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Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
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‘Educação tem que criar consciência, não ser voltada para o mercado’, diz professora norte-americana que se encantou pelo Brasil
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Professora de Indiana, Ruth Needleman é apaixonada pelo Orçamento Participativo e programas sociais | Foto: Caroline Ferraz/Sul21
Débora Fogliatto
“Eu sou dos Estados Unidos e gostaria de começar minha fala pedindo desculpas a todos vocês, porque os países de vocês certamente sofreram com o imperialismo do meu país”. Foi assim que a professora norte-americana Ruth Needleman, aposentada da Universidade de Indiana, começou sua fala em evento do Orçamento Participativo no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Interessada em democracia popular, economia solidária, movimento sindical e trabalhista, Ruth não é nova no Brasil. Pelo contrário, de tão apaixonada pelo país, já aprendeu português, língua em que, inclusive, respondeu a esta entrevista.
A professora dedicou 30 anos de sua vida para lecionar para metalúrgicos da pequena cidade de Gary, cuja maioria da população é negra e onde há altas taxas de desemprego. Em 2014, ela passou a se interessar mais especificamente por Canoas, na Região Metropolitana, ao participar do Fórum Mundial de Educação e conhecer programas como o Orçamento Participativo, Prefeitura na Rua e o Cidades da Solda. Este último, recentemente implantado, oferecerá cursos de Soldador de Estrutura e Soldador de Tubulação para os moradores da cidade.
Em entrevista ao Sul21, ela fala sobre os motivos que provocaram seu encanto pelo Brasil e pelos programas sociais aqui desenvolvidos. Crítica ao neoliberalismo, Ruth ainda fala sobre as perspectivas para as eleições em seu país, o racismo existente tanto lá quanto aqui e, principalmente, a importância da educação no processo de construir cidadania e lutar por direitos.
Sul21 – Como a senhora se interessou pelo Brasil? E como ficou sabendo sobre esse projeto desenvolvido em Canoas?
| Foto: Caroline Ferraz/Sul21
A pesquisadora esteve em Porto Alegre e Canoas durante toda a semana | Foto: Caroline Ferraz/Sul21
Ruth Needleman – Há muito tempo que estou fazendo viagens para o Brasil. A primeira foi em 1992, quando eu me reuni com o senhor Paulo Freire, professor e educador. De lá, eu decidi, como professora, levar alguns ensinamentos para os Estados Unidos, para meus alunos conhecerem os movimentos sociais. Meus alunos são todos trabalhadores, a maioria de aço, metalúrgicos. Eu fiz contatos com os metalúrgicos daqui, comecei a conhecer o PT, os movimentos, o MST, Canoas, São Leopoldo e várias vezes vim até aqui. E em 2014, eu estava visitando o Norte, onde ministrei uma aula de mestrado da Universidade Federal de Fortaleza, e quando eu cheguei aqui, a Maria Eunice [Dias Wolf, Secretária Municipal de Desenvolvimento Social de Canoas], que tinha conhecido antes, começou a me mostrar seus programas e esses programas despertaram uma energia, uma inspiração, porque a democracia é uma coisa que nós não conhecemos. Nós pensamos que sim, e eu contei uma história, de que eu estava dando uma aula e pedi aos alunos para darem um exemplo de uma experiência democrática nos Estados Unidos. O silêncio foi total, até que um aluno disse: “seria o voto”? Mas o voto está desaparecendo para os mais liberais dos Estados Unidos.
Então quando eu vi o Prefeitura na Rua, a economia solidária, que eu já conhecia, mas era a relação de todos, o que eles dizem no programa democrático, um sistema novo de participação democrática. Eu pensei: “há tantas coisas para o mundo aprender”. Escrevi artigos, um sobre Canoas e um sobre os quilombos, e estava muito impressionada. É a inter-relação desses programas, que realmente transformam a pessoa em ativista, militante e a pessoa que pode inserir-se na política, no governo e fazer mudanças.
Sul21 – E na sua cidade, ou nos Estados Unidos em geral, a senhora não percebe esse interesse pela militância?
