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Comentários

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    André disse: Fernando, é um acordo que enquanto um faz para sobreviver, o outro faz para potencializar sua acumulação. Eu não demonizo, mas reconheço o obvio, existe uma enorme diferença de poder na relação. Tratar essa relação como um acordo voluntario entre partes iguais, sem reconhecer a diferença de poder, isso sim, precisa ser criticado, pois se trata de uma ideologia que esconde a realidade da relação.
    É um acordo entre aquele que teve o talento e a capacidade empresarial para criar uma empresa e aquele que só consegue cumprir ordens. Eu, por exemplo, fico feliz por ter havido um maluco que arriscou as economias e estragou a saúde para montar a empresa em que eu trabalhei. Eu jamais teria conseguido fazer o que ele fez (e nem gostaria).

    Os trabalhadores não devem ter raiva dos patrões, devem agradecer por ter encontrado um emprego. A opção é passar fome ou abrir a própria empresa.

    O problema é que as esquerdas acham imoral alguém ficar mais rico que os outros. Elas veem isso como "viver às custas dos empregados", como se o patrão não tivesse suas próprias preocupações (e o que é pior, preocupações que não terminam no final do expediente, quando o trabalhador bate o ponto e sai assobiando).
    André disse: Ao reconhecer a realidade, seres humanos, devem ter a liberdade pública de questionar se essa é a melhor forma de organizar o trabalho. Se entenderem que é, respeitarei a decisão, mas se pensarem que não, a maioria deve ter o poder de alterar se assim desejar.
    Alterar para o quê? Quem acha que pode fazer melhor, largue o emprego e abra seu próprio negócio segundo sua própria crença do que é justo. E aí? Vai perguntar à mulher que serve o café se ela acha que se deve abrir uma nova filial em outra cidade? Vai perguntar ao torneiro mecânico como administrar o orçamento da empresa?
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    Judas disse: E por individualismo de forma alguma eu acho que não deva existir estado e impostos, isso e balela.
    A definição do @Fernando Silva sobre o tamanho do estado pra mim é bem apurada:
    "O estado deve existir pra fazer o que tem que ser feito e não da lucro, para todo o resto a iniciativa privada se sairá melhor"
    (Me corrija se eu estiver errado Fernando)
    Eu acho que deve existir Estado e imposto assim como um prédio de apartamentos tem um síndico e cobra taxa de condomínio.
    Alguém tem que ser pago para cuidar daquilo que é de uso comum e que ninguém se interessa em tomar conta porque está ocupado com seus próprios problemas.

    No caso do condomínio, reformas, manutenção, empregados (garagista, faxineiro, porteiro etc.), contas de água e luz, manutenção da ordem nas áreas comuns e assim vai.

    No caso do Estado, estradas, ruas, segurança, limpeza pública, saneamento etc. Alguém tem que cuidar disto, mesmo que o trabalho em si seja terceirizado para uma empresa especializada que, esta sim, visará o lucro.

    Na história do mundo, a segurança sempre foi a atribuição primária dos líderes. O líder protege a comunidade e a comunidade cuida do resto. À medida em que a comunidade se transforma em um país e fica impossível aos cidadãos tomar conta de tudo, o líder vai ganhando outras atribuições.

    Como o mundo é imperfeito, os problemas são constantes, mas alguns países conseguem ser bem melhores que outros.
    Post edited by Fernando_Silva on
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    André disse: Eu, diferente de Jean wyllys, defendo o plebiscito mesmo que o resultado seja contrario ao que eu acredito, pq democracia para mim não é algo a ser defendido de forma utilitária, quando serve aos meus interesses, mas a defendo por princípios.

    O que você diria de um plebiscito no qual 51% da população votasse a favor de uma proposta que torna os outros 49% escravos deles?
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Acauan, toda democracia tem limites e deve ter, agora, os limites que defendo são aqueles que fazem dela uma democracia. Obviamente se a maioria quiser que seja uma teocracia, isso não torna imediatamente democrático, só porque a maioria quer, o mesmo seu exemplo. A exceção, no que se refere ao governo da maioria, se refere apenas aquilo que faz da democracia uma democracia. Se ela deixar de ser laica, ela perde uma de suas bases, logo, isso está vetado. Se ela decidir que uma minoria seja escravizada, ou morta, isso rompe com respeito a minorias. O governo é da maioria, mas os direitos individuais e coletivos tem que ser respeitados. É um grande equivoco pensar que defendo que a maioria tenha poder absoluto. Ela deve ter poder de governo, de decidir sobre as questões públicas, e deve ter esse poder acima dos políticos até pela obvia falência do sistema eleitoral, em que mandatos são comprados.

    A diferença é que muitos acham que a finalidade da produção e os meios de produção, algo que é uma relação social (e não uma coisa que é simplesmente propriedade de alguém), deveria desfrutar da mesma proteção. Fazer isso implica em inverter a democracia, que é o que temos de forma costumeira, o governo, quem decide, acaba sendo uma minoria, que detém o capital financeiro, e usa esse recurso para conseguir poder político e manter a estrutura como está ou conseguir que o Estado a financie (basta lembrar de todas as vezes que o Estado socorreu bancos e empresas). Obvio que quem de fato defende governo da maioria, e respeito as minorias, não pode compactuar com isso. Objetivamente, a maioria deve ter sim a possibilidade de decidir, por exemplo, se quer que o modelo de produção seja cooperativo, com os trabalhadores como donos, ou o modelo dominante hoje, meios de produção privados e concentrados. Poderia definir meios para estimular o modelo que entende é mais adequado. Pode decidir, já que a população brasileira, por exemplo, define o sistema de saúde como o problema central, ou pelo modelo de vouchers, um modelo da direita, ou a ampliação do SUS, estatização progressiva, com investimento pesado na atenção básica (estou reduzindo a duas propostas apenas por razões didáticas, na realidade existiriam muito mais do que duas propostas).

    Repare que, eu não defino de antemão, até pq sou apenas um individuo, qual modelo ou projeto, deve ser adotado. Deve haver o confronto de ideias, a maioria decide, e essa decisão pode ser revista, depois de um tempo de aplicação da política definida. Alias, uma das grandes vantagem da política é poder aplicar e avaliar.

    O que temos, no mundo real, é uma ilusão de democracia pelo sistema da representatividade, a maioria seleciona entre candidatos já previamente selecionados, para investimentos, pelo grande capital, e esses já assumiram diversos compromissos com esses financiadores, na prática, quem acaba detendo boa parte, é claro que não de forma absoluta, do poder de governo é essa minoria. É isso que o estudo em Princeton apenas confirma, já que abundam exemplos da força política dos lobbys.

