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A Estratégia (The Agenda) - O plano dos homossexuais para transformar a sociedade

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Comentários

  • ufka_Cabecao disse: A presuncao que certas elites intelectuais progressistas alimentam de que elas sao capazes de produzir perfeicao social atraves da imposicao dos designs institucionais imaginados por elas mesmas.
    Tradução: "Nós sabemos que é melhor pra você e pra todo mundo, sente-se ai, fique quietinho que nós vamos guiar esse barco, alguns cadaveres serão produzidos ao longo do caminho, mas não se preocupe, é para um bem maior".
    Tudo que é preciso para os planos dessa "elite" funcionar é um mundo de pessoas completamente não pensantes e submissas, como por exemplo os membros de sua militancia, por isso para eles é tudo tão obvio e claro, por isso existe essa certeza cega de estarem certos e defenderem com unhas e dentes tudo que o partidão/ideologia/outro_jumento_qualquer falem.
    - Quem deseja me desarmar são os que querem me fazer mal e tem medo que eu possa me defender.

    - “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down


    E dificil de estimar o risco da decisao isolada de criar casamentos gays por decreto.

    Eu nao estou dizendo que essa alteracao isolada e decisivamente determinara qualquer evento especifico.

    Pode ser que o impacto se mostre desprezivel ou ate positivo.

    Mas nos nao temos como saber.

    O problema sao os precedentes abertos quando se procede dessa forma.

    No caso em questao, temos um supremo tribunal que decide ignorar o texto constitucional e estabelecer a sua propria visao sobre um tema.

    Nao importa qual seja a nossa opiniao sobre o impacto potencial da decisao.

    E preciso compreender que essa forma de proceder e extremamente perigosa.
    Nao se trata apenas de um contrato isolado sendo reconhecido pelo governo, mas da maneira como nos conservamos nossas instituicoes da violencia politica.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Cameron disse: Por alguma razão esse texto que você escreveu me lembrou um livro de Leibniz aonde ele discutia se existiriam ou não conceitos inatos ou se eles seriam todos construtos sociais.



    Eu nao li Leibniz exaustivamente.

    Mas entendo que Leibniz propros que certas relacoes matematicas consistiam conhecimento inato (1+1=2 por exemplo).
    Certo, ele nao se referia aos algarismos e operadores especificos mas a relacao abstrata que eles representam.
    Eu nao sei se temos circuitos aritmeticos inatos, me parece pouco provavel.
    A aritmetica me parece uma construcao abstrata da mente.
    Eu acredito que temos conceitos inatos, mas esses sao estritamente relacionados as sensacoes e impressoes diretas da experiencia fisica, os padroes basicos que nos reconhecemos nos dados sensoriais.

    Talvez ele tenha tentado esbocar um entendimento da capacidade do cerebro de produzir conceitos recorrentes, ou seja, que afetam a si mesmos. Essa e provavelmente a peca fundamental da capacidade de abstracao humana, que entre outras coisas gera as relacoes simbolico formais da aritimetica.

    Esse topico e bastante discutido pelo filosofo popular Douglas Hofstadter ("Godel, Escher, Bach" e "I am a strange loop"), se isso te interessa.


  • CameronCameron Membro
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse: No caso em questao, temos um supremo tribunal que decide ignorar o texto constitucional e estabelecer a sua propria visao sobre um tema.
    O texto constitucional já é ignorado faz tempo, por exemplo, vários criminosos são detidos sem processo quando são pobres e vemos todos os direitos constitucionais serem respeitados quando o criminoso é rico em uma escala tão absurda que o resultado é a impunidade.

    Muitos outros aspectos semelhantes a esse poderiam ser citados ad nauseam para concluirmos que a constituição desse país tem tanto valor quanto o papel de parede do Congresso, o que vale é o interesse do momento e a pressão política que esse interesse possa exercer.
    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.

