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A Estratégia (The Agenda) - O plano dos homossexuais para transformar a sociedade

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Comentários

  • Acauan disse: Citar um exemplo em contrário não prova errada uma afirmação.

    Nem só de provas vive o homem - Estamos a pensar juntos.

  • Cabeção, o exemplo que usei da abolição da escravatura é o quê para você?
    Evolução natural, desejo elitista progressista ou outra.

    Continuo a ver uma linha ténue indiferenciável entre mudanças naturais e as desejadas por "elites politicas".
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down
    Cabeção, o exemplo que usei da abolição da escravatura é o quê para você?
    Evolução natural, desejo elitista progressista ou outra.

    Continuo a ver uma linha ténue indiferenciável entre mudanças naturais e as desejadas por "elites politicas".


    O processo de “abolicao da escravatura” tal qual ele costuma ser imaginado e em grande parte um exercicio absurdo de ficcao historica.

    O grande fator responsavel pela libertacao dos escravos foi a penetracao dos principios do capitalismo e do livre mercado nos diversos setores economicos.
    As inovacoes contratuais e tecnologicas produzidas nesse sistema tornaram as vantagens comparativas do trabalho livre substancialmente significativas.

    Sendo altos os custos de manutencao de um cativeiro de escravos, assim como os custos e limitacoes para o treinamento e delegacao de responsabilidades, essa forma de organizacao do trabalho com o tempo se restringia a setores bracais primarios onde certas economias de escala ainda faziam algum sentido.

    Ja o movimento abolicionista do seculo XIX foi em grande parte um lobby politico buscando capitalizar sentimentos de parcialidade existente contra os setores que ainda empregavam mao de obra cativa.

    Com a disparicao do escravo da vida cotidiana da maioria das pessoas da cidade, era relativamente facil instigar a revolta moral contra a pratica barbara da escravidao. Essa revolta moral na maioria das vezes nao passava de um veiculo para externalizacao do sentimento de superioridade pessoal mal disfarcado das auto-consagradas elites da epoca.

    O ponto e que o abolicionismo ideologico progressista, na maioria dos casos, criou mais problemas do que resolveu.

    Ao serem libertos em massa, os escravos encontraram hostilidades tanto de seus antigos donos quanto dos seus “libertadores”. Para estes eles eram uteis enquanto catalizadores de comocao popular, e apenas como tais. Eles nao gostavam de ex-escravos nem queriam conviver com eles nas suas cidades. Criaram planos para a repatricao na Africa, em particular simpaticos experimentos sociais como a Liberia.

    Os que sobraram nao tinham recursos para se integrar a uma vida livre e muitos deles se tornaram marginais e criaram legados culturais de marginalidade.

    Ja o processo de libertacao natural permitia a integracao dos escravos na sociedade e a adaptacao da mesma para recebe-los. Escravos que demonstravam certo valor e adaptacao eram libertos por seus donos e se tornavam parceiros dos mesmos, iniciando-os enquanto membros na sociedade livre. Alguns desses escravos libertos se tornavam proprietarios de terras e senhores de escravos.

    Esse processo respeitava as instituicoes em vigor e o entendimento moral da epoca.

    Sem a interferencia de progressistas a escravidao teria eventualmente encontrado seu fim, de forma menos traumatica e mais adequada para os proprios escravos.

    Claro que muitos abolicionistas eram pessoas bem intencionadas e desejavam uma sociedade onde todos os cidadaos gozassem de direitos iguais. Essa pode ser compreendida como uma visao natural dos principios que orientaram a formacao das republicas e monarquias constitucionais modernas.

    Isso nao quer dizer que uma mobilizacao politica buscando tal ideal seja uma medida consequente em qualquer cenario.

    Nas condicoes de conhecimento da epoca nao era impossivel que um fim abrupto da escravidao iniciasse o colapso economico do sistema de producao e distribuicao de mercadorias agricolas, e que a fome generalizada se produzisse, seguida de um regime de terror muito mais brutal do que qualquer aristocracia escravocrata precedente.

    Delirio paranoico? Esse foi justamente o caso no Haiti, onde a abolicao se deu varias decadas antes dos EUA.

