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Deus, humanos, leis e o objetivo do coletivo

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Comentários

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Johnny escreveu:
    Sabemos muito bem que para chegar à um nível de conhecimento científico avançado como o de Eisntein é necessário muito mais que simplesmente estudar. E mesmo que se estude muito, nunca teremos acesso à todo o cabedal científico necessário para se checar certas teorias, e estas então ficarão apenas no "vou ter que acreditar pois a comunidade cientifica diz este caminho é o correto, mesmo eu não concordando e eles não tendo argumentos sólidos contrários"
    <br><br>Há uma diferença: se você não estudar sobre esses assuntos, sua vida não vai mudar em nada. E a verdade ou não dessas teorias poderá um dia se revelar na forma de tecnologias que você usará mesmo sem entendê-las. <br><br>Já as religiões impõem mandamentos e exigem um monte de coisas.<br>
  • Fernando_Silva escreveu:
    Johnny escreveu:
    Sabemos muito bem que para chegar à um nível de conhecimento científico avançado como o de Eisntein é necessário muito mais que simplesmente estudar. E mesmo que se estude muito, nunca teremos acesso à todo o cabedal científico necessário para se checar certas teorias, e estas então ficarão apenas no "vou ter que acreditar pois a comunidade cientifica diz este caminho é o correto, mesmo eu não concordando e eles não tendo argumentos sólidos contrários"
    <br><br>Há uma diferença: se você não estudar sobre esses assuntos, sua vida não vai mudar em nada. E a verdade ou não dessas teorias poderá um dia se revelar na forma de tecnologias que você usará mesmo sem entendê-las. <br><br>Já as religiões impõem mandamentos e exigem um monte de coisas.<br>

    <br><br>Exato Fernando. Por isso mesmo não incluí religião no foco do tópico e sim um deus como entidade geratriz, suas consequencias para a humanidade e as leis que surgiram no decorrer das crenças nesta ou nestas entidades. As teorias científicas podem sim se tornar um dia revelações tecnológicas, desde que alguém avance suficientemente em conhecimento mas também tenha o aopio de outros grupos de cientistas. Tirando as descobertas por acas (que sabemos serem muitas), os gênios que surgem de tempos em tempos (que sabemos não serem tantos), buscar um entendimento de algo que se não conhece é impossível caso não se arrisque uma idéia ou um pensamento abstrato. Alguém tem que começar por  algum lugar fora do contexto existente para se ter um avanço além do que já se conhece. Não sei se me fiz entender.<br>
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Johnny escreveu:
    Tirando as descobertas por acas (que sabemos serem muitas), os gênios que surgem de tempos em tempos (que sabemos não serem tantos), buscar um entendimento de algo que se não conhece é impossível caso não se arrisque uma idéia ou um pensamento abstrato. Alguém tem que começar por  algum lugar fora do contexto existente para se ter um avanço além do que já se conhece. Não sei se me fiz entender.<br>

    <br><br>Acho que você está misturando "descobrir coisas novas, em que ninguém tinha pensado" com "aprender sobre coisas que outros já descobriram". Para entender <b>completamente</b> como um celular funciona e é fabricado, seriam precisos muitos anos de estudo. Você pode não ter tempo, não ter capacidade, mas o conhecimento está lá, disponível.<br><br>
  • AyyavazhiAyyavazhi Membro
    edited julho 2011 Vote Up0Vote Down
    Com a resalva de que no caso da física, você, se estudar de fato, vai entender alguma coisa, mesmo que continue a  não concordar. Você vai entender como os físicos chegaram às suas conclusões. No caso da busca por evidências "com sinceridade", isso pra mim não vale nada.
     Judas, quando você diz “isso pra mim”, evidencia o que já estava meio explícito na sentença acima: trata-se de opinião. E você tem direito a ela, claro; tem direito até de defendê-la como se verdade fosse. Mas sempre será opinião. Eu costumo dizer que a verdade não se flexibiliza diante de opiniões. Ela permanece inalterada, independente do que acreditamos ou deixamos de acreditar.