  • Uma coisa sao policiais e delegados desrespeitando a constituicao no ambito local.
    Isso e um problema institucional?
    E.
    Isso e a mesma coisa que o Supremo Tribunal Federal alterando descaradamente o texto?
    Nao.
  • Posso estar errada, mas me parecem situações análogas divergindo apenas na escala, o STF apenas seria uma roleta com limites maiores de apostas no jogo político de se ignorar a constituição para atender interesses menores.
    Come with me if you wanna live.
  • CameronCameron Membro
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse: Esse topico e bastante discutido pelo filosofo popular Douglas Hofstadter ("Godel, Escher, Bach" e "I am a strange loop"), se isso te interessa.
    Valeu pela dica, não conhecia esse escritor, vou ver se acho algum texto dele por aí.

    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Cameron disse: Mas voltando ao tema, se já receberam reconhecimento da união para fins de direitos civis o que mais os homossexuais haveriam de querer? Benção compulsória da igreja?

    Suponho que muitos queiram, assim como muitos divorciados insistem em se casar na igreja, só que eles não podem exigir que um clube particular mude suas regras só porque eles querem. Se não estão satisfeitos, que criem seu próprio clube / religião.

    Querer que uma religião se adapte a exigências individuais é tão idiota quanto dizer "sou católico, só que...". Ou é ou não é.
  • Isso não estaria mais relacionado a faculdade da razão, de certo modo, atuar na verdade como uma especie de sexto sentido? Ou seja, a razão, assim como os outros sentidos, capta informação da realidade a nossa volta, a razão só estaria lidando com o aspecto logico da realidade e teria a capacidade de observa-lo.
    Seria um sentido um tanto distinto dos outros, talvez de segundo nível, pois precisa antes ser abastecido com dados dos outros sentidos.


    Logica e uma qualidade de sistemas de proposicoes, e nao da realidade em si.

    Sem ser extremamente tecnico, a logica de um sistema de proposicoes sao as regras segundo as quais novas proposicoes podem ser construidas a partir de um conjunto de proposicoes primitivas, ou inversamente como decompor proposicoes compostas em suas partes primitivas e dai derivar seu valor logico.

    Regras logicas e valores logicos sao em principio arbitrarios. Mas certas propriedades sao preferiveis, visando a utilidade daquele sistema de proposicoes.

    Algumas qualidades logicas globais procuradas sao, por exemplo, coerencia e completude.
    Coerencia e a propriedade de que toda prova possivel de uma proposicao afeta a ela o mesmo valor logico. Podem existir varios caminhos possiveis para decompor uma proposicao em suas partes primitivas e deduzir o seu valor. Um sistema coerente nao permite que dois caminhos distintos produzam valores diferentes. E um sistema dito livre de paradoxos.
    Completude e a propriedade de que dado uma proposicao gramaticalmente correta, e possivel encontrar um caminho que a decomponha em proposicoes primitivas para as quais os valores logicos sao estabelecidos por postulado.

    Certos sistemas logicos nao sao coerentes. Quando as regras permitem proposicoes com auto-referencia, isto e, proposicoes cujo valor logico depende do seu proprio valor logico, e possivel criar paradoxos. Essa condicao ja era conhecida de gregos antigos, na forma do paradoxo de Epimenides (“Eu sou um mentiroso”).

    Da mesma forma, quando proposicoes podem ser criadas por meio de inducao em numeros naturais, e possivel mostrar que certos sistemas nao sao completos. Isso e um ponto consideravelmente mais complicado e so foi esclarecido por Kurt Godel em 1933 com o seu famoso teorema da incompletude na aritimetica.

    Grosso modo, o que o teorema de Godel diz e que existem proposicoes validas do tipo P(n) para as quais e impossivel demonstrar a validade da proposicao Q := (Para todo n, P(n) e verdadeiro).

    A realidade nao se preocupa com logica.

    Logica e uma qualidade estetica de sistemas proposicionais. Estes sistemas podem ser usados para descrever a realidade sensorial ou nao.

    Quando um sistema de proposicoes e usado para descrever a realidade outra propriedade passa a ser valorizada: essa e o grau de correspondencia entre o modelo representado atraves de proposicoes e a experiencia percebida.