    A grande habilidade dos lobbys, e da ideologia dominante, é vetar tudo aquilo que ameaça seu controle, seus interesses, sendo que essas mudanças, não seriam uma ruptura com os princípios da democracia, seria sim, uma efetivação do governo da maioria. Uma minoria deve ter o direito de opinião, de não ser perseguida, direito de participar (entre outros direitos), mas não tem o direito de decidir pelos outros, o modo de produção, qual sistema de educação, qual sistema de saúde, enfim, nem como a sociedade se estrutura economicamente, nem quais as políticas públicas. Esse direito, o de governo, deve ser da maioria, para que haja democracia. Logo, longe de defender uma ruptura, o que defendo é uma restauração aos princípios originários da democracia (com liberdade para formas criativas de se buscar atingir esses princípios e os objetivos de um governo do povo, pelo povo, para o povo, sendo povo a totalidade da diversidade de cidadãos, não uma massa amorfa, ou qualquer outra caracterização dotada de uma consciência, quando tratamos de fato de múltiplas consciências e pontos de vista), que é uma ruptura, apenas diante, do que foi feito, no mundo real, com esses princípios.






  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    André disse:
    Acauan disseVocê disse que é absolutamente evidente que o grande capital controla a política partidária da maioria dos países em graus variáveis através do financiamento das campanhas.

    Cite a evidência.


    Sobre isso na universidade de Princeton tem um estudo bom.

    http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/10769041/The-US-is-an-oligarchy-study-concludes.html

    André,

    Finalmente li o tal estudo.

    Testing Theories of American Politics, Elites, Interest Groups and Average Citizen

    O nome do estudo já explicita que trata-se de um teste de teorias.

    E o teste de teorias não referenda sua afirmação de que "é absolutamente evidente que o grande capital controla a política partidária".

    O autor faz uma ressalva muito clara sobre como as inter-relações entre as categorias e dados não permitem a conclusão absoluta que você apresentou:

    What are we to make of findings that seem to go against volumes of persuasive theorizing and much quantitative research, by asserting that the average citizen or the “median voter” has little or no independent influence on public policy?

    As noted, our evidence does not indicate that in U.S. policy making the average citizen always loses out. Since the preferences of ordinary citizens tend to be positively correlated with the preferences of economic elites, ordinary citizens often win the policies they want, even if they are more or less coincidental beneficiaries rather than causes of the victory. There is not necessarily any contradiction at all between our findings and past bivariate findings of a roughly two-thirds correspondence between actual policy and the wishes of the general public, or of a close correspondence between the liberal/conservative “mood” of the public and changes in policy making.

    Our main point concerns causal inference: if interpreted in terms of actual causal impact, the prior findings appear to be largely or wholly spurious.

    Ou seja, as categorias analisadas e respectivas variáveis não podem ser consideradas estanques, o que é óbvio, uma vez que uma das categorias é o "cidadão médio".

    A conclusão final tampouco expressa qualquer referendo à sua afirmação de que "é absolutamente evidente...":

    Despite the seemingly strong empirical support in previous studies for theories of majoritarian democracy, our analyses suggest that majorities of the American public actually have little influence over the policies our government adopts. Americans do enjoy many features central to democratic governance, such as regular elections, freedom of speech and association, and a widespread (if still contested) franchise. But we believe that if policymaking is dominated by powerful business organizations and a small number of affluent Americans, then America’s claims to being a democratic society are seriously threatened.

    Note que a sugerida ameaça de as grandes corporações controlarem o governo americano é apresentada como uma hipótese, não como um fato.

    Não vou entrar aqui em questões teoréticas, que podem ser levantadas aos montes sobre o estudo, mas resumindo toda aquela sofisticada análise de dados, que incluem até equações matemáticas para estabelecer correlações entre preferências e influências dos grupos citados, é óbvio e esperado que uma entidade abstrata e dispersa denominada "cidadão médio" não possa ter o mesmo poder de influência que uma entidade real e centrada - a grande corporação - que congrega uma magnitude de interesses muito mais ampla e que se desdobra em uma complexa rede de intersecções com os demais grupos.

    O dogma da Luta de Classes contamina a visão da realidade dos Marxistas ao ponto de tornar-lhes invisíveis fatos óbvios, como que grandes corporações necessariamente interagem com a sociedade como um todo e é influenciada por ela tanto quanto a influencia.
    Seria desnecessário dizer que isto não é uma defesa das grandes corporações ou de que elas sejam movidos por interesse público, mas sim o esperado, que frequentemente o interesse público é do interesse da grande corporação.

    Entretanto, conclusões tiradas destas correlações só seriam verdadeiras se verdadeira fosse a dicotomia "cidadão médio" x "grandes corporações". O próprio autor nega isto explicitamente, claramente sabedor de que as variáveis envolvidas são muitas mais e suas correlações mais complexas do que equações de primeiro grau poderiam definir.
    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AndréAndré Membro
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan, uma dúvida, vc diz "que frequentemente o interesse público é do interesse da grande corporação". Vc realmente pensa que na maioria das vezes(não sei se seu frequentemente implica na maioria das vezes ou algo comum) o interesse das grandes corporações coincide com o interesse dos trabalhadores e da maioria da população. E em que se baseia para dizer isso?


    Bem, exemplos como o abaixo tem certa frequência.

    http://www.huffingtonpost.com/2013/04/28/abrams-tank-congress-army_n_3173717.html

    Especialistas dizem que não é necessário(especialistas que teriam teoricamente o interesse na aprovação de mais dinheiro para eles), mas os políticos querem, pq será?

    Post edited by André on
  • André disse: Spider eu citei uma empresa que é líder em seu setor. O link está ai. Pelo visto vc não clicou.

    - Fiz mais que clicar, estou a muito tempo procurando no Google e no site da empresa, algum rankeamento ou prêmio ou qualquer indicativo que ela seja líder e referência no setor e não achei nada.

    - Como eu disse anteriormente, a grande maioria das cooperativas estão nas áreas de crédito, habitação e agricultura.

    - Só de estar na área industrial essa empresa já figuraria como honrosa exceção, no entanto, existem mil outras empresas tradicionais na mesma área, porque todas não são cooperativas também?

    - Se a cooperativa é tão superior ao modelo tradicional, como você apregoa, porque ela já não é maioria?

    Abraços,
  • AndréAndré Membro
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    Spider, eu já expliquei algumas das razões que explicam pq cooperativas não são maioria. Existem forças poderosas que tem interesse de classe que não sejam. E elas são superiores, do ponto de vista humano, e para os trabalhadores, eu não argumentei que fossem melhores necessariamente e em todas as circunstancias, que empresas tradicionais, na capacidade de lucrar, embora muitas sejam bem sucedidas.
    Quando me referia a multinacional, falava dessa.

    http://www.mondragon-corporation.com/pt/

    Agora eu percebo que por aqui parece que as pessoas não veem o dano que os lobbys privados, das grandes corporações, tem sobre as democracias. Como fazem o Estado ficar a serviço dessas subsidiando elas.

    https://www.opendemocracy.net/theme_7-corporations/article_992.jsp

    Isso para mim é ilustrativo do poder da ideologia. O enorme poder do "big business", que eu prefiro chamar de grande capital, é tão evidente.