    Eu posso te dizer que a mesma certeza que você tem sobre a física, eu tenho sobre a “busca sincera”. A única diferença entre nós é que a sua certeza já foi provada (demonstrada) e a minha ainda não. Ainda.

    Post edited by Ayyavazhi on
  • Não sei o que houve, mas o "quote" (citar) falhou completamente. Tentei várias vezes.

  • O que mais me impressiona nos meus colegas ateus é o valor que dão às religiões e a insistência em vinculá-las ao conceito Deus. Vocês vivem pedindo que eu demonstre, que apresente provas, ou mostre qual o caminho, etc. Demonstrar, eu já disse, é impossível, mas haveria a possibilidade de apontar um caminho? Não sei, sinceramente. Tudo o que eu aprendi, até aqui, me dá a certeza que não existem fórmulas mágicas nem métodos que sirvam a todos. É como se fosse, falando grosseiramente, cada um por si.

    Mas, se aceitam um conselho, diria que um bom começo é a remoção do entulho. Religião é um enorme entulho entre o homem e Deus. Não se pode ver o Sol em um dia nublado, do mesmo modo, não se pode “alcançar” Deus passando por cima do entulho. Remova-o de sua vida. E antes que isso pareça uma pregação, esclareço que estou apenas oferecendo uma pálida resposta às perguntas que recebo com frequência dos senhores. Ninguém deve, precisa, necessita, etc., fazer coisa alguma.

    Muito provavelmente o senhores vão alegar que já removeram a religião há muito tempo e nada aconteceu. Existem dois poréns aí. O primeiro é que os senhores abandonaram a religião e o conceito de Deus junto com ela. Eu, por exemplo, perdi o interesse por igrejas e bíblias, mas intensifiquei minha busca por Deus. É como ter uma estrada bloqueada, separando-o de seu objetivo. Mais tarde, quando a estrada finalmente é liberada, você dá meia volta e retorna ao ponto de partida. Você foi do nada ao nada. Perdoem-me a péssima analogia.

    Agora, o segundo porém. Nesse eu vou me estrepar. E só posso dizer que lamento profundamente. Mas já sei que o ego humano não permite esse nível de transigência. Em defesa da exatidão: É falsa a noção de que os senhores estão livres da religião. Nós estamos atados a tudo aquilo a que damos valor, mesmo que esse valor seja negativo. E a força da amarra será proporcional à qualidade e quantidade dos nós que fizermos. Eu, perdoem-me a falta de modéstia, posso dizer com toda a certeza que sou alguém LIVRE de qualquer conceito religioso. E foi com essa liberdade que cheguei aonde cheguei: Um lugar que não posso demonstrar, embora o saiba real. Não façam nada, se essa for sua vontade. Ou desatem os nós, se forem curiosos.



  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited julho 2011 Vote Up0Vote Down
    Ayyavazhi,
    O debate chegou ao ponto em que eu saio fora, ou por não ter mais o que dizer sem me repetir ou porque não há argumentos a se debater e sim afirmações que não podem ser questionadas nem aceitas. Apenas tomo conhecimento delas.



    .
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Minha fé (não em Deus!) é minha maior fraqueza.

  • Agora, o segundo porém. Nesse eu vou me estrepar. E só posso dizer que lamento profundamente. Mas já sei que o ego humano não permite esse nível de transigência. Em defesa da exatidão: É falsa a noção de que os senhores estão livres da religião. Nós estamos atados a tudo aquilo a que damos valor, mesmo que esse valor seja negativo. E a força da amarra será proporcional à qualidade e quantidade dos nós que fizermos. Eu, perdoem-me a falta de modéstia, posso dizer com toda a certeza que sou alguém LIVRE de qualquer conceito religioso. E foi com essa liberdade que cheguei aonde cheguei: Um lugar que não posso demonstrar, embora o saiba real. Não façam nada, se essa for sua vontade. Ou desatem os nós, se forem curiosos.