    Essa correspondencia nao pode ser verificada atraves da analise logica das proposicoes que definem o modelo. Ela pode apenas ser sentida na forma de satisfacao marginal do individuo ao empregar um dado modelo interpretativo.

    Para entender isso e preciso entender o comportamento do individuo racional.

    O individuo racional interage com o mundo da seguinte maneira.

    Ele recebe estimulos do seu ambiente que compoem sua experiencia. Essa experiencia pode ser diretamente assimilada, como dor ou prazer, ou interpretada e categorizada em proposicoes abstratas. Essa experiencia varia conforme a realidade ao redor do individuo muda. Quando o individuo reage aos estimulos novos da nova experiencia, essa reacao pode se dar num nivel instantaneo e instintivo. Mas ela tambem pode se dar atraves da analise de cenarios abstratos. Para isso o individuo traduz a sua experiencia em proposicoes dentro de modelo(s) para a realidade, e procura aplicar a essas proposicoes as regras do(s) modelo(s) de maneira a avaliar os diferentes cenarios produzidos pelos diferentes cursos de acao disponiveis. O individuo entao opta por um cenario considerado satisfatorio e realiza a acao correspondente. A acao entao produz uma nova experiencia de realidade que ele pode comparar com o cenario que ele tinha previsto, em termos de satisfacao. Se ele achar que o seu curso de acao produziu uma experiencia de realidade proxima a uma experiencia optimal, ele continuara a emprega-lo em situacoes parecidas. Se nao, ele tentara modifca-lo.

    Um modelo e apenas um conjunto de proposicoes chamadas hipoteses e regras logicas de derivacao que permitem tecer conclusoes ou cenarios a partir dessas hipoteses.
    Quando diante de problemas familiares nos em geral aplicamos os processos de um modelo estabelecido e bem conhecido.
    Mas quando as circunstancias parecem tornar um dado problema mais peculiar, criamos varias hipoteses e modelos correspondentes e escolhemos um deles para tratar o problema.

    A logica se aplica apenas na relacao entre hipoteses e cenarios especulativos. Nao e logica a correspondencia entre cenarios especulativos e a percepcao sensorial dos eventos do mundo real, nem as relacoes entre os diferentes eventos do mundo real entre si.

  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    Cameron escreveu:

    Posso estar errada, mas me parecem situações análogas divergindo apenas na escala, o STF apenas seria uma roleta com limites maiores de apostas no jogo político de se ignorar a constituição para atender interesses menores.




    E uma questao de custos.

    Um policial precisa tomar decisoes rapidas em contextos locais muito particulares.
    O custo para um policial na rua de obedecer estritamente a constituicao e muito alto.
    O dano que ele pode causar ao operar com uma certa margem de manobra e relativamente baixo.

    E portanto aceitavel que eles escapem da literalidade legal em certas circunstancias investigativas ou operacionais.

    Ja um tribunal superior tem todo tempo e recursos para analizar os problemas de alto nivel e abrangencia que lhe chegam.

    Ele deve usar esse tempo e recursos para ser o maximo preciso na aplicacao da lei constitucional. Ele nao tem a mesma desculpa de expediencia que uma delegacia que lida com uma escoria local cotidiana de traficantes, prostitutas e ladroes.

    Um erro constitucional praticado por um delegado descuidado ou corrupto tem repercusoes muito menores do que um erro similar praticado por um ministro do supremo tribunal federal.

    Um mesmo tipo de erro em praticado em duas escalas diferentes gera efeitos completamente diferentes.

    A lei nao deve se aplicar a erros sem observar a escala na qual eles se produzem.

    Responsabilidades maiores exigem maior atencao a execucao, e menores margens de erros sao aceitaveis.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    sybok disse: Na prática o que o supremo fez ao ignorar o texto escrito não nos deixa praticamente sem garantias constitucionais?


    Essa e uma conclusao exagerada, mas o processo se da nesse sentido.

