Eu, assim como muitos daqui, viemos te um tempo em que se apanhava na escola por ser diferente do bando, os mais espertinhos inventavam coisas para os professores e íamos de castigo, éramos obrigados a se virar para adaptarmos às regras do jogo social que se iniciava.
Hoje a coisa está tomando um rumo que eu espero que seja revertido.
ONtem fui informado pela minha esposa que minha filha, 15 anos, foi chamada à diretoria e foi avisada de que ela e mais duas amigas poderiam ser punidas com suspensão e arcar com processos juduciais. Explicando, uma ex-amiga dela, uma menina perturbada e socialmente incorreta, que toma remédios por ter estes problemas, por atitudes rebeldes e insensatas, acaba sempre por afastar os amigos e não ser tão...digamos...bem quista por perto.
Que eu saiba, não há lei que obrigue você a ter uma pessoa indesejada junto à você, pelo menos, não a mantê-la próxima e como amiga. Devemos ter para com todos os que nos rodeia, respeito.
Pois bem,esta menina problemática andou sendo ignorada pelo grupo de minha filha, que ainda possui uma amizade superficial com ela. Sò que esta moça resolveu achar que está sofrendo de bullying por parte das outras.
Segundo fui informado, os pais, "atentos e disciplinados", iriam fazer um boletim de ocorrência e processar a escola, e nós, pais irresponsáveis que somos, é quem pagareos pelos custos judiciais.
Eu e minha esposa (principalmente ela...) buscamos ser zelosos e dar uma educação voltada à nossa doutrina, buscamos chamar a atenção e tratar os desvios de conduta caso ocorra, de forma que minha filha sempre foi um exepmlo de educação para os que nos conhecem. É uma filha exemplar e uma aluna exemplar, não falta, não faz bagunça na aula, tem a estima da maioria dos professores e tira notas altas, para não dizer as mais altas.
Agora vem uma mãe indisciplinada, que deixa uma filha problemática de 15 anos namorar mais que estudar, quase anti-social, fazer uma denúncia de bullying contra a minha filha.
Eu não tenho muitas opções para contornar esta situação e se isso realmente ocorrer, não querendo ser radical, prefiro tirá-la da escola (mudar).
Andei lendo sobre esta tal bullying e pelo que entendi, não deveria ser uma coisa tão banal como alguns pais estão colocando.
Gostaria de saber dos que tem filhos ounão, o que acham disso. Eu, estou estupefato!
Abraços
Comentários
Eu tenho 4 filhas: 28, 19, 15 e 14 anos.
Todas elas sofreram algum tipo de bullying, ao seu tempo e ao seu modo. Já tivemos caso de bullying em função do ateismo delas. Fizemos BO e tudo o mais.
Elas sempre foram vítimas. Nunca tive uma acusação de que tivessem praticado o bullying. Tenho a impressão que seria muito dura com elas caso isso acontecesse, pois as ensino a viver com as diferenças, e a respeitá-las.
Bullying é o tipo de violência que tem dois pesos e duas medidas: uma para quem o comete, que acha bobagem, que foi um brincadeira, que a vítima é 'diferente', 'esquisita', normalmente praticada pelos 'populares' ou socialmente aceitos, arrogantes em grupos adolescentes. Já para as vítimas é terrível, grave, causando traumas sérios, principalmente nessa idade tão cheia de mudanças e descobertas.
Mas o incidente com sua filha aconteceu. Justo ou não, aconteceu. Mudar de escola não vai apagar isso. Usem esse episódio para aprenderem. Conversem com sua filha e construam um aprendizado sobre as diferenças onde nem ela, nem outros adolescentes, sintam ou pratiquem o bullying.
Durante a vida adulta ela passará por outras tantas situações e o que ela aprender nessa fase será muito importante para a definição do adulto que ela será.
Ser pais de adolescentes não é fácil (ser adolescente não é fácil), mas a vantagem é que passa. Confie em mim: passa (rsrsrs)
Abraços
Esse é um dos motivos pelo qual nosso país é o que tem mais leis no Mundo e a maioria nunca funciona: são leis 'meia boca', feitas, sancionadas, mas num futuro muito, muito distante, serão regulamentadas...
Bem, Johnny, quanto ao caso da sua filha, esta é a hora em que ela vai conhecer seus pais. Vai saber se eles brigam por ela, se a defendem, etc e tal, ou se são aqueles pais que fogem do problema "ah! vamos mudar de escola e esquecer o caso".
Não estou na sua pele, nem sei a dimensão real do problema, mas dar razão ao que está errado é a atual política de defesa dos direitos humanos...
E o modo de tratar a coisa nunca foi segredo.
Uma coisa era lidar com uma gangue de valentões que espancava vítimas sem chance de defesa.