    Até um programa da HBO, que eu sugiro, Last Week Tonight, vem explorando com humor essa realidade. Casos como o dos tanques, que expus, tem aos montes. Sempre o grande capital levando o dinheiro, ou do Estado, ou da classe trabalhadora.

    https://www.youtube.com/user/LastWeekTonight

    Pessoas preocupadas com o "roubo" do Estado via impostos, parecem despreocupadas com organizações que estão ficando mais ricas que países, não são democráticas, e estão no epicentro da crise dos sistemas eleitorais. Organizações que conseguem que o Estado as subsidie, logo tornando a competição completamente viciada.

    Mas eu de fato entendo, uma ideologia pró capitalismo, nunca pode admitir que a fração de classe por excelência capitalista, poderia estar por trás de tantos problemas. Isso tem que ser negado com todas as forças.

    Vejamos o caso das armas, todas as pesquisas indicam que a imensa maioria da população americana é favorável a checagem se pessoas que estão comprando armas tem ficha na policia, histórico de violência, algo bem lógico, já que vender armas para pessoas com esse histórico é uma combinação perigosa para dizer o mínimo.

    Mas a lei por universal verificação de antecedentes veio e ela foi derrotada, por poucos votos, é verdade, seguramente por pressão popular, mas o NRA, em uma questão que a imensa maioria da população pensa diferente do lobby, conseguiu derrotar a população.

    http://www.newrepublic.com/article/116795/gun-control-background-checks-turn-20-brady-law

    Talvez um dia pressão popular reverta, pq esse caso é absurdo, dar possibilidade de comprar armas para pessoas com antecedentes criminais e violentos, é obviamente uma excrecência. Mas isso, os tanques, e tantos outros exemplos, mostram a que ponto insano o poder do lobby chegou. Existem muitos outros exemplos, mais sutis, menos escancarados, do interesse privado predominando sobre o interesse da maioria da população.

    Aqui no Brasil o crescimento da bancada evangélica, pode em breve rediscutir criacionismo nas escolas. Evangélicos que são um grande negocio, basta ver o controle deles dos meios de comunicação, e o dinheiro que eles tem. Agronegócios continuam com subsídios inflados, a indústria automobilística idem. Talvez, talvez, o crescimento do grande negocio que são as igrejas evangélicas, e os riscos que representam, acordem as pessoas. Talvez nem isso.




    Post edited by André on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    André disse:
    Isso para mim é ilustrativo do poder da ideologia. O enorme poder do "big business", que eu prefiro chamar de grande capital, é tão evidente.
    O poder das grandes corporações depende de agradarem ao cidadão comum, caso contrário desaparecem, por maiores que tenham sido no passado. Elas não são deuses que existem num vácuo, independentes do mercado.
    Kodak, RIM (Blackberry), PanAm: apenas algumas das poderosas que desapareceram ou estão a caminho da irrelevância.
    André disse: Objetivamente, a maioria deve ter sim a possibilidade de decidir, por exemplo, se quer que o modelo de produção seja cooperativo
    A democracia se refere apenas ao direito da maioria de escolher os representantes de todos.
    Esses representantes têm que se comprometer a defender valores que são anteriores à democracia e estão acima dela.

    O direito à propriedade privada e à livre iniciativa estão entre esses valores e não podem ser revogados pela decisão de nenhuma maioria.
    Post edited by Fernando_Silva on
  • André disse:
    Spider, eu já expliquei algumas das razões que explicam pq cooperativas não são maioria. Existem forças poderosas que tem interesse de classe que não sejam. E elas são superiores, do ponto de vista humano, e para os trabalhadores, eu não argumentei que fossem melhores necessariamente e em todas as circunstancias, que empresas tradicionais, na capacidade de lucrar, embora muitas sejam bem sucedidas.
    Quando me referia a multinacional, falava dessa.

    http://www.mondragon-corporation.com/pt/

    Caro André,

    - Em momento anterior você acusou que eu estava cego pela ideologia, hora de voltar esse mesmo argumento contra você.

    - Alegar que há seres maquiavélicos conspirando nas sombras para que o que deveria estar dando certo fracasse é um recurso bastante manjado, utilizado até pelos criacionistas que você cita abaixo.

    - As pessoas são livres para criar e se associar a cooperativas em todo lugar, existem até leis de incentivos e benefícios como, por exemplo, a lei 4.266 de 1969, nos EUA há leis que permitem enquadrá-las como “sem fim lucrativo”, o que baixa o valor do Imposto de Renda.

    - Além disso, existe a contradição básica de seu discurso, primeiro você diz que são bem sucedidas e até dá exemplos, mas quando confrontado com o fato indiscutível delas serem minoria, apela para a conspiração.
    André disse:
    Agora eu percebo que por aqui parece que as pessoas não vêem o dano que os lobbys privados, das grandes corporações, tem sobre as democracias. Como fazem o Estado ficar a serviço dessas subsidiando elas.

    https://www.opendemocracy.net/theme_7-corporations/article_992.jsp

    Isso para mim é ilustrativo do poder da ideologia. O enorme poder do "big business", que eu prefiro chamar de grande capital, é tão evidente.

    Até um programa da HBO, que eu sugiro, Last Week Tonight, vem explorando com humor essa realidade. Casos como o dos tanques, que expus, tem aos montes. Sempre o grande capital levando o dinheiro, ou do Estado, ou da classe trabalhadora.

    https://www.youtube.com/user/LastWeekTonight

    Pessoas preocupadas com o "roubo" do Estado via impostos, parecem despreocupadas com organizações que estão ficando mais ricas que países, não são democráticas, e estão no epicentro da crise dos sistemas eleitorais. Organizações que conseguem que o Estado as subsidie, logo tornando a competição completamente viciada.

    Mas eu de fato entendo, uma ideologia pró capitalismo, nunca pode admitir que a fração de classe por excelência capitalista, poderia estar por trás de tantos problemas. Isso tem que ser negado com todas as forças.

    - Isso é uma realidade André, Lobbys existem, mas se engana quem pensa que ele é puramente empresarial, veja o Lobby da CUT que conseguiu inclusive chegar ao poder.

    - Participo de um Lobby de pais de crianças autistas que conseguiu inclusive incentivos fiscais na compra de carros zero km, as próprias cooperativas que você defende fazem Lobby também para reivindicar suas demandas junto ao governo.
    André disse:
    Vejamos o caso das armas, todas as pesquisas indicam que a imensa maioria da população americana é favorável a checagem se pessoas que estão comprando armas tem ficha na policia, histórico de violência, algo bem lógico, já que vender armas para pessoas com esse histórico é uma combinação perigosa para dizer o mínimo.