    Ayyavazhi, o que você definiria como uma crença divina sem ter uma pré-concepção religiosa?
  • AyyavazhiAyyavazhi Membro
    edited julho 2011 Vote Up0Vote Down
    Ayyavazhi, o que você definiria como uma crença divina sem ter uma pré-concepção religiosa?
    Definir, talvez eu não saiba, mas vou descrever o processo. Primeiro precisamos entender o que é religião.

    Quando eu descobri o significado primordial do termo religião, percebi a amplitude, posso dizer absoluta, de seu alcance. Por essa definição, todo e qualquer ser humano vive o seu religare, seja ateu ou crente. Sei que estou me arriscando a perder o fígado, mas, do que eu tenho certeza, me atrevo a falar. Não existem pessoas fora do caminho de Deus. Não depende da vontade ou escolha de ninguém. Todos são livres para amar, odiar, negar, etc., etc., etc., mas nada que fizermos terá o poder de impedir o inevitável. Nada obsta o religare.

    Muito raramente, porém, empregamos o termo religião com outra intenção que não apontar um conjunto de ritos, símbolos, narrativas, tradições e dogmas. Esse festival folclórico que caracteriza milhares de religiões diferentes, tendo em comum a crença em deus(es), é fruto da necessidade humana de situar o desconhecido em uma região conhecida, daí sofrendo toda sorte de influências e deturpações.

    Felizmente, eu não demorei muito tempo para perceber esse fenômeno e suas implicações. Se eu tivesse nascido sob a cultura islâmica, seria hoje um irredutível defensor das verdades reveladas ao profeta Maomé, tanto quanto os cristãos de cá sabem inequivocamente que Jesus é a única salvação. É inaceitável (para mim!) estar tão a mercê de uma cultura, tão aferrado a meias verdades ou verdade nenhuma. Enquanto todos lutam pela supremacia de suas religiões verdadeiras, enquanto todos se apiedam da ignorância dos ímpios, infiéis, pagãos, e tudo o mais que lhes seja contrário, existirá um Deus alheio a tudo isso? Era o que eu queria saber.

    Hoje, estou convencido (termo inadequado) que, embora todos vivam seu religare, a religião, como a conhecemos, tornou-se um enorme entulho no caminho a Deus. Estou convencido de que ninguém precisa de templos, livros e dogmas para concretizar sua religação. Religião não significa nada, não é detentora de nenhuma autoridade, não pode retirar nenhuma pedra de seu caminho, mas tem potencial para acrescentar muitas outras.

    Quando digo que os ateus estão presos à religião (e infelizmente ninguém sequer tentou pensar no assunto), não preciso recorrer a nenhum obscuro princípio freudiano para perceber o óbvio e nem estou, tampouco, aludindo ao religare neste momento.

    Post edited by Ayyavazhi on
  • Ninguém quer arrancar seu fígado, só o que pedimos (e não vejo arrogância nenhuma nisso) é que você prove o que diz, quando faz afirmações onde consta a palavra "certeza".
    Eu nunca tomei por arrogância o hábito de pedir provas. Eu estou tentando forçar um entendimento maior dessa situação. Não há, repetindo: não há qualquer possibilidade de demonstrar qualquer ideia referente a Deus. Então, o que faço é apontar um caminho para uma possível investigação e estou ciente que, dificilmente, isso daria algum resultado; não porque vocês estariam incapacitados de o realizar, mas porque, com toda certeza, não estão dispostos a tentar.

    Sua afirmação de que estamos "no caminho de deus", não acompanhada  de provas, não se difere em nada das afirmações do Criaturo, o qual você questiona em outro tópico.
    Concordo.

    Se estamos no "caminho de deus", primeiro precisamos saber se este existe, como ele é, o que ele é.
    Não. Essa afirmação pressupõe uma escolha, uma decisão de se seguir ou não esse caminho. O religare é inerente a tudo o que existe. Você pode passar sua vida inteira como ateu – e provavelmente o fará – e, ainda assim, estará caminhando em direção a Deus. Você é livre para seguir qualquer religião ou nenhuma, você é livre para amar, odiar ou ignorar Deus, mas nada que você faça deterá o religare.

    E, lamento, não posso demonstrá-lo. Só o tempo o fará.