Outra era lidar com crianças com baixa autoestima e problemas de relacionamento.
No primeiro caso bastava reprimir o mais duramente possível os valentões.
Já crianças com baixa autoestima não a desenvolverão nunca se forem ensinadas a correr para a barra da saia da mãe, do diretor ou da ONG cheia de frescura da vez cada vez que suas fraquezas forem desafiadas.
Se é cruel deixar vítimas de abuso enfrentarem sozinhas seus problemas, é muito pior não incentivá-las a confrontar seus medos e aprimorar suas atitudes.
É assim que todos aprendemos a ser adultos, coisa que nem sempre é fácil.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Ah! Mas isso era antigamente, Acauan! Valentões assim eram expulsos sem mais aquela. Hoje, com a política de defesa dos direitos dos bandidos (ops! Direitos Humanos), tem que se dialogar, educar, conscientizar, mas jamais punir... Então as vítimas dos valentões hoje não têm quem as defenda e se revidarem, ou acabam mortas ou serão punidas por desafiar o direito humano dos valentões de cometer crime...
Você sintetizou o que eu penso à respeito. Transformaram uma coisa em outra completamente sem sentido.
Vamos ver no que dá...
Pois é. É uma das frentes da batalha pela boiolização da sociedade que os ideólogos da Esquerda vem promovendo há décadas.
De um lado condenam todos os incentivos para que a vítima dos abusos reaja por seus próprios meios sempre que isto for possível e do outro protegem os marginais.
Resultado, a única salvação que parece disponível para os mais fracos é correr para a proteção de algum representante de uma autoridade coletiva, impondo a idéia de que só sob a proteção do Estado, da ONG, do burocrata próximo é que ele estará seguro.
Estes ideólogos não valem o sal que comem.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Se crianças e adolescentes forem protegidos de tudo, nunca se tornarão adultos. É simples assim.
Desnecessário dizer, mas como há os desonestos de sempre, sempre prontos a deturpar o que foi dito, isto não implica que todo tipo de violência ou abuso deva ser tolerado. As gerações anteriores passaram por isto e todo mundo se lembra das pedras no caminho para se tornar homem ou mulher - na acepção moral da palavra.
Hoje querem criar viadinhos e mulherzinhas que vão passar a vida acreditando que são de porcelana e vão quebrar em cacos se alguém lhes botar um apelido ou zombar deles por não serem bons em algum esporte.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
hehe.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Hahahaha. Eu não consigo parar de rir...rs
Agora, uma coisa bem diferente é um caso de preconceito ou racismo explícito e pelo que entendi a filha do Jonhy não cometeu isso.
Eu era um dos poucos que não pegava no pé mas as vezes ria da situação. E me arrependo muito até hoje.
Certo dia, a situação ficou tão dramatica que ele resolveu entregar todo mundo. Na verdade, uns 5 mais agressivos.
A situação melhorou um pouco.
Quem sofre precisa enfrentar na porrada, mesmo que apanhe muito. Certamente será mais respeitado.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Onde houver fé, levarei a dúvida!
E se o governo obrigasse familias a enviar seus filhos para campos de concentracao?
E se a responsabilidade por sua formacao fosse transferida de pessoas que se importam com elas para completos desconhecidos?
E se elas fossem inoculadas com vacinas e submetidas a testes mesmo contra a vontade de seus pais?
E se nesse confinamento, criancas fossem induzidas a aderir a uma certa visao de mundo baseada naquilo que o governo considera ideologicamente correto?
E se essa visao de mundo a conduzisse a detestar sua condicao sexual, racial, familiar, social, cultural ou historica?
E se nas suas interacoes com outras criancas, qualquer sinal de estabelecimento de uma ordem interna e de lideranca fosse reprimido, visando torna-las doceis, controlaveis e vulneraveis, como gado domestico?
E se o governo chamasse esses campos de concentracao de escolas publicas?
Nem por causa disso as leis devem desrespeitadas.
Mas tambem protegem as pessoas que sofrem ou sofreram assédio sexual.
Aprender a ir atrás de seus direitos é um ótimo aprendizado para a vida adulta também. Quando uma vítima de abuso denuncia, ela já está dando um grande passo e enfrentando seus problemas.
Modelo que não deu certo pois os valentões continuaram existindo, não resolvendo o problema.
Por isso as leis e campanhas anti bullying são tão importantes. Os que praticam bullying devem ser punidos.
Mas não podemos ensinar nossas crianças a fazerem justiça com as próprias mãos. Devemos ensiná-las a irem atrás dos seus direitos e apelar pela proteção de quem possa fazê-lo.
Você acha correto combater a violência com mais violência?? Tipo "lei do mais forte na porrada"?