    Mas a lei por universal verificação de antecedentes veio e ela foi derrotada, por poucos votos, é verdade, seguramente por pressão popular, mas o NRA, em uma questão que a imensa maioria da população pensa diferente do lobby, conseguiu derrotar a população.

    http://www.newrepublic.com/article/116795/gun-control-background-checks-turn-20-brady-law

    Talvez um dia pressão popular reverta, pq esse caso é absurdo, dar possibilidade de comprar armas para pessoas com antecedentes criminais e violentos, é obviamente uma excrescência. Mas isso, os tanques, e tantos outros exemplos, mostram a que ponto insano o poder do lobby chegou. Existem muitos outros exemplos, mais sutis, menos escancarados, do interesse privado predominando sobre o interesse da maioria da população.

    - O simples fato de isto ser de conhecimento público já é um mérito do sistema, permite que as partes afetadas reajam e enfrentem essas forças, não existe nenhum sistema infalível, o que existem são sistemas mais auto-reguláveis.

    - Se cooperativismo fosse solução para esse problema uma das maiores fraudes ocorridas nos EUA, que prejudicou milhões de pessoas, não teria partido de uma empresa cooperativada, a ENRON, que usou seu poderoso Lobby para burlar as agências reguladoras do governo e até empresas de auditoria de renome privadas.
    André disse:
    Aqui no Brasil o crescimento da bancada evangélica, pode em breve rediscutir criacionismo nas escolas. Evangélicos que são um grande negocio, basta ver o controle deles dos meios de comunicação, e o dinheiro que eles tem. Agronegócios continuam com subsídios inflados, a indústria automobilística idem. Talvez, talvez, o crescimento do grande negocio que são as igrejas evangélicas, e os riscos que representam, acordem as pessoas. Talvez nem isso.

    - Mesmo assim temos casamento gay e proibição da cura gay que desagrada Evangélicos, divórcio que desagrada Católicos, lei de preservação ambiental que desagrada o agronegócio e juros altos, custos trabalhistas, impostos escorchantes, desoneração de importações e incentivos para concorrência que desagradam o Lobby da indústria automobilística.

    - Vendo as coisas apenas por um lado, da forma como você faz, só vai ver da forma que imagina, como no conto das sombras na caverna, talvez fazendo o exercício de passar um tempo aqui neste fórum conosco melhore seu poder de análise dessas questões.

    Abraços,
  • AndréAndré Membro
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down

    Sybot disse:
    No Brasil temos um sistema de saúde e educação cujo o principio no qual se baseiam é ter um governo com direito de tomar o dinheiro das pessoas e que contra a vontade delas as obriga a financiar e contratar serviços estatais, quer elas venham ou não a usar estes serviços, tirando o direito dessas pessoas decidirem que empresas privadas prestadoras dos mesmos serviços elas prefeririam contratar.

    Em que o seu sistema difere desse mesmo princípio aplicado hoje?


    O Estado coleta impostos para financiar a garantia de direitos sociais. Não governo, vc continua a confundir os dois. E se vc é contra toda coleta de impostos, vc é anarquista, o Estado existe apenas mediante a coleta de impostos.

    Vou explicar a diferença enorme com o que defendo. Primeiro que como já expliquei eu tenho posições sobre a conjuntura atual, e um horizonte para o futuro. Obviamente que as posições para a conjuntura atual serão vistas como algo mais realista, já que se baseia no que temos hoje, e não em possibilidades mais amplas.

    Vamos começar pelo SUS. O SUS hoje e desde de seu inicio, financia o setor privado. Invés da estatização progressiva( a outra proposta era estatização imediata), defendida pela maioria do movimento sanitário (o movimento que lutou pela Reforma Sanitária Brasileira), temos um sistema misto, que favorece o modelo hospitalocentrico. Quando o centro deve ser o investimento em atenção básica, já que 80 por cento dos problemas de saúde se resolvem lá. Comprar, como fazemos hoje, junto ao setor privado serviços, é uma receita de altos custos, pois o setor privado sempre vai encarecer, superfaturar. A capacidade do grande capital da saúde em ser financiado pelo SUS ocorre devido a força desse sobre os políticos, já que planos de saúde, hospitais privados, empresas médicas, indústria farmacêutica(quando deveríamos investir nos genéricos e em produção nacional), complexo industrial médico, financiam as campanhas dos políticos. Eu já postei o estudo de Ligia Bahia sobre financiamento de campanha por esses setores.

    Nesse sentido, eu diria que o que temos em termos de direção do recurso público, é o oposto, repito OPOSTO, do que defendo. Invés de financiar o setor privado, e sou terminantemente contrario a subsídios ao setor privado(ele que se vire na competição de mercado), ao Estado cabe investir, expandir, e aprimorar a gestão estatal. O SUS tem um numero absurdo de cargos de confiança, defendo que sejam em sua maioria, cargos concursados, com carreira. Isso vale para o Estado como um todo, essa farra de indicações é uma das dificuldades centrais para administração do Estado. A administração técnica deve ser profissionalizada, a direção e as leis, devem ser de cargos eletivos. Com isso muitos cargos desapareceriam, e nisso, assim como no fim do subsídios a privados, sou favorável ao enxugamento do Estado.

    Talvez vc não saiba, mas vc usa o SUS se reside no Brasil, pois faz parte do SUS o controle epidemiológico de doenças, verificação dos alimentos, e mais quase a totalidade dos transplantes são feitos ou financiados pelo SUS. Sabe como é, coisa cara, plano nenhum quer pagar, logo se um dia vc precisar, quem vai garantir o transplante dificilmente será um plano. Mas como fica evidente, muito precisa ser feito, e pior, a direção atual está ao contrario do que defendo.


    O mesmo defendo para a educação, ao Estado não cabe financiar o setor privado, mas profissionalizar e aprimorar o setor estatal.

    Vc provavelmente vai achar pior, pouco me importa. Mas achar que o que defendo é esse Estado submisso ao grande negocio é um absurdo. O Estado favorece o grande negocio e fornece migalhas para a população, eu defendo que favoreça políticas públicas universais, para que todos os cidadãos tenham chance de se desenvolver. Mediar acesso apenas aos que podem pagar é o que acabamos fazendo hoje. Já que os sistemas públicos predominantemente, são para os mais pobres, quando o que está na constituição, e como é na França, no Canadá, na Inglaterra, e em outros países, deve estar disponível a todos. Para diminuir a distancia dos pontos de partida da competição, que nunca pode garantir resultados iguais, nem deve, mas pode garantir uma distancia menor entre as oportunidades de desenvolvimento da potencia.