Ruth – Acho que nosso problema realmente é a consciência do povo, porque o povo norte-americano está desesperado. Não tem sonho, não tem visões, só veem que as coisas pioram. Os pobres cada vez mais pobres e os ricos, cada vez mais ricos. E a cidade onde eu moro é uma cidade onde 85% são afro-americanos. A taxa de desemprego lá é de 45% e eu milito com uma federação de organização religiosa, a North West Indiana Federation of Interfaith Organization, e estamos lutando por empregos. Não alcançamos, porque a cidade é muito pobre. A cidade tem uma legislação que determina que se alguém quer construir lá, tem que dar empregos para as pessoas locais. Mas a maioria dos projetos não faz isso. Então agora mesmo, a universidade onde eu leciono há 30 anos estava construindo um edifício enorme de 45 milhões de dólares. Nos reunimos várias vezes com a direção da universidade, eles prometiam que iam ver empregos para os mais pobres que vivem lá na cidade. Nenhum. Nenhum. Então fizemos piquetes às segundas pela manhã e nos reunimos com a prefeita, com todos, e não adiantava. Mas parece que agora, toda essa pressão dessa organização abre um pequeno caminho e por isso, penso que, especialmente esse programa Cidade da Solda poderia ser inserido lá, onde há todas as pessoas desempregadas, a economia solidária tem alternativa. E por isso estou aqui.
| Foto: Caroline Ferraz/Sul21
Ela pretende trazer para o Rio Grande do Sul uma comitiva da organização a qual pertence | Foto: Caroline Ferraz/Sul21
Sul21 – A senhora acha que poderia tentar levar isso para sua cidade?
Ruth – Exatamente. Estou organizando uma delegação para trazer para cá em junho, talvez com nossa prefeita, com os líderes dirigentes dessa organização, pessoas dos sindicatos, para que eles possam ver ao vivo as possibilidades e ausência de possibilidades em uma alternativa que realmente paralisa o povo.
Sul21 – Esta organização tem caráter religioso?
Ruth – É uma coalizão de padres, e eu sou uma das duas pessoas brancas entre todos os integrantes. A maioria é religiosa, eu não sou, mas como esse grupo estava lutando, eu vou onde há luta. A presidente organizadora dessa instituição quer vir para cá. Essa é uma pequena organização, mas tivemos uma vitória em dezembro do ano passado. A prefeita anunciou que ia construir uma espécie de prisão para imigrantes perto do aeroporto, para imigrantes sem papéis, para depois deportar. E nós, com o apoio de grupos de outras cidades, em doze dias, com várias mobilizações, fizemos com que eles desistissem. Decidiram cancelar, porque a oposição era muito grande, então às vezes esse grupo pode colocar muita gente na rua.
Sul21 – É uma cidade pequena ou grande?
| Foto: Caroline Ferraz/Sul21
“Há mais semelhanças do que diferenças em relação ao tratamento de afro-descendentes” | Foto: Caroline Ferraz/Sul21
Ruth – A cidade há duas décadas tinha 188 mil pessoas. Agora tem 78 mil, porque todos os brancos fugiam para os subúrbios, quando um prefeito afro-americano foi eleito, o racismo lá é enorme. Agora, nos Estados Unidos, temos um problema que é a polícia, que está matando os jovens afro-americanos, como se tivessem permissão para apenas matar sem justificativa. Eu fiz uma exposição em Chicago das minhas fotos, especialmente sobre os quilombos e favelas do Brasil, e havia uma foto de uma favela no Rio, onde a polícia entrava segurando armas enormes. Não é igual, mas há mais semelhanças do que diferenças em relação ao tratamento de afro-descendentes entre o Brasil e os Estados Unidos. Nós não temos quilombos, mas temos os guetos. Eu acho que os guetos são o equivalente, porque foram formados por pessoas que fugiam do Sul, para conseguir trabalho industrial, e as cidades foram tendo partes afro-americanas e agora você pode ver, mesmo as cidades majoritariamente afro-americanas são governadas por brancos. É como uma nova colônia. Eu acho que a legislação sobre os quilombos também tem que nos dar inspiração na auto-governância, na auto-suficiência.
Eu estava aqui em Canoas, no quilombo Chácara das Rosas, e quando conseguiram o Minha Casa, Minha Vida foi incrível, porque estavam morando em pedaços de madeira. E de repente têm casa, água, têm eletricidade, mas eu acho a tarefa mais importante, e que acho que Canoas tem se superado, é na educação popular, porque pode dar à pessoa uma casa, mas essa casa pode se desfazer rapidamente se as pessoas não se sentem sujeitos do processo político. Eu sou muito aficcionada por esse assunto. Eu fiz um programa especial lá na Universidade de Indiana para trabalhadores, e meu objetivo era abrir os olhos deles, desmistificar todas as politicas neoliberais, porque estavam infiltradas na mente deles. Esse tipo de educação tem que ser de atribuir consciência, e não apenas voltada para o mercado. Há dois anos, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, disse no Fórum Mundial da Educação, que a educação tem que ser para a vida, não para o mercado. Nos EUA, é tudo voltado, desde o primeiro grau até a universidade, são todos voltados para o mercado.