Não é simples assim. Crianças abusadas, humilhadas, sem proteção, ou as crianças agressivas, desrespeitosas, egoístas, violentas: todas se tornarão adultas. A questão é: que tipo de adultos serão? Os que atacam homossexuais na rua? os que batem e violentam seus filhos? os que humilham funcionários e subalternos? Ou então serão aqueles capachos sem reafirem por saber que não há leis, nem ONGs, nem sistema social algum que os ajude??
Hoje eu gostaria de criar uma sociedade onde alguns homens percebessem que homossexuais e mulheres não são, e não acham que são de porcelana e que fossem respeitados. Infelizmente ainda tem gente usa os termos veado e mulher como ofensas e em tom pejorativo. Que pena!
O que sabemos é que a filha do Jonhy foi acusada de cometer. Bullying são casos de preconceito e racismo explícitos.
Não acredito em responder violência com mais violência. Acaba sempre em tragédia.
Perfeito!
O uso de termos pejorativos foi proposital e não tem porque ser entendidos fora do contexto em que foram usados.
Viadinhos e mulherzinhas são o que homens e mulheres podem ou não ser conforme as atitudes que escolham para si próprios.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Males do tipo sempre existiram e existirão e isto não é motivo para invalidar o modo como são combatidos. Ou vamos abolir a polícia porque ainda existem ladrões?
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Toda violência é necessariamente combatida com mais violência.
A questão política é definir quem é autorizado a fazer uso da violência e quem não é.
Sociedades delegam o monopólio da violência ao Estado, que o exerce através da polícia e das forças armadas.
Nenhuma sociedade coibiu violência sem o uso deste tipo de poder de persuasão, por mais que se alimente as ilusões de que os violentos podem se tornar pacíficos se doutrinados por conversas conciliadoras.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
É a doutrina maternalista que vem ganhando força política.
Defender o fraco é honrado.
Mas o melhor modo de defender o fraco é ensiná-lo e incentivá-lo a ser forte e corajoso.
A proteção deve ser usada como complemento da força e da coragem, nunca como substituta delas.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Jaira; acho que voce concordou comigo por engano.
Eu nao estava me posicionando a favor de leis anti-bullying, como voce parece estar.
A necessidade de lidar com pressao, conflito e uma certa dose de violencia me parece uma das poucas coisas saudaveis de um ambiente escolar.
99% de tudo de util que uma crianca aprende na escola ela tirou das interacoes com seus amigos e desafetos, e nao das consecutivas bateriar de desinformacao e tedio descarregada por educadores. O objetivo destes ultimos e o contrario: impedir a crianca de pensar e ser um individuo autonomo e critico.
A escola em si e so um obstaculo para o aprendizado da crianca.
Uma forma de garantir que ela nao aprendera nada de util e se tornara mais um cidadao massa, hipnotizado pelo poder do governo. Alem de ser uma forma de tornar o aprendizado algo tao desagradavel que a crianca mal possa esperar a hora em que ela nao precisara aprender mais nada na vida.
Antes de inventarem escolas criancas estavam aprendendo coisas uteis e que as tornavam robustas a sobrevivencia em tempos dificeis.
Elimine as facilidades de uma economia urbana e a tenue seguranca institucional hoje presente e 90% da populacao que compoe as geracoes atuais morre em menos de uma semana.
Nenhum deles esta preparado para sobreviver.
Eles foram programados deliberadamente para ser frageis e covardes num longo processo de boiolizacao que esta prestes a ser concluido.
Pois aqueles que sao frageis e covardes sao mais facilmente manobraveis.
Basta dar-lhes a ilusao de seguranca e amparo que eles entregam todas as suas liberdades, sem pestanejar.
Sao como gado marchando inconscientemente para o abatedouro.
Sei que foram propositalmente e não os estou entendendo fora do contexto, só não acho correto usá-los. Demonstra preconceito. Pode-se usar expressões como fracos, fúteis, indecisos... mas não generalizar.
Queremos realmente resolver os problemas? O poder policial não acabou com assaltos: O que poderia acabar com o bullying??
Proteger e educar: perfeito! Entregar aos leões como forma de educação, não.
Falando sério, nem tanto o mar e nem tanto a terra, crianças não devem ser protegidas do mundo real como se fossem viver em um santuário (casa dos pais) para sempre e nem serem obrigadas a enfrentar tudo sozinhas, como um bando de marginais que a maltratem como se vivessemos em uma selva e não em uma civilização.
Eu sei, Sybok. É isso que a maioria da população faz.
Eu sou daquelas minorias que tentam fazer o certo mais difícil: este ano tivemos outro problema, com outra professora de ensino religioso de uma das minhas filhas. Não calamos. Fomos atrás. Ela teve que readequar suas aulas aos PCNs, à Constituição. Mudar de escola seria mais fácil, não seria o certo e não resolveria o problema. Sacou??