    Como horizonte ai o que defendo está mais em algo que vai se assemelhar a ficção cientifica, algo nos moldes de Star Trek, seriado que recomendo, em especial a nova geração. Mas sou pessimista, tenho serias dúvidas, se mesmo em mil anos ou mais chegaremos a esse nível de desenvolvimento, e não me refiro ao desenvolvimento tecnológico, e sim social.

    Alias, sou pessimista em relação ao momento atual, vejo muitas dificuldades no enfrentamento com o grande negocio, nas questões ambientais, temos avançado em algumas questões, mas de forma bem lenta. Se comparamos em termos de séculos, talvez até razões para sermos um pouco otimistas.


    Sobre Star Trek e uma economia baseada em recursos(é apenas um resumo, ou uma porta para atiçar curiosidade)



    PS: Vc dizer que os lobbys são resultado do que eu defendo, quando eles surgem justamente devido a concentração de capital no sistema capitalista, rendeu boas risadas aqui. São eles que pervertem a democracia, que fazem a vontade de minorias prevalecer.

    Ou vc quer dizer que não vivemos em um sistema capitalista, já que vc disse que é contra esse sistema?




    Fernando disse:

    A democracia se refere apenas ao direito da maioria de escolher os representantes de todos.
    Esses representantes têm que se comprometer a defender valores que são anteriores à democracia e estão acima dela.

    O direito à propriedade privada e à livre iniciativa estão entre esses valores e não podem ser revogados pela decisão de

    Essa é a concepção de democracia dos elitistas, como Gaetano Mosca ou Pareto. Nem de longe a única concepção de democracia. Democracia como um mero sistema de seleção de lideranças, é no meu modo de ver, a forma mais rasteira e pobre de democracia.

    E eu não estou falando da maioria revogar direito a propriedade privada e livre iniciativa, mas da maioria poder decidir que a propriedade privada dos meios de produção, no modelo que leva a concentração de poder e capital. Os meios de produção, diferentemente de um livro, um carro, que são propriedades de coisas( e esse tipo de propriedade não seria questionada, mas a propriedade do que produz isso, sim), é a propriedade sobre uma relação social de trabalho. Se a população não tiver o poder de decidir como se organiza trabalho, e a produção da vida social, ela tem poder quase nenhum, e está submissa a uma ditadura do capital, que entende que não cabe a ela decidir sobre isso. O quanto isso é autoritário, é suficientemente claro.


    Sobre pensamento libertário de esquerda, achei essa leitura didática, e embora, obviamente, não concorde inteiramente, acho que vale para quem não conhece.



    http://liberzone.com.br/e-possivel-ser-um-libertario-de-esquerda/
    Post edited by André on
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    André disse: Acauan, uma dúvida, vc diz "que frequentemente o interesse público é do interesse da grande corporação". Vc realmente pensa que na maioria das vezes(não sei se seu frequentemente implica na maioria das vezes ou algo comum) o interesse das grandes corporações coincide com o interesse dos trabalhadores e da maioria da população. E em que se baseia para dizer isso?

    Me baseio em uma coisa chamada Stakeholder management, que é o básico do básico da gestão empresarial.

    Por falar nisto, André, você tem alguma ideia de como grandes corporações são geridas que não envolva homenzinhos de fraque e cartola, fumando charutos e tomando champanhe em taças cônicas, enquanto tramam maneiras diabólicas de explorar e prejudicar os trabalhadores?

    Lembrando que o próprio estudo de Gilens e Page que você postou como sendo a quintessência da prova que Grandes Corporações são do mal, trata explicitamente do que você perguntou na página 17:

    Since the preferences of ordinary citizens tend to be positively correlated with the preferences of economic elites,...

    Sou forçado a sugerir que discuta com suas próprias fontes.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    André disse: Acauan, toda democracia tem limites e deve ter, agora, os limites que defendo são aqueles que fazem dela uma democracia. Obviamente se a maioria quiser que seja uma teocracia, isso não torna imediatamente democrático, só porque a maioria quer, o mesmo seu exemplo. A exceção, no que se refere ao governo da maioria, se refere apenas aquilo que faz da democracia uma democracia. Se ela deixar de ser laica, ela perde uma de suas bases, logo, isso está vetado. Se ela decidir que uma minoria seja escravizada, ou morta, isso rompe com respeito a minorias. O governo é da maioria, mas os direitos individuais e coletivos tem que ser respeitados. É um grande equivoco pensar que defendo que a maioria tenha poder absoluto. Ela deve ter poder de governo, de decidir sobre as questões públicas, e deve ter esse poder acima dos políticos até pela obvia falência do sistema eleitoral, em que mandatos são comprados.

    Então você se contradiz.

    Qualquer processo de democracia direta implica em dar autoridade à maioria, o que implica que qualquer decisão injusta ou ignorante da maioria teria que ser acatada.

    Dei um exemplo extremo, o de uma maioria votar pela escravização da minoria, mas a ideia é válida para qualquer situação.

    Vamos pegar um exemplo menos dramático que é a aplicação de orçamentos públicos.
    Em uma região promove-se uma votação sobre como gastar o dinheiro disponível e uma maioria vota nos projetos que a beneficia, deixando a minoria sem um centavo para obras que lhes são necessárias.

    O único modo de evitar isto é reduzindo continuamente a autoridade da maioria até que minorias não possam ser prejudicadas, o que implica que a tal democracia direta não existiria na prática.

    Na verdade estas ideias de democracia direta e outras utopias nem sequer são novas ou originais.
    Bertrand Russell defendeu coisa muito parecida em Caminhos para Liberdade.
    Só que o livro era de 1918, quando ainda havia espaço para este tipo de romantismo ideológico.
    O próprio Russell admitiu depois que o livro era uma bobagem motivada por ilusões de juventude.

    Na verdade André, cada vez mais entendo que suas ideias são formatadas por filtros ideológicos de malha muito fechada e uma total falta de vivência com o mundo real fora dos muros da faculdade.

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • Acauan disse: o mundo real

    O filtro de muitas idéias .
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
    Click aqui :
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  • AndréAndré Membro
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan e como vc explica os exemplos que expus, dos tanques, das armas de fogo, e tantos outros??

    Se existe essa coincidência?

    Agora eu acho estranho o que vc diz do estudo, pq eu li entrevistas dos pesquisadores lideres que dizem o seguinte.


    Asking "[w]ho really rules?" researchers Martin Gilens and Benjamin I. Page argue that over the past few decades America's political system has slowly transformed from a democracy into an oligarchy, where wealthy elites wield most power.

    Using data drawn from over 1,800 different policy initiatives from 1981 to 2002, the two conclude that rich, well-connected individuals on the political scene now steer the direction of the country, regardless of or even against the will of the majority of voters.

    http://talkingpointsmemo.com/livewire/princeton-experts-say-us-no-longer-democracy
    Enfim, dando completo suporte ao que eu disse.

