem pobres é agradavel. Embora vc esteja equivocado ao dizer "Ninguém aqui questiona isto", eu estive debatando com alguém que questiona e muitos foristas aplaudiram, sinal de concordancia. Essa pessoa diz que não são direitos, mas deveres individuais, e um sistema pago obviamente muitos iriam ficar sem, os que não podem pagar. E sem cobrar impostos, nem mesmo o sistema de vouchers seria possivel, sistema esse que é carissimo a longo prazo, por razões obvias, o setor privado sempre vai explorar o Estado, por entender que esse tem reservas infinitas.
Por isso que o superfaturamento de obras é uma constante, e tudo que o Estado compra do setor privado tende a ser superfaturado.
Sobre aprimorar o capitalismo é justamente o que defendo no quesito "reformas para o presente". A minha diferença é que não deixo de ter um horizonte distinto para o futuro. Porém, eu jamais defenderia nada nos moldes stalinista e suas variações. Liberdade política é fundamental e precisa ser expandida não restrita.
E, repetindo, também para isto existem os impostos. Acontece que o problema não é o valor dos impostos, mas como são gastos. A saúde pública no Brasil é tão ruim que muita gente acaba pagando duas vezes: os impostos, que não usa, e saúde privada.
Cabe ao governo fiscalizar e garantir que as leis sejam respeitadas, o que inclui impedir o abuso econômico (cartéis, monopólios, oligopólios etc.). Isto significa que hospitais privados não vão poder cobrar mais para atender clientes com voucher do que cobram dos clientes que pagam do próprio bolso.
Só que nada disto funciona num país onde as leis não são respeitadas, o governo é corrupto e os contribuintes acabam se sentindo justificados ao descumprir leis que lhe parecem injustas ou que só se aplicam a quem não pode se defender.
É a diferença entre bom senso e fanatismo.
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Sempre estudei em escola pública. Sem ela eu estaria puxando carroça.
Pelo que entendi da colocação do Sybok, não basta ter o direito de estudar e não se sentir no dever de estudar.
Existe também o crédito educativo. Você passa a pagar somente após concluir o curso.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Não Leandro, ele disse que Educação e Saúde não são direitos, são deveres de cada cidadão, que cada um que se vire. E somente agora apontou os vouchers para os mais pobres. Sistema aplicado na Colômbia, e eu tenho uma colega de doutorado que é colombiana, que resolveu fazer uma tese justamente para criticar esse sistema.
Ele, o Sybot, nega praticamente o texto de todas as constituições ocidentais que entendem educação como direito do cidadão e dever do Estado. Ele entende que é dever do cidadão. Ele é contra a existência de instituições de ensino e instituições de saúde estatais. Qualquer pessoa que saiba um pouco sobre hierarquização de acesso vai entender que um sistema mediado pelo pagamento direto( e não indireto como impostos), vai hierarquizar ainda mais o acesso, que no Brasil já o é pelo sistema ser misto, e pelo setor privado comer a maior parte dos recursos.
Em resumo, para usar seu exemplo, vc não teria tido acesso a ensino público, teria que pleitear uma bolsa, ou ajuda de uma filantrópica, e se ficasse sem, ficou, isso na perspectiva do Sybot.
Basta lembrar como era educação na primeira metade do século XX(até mais do que isso, já que universalização ocorreu apenas no governo FHC de fato, embora na letra da lei tivesse mais tempo), e saúde antes do SUS, somente quem pagava tinha acesso, uma minoria. Mesmo com a baixa qualidade e os enormes problemas, pelo menos o acesso aumentou com a universalização. Mas há quem queria ir para trás. Felizmente isso tem chance praticamente nula.
Saudações aos demais participantes
Ok.
André, o problema não é somente incentivo para o acumulo, antes o sentido de competição que é um pragmatismo proveniente do capitalismo...
Superar o sentido de competição em um mundo capitalista é algo quase que utópico.
A acumulação é parte integrante do pacote de metas a serem priorizadas.
Mas,vamos refletir... O que leva as pessoas a serem ambiciosas ???
Em um país de desigualdades sociais, culturais, econômicas...