    Um debate antigo no direito constitucional consiste justamente em definir a forma como tribunais supremos devem interpretar a constituicao.

    Literalistas defendem uma abordagem objetiva do texto tal qual ele esta escrito. Eles procuram aplica-lo da maneira mais proxima possivel a ideia que ele representava quando foi escrito.

    Ja progressistas tentam circunscrever os limites impostos por essa posicao, e tentam descrever a constituicao enquanto um "documento vivo", sujeito a reinterpretacoes condizentes com novas circunstancias institucionais.

    O ponto e que a constituicao e justamente o instrumento que coloca um freio em mudancas radicais e que garante certa estabilidade institucional.

    Uma vez que a constituicao puder ser reinterpretada de acordo com as modas atuais, ela deixa de cumprir esse papel.

    Modificacoes constitucionais devem ser propostas sob a forma de emendas ou reformas atraves de assembleias constituintes e plebiscitos necessarios, e nao subrepeticiamente introduzidas em deliberacoes modernistas dos tribunais encarregados de preservar sua austeridade.

    Esses rituais servem justamente a criar custos que impedem a livre manipulacao do aparato institucional da maquina publica por maiorias politicas temporarias.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Os costumes chegam a um ponto que se tornam barreiras para o normal funcionamento da sociedade.
    A sociedade não vai colapsar, nem foi aqui demonstrado, racionalmente, nenhum mal que venha ao mundo com a mudança de um costume.





  • Mig29Mig29 Membro
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    Fernando_Silva disse: Suponho que muitos queiram, assim como muitos divorciados insistem em se casar na igreja, só que eles não podem exigir que um clube particular mude suas regras só porque eles querem. Se não estão satisfeitos, que criem seu próprio clube / religião.

    Podem querer e conseguem a mudança (ela acontece por si). A cultura não é natural, somos sujeitos a condicionamentos desde que nascemos.
    Se a igreja não souber atender a demanda dos seus membros, o condicionamento da igreja, numa sociedade "livre" enfraquece e a instituição perece. Podemos fazer muito para mudar os costumes.

    Ser verdadeiramente livre exige muita coragem. Colocar em causa um costume é ganhar quase todos como inimigos. Todavia, as mudanças nos costumes sempre foram feitas de duas formas. Através do ato de coragem ou pela força de alguma circunstância de necessidade urgente. Invés de vivermos sujeitos à força da circunstância, podemos escolher pensar sobre os costumes.
    Ninguém se liberta do condicionamento (creio), mas todos podem dele ser conscientes. Agir menos agarrado ao condicionamento.

    Neste tópico, debatemos a existência de uma agenda homossexual para mudar a sociedade - O capitão óbvio devia fazer aqui uma aparição.
    No entanto, tem outro ponto ainda mais óbvio. O passado foi, o presente perece a cada instante e o futuro nunca chega. Tudo está em movimento, nada é permanente.
    Perdemos tempo demais a procurar impedir o mundo de funcionar. Preservar costumes culturais, como se o mundo deles necessitasse para se movimentar.


    Post edited by Mig29 on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    Mig29 disse: Se a igreja não souber atender a demanda dos seus membros, o condicionamento da igreja, numa sociedade "livre" enfraquece e a instituição perece. Podemos fazer muito para mudar os costumes.

    As igrejas não têm que atender a nenhuma demanda. Religião não é democracia. É preciso aceitar os mandamentos dos deuses com casca e tudo, sem discutir e até mesmo sem entender.

    Se ninguém mais adotar uma determinada religião, sim, ela desaparece (da mesma forma que desaparece se muda seus mandamentos para agradar aos seguidores, ainda que aparentemente seja a mesma, com o mesmo nome).
    Mig29 disse: Perdemos tempo demais a procurar impedir o mundo de funcionar. Preservar costumes culturais, como se o mundo deles necessitasse para se movimentar.