    E olha como ele resume as conclusões


    Let's talk about the study. If you had 30 seconds to sum up the main conclusion of your study for the average person, how would you do so?

    I'd say that contrary to what decades of political science research might lead you to believe, ordinary citizens have virtually no influence over what their government does in the United States. And economic elites and interest groups, especially those representing business, have a substantial degree of influence. Government policy-making over the last few decades reflects the preferences of those groups -- of economic elites and of organized interests.



    http://talkingpointsmemo.com/dc/princeton-scholar-demise-of-democracy-america-tpm-interview



    Ah e Acauan, esse estudo apenas corrobora o que quem pesquisa sobre política está careca de saber. E por isso que os exemplos que citei, longe de exceções, são apenas o lado mais extremo, de algo dominante e difundido. São apenas o lado mais insano dessa moeda.

    Sybot, vc não pode determinar por mim como devo responder. Eu te expliquei diferenças significativas entre o que está ai, e o que defendo. De meios, mais democráticos, com consulta popular, e de princípios, já que o Estado não financiar privados é uma decorrência do principio de priorizar o público(um dos princípios do SUS é Universalização, existe ainda Igualdade, eu estou de acordo com os princípios do SUS, mas não com como é gerido, cargos de indicação, e o processos de privatização interna, na gestão entregue a "filantrópicas" e "organizações sociais" e subscidios ao setor privado). Eu concordo com a nossa constituição no que se refere a direitos sociais, eu não concordo com a forma que ela é aplicada. A forma como a França, a Inglaterra, o Canadá, aplica esses princípios está mais próxima do que defendo, embora claro, existam margens e divergências nos detalhes, como vc gosta de dizer. No Brasil, há um projeto de racionalização e privatização, em que o SUS é usado para financiar o setor privado a privatização por dentro. Eu não estou de acordo com isso. Se quiser, eu estou muito mais próximo do modelo de sistema de saúde dos desenvolvidos, que está a esquerda do nosso.



    Vc diz que é contra o sistema que está ai Sybot, não considera ele capitalista? E a França, Canadá, Inglaterra, são o que para vc? Pq Estado de Bem-estar social, existe consenso em relação a isso, ainda é capitalista, mas expressa as lutas trabalhistas e por direitos nas suas políticas públicas.

    Spider, na recente crise econômica, os bancos foram salvos, quase ninguém foi preso, mas vc acha que pq em alguns escândalos alguns dos membros desses grupos, são processados, como da Enron, significa que eles não tem muito poder? Claro que os excessos as vezes chegam a um ponto que as pessoas e as autoridades fazem algo, o poder do grande capital não é absoluto, é dominante. A distinção é evidente, existem lutas, conflitos, refluxos, mas como dizem os lideres do estudo de Princeton

    "I'd say that contrary to what decades of political science research might lead you to believe, ordinary citizens have virtually no influence over what their government does in the United States. And economic elites and interest groups, especially those representing business, have a substantial degree of influence. Government policy-making over the last few decades reflects the preferences of those groups -- of economic elites and of organized interests.

    E não é apenas nos EUA. Isso é em boa parte do mundo. Mas quem não quer ver, nada eu posso fazer.




    Post edited by André on
  • André disse: Mas quem não quer ver, nada eu posso fazer.
    Há vários detalhes para se identificar um discurso ideológico e proselitismo barato.

    Terminar posts desse jeito é um deles.

    Come with me if you wanna live.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    André disse: Acauan e como vc explica os exemplos que expus, dos tanques, das armas de fogo, e tantos outros??

    Exemplos cada um seleciona os seus, que por si só não querem dizer muita coisa.
    E esta discussão é outra coisa velha, remonta às querelas de John Kenneth Galbraith, sobre o tal Complexo Industrial-Militar e como as Grandes Corporações controlam seus mercados.
    Há contestações aos montes das teses do Galbraith (a quem eu admirava muito em tempos idos), mas basta lembrar que o exemplo que dava dos maiores controladores de seus mercados eram as grandes automobilísticas americanas, que já faliram mais de uma e só respiram em uma sobrevida porque foram socorridas pelo governo dos Estados Unidos.

    Obviamente, se controlassem o mercado como Galbraith dizia não teriam falido e não precisariam passar pela humilhação de ir com pires na mão mendigar dinheiro público para salvar suas companhias.

    André disse: Agora eu acho estranho o que vc diz do estudo,...

    Eu não disse nada sobre o estudo.
    Apenas recortei e colei trechos do próprio, sem retirar ou acrescentar uma vírgula que fosse e os comentários nada mais eram que um resumo traduzido sem tirar nem por destes trechos, como qualquer um pode conferir.

    André disse: pq eu li entrevistas dos pesquisadores lideres que dizem o seguinte.

    Você leu entrevistas ou leu o estudo?

    Até agora não vi você fazer um único comentário objetivo sobre os trechos que eu destaquei, da fonte que você citou que seriam evidência absoluta de sua afirmação e que o próprio autor nega que seja.

    André disse: Ah e Acauan, esse estudo apenas corrobora o que quem pesquisa sobre política está careca de saber.

    E quem são estes "quem pesquisa"?
    Todos os pesquisadores da área?

    Há...

    Qualquer leigo que use o Google achará um monte de estudos com opiniões discordantes, como disse isto não é de hoje.

    Você vê unanimidade porque para de pesquisar quando encontra fonte que concorda com você e acredita que o Universo de pesquisadores se resume àqueles que você conhece.




    Post edited by Acauan on
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    André,

    Vou retificar minha postagem anterior e lhe dar o beneplácito da dúvida.

    Cite um estudo ou pesquisador que defenda opiniões contrárias às suas que você analisou antes de concluir que sua visão - e a dos que concordam com você - é a correta.

    Como deve saber, analisar os dois lados de uma questão é o básico do básico de um estudo acadêmico.
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  • Por que Aécio Neves não deslancha?

    Comecei o penúltimo post, sobre as propostas dos candidatos para a economia, disposto a buscar uma hipótese sobre o desempenho de Aécio Neves nas pesquisas de intenção de voto. A ideia era fazer uma pequena introdução sobre como a escolha de candidatos pelo eleitor é semelhante à escolha de um personagem favorito de novela: ele opera pela empatia, e é preciso ter papeis claros para criar a identificação. Na narrativa da eleição de 2014, o roteiro se desdobrou em dois núcleos. O velho e o novo. A Aécio, que não é um nem outro, foi relegado um papel secundário que pode custar uma vaga até ontem certa em um provável segundo turno. Ficou relegado também a um segundo plano o confronto de ideias sobre a condução do governo, sobretudo na área econômica, na qual PT e PSDB se distanciam de maneira mais nítida.