O capitalismo ainda dentro desse meio caótico e sistêmico de resultados conflitantes, não pode elevar (no sentido puro) cidadãos desprovidos de ambições, já que vive em um país que nunca estabelece metas reais de governo socialista...
Sim. Mas imagine que sem esse capital de investimento nossa economia não sobreviveria...
Imagine de onde viriam os investimentos, senão dos que acumulam fortunas...rs
Olha, concordo com vc quando fala sobre a detenção e monopólio da saúde privada.
Mas, e quanto a dificuldade de repasses públicos para os hospitais públicos , a população precisa ter opções, precisa poder escolher, não digo que seja justo, pois na maioria não é.
Ou seja, a classe operária e braçal... rs
Sim. Agora que vc falou de forma didática. :)
Voltamos a velha questão: Luta de classes entre os oprimidos e os opressores, certo???
Fica mais simples e resume a ideia principal sobre o capital...
André, meu caro. Pensamos basicamente da mesma forma, embora eu discorde de vc em alguns pontos controversos conceituais.
O Mérito sempre foi e sempre será uma questão contraditória. Não coaduno com a ideia por similaridade ao conceito de seletividade Darwiniana...
Ou seja, o melhor e mais forte sobrevive ou tem por direito o poder a vida, já aquele que conseguir se adaptar no meio do processo, que sobreviva dos espólios dos fortes.
Mas, pense que a meritocracia não é desumana no momento em que estimula os menos favorecidos por necessidade a tentar evoluir economicamente, isso é um direito dos sistemas capitalistas, pois esses precisam de mão de obra cada vez mais especializadas, daí o mérito conta...
Mas, é tbm daí que fortunas podem se fazer... rs
E pobres antes miseráveis tornarem-se milionários...
Pergunto: Será que outro sistema permitiria esse grau de oportunidade ???
Que para alguns parece ser demérito...rsrsrsrsrs
Abraços fraternos a ti
da Silvana
Eu não sou contrario a competição, ela sempre vai existir, eu sou contrario a competição com pontos de partida excessivamente desiguais. Uma criança filha de uma mãe subnutrida tem sua capacidade intelectual diminuía antes mesmo de nascer. Isso implica que políticas públicas universais devem existir a fim de garantir direitos sociais, são esses que permitem o básico para se competir. Não o igual, pq isso é impossível, e como o Fernando disse e é obvio, mesmo que se aproximasse de igualdade de chances não significaria igualdade de resultados.
Vc me perguntou: Será que outro sistema permitiria esse grau de oportunidade ???
Primeiro que existem capitalismos e capitalismos, não são todos iguais. O que defendo dentro do capitalismo é profissionalização da gestão (acabando com a maioria dos cargos por indicação), expansão da garantia dos direitos sociais, tanto aumentando o financiamento, quanto ampliando os mecanismos democráticos de fiscalização desses. Eliminar os subsídios ao setor privado o que iria evitar muitos gastos. Entre outras mudanças. O problema que todas esbarram no sistema eleitoral, que se não for reformado primeiro, todas as outras coisas não vão ocorrer.
Enquanto empresas e indivíduos, controlarem os políticos pelo financiamento de campanhas, nenhuma reforma irá acontecer.
Agora para mim, é evidente que um sistema radicalmente democrático, que entende que a finalidade da produção é dar condições a todos se desenvolver via políticas universais não permitiria o grau de oportunidade que os capitalismos atuais oferecem, esse sistema potencialmente permitiria oportunidades muito maiores, já que o capital não seria o mediador do acesso.
― Winston Churchill
Não é escravidão, é um acordo entre duas partes.
Acontecem que socialistas e comunistas insistem em demonizar os empreendedores e os veem como exploradores de pobres coitados.
O que diferencia um alto executivo de um operário de chão de fábrica? Ambos são trabalhadores.
Vc fala de resultados ruins, os melhores sistema de saúde, com melhores resultados, são em sua imensa maioria, universais. E vc diz pior, que seria uma minoria a usar. Nos EUA bastou o Estado abrir um sistema de financiamento de planos de saúde privado, longe do ideal, que milhões foram atrás, demonstrando como é uma necessidade enorme, isso em uma economia poderosa como a dos EUA.