Sul21 – A senhora acompanhou aqui também os movimentos sociais de sindicatos. Nos EUA, os sindicatos são mais fracos ou existe movimento sindical assim como aqui?
Ruth – Temos sindicatos, que representam 7% dos trabalhadores do país. Lá, nos sindicatos, há muita hierarquia, muita burocracia, os dirigentes pensam mais em guardar sua vaga do que educar. E não prestam atenção na educação. Falo de uma educação política para votar, para organizar, para ter uma compreensão crítica, tem medo disso. Eu tive dificuldades nesse sentido. Eu lecionei com sindicatos e trabalhadores de sindicatos por 30 anos, e era um programa de estudos laborais, mas era tão difícil, porque sempre queriam guardar o que tem. Agora, com o desemprego grande, uma pobreza enorme, a maioria dos sindicatos pensam só nos membros, vamos guardar, guardar e não tem mais interesse no povo e por isso, não tem mais poder ou força, porque só representam uma pequena parte.
Por Caroline Ferraz/Sul21
Ruth defende a necessidade de uma educação crítica, que ensine a votar e a ter consciência social | Foto: Caroline Ferraz/Sul21
Sul21 – Aqui os sindicatos parecem ser diferentes, os sindicatos pelo menos têm representatividade maior na categoria.
Ruth – É, eu falei uma hora e meia ou duas com o Claudir Nespolo, da CUT. E realmente eu gostei muito da sua análise do momento atual, porque é uma conjuntura perigosa pra vocês.
Sul21 – Sim. E as eleições deste ano nos Estados Unidos podem possivelmente afetar esse quadro aqui no Brasil também?
Ruth – Sim, agora estamos em um momento muito importante nos EUA. E parece que o socialista Bernie Sanders está ganhando e ganhando espaço entre os Democratas. E em Iowa, no Hamsphire, parece que ele estará na frente da Hillary Clinton na disputa interna do partido.
Sul21 – Mas ele poderia ganhar dos Republicanos?
Ruth – Não, mas ele está fazendo a diferença. Bernie tem mudado totalmente o discurso do país. Agora as pessoas estão pensando em uma visão diferente. Uma economia que funciona para a maioria e não para a elite. Já a Hillary quer fazer mais guerra, ela é muito amiga dos neoliberais, ela mesma é muito focada na área financeira.
Sul21 – Nos EUA os dois principais partidos são neoliberais, certo? Não há nenhum partido que se declare de esquerda entre os principais.
Ruth – Não, não. Temos dois partidos. São iguais enquanto economia. No que diz respeito aos programas sociais, há uma pequena diferença. Obama fez algumas boas coisas, como contra a discriminação, mas não fez nada sobre empregos, não fez nada para diminuir o poder dos bancos, nem pra estabelecer a paz. Ainda não fechou Guantánamo, então deixa muito a ser feito. É bom que temos mais saúde com o Obamacare, mas ainda tem 25 milhões de pessoas sem acesso à saúde.
Tags: Canoas, EUA, Indiana, Orçamento Participativo, Ruth Needleman
http://www.sul21.com.br/jornal/educacao-tem-que-criar-consciencia-nao-ser-voltada-para-o-mercado-diz-professora-norte-americana-que-se-encantou-pelo-brasil/
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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Isso já diz tudo acerca da mente da mestra estadounidense...
Quem sabe ela e o Sr. Proprietário não combinam para fazerem juntos a viajem dele a Cuba; vão se encantar também.
http://www.conversaafiada.com.br/economia/2012/02/27/o-capitalismo-de-estado-venceu-e-melhorou-a-vida-do-pobre/
Eu quero a Verdade .
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Erro estratégico ou coisa pior.
Os Castros estão com pé na cova, só não foram ainda porque deve estar difícil convencer o diabo a recebê-los.
E os donos da Ilha não tem sucessores, o que se seguiria à morte deles seria o fim do regime, na pior das hipóteses com guerra civil e na melhor sem guera civil.
Ver o último filho bastardo da ditadura soviética cair de podre concluiria o processo iniciado com a queda do Muro de Berlim, mas Obama oferece uma saída honrosa pros maledetos, sabe-se-lá porquê...
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Dito isso, mas que PQP!!! Ô velho maldito que não morre, vaso ruim não quebra mesmo...