    Costumes surgem por algum motivo, bom ou mau, justo ou injusto. Seja lá como for, é preciso analisar esses motivos antes de descartar um costume só porque é velho ou não nos agrada.
    Post edited by Fernando_Silva on
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    Mig29 disse: Os costumes chegam a um ponto que se tornam barreiras para o normal funcionamento da sociedade.
    A sociedade não vai colapsar, nem foi aqui demonstrado, racionalmente, nenhum mal que venha ao mundo com a mudança de um costume.


    As circunstancias mudam e os costumes e instituicoes se adaptam a essas mudancas.

    O ponto e que essa adaptacao deve ser feita nao por decretos de ninguem em particular, mas pelas multiplas pessoas que lidam com essas circunstancias diretamente nas suas vidas, e podem assim julgar a adaptacao ou nao dos costumes e instituicoes aos seus propositos.

    Costumes e instituicoes se transformam de maneira organica por processos de inovacao e imitacao local. Essa e a unica forma que eles podem evoluir. Nao podem ser planejados em larga escala nem previstos em bolas de cristal.

    Quando essa adaptacao e idealizada por visionarios e futuristas, e impostas a todos os demais como formula para uma sociedade melhor, o colapso e de fato iminente.

    Isso e um processo que se repetiu em diversas ocasioes. E um exercicio cansativo porem necessario enfatizar todas as instancias onde o progressismo nas suas mais diversas manifestacoes levou civilizacoes avancadas a situacoes de barbarie nas quais o canibalismo de criancas por seus proprios pais era comum.

    Essas tragedias sao uma consequencia direta da arrogancia de certas elites intelectuais em se auto-proclamarem alcaides da cidadela do futuro. Suas reformas institucionais invariavelmente destroem o delicado equilibrio ecologico de confianca mutua em instituicoes consagradas, o substrato fundamental do funcionamento de uma sociedade aberta.

    Nao e possivel prever como certas mudancas institucionais vao impactar esse equilibrio.
    Muitas vezes nada de visivel vai se passar por um tempo indeterminado.
    Mas isso nao quer dizer que podemos admitir esse principio segundo o qual elites devem planejar costumes futuros.

    Fazer isso e sucumbir a agenda progressista e decretar a sentenca de morte de toda uma civilizacao.


    Post edited by ufka_Cabecao on
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Mig29 disse: Os costumes chegam a um ponto que se tornam barreiras para o normal funcionamento da sociedade.
    A sociedade não vai colapsar, nem foi aqui demonstrado, racionalmente, nenhum mal que venha ao mundo com a mudança de um costume.

    Mudança é intrínseco à própria definição de costume, que é como reagimos de modo padronizado às situações cotidianas. Se as situações cotidianas estão em constante mudança, os costumes necessariamente também estão.

    O problema aqui, e onde quer que haja uma liderança ambiciosa comandando uma agenda ideológica e uma militância agressiva, não é a mudança de costumes e sim a substituição dos costumes. Não o modo natural como costumes se adaptam a novas realidades, mas pela intervenção de forças que querem substituir costumes construídos pelo consenso por outros impostos por interesses.


    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Mig29Mig29 Membro
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    Entendo. William Wilberforce teve uma agenda agressiva para mudar o costume do seu tempo e substituir por um novo.

    Existe um frágil equilíbrio entre, os costumes construídos por consenso e a intenção de pelo consenso os substituir. Temos aqui, o tipico caso de não poder agradar a gregos, nem a troianos.
    A virtude desde há milênios é entendida como o caminho do meio de uma desmesura entre extremos.
    Tem um ditado budista que diz algo parecido: Se esticarmos demasiado a corda de uma citara ela parte, se não for suficientemente esticada, ela não tocará.
    Cada um pense por si...

    Vejo a intransigência de uns e de outros como inevitável, deste embate resultarão os costumes. Não sei dizer quem está certo - abstenho-me - se chamado a tomar posição legalista.
    Post edited by Mig29 on
  • Mig29Mig29 Membro
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse: Muitas vezes nada de visivel vai se passar por um tempo indeterminado.

    E por isto, deverei perder meu sono?