Acreditar nas filantrópicas é transferência de responsabilidade. Elas tem seu papel, mas se for delas a responsabilidade, e o acesso for mediado pelo capital, a hierarquização que já existe, se tornaria ainda maior, alias, como é no Brasil, que cada vez mais transfere responsabilidades para filantrópicas, enquanto isso na França, no Canadá, na Alemanha.... O mais engraçado é ver que em fórum tem gente que cai nessa, felizmente, em temas concretos, como salario mínimo, direitos trabalhistas, se sairmos do fórum, e formos pro mundo real, quase ninguém aceita esse discurso. Se alguém vai até os trabalhadores e defende fim de salario mínimo, que não exista sistema de educacional e de saúde estatal, a coisa mais educada que pode acontecer é eles perguntarem se a pessoa está bem, pq eles sabem da importância disso para eles, e da luta que tem para melhorar, e aprimorar, e não retroceder nesses direitos.
Ao reconhecer a realidade, seres humanos, devem ter a liberdade pública de questionar se essa é a melhor forma de organizar o trabalho. Se entenderem que é, respeitarei a decisão, mas se pensarem que não, a maioria deve ter o poder de alterar se assim desejar. Se em uma democracia, a maioria não tiver poder de governo, e isso não significa desrespeitar as minorias, mas sim definir a direção, essa não será uma democracia. Logo, uma pessoa que veta a maioria esse poder(de governo), nunca será um democrata.
Para que a maioria tenha esse poder, a reforma política, em especial do financiamento das campanhas, é a crucial, pois enquanto os financiadores detiverem o poder sobre os políticos, a maioria terá apenas a ilusão desse poder.
Isso .
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
Click aqui :
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Eu, diferente de Jean wyllys, defendo o plebiscito mesmo que o resultado seja contrario ao que eu acredito, pq democracia para mim não é algo a ser defendido de forma utilitária, quando serve aos meus interesses, mas a defendo por princípios. O plebiscito iria oferecer oportunidade para o debate, e uma decisão dele pode e deve ser revertida se a população mudar de ideia no futuro. Portanto, eu sou favorável, inclusive nas questões, que eu sei que minha posição é minoritária, e provavelmente seria derrotado.
De resto, sua caracterização da minha forma de pensar comete erros o tempo todo, continuamente distorce, ou inverte sentidos. Por isso eu não vou perder meu tempo argumentando com muito do que escreve, já que vc demonstra nenhum interesse em compreender seu interlocutor. Comunicação demanda esse esforço. Recomendo que vc leia George Orwell, se vc entender ele, quem sabe um dia vc entenda o que defendo e como penso(não que eu pense de forma análoga, mas existe uma importante semelhança entre o pensamento libertário de esquerda de Orwell e o meu, que pode abrir o cadeado). Orwell, como grande escritor, que eu de forma alguma me julgo ser, pode oferecer uma possibilidade maior de abrir caminhos de compreensão.
Eu expliquei sua forma de pensar(da melhor forma que pude) para Leandro, que não havia a compreendido, isso demonstra bem, a diferença em tentar entender o ponto de vista do outro. Quem sabe um dia as lentes da ideologia não sejam tão fortes e assim possam permitir que vc veja quem de fato é seu interlocutor, e não o espantalho que cria, para atacar.
Ah um detalhe, o Brasil, nem de longe, aplica o que defendo, e se vc acredita nisso, vc nem ao menos percebeu a diferença clara que estabeleci entre a letra da lei, e a realidade. Na realidade, na saúde por exemplo, o grande capital come a maior parte dos recursos, há um processo de privatização por dentro(com o SUS financiando o setor privado). O Brasil, tem um sistema eleitoral, controlado de forma predominante pelo grande capital, pelo financiamento de campanhas. O que defendo está absolutamente distante do Brasil que ai está. O que defendo, e o que a RSB(reforma Sanitária Brasileira) defendia e defende, um movimento que provavelmente vc desconhece, vem sendo derrotado. Quem venceu foram os pragmáticos, e aqueles que usaram ideologias, para o fortalecimento do setor privado, que fez da política partidária, seu alvo principal. Foram os que fizeram a erosão dos projetos coletivos, que usam em discursos, mas que saíram da prática, para projetos de poder pessoal.