Alguns analistas acham que a manobra de Nixon foi genial, outros apontam que ele apertou a mão dos maiores assassinos da História, o que não tem Realpolitik que justifique, mas todos concordam que naquela altura da Guerra Fria, cada lance naquele jogo mortal poderia ter consequências catastróficas e abrir canais de diálogo era a opção mais responsável para os líderes do Ocidente.
Agora... Por quais cargas d'água os Estados Unidos deveriam estender a mão pro regime cubano, justamente no momento em que finalmente despenca no precipício, igual o coiote do Papa Léguas?
Mesmo porque Obama dificilmente convencerá o Congresso de maioria republicana a suspender o embargo, cuja esperança de ver este dia é a única coisa que mantém Fidel vivo.
Obama retirou as tropas americanas do Iraque, o que permitiu a ascensão do Estado Islâmico, ficou escondido embaixo da cama enquanto Putin fazia gato e sapato da Ucrânia e bombardeava os rebeldes sírios que o Ocidente apoiava e... por Monã..., chorou em público enquanto pregava o desarmamento dos americanos.
E agora quer dar um último selinho nos inimigos da America antes de sair de cena.
Os chineses devem adorar este cara...
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
08/06/2016 Redação Brasil em Pauta Brasil 7
A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) não conhece limite em seu bizarro fanatismo ideológico. A tentativa de faturar politicamente com o caso do estupro coletivo, de que foi vítima uma jovem de 16 anos, no Rio de Janeiro já levou a petista a produzir algumas de suas maiores sandices. Contudo, a parlamentar paranaense sempre consegue superar a si mesma.
Em texto postado nesta quarta-feira (8) no Facebook, Gleisi tenta provar que o estupro é coisa típica do capitalismo, que, em sua perversidade, moldaria a cabeça dos homens para “coisificar” as mulheres e, dessa forma, os levaria a estuprá-las.
“O estupro não é só o estupro. Ele é um crime horrendo, mas que não acontece sozinho. É a consolidação de toda uma mentalidade que existe na sociedade de objetificar o corpo das mulheres como meros objetos para o prazer masculino – ou então para o lucro de grandes empresas. Na propaganda, a exposição do corpo da mulher reforçando estereótipos de submissão, incentivando a violência, o abuso e a objetificação ajudam a formar essa cultura do estupro. Somos ensinadas desde crianças e silenciar e aceitar a violência contra a mulher”.
Gleisi ignora os milhões de estupros que aconteceram na União Soviética, Alemanha Oriental, China e outros países comunistas.
(Com informações de Ucho.info)
https://www.facebook.com/institutoliberaldesaopaulo/videos/2033246536900822/
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A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
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http://oglobo.globo.com/cultura/centro-passo-ponto-19496774#ixzz4BYt0J9c3
Banco Mundial diz que Cuba tem o melhor sistema educativo da América Latina e do Caribe
Salim Lamrani | Paris - 03/09/2014 - 13h17
De acordo com a organização internacional, Cuba é o único país da região que dispõe de um sistema educativo de alta qualidade
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O Banco Mundial acaba de publicar um relatório revelador sobre a problemática da educação na América Latina e no Caribe. Intitulado Professores excelentes. Como melhorar a aprendizagem na América Latina e no Caribe, o estudo analisa os sistemas educativos públicos dos países do continente e os principais desafios que enfrentam. 1
Efe
Segundo o Banco Mundial, "nenhum sistema escolar latino-americano, com a possível exceção de Cuba", alcança parâmetros mundiais
Na América Latina, os professores de educação básica (pré-escolar, primária e secundária) constituem um capital humano de 7 milhões de pessoas, ou seja, 4% da população ativa da região, e mais de 20% dos trabalhadores técnicos e profissionais. Seus salários absorvem 4% do PIB do continente e suas condições de trabalho variam de uma região para outra, inclusive dentro das fronteiras nacionais. Os professores, mal remunerados, são, em sua maioria, mulheres — uma média de 75% — e pertencem às classes sociais modestas. Além disso, o corpo docente supera os 40 anos de idade e considera-se que esteja “envelhecido”. 2
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O Banco Mundial lembra que todos os governos do planeta escrutinam com atenção “a qualidade e o desempenho dos professores” no momento em que os objetivos dos sistemas educativos se adaptam às novas realidades. Agora, o foco está na aquisição de competências e não apenas no simples acúmulo de conhecimentos.