    Imagine:

    " Eu posso até perder o fígado (em um fórum evangélico provavelmente perderia), mas do que eu tenho certeza e me atrevo a falar, é que não existe deus nenhum, e teístas quer queiram quer não, não podem escapar dessa verdade"
    Alguns poucos ateus fazem afirmações como essa. Existe um ponto de convergência entre essa afirmação e a minha: Ambas necessitam ser demonstradas, e NÃO PODEM ser demonstradas. E existe uma enorme diferença: Faço afirmações apenas quando estou cercado pela certeza. Essa certeza só se forma quando eu encontro, efetivamente, o que estou procurando. Quando eu vejo o oceano com meus próprios olhos, adquiro automaticamente a certeza de sua existência, mesmo que isso não me torne um oceanógrafo. Quando alguém fala que tem certeza que Deus não existe... bem, não imagino de onde vem essa certeza. Acho que imagino, mas já estou indo longe demais.

    Nada pode ser mais saudável que a dúvida. “A dúvida é o começo do conhecimento”. Quem se aferra a ideias prontas nega a si mesmo a oportunidade maravilhosa do aprendizado. Nenhuma ideia poderia ser mais falsa do que supor minha credulidade. Sou cético de nascença. Se não fosse, seria católico até hoje. Aprendi algo que me coloca em um nível especial de ceticismo: duvidar de si mesmo.

  • JohnnyJohnny Membro
    edited julho 2011 Vote Up0Vote Down
    Como eu já disse e volto à repetir, o conceito Deus, como consta na biblia, para mim nada significa. Digamos que eu tenha até o meu próprio Deus único e etc. Mas isto não diz absolutamente nada assim como o que você diz e assim como o Judas diz. Temos uma pergunta simples e que não tem resposta porque nada, repito, nada aponta para a existência do deus biblico. E minha intuição me diz que não devo me ater em assuntos dos quais são explorados pelo poder. Por isso para mim tudo que envolve algum tipo de controle de massa não tem minha atenção, seja novela, futebol, seitas e etc. Neste ínterim, mais um ponto para o meu caso com o espiritismo, mas fica só aí. Tenho alguns conceitos aplicáveis numa situação específica e individual que me faz escolher pela lógica de que espíritos ou outras entidades não corpóreas (imateriais do nosso ponto de vista terreno) existem.

    O resto da doutrina, se for ver de perto, é praticamente baseada na ética e justiça social, pelo menos eu vejo assim.

    Ams daí até dizer que haja um deus biblico, que mandou um Moisés sei lá das quantas mostrar o caminho, torto por sinal, e ainda depois afirmar que este foi a primeira revelação, como se num planeta inteiro só existisse este cara melhorzinho, acho que é pegar pesado demais.

    É isso.

    Post edited by Johnny on
  • Temos uma pergunta simples e que não tem resposta porque nada, repito, nada aponta para a existência do deus biblico.
    Não faz o menor sentido discutir qualquer personificação de Deus. Por que dar atenção a um conceito enquanto se ignora outros? Essas personificações servem ao seu propósito. Deixe que a humanidade crie seus deuses e siga o seu caminho. Deus estará sempre ali, não importa a aparência e o nome que receba de nós.

    Tenho alguns conceitos aplicáveis numa situação específica e individual que me faz escolher pela lógica de que espíritos ou outras entidades não corpóreas (imateriais do nosso ponto de vista terreno) existem.
    Não tenho dúvidas que existem e que podem transmitir bons ensinamentos. A questão é: o que você está buscando. Não sem razão chamam Kardec de “consolador” (vi isso em um site espírita). Se você busca consolo, o Espiritismo é uma boa escolha. Se você quiser ir além, abandone todos os rótulos.

    Abra um relógio antigo, daqueles cheios de engrenagens, e observe o seu funcionamento. Se você separar uma das engrenagens e estudá-la atentamente, vai se tornar um profundo conhecedor daquela peça em particular, e toda descrição que você fizer dela será verdadeira, posto que baseada em aprendizado. Mas a engrenagem não é o relógio. (Se você não entendeu onde eu quis chegar, pergunte-me.)