    Antes da campanha na TV começar, o candidato do PSDB largava com aproximadamente 20% das intenções de voto. Empatava tecnicamente com a presidenta Dilma Rousseff nas simulações de segundo turno. A curva era ascendente e sua missão era uma só: segurar o apoio de quem é simpático ao PSDB/antipático ao PT e ganhar terreno entre os eleitores indecisos enquanto Eduardo Campos (PSB) corria para se apresentar como alternativa à disputa predominante desde a eleição de 1994. Até meados de julho os papeis estavam definidos: havia o governo (o velho), o anti-governo (o novo, embora velho) e uma incógnita.

    A morte trágica do ex-governador de Pernambuco mudou o cenário. Sua substituta, Marina Silva, não era uma incógnita. Tinha recall das últimas eleições, que lhe garantiram 20 milhões de votos, um currículo conhecido e um discurso viável sobre o arejamento da política. Enquanto a onda tomava forma, o ex-governador mineiro batia no ponto de que o candidato anti-Dilma original era ele. Era a tática anterior à fatalidade que vitimou Campos: dizer que nada no governo atual funcionava.

    O eleitor a meio do caminho, que não ama nem odeia o atual governo, tinha razões para desconfiar. Aécio falava dos fracassos do governo na condução da economia, a começar por um suposto descontrole inflacionário. O eleitor mais antigo se lembrava dos tempos de inflação descontrolada. E os jovens, que não viveram os tempos de hiperinflação, não pareciam se assombrar por fantasmas que não conhecera. Dizer que tudo estava errado indicava que tudo poderia ser mudado, e talvez a inclinação por mudanças expressas nas pesquisas de opinião não resvalasse em guinadas agudas, mas apenas correções de rotas.

    Ao entrar na disputa, Marina chamou para ela o papel de candidata anti-Dilma com um discurso sui generis. Enquanto os irmãos se batiam e juravam para a mãe que foi o outro quem começou a arruaça, Marina jurou que não precisava de partidos para governar: governaria apenas com pessoas, sem distinção de legendas. Ganhou a atenção de quem não gostava nem do PT nem do PSDB. E dos que gostavam dos dois. Aécio ficou sem papel, e prova disso foi o chá de cadeira que tomou no debate do SBT, quando nem Dilma nem Marina o chamaram para dançar.

    Quando começou a campanha, o candidato tucano atacava os gastos do governo e falava em eficiência. O discurso caiu por terra quando o repórter Lucas Ferraz mostrou que o candidato da eficiência gastara R$ 14 milhões na construção de um aeroporto desnecessário. Mais que isso: o aeroporto ficava na fazenda de um tio do tucano.

    Aécio tentou, então, mostrar credenciais. Era preciso encontrar uma marca. No Senado, nada constava em quatro anos de atuação. Em oito anos de governo em Minas havia o choque de gestão. (Choque + Gestão + Aeroporto do Tio = Não cola). Ele citava iniciativas pontuais, como o Poupança Jovem, programa que garantia R$ 3 mil a estudantes formados na rede pública em Minas e que ele prometia nacionalizar. Em poucas horas a imprensa nacional descobriu o que a imprensa mineira, que Aécio jura não ter a menor influência, até então ignorava: o programa era uma bobagem. Atingia 1% dos 853 municípios mineiros e estava na mira do Ministério Público devido à contratação de uma empresa sem licitação que embolsou R$ 16 milhões do governo local sem ter capacidade para prestar o serviço.

    A menos de um mês da eleição, Aécio estava sem figurino e com a vitrine arrebentada. Tinha ainda o discurso: o governo errou, o governo se equivocou, o governo não faz direito, o governo é conivente com a corrupção. O discurso ganhou sobrevida com a delação de um ex-diretor da Petrobras que disse em juízo ter participado de um esquema de distribuição de propina entre políticos da base aliada. A denúncia era nitroglicerina pura, mas quem falava em “mensalão 2” era o candidato do partido que, em seu reduto, Minas Gerais, é investigado por desvios em órgãos públicos para irrigar campanha eleitoral e, em São Paulo, tem dirigentes citados nas investigações sobre carteis no Metrô.

    Nesse diapasão, Marina crescia e passava a ser a única ameaça à campanha petista. A queda de Aécio era inevitável: de cerca de 20% das intenções de voto da largada, soma agora 15%, segundo o último Datafolha.

    Confirmadas as projeções, Aécio está prestes a protagonizar o maior fiasco da legenda em uma disputa eleitoral desde 1994, quando venceu ou foi para o segundo turno em todas as eleições. Mas a culpa não é só dele. Desde 2002, quando Lula se elegeu, os caciques do PSDB se perguntam que reis são eles. Nascido na social democracia, o partido viu seus maiores adversários, o PT, ocuparem o campo de centro-esquerda em aliança com forças moderadas e conservadoras no Congresso. O acomodamento empurrou o PSDB a um meio-fio entre a simpatia de velhos malufistas e novos liberais. Tem como principal aliado um partido moribundo, o DEM. Desagrada a direita ao não se opor, frontalmente, às políticas sociais que consagraram a gestão petista. E desagrada os liberais ao receber em seu guarda-chuva nomes como os do Coronel Telhada.

    O resultado é que, incensado como representante da legenda na disputa em 2014, o ex-governador de Minas não consegue liderar as pesquisas em seu próprio quintal, onde seu candidato a governador corre sério risco de derrota. Em São Paulo, ele perde a dianteira para Marina. E jamais empolgou o eleitor do Nordeste – em Pernambuco, tem o apoio de 2% da população. Em outros Estados, patina, em parte por culpa do seu partido, que não tem candidato em redutos importantes como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul.

    Quando as eleições terminarem, e se nada mudar até lá, os correligionários se perguntarão sobre o que deu errado? Faltou palanque? Faltou estrutura? Faltou empenho dos colegas paulistas, tão ressentidos em 2010 pelo esforço do ex-governador mineiro para eleger José Serra?

    As perguntas estão em aberto, e parte delas não são de hoje. O fato é que a legenda que até ontem projetava passar 20 anos no poder entrou na disputa descaracterizada após três derrotas seguidas à Presidência. Confirmadas as pesquisas, corre o risco de sair dela demolida.


    https://br.noticias.yahoo.com/blogs/matheus-pichonelli/o-jogo-da-vida-de-aecio-neves-171719115.html
  • André disse: Spider, na recente crise econômica, os bancos foram salvos, quase ninguém foi preso, mas vc acha que pq em alguns escândalos alguns dos membros desses grupos, são processados, como da Enron, significa que eles não tem muito poder? Claro que os excessos as vezes chegam a um ponto que as pessoas e as autoridades fazem algo, o poder do grande capital não é absoluto, é dominante. A distinção é evidente, existem lutas, conflitos, refluxos, mas como dizem os lideres do estudo de Princeton

    Caro André,

    - Não citei a Enron por isso, citei porque a Enron era uma Cooperativa, e isso demonstra que o cooperativismo não é um remédio anti-lobby e anti-corporação como você apregoa.