    Sinceramente. Tenho melhor a fazer na minha vida de tempo indeterminado, do que esperar o colapso civilizacional. Ou, esperar pelo retorno de D. Sebastião dentre as brumas.

    Em momento algum, menosprezo previsões. Até podem acertar, assim como alguém pode ganhar o Euromilhões/Megasena.
    Apesar do tom jocoso, podem estar cientes, não minimizo quaisquer crenças, mais ou menos sustentadas a respeito de um futuro indeterminado. Enquanto homem, muito me agrada tentar prever o futuro e, para isto, de todos acolho a boa nova.

    Post edited by Mig29 on
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Mig29 disse: Entendo. William Wilberforce teve uma agenda agressiva para mudar o costume do seu tempo e substituir por um novo.

    Citar um exemplo em contrário não prova errada uma afirmação.
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Parada Gay reúne 270 mil pessoas, afirma Datafolha
    Folha de São Paulo, segunda-feira, 11 de junho de 2012
    Pela primeira vez, evento teve uma medição de público de caráter científico

    Organização afirma ter atraído 4 milhões, e Polícia Militar não faz estimativa; evento tem forte tom político

    Simon Plestenjak/Folhapress
    155985-370x270-1.jpeg

    Participante do desfile ergue bandeira com arco-íris durante a Parada Gay na Paulista

    EVANDRO SPINELLI
    CRISTINA MORENO DE CASTRO
    DE SÃO PAULO

    A 16ª edição da Parada Gay de São Paulo, um dos principais eventos turísticos da cidade, reuniu ontem 270 mil pessoas, de acordo com o Datafolha -65 mil delas fizeram o percurso inteiro do evento.

    Pela primeira vez na história, a manifestação teve uma medição de público com caráter científico. O Datafolha inaugurou o método em maio na 28ª Caminhada da Ressurreição, procissão católica por ruas da zona leste da capital.

    Segundo o instituto, nenhum evento similar no mundo tem medição científica de público. Em alguns países, ele é estimado a partir do lixo produzido. Em outros, pela concentração de pessoas ao longo da parada -este método, no entanto, não leva em conta o público flutuante.

    A organização e a Polícia Militar não divulgaram estimativas. Ao fim do evento, porém, o trio elétrico da diretoria da Associação da Parada do Orgulho GLBT anunciou que "com certeza" o ato atingiu público de 4 milhões.

    A parada saiu do Masp às 13h40, após a execução do hino nacional e discursos da senadora Marta Suplicy (PT) e Fernando Quaresma, presidente da associação. O último trio chegou à praça Roosevelt, no centro, às 18h13.

    Com o tema "Homofobia tem Cura: Educação e Criminalização", a parada deste ano teve forte tom político. O público pedia a aprovação de um projeto de lei que criminaliza a homofobia e que tramita no Senado há seis anos.

    O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD) foram à abertura da parada. Dos pré-candidatos a prefeito, compareceram Soninha Francine (PPS), Carlos Giannazi (PSOL) e Celso Russomanno (PRB).

    Uma das marcas do evento foi o alto consumo de vinho químico -uma bebida ilegal, com altíssimo teor alcoólico-, vendido por R$ 5 a R$ 10 a garrafa. Só na Paulista, primeiro trecho da parada, foram apreendidos 178 litros do produto, de acordo com balanço parcial da Guarda Civil Metropolitana.

    Também foram apreendidos pelos guardas municipais, até as 20h de ontem, nove carrinhos de ambulantes, 2.379 cervejas, 670 refrigerantes e 30 quilos de churrasco, além de uma churrasqueira, entre outros itens.

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/48103-parada-gay-reune-270-mil-pessoas-afirma-datafolha.shtml
    Acauan dos Tupis
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    A notícia acima sobre o número metodologicamente estimado de participantes da Parada Gay de São Paulo prova o quanto os números divulgados pela Militância Baitola são mentirosos.

    De 270 mil para quatro milhões é uma diferença do cacete, sem trocadilho.