  • Verifique se não há nada de errado na sentença abaixo:
    "Eu não sei o que é um "deus", só sei que ele existe".
    Eu não sei o que é vida, mas eu sei que existe.

  • Analogia falsa. A existência de vida (ainda que seja dificil definir seu significado, pois existem muitos) é autoevidente, ao contrário de "deus".
    Não foi uma analogia. Você acusou a incoerência na frase “Eu não sei o que é Deus. Só sei que existe”. Tudo o que eu fiz foi demonstrar com um exemplo aleatório, pois eles existem aos milhares, que é possível saber de uma existência, mesmo sem conhece-la.

    O próprio exemplo que eu utilizei (esse, sim, uma analogia) já encerra, ou deveria encerrar, essa questão. Se eu olho para o mar, não me transformo magicamente em um oceanógrafo, mas esse simples olhar me dá a garantia de que o mar existe.

  • Você pode saber sobre a existência algo sem conheçe-lo, só não pode antes de conhece-lo, chamar de "deus" ou o que quer que seja, ainda mais se você nem sequer sabe o que é um deus.  O nome vem depois, não antes.  Mas esse assunto está ainda mais longe do tópico eu acho.
    Aqui, a fumaça confirma a presença do fogo. A humanidade já lida com esse conceito desde sempre. Não importa se Deus era o trovão, o Sol, crocodilos ou touros de bronze, importa é que, em qualquer momento histórico de qualquer civilização do mundo, o conceito Deus existe.

    De onde vem isso? Por que somos atraídos tão inexoravelmente ao princípio Deus, “como insetos em volta da lâmpada”? Esqueça os conceitos, esqueça as definições. Nada disso tem importância no momento, já que são inalcançáveis. O nome que se dá a um fenômeno não é o fenômeno, por que seria relevante?

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Analogia falsa. A existência de vida (ainda que seja dificil definir seu significado, pois existem muitos) é autoevidente, ao contrário de "deus".
    Não foi uma analogia. Você acusou a incoerência na frase “Eu não sei o que é Deus. Só sei que existe”. Tudo o que eu fiz foi demonstrar com um exemplo aleatório, pois eles existem aos milhares, que é possível saber de uma existência, mesmo sem conhece-la.



    Até que surjam provas, deuses não existem aos milhares, a não ser como idéias na cabeça das pessoas.
    Já a vida não é apenas uma idéia, é um fato.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Por que somos atraídos tão inexoravelmente ao princípio Deus, “como insetos em volta da lâmpada”?

    Porque somos propensos a isto, quer deuses existam, quer não? Porque representou um fator de sobrevivência no passado, ao nos unir em torno de alguma coisa e nos motivar?

    Você acha bom para os insetos serem atraídos para uma lâmpada? Eles estão se iludindo ou isto lhes traz alguma vantagem?
  • Até que surjam provas, deuses não existem aos milhares, a não ser como idéias na cabeça das pessoas.
    Eita... deixa eu me apresentar: Muito prazer, eu sou o Avatar do antigo Religião é Veneno.

    Fernandão, eu não disse que existem deuses aos milhares. O que existem aos milhares são os exemplos de coisas que podemos saber que existem, sem conhecê-las. Pergunte a dez pessoas, aleatoriamente, se elas desconhecem a existência do fóton, depois pergunte se elas sabem o que é um fóton.

    Já a vida não é apenas uma idéia, é um fato.
    Eu não tenho nenhum problema em aceitar que Deus é uma ideia (tola, por sinal) para você. É você quem tem problema em aceitar que Deus é um fato para mim.

  • Porque somos propensos a isto, quer deuses existam, quer não? Porque representou um fator de sobrevivência no passado, ao nos unir em torno de alguma coisa e nos motivar?
    Eu tenho minha própria “teoria” sobre esse porquê. Mas fiquei curioso com sua pergunta. Como a idéia Deus poderia ser um fator de sobrevivência? E, sem Deus, nós não encontraríamos naturalmente outras fontes de motivação e união?