As conclusões do relatório são implacáveis. O Banco Mundial enfatiza “a baixa qualidade média dos professores da América Latina e do Caribe”, o que constitui o principal obstáculo para o avanço da educação no continente. Os conteúdos acadêmicos são inadequados e as práticas ineficientes. Pouco e mal formados, os professores consagram apenas 65% do tempo de aula à instrução, “o que equivale a perder um dia completo de instrução por semana”. Por outro lado, o material didático disponível continua sendo pouco utilizado, particularmente as novas tecnologias de informação e comunicação. Além disso, os professores não conseguem impor sua autoridade, manter a atenção dos alunos e estimular a participação. 3
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De acordo com a instituição financeira internacional, “nenhum corpo docente da região pode ser considerado de alta qualidade em comparação aos parâmetros mundiais”, com a notável exceção de Cuba. O Banco Mundial aponta que “na atualidade, nenhum sistema escolar latino-americano, com a possível exceção de Cuba, está perto de mostrar os parâmetros elevados, o forte talento académico, as remunerações altas ou, ao menos, adequadas e a elevada autonomia profissional que caracteriza os sistemas educativos mais eficazes do mundo, como os da Finlândia, Singapura, Xangai (China), da República da Coreia, dos Países Baixos e do Canadá”. 4
De fato, apenas Cuba, onde a educação tem sido a principal prioridade desde 1959, dispõe de um sistema educativo eficiente e com professores de alto nível. O país antilhano não tem nada para invejar das nações mais desenvolvidas. A ilha do Caribe é, além disso, a nação do mundo que dedica a parte mais elevada do orçamento nacional (13%) para a educação. 5
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Não é a primeira vez que o Banco Mundial elogia o sistema educacional de Cuba. Em um relatório anterior, a organização lembrava a excelência do sistema social da ilha:
“Cuba é internacionalmente reconhecida por seus êxitos nos campos da educação e da saúde, com um serviço social que supera o da maior parte dos países em vias de desenvolvimento e em certos setores se compara ao dos países desenvolvidos. Desde a Revolução Cubana, em 1959, e do subsequente estabelecimento de um governo comunista com partido único, o país criou um sistema de serviços sociais que garante o acesso universal à educação e à saúde, proporcionado pelo Estado. Esse modelo permitiu a Cuba alcançar a alfabetização universal, erradicar certas doenças, [prover] acesso geral à água potável e salubridade pública de base, [atingir] as taxas mais baixas da região de mortalidade infantil e uma das maiores expectativas de vida. Uma revisão dos indicadores sociais de Cuba revela uma melhora quase contínua de 1960 até 1980. Vários indicadores principais, como a expectativa de vida e a taxa de mortalidade infantil continuaram melhorando durante a crise econômica do país nos anos 90 [...]. Atualmente, os serviços sociais de Cuba são parte dos melhores do mundo em desenvolvimento, como documentam numerosas fontes internacionais, incluindo a Organização Mundial da Saúde, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, além de outras agências da ONU e o Banco Mundial […]. Cuba supera amplamente a América Latina, o Caribe e outros países de renda média nos indicadores principais: educação, saúde e salubridade pública”. 6
O Banco Mundial lembra que a elaboração de bons sistemas educacionais é vital para o futuro da América Latina e do Caribe. Reforça, também, o exemplo de Cuba, que alcançou a excelência nesse setor e é o único país do continente que dispõe de um corpo docente de alta qualidade. Esses resultados são explicados pela vontade política do governo do país caribenho de colocar a juventude no centro do projeto de sociedade, dedicando os recursos necessários para a aquisição de saberes e competências. Apesar dos recursos limitados de uma nação do Terceiro Mundo e do estado de sítio econômico imposto pelos Estados Unidos há mais de meio século, Cuba, baseando-se no adágio de José Martí, seu apóstolo e herói nacional, “ser culto para ser livre”, demonstra que uma educação de qualidade está ao alcance de todas as nações.
1. Barbara Bruns & Javier Luque, Profesores excelentes. Cómo mejorar el aprendizaje en América Latina y el Caribe, Washington, Banco Mundial, 2014. (site consultado no dia 30 de agosto de 2014).
2. Ibid.
3. Ibid.
4. Ibid.
5. Salim Lamrani, Cuba : les médias face au défi de l’impartialité, Paris, Estrella, 2013, p. 40.
6. Ibid., p. 87-88.
* Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor-titular da Universidade de la Reunión e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro se chama The Economic War Against Cuba. A Historical and Legal Perspective on the U.S. Blockade, New York, Monthly Review Press, 2013, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade.
Contato: lamranisalim@yahoo.fr ; Salim.Lamrani@univ-reunion.fr
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http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/37709/banco+mundial+diz+que+cuba+tem+o+melhor+sistema+educativo+da+america+latina+e+do+caribe.shtml#
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