    E não era preciso o Datafolha ter desmentido o número quase vinte vezes maior que o estimado, pois ele era obviamente absurdo, tanto pela incapacidade do espaço disponível conter tal população em trânsito quanto no que representaria o deslocamento de tal massa humana para um único local da cidade.

    A título de comparação, o metrô de São Paulo transporta por volta de 3,5 milhões de pessoas por dia. Ou seja, o número de participantes alegado pela Organização da Parada, se verdadeiro, representaria mais que a lotação de todas as linhas de metrô da cidade, durante um dia útil inteiro. E quem já viu metrô paulista em horário de pico deve ter idéia do que isto significa.

    E se os 4 milhões de pessoas tivessem acorrido à Paulista em automóveis, cada qual com quatro passageiros, teríamos um milhão de carros tentando estacionar nas proximidades, o que implicaria uma fila de cinco mil quilometros para acomodar a todos.

    Pois é...
    Acauan dos Tupis
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Não surpreenderia se a prática de multiplicar por vinte seja usual na propaganda baitola, sempre que divulgam números de seu interesse, os da alegada violência dita homofóbica incluso.
    Acauan dos Tupis
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  • Acauan disse:Não surpreenderia se a prática de multiplicar por vinte seja usual na propaganda baitola, sempre que divulgam números de seu interesse, os da alegada violência dita homofóbica incluso.
    É o procedimento padrão de qualquer militância que só tem a propaganda como base de suas alegações, abortistas usam a mesma técnica.

    Come with me if you wanna live.
  • Fernando_Silva disse: Suponho que muitos queiram, assim como muitos divorciados insistem em se casar na igreja, só que eles não podem exigir que um clube particular mude suas regras só porque eles querem. Se não estão satisfeitos, que criem seu próprio clube / religião.

    Ja criaram...
    Eu sou o Doutor. Venho do planeta Gallifrey da constelação de Kasterborous. Com a minha nave, a TARDIS (Time And Relative Dimensions In Space (Tempo e Dimensões Relativas No Espaço) eu viajo por varios mundos e épocas combatendo as injustiças em minhas explorações. Eu o convido para me acompanhar em minhas aventuras, a maioria delas perigosas. Voce quer me acompanhar?

    Total de Mensagens:
    8609 + aquelas que tenho agora. ):-))
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    Mig29 disse: Sinceramente. Tenho melhor a fazer na minha vida de tempo indeterminado, do que esperar o colapso civilizacional. Ou, esperar pelo retorno de D. Sebastião dentre as brumas.


    Em momento algum um disse que o que voce faz com a sua vida coloca em risco a civilizacao.

    Eu nao preconizo estilos de vida; o meu proprio distando consideravelmente de qualquer estereotipo existente para um "individuo conservador".

    Ao contrario, acho que no nivel individual, as pessoas devem usufruir do maximo de liberdade.

    Minha critica e concentrada a um entendimento ideologico a respeito de mudancas institucionais, e nao comportamentais.

    Grosso modo, essa e a diferenca fundamental entre conservadores e progressistas.

    Progressistas veem em mudancas institucionais deliberadamente calculadas por elites politicas instrumentos para modificarem comportamentos humanos que os desagradam.

    Conservadores por sua vez acreditam que instituicoes se modificam naturalmente na medida que comportamentos evoluem e se consagram. E que a unica forca que impede esse processo de degenerar-se e o vies favoravel a instituicoes e tradicoes estabelecidas.

    De forma similar, uma das razoes pelas quais a evolucao biologica e possivel e o fato do processo de copia do DNA ser quase sempre fiel. Se muito mais mutacoes ocorressem para cada 1000 nucleotideos, nenhum organismo complexo e estavel seria possivel. E quanto mais complexo o organismo, mais mecanismos bioquimicos de protecao contra mutacoes geneticas estao presentes.

    E o progressista quem acredita em metas comportamentais pre-estabelecidas, e pretende impor essas metas mesmo que ao sacrificio de instituicoes prioritarias.
    Post edited by ufka_Cabecao on
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