    Você acha bom para os insetos serem atraídos para uma lâmpada? Eles estão se iludindo ou isto lhes traz alguma vantagem?
    Particularmente, acho péssimo, pois sujam tudo ao redor. Para eles eu não sei. Não acho que traz qualquer vantagem. Afirmar eu não posso, mas responderia NÃO à sua pergunta.

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    O que existem aos milhares são os exemplos de coisas que podemos saber que existem, sem conhecê-las. Pergunte a dez pessoas, aleatoriamente, se elas desconhecem a existência do fóton, depois pergunte se elas sabem o que é um fóton.

    Nem todos sabem o que é um fóton ou sequer que eles existam, mas é possível àqueles que sabem provar sua existência aos demais. Fótons não são um conceito, são um fato.
    Eu não tenho nenhum problema em aceitar que Deus é uma ideia (tola, por sinal) para você. É você quem tem problema em aceitar que Deus é um fato para mim.

    Não tenho. Afinal, eu também já aceitei Deus como um fato.


  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited julho 2011 Vote Up0Vote Down
    Porque somos propensos a isto, quer deuses existam, quer não? Porque representou um fator de sobrevivência no passado, ao nos unir em torno de alguma coisa e nos motivar?
    Eu tenho minha própria “teoria” sobre esse porquê. Mas fiquei curioso com sua pergunta. Como a idéia Deus poderia ser um fator de sobrevivência? E, sem Deus, nós não encontraríamos naturalmente outras fontes de motivação e união?


    Como eu disse, se um grupo se une em torno da defesa de uma ideia, ele se torna mais forte, não necessariamente pelo valor da ideia em si, mas pelo fato de estarem unidos. E a ideia "Deus" tem força porque mexe com nossos medos da morte, da solidão e do desconhecido. Parece explicar a imperfeição, crueldade e injustiça do universo e nos dá esperança de um futuro melhor.

    São essas as duas coisas principais que as pessoas buscam nas religiões: esperança e solidariedade.
    É recorrente nos 'testemunhos' de convertidos a história de que estavam desorientados e deprimidos, um dia entraram numa igreja, foram bem recebidos e ficaram por lá, felizes por fazerem agora parte de um grupo, importantes porque agora têm uma 'missão'.

    Se tivessem entrado em outra igreja, com outra doutrina, teria dado no mesmo.



    Post edited by Fernando_Silva on
  • Nem todos sabem o que é um fóton ou sequer que eles existam, mas é possível àqueles que sabem provar sua existência aos demais. Fótons não são um conceito, são um fato.
    Eu tão simplesmente tentando demonstrar que, sim!, é possível saber que algo existe sem conhecê-lo, Não pretendo com isso comparar Deus e um fóton.

    Não tenho. Afinal, eu também já aceitei Deus como um fato.
    Você era um crente, e se desconverteu. Eu não sou crente. (E mesmos que todos vocês tenham convicção absoluta, isso ainda não fará de mim um crente)

  • Como eu disse, se um grupo se une em torno da defesa de uma ideia, ele se torna mais forte, não necessariamente pelo valor da ideia em si, mas pelo fato de estarem unidos. E a ideia "Deus" tem força porque mexe com nossos medos da morte, da solidão e do desconhecido. Parece explicar a imperfeição, crueldade e injustiça do universo e nos dá esperança de um futuro melhor.
    Ok. Sob este prisma, faz sentido.

  • Como eu disse, se um grupo se une em torno da defesa de uma ideia, ele se torna mais forte, não necessariamente pelo valor da ideia em si, mas pelo fato de estarem unidos. E a ideia "Deus" tem força porque mexe com nossos medos da morte, da solidão e do desconhecido. Parece explicar a imperfeição, crueldade e injustiça do universo e nos dá esperança de um futuro melhor.
    Ok. Sob este prisma, faz sentido.

    Pelo menos eu vendo a religiao por este ponto não tenho nada contra, so acho que deveria melhorar isto... tirando um "deus" como centro de tudo e colocando mais as pessoas mesmo
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