    - Tudo no meio social funciona assim, grupos se digladiam pelo poder o tempo todo, é a natureza humana em ação, do conflito nasce o progresso.

    - No Brasil de hoje em dia, os sindicatos e fundos de pensão tem mais poder que os empresários, isso você parece fazer questão de não ver.

    Abraços,
  • Eu vou votar no Sunda e se fosse você não faria pergunta nenhuma agora .
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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  • AndréAndré Membro
    edited setembro 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan, eu citei as conclusões dos realizadores do estudo, pegar um trecho que favorece sua visão é bem diferente das conclusões, muito mais importantes. Vc pensa que as conclusões deles não tem nenhum valor?

    Sobre estudos me lembro que discordo da analise de Bolívar Lamonier das eleições parlamentares de 1974, ao dizer que a população teria votado no MDB devido a questões de classe, ele faz uma analise que tb tem seus méritos, mas aponto essa divergência, sobre as eleições de 1974 concordo mais com Wanderley Guilherme dos Santos, e FHC, entre outros, obviamente li os trabalhos deles e pesei qual argumentação e evidencias eram mais convincentes. Na visão de FHC, Eliézer Rizzo de Oliveira, o MDB tem um crescimento significativo devido a insatisfação com o regime, e Santos contribui com a analise indicando que em 1974 existe uma diminuição da repressão. Já a analise que houvesse uma identidade de classe entre a população e o MDB, embora não seja desprezível, e certamente havia com o MDB autentico, no MDB tb haviam adesistas, e essa questão de classe pesou menos que os outros fatores citados pelos trabalhos, daí minha divergência com Lamonier, nessa questão. (obviamente estou resumindo muito esse debate)

    Spider e Sybot, se sindicatos e movimentos estivessem no poder, não estaríamos vendo a gestão do SUS indo para o setor privado, com mais de 51 por cento dos recursos do Ministério da Saúde indo para o setor privado. O PT habilmente negocia com esses movimentos, mas tb negocia com o empresariado, e nas questões mais críticas, é o grande capital da saúde que vem vencendo as batalhas. E o problema que diferencia as pressões dos movimentos e do grande capital, é o poder do dinheiro, e quem tem mais dele para financiar campanhas. Alias, é justamente por isso que não vou votar no PT.

    No mais, não vou mais dedicar tempo ao tópico, estou em fase de coleta do doutorado.

    Post edited by André on
  • André disse:
    Spider e Sybot, se sindicatos e movimentos estivessem no poder, não estaríamos vendo a gestão do SUS indo para o setor privado, com mais de 51 por cento dos recursos do Ministério da Saúde indo para o setor privado. O PT habilmente negocia com esses movimentos, mas tb negocia com o empresariado, e nas questões mais críticas, é o grande capital da saúde que vem vencendo as batalhas. E o problema que diferencia as pressões dos movimentos e do grande capital, é o poder do dinheiro, e quem tem mais dele para financiar campanhas. Alias, é justamente por isso que não vou votar no PT.

    Caro André,

    - Primeiramente, eu não disse que eles “estão no poder”, eu disse que eles “tem mais poder”.

    - O que ganhamos com um SUS gerido pelo estado? – É provável que ele fique mais eficiente e barato com gestão privada, se o próprio PT, que tem ideologia estatista, faz isso, é indicativo claro que a gestão estatal era inviável.

    - E não faz diferença os recursos irem para hospitais públicos ou privados, você fala como se o PT estivesse tirando dinheiro de nosso bolso e entregando para donos de hospitais, esse dinheiro é utilizado para pagar pelos serviços, não para doar, e se fosse para doar, só trocaram de ladrão, do estado para empresas.

    - Além disso, você constantemente apela para o recurso da evidência anedótica, citando casos isolados, como se eles, por si só, provassem seu ponto, e se eu citar várias medidas que favoreceram sindicatos e a população em geral? – E se eu citar várias medidas que desfavoreceram empresas? – Dê uma olhada no link abaixo:

    http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,tributacao-das-multinacionais-brasileiras-imp-,1142093

    Abraços,

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    André disse: E eu não estou falando da maioria revogar direito a propriedade privada e livre iniciativa, mas da maioria poder decidir que a propriedade privada dos meios de produção, no modelo que leva a concentração de poder e capital. Os meios de produção, diferentemente de um livro, um carro, que são propriedades de coisas( e esse tipo de propriedade não seria questionada, mas a propriedade do que produz isso, sim), é a propriedade sobre uma relação social de trabalho. Se a população não tiver o poder de decidir como se organiza trabalho, e a produção da vida social, ela tem poder quase nenhum, e está submissa a uma ditadura do capital, que entende que não cabe a ela decidir sobre isso. O quanto isso é autoritário, é suficientemente claro.
    Autoritário é tentar limitar o sucesso que alguém pode ter com a livre iniciativa.
    Autoritário é tentar restringir o direito à propriedade privada.
    André disse: Se a população não tiver o poder de decidir como se organiza trabalho, e a produção da vida social, ela tem poder quase nenhum, e está submissa a uma ditadura do capital, que entende que não cabe a ela decidir sobre isso. O quanto isso é autoritário, é suficientemente claro.
    Quem tem que decidir como vai ganhar dinheiro é o indivíduo, não uma entidade abstrata chamada "população".

  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    André disse: Acauan, eu citei as conclusões dos realizadores do estudo, pegar um trecho que favorece sua visão é bem diferente das conclusões, muito mais importantes. Vc pensa que as conclusões deles não tem nenhum valor?

    Por Monã, será que eu falo em Tupi Antigo, André?

    Quem citou as conclusões do estudo fui eu com base no próprio. Você foi buscar declarações em uma reportagem cuja interpretação depende dos contextos.

    Vou repetir a pergunta:

    Você leu o teste de teorias de Gilens e Page ou só leu comentários sobre ele?
    Você analisou os gráficos e tabelas ou simplesmente sentiu o cheiro de que o cara falava mal das "elites" e já tascou o link achando que o apelo à autoridade de Princeton encerraria a discussão?

    Até agora você só enrolou e não fez um único comentário que envolvesse uma única análise objetiva de dados.

    E não peguei trechos que favorecem a minha visão, citei ressalvas do próprio autor de prerrogativas indispensáveis para a correta interpretação dos dados e a conclusão final. Conclusão final constante do estudo, não de entrevistas ou sei lá o que você buscou depois.

    Ainda que tivesse pego trechos, se o estudo é coerente bastaria isto. Se um trecho contrariasse o todo, então o estudo seria contraditório e não valeria nada.

    Simples assim.

    Acauan dos Tupis
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