    Mesmo nos EUA a abolicao apressada teve como repercursao uma guerra civil extremamente violenta e um legado de discriminacao e segregacao da sua populacao negra.

    O Brasil, ainda que tambem tenha sido afetado por ideologias progressistas nesse sentido, o foi de forma bem mais branda, tendo sua populacao cativa reduzida pouco a pouco e finalmente “oficialmente liberada” quando sua relevancia era pouco signifcativa.

    Embora obviamente a escravidao tenha deixado seu legado no Brasil, hostilidades interraciais nunca foram tao intensas quanto as nos EUA e a assimilacao dos negros africanos na sociedade e manifesta no proprio grau de miscigenacao racial do povo, muito maior do que o observado na america do norte.

    A moral da historia e que o progressismo nao libertou os escravos.
    O progressismo fez aquilo que ele sempre fez: capitalizar num sentimento de vaidade e moralismo para alavancar suas ambicoes e projetos de poder. E ainda roubou os creditos de um processo natural de civilizacao, observado em diversas instancias independentes sem que nenhum brilhante orador progressista tenha tomado parte neles.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    ufka_Cabecao disse: O Brasil, ainda que tambem tenha sido afetado por ideologias progressistas nesse sentido, o foi de forma bem mais branda, tendo sua populacao cativa reduzida pouco a pouco e finalmente “oficialmente liberada” quando sua relevancia era pouco signifcativa.

    Além de vários decretos ao longo de décadas restringindo a escravidão, por exemplo ao declarar libertos os filhos de escravos.
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited junho 2012 Vote Up0Vote Down

    Pois e.

    Mas essa e justamente uma medida bem menos drastica do que por fim subito a escravidao.

    Filhos de escravos levam pelo menos uma decada para se tornarem economicamente produtivos.

    Assim o impacto dessas medidas e bastante amortizado e os proprietarios tem tempo para organizar sua producao de maneira a depender menos de um recurso nao renovavel, alem da sociedade que tambem aprende a lidar com os libertos de forma gradual.

    E claro que a escravidao e uma condicao revoltante a qual nos nao queremos voltar.

    Isso nao quer dizer que num contexto onde ela existisse bastaria um mero e simples decreto para elimina-la.

    Isso e pura fantasia progressista. E como esses partidos de extrema esquerda que querem decretar salarios minimos exorbitantes.

    E obvio que num mundo ideal nenhuma pessoa estaria sujeita a viver com salarios de fome, o que nao quer dizer que para se alcancar esse mundo real basta que proibamos salarios de fome.

    Proibir tais salarios e tirar de muitas pessoas a oportunidade de se sustentar legitimamente, pois nao existem postos melhores para elas no momento.

    Da mesma forma, a abolicao subita da escravidao foi em diversas ocasioes prejudicial para os proprios escravos. Estes encontraram-se sem abrigo e moradia, e sem habilidades, reputacao e traquejo social que lhes servissem para competir por empregos no mercado. Essas condicoes somadas tornaram-se incentivos para que uma cultura marginal desenvolvesse, contribuindo para o racismo e a segregacao.

    A instituicao da escravidao estava morrendo. Em retrospecto isso e claro no fato de que nos nao precisamos voltar a ela depois que ela foi abolida.

    O ponto e que em prospecto essa constatacao e bastante dificil de fazer.
    A escravidao nao morreu porque progressistas decidiram que ela era errada, mas sobretudo porque pessoas aprenderam a cooperar de formas mais eficazes.
    Esse aprendizado se cristalizou em um entendimento moral que condenava a escravidao, que por sua vez foi explorado por progressistas, que deram a entender que eles eram os responsaveis.

    O progresso tecnologico e moral e uma dinamica natural da civilizacao. Geracao apos geracao, o conhecimento e destilado e aprimorado, com a descoberta de formas mais eficazes de se proceder.

    Na maior parte da historia o progresso tecnologico e moral e lento demais para ser percebido. A maioria das pessoas nasce vive e morre em contextos muito similares aos dos seus pais e avos. Lendas e mitos fazem parecer que no passado distante as coisas eram muito melhores, sobretudo em epocas de crise e de retrocessos comuns ao periodo.

    Mas num dado momento da historia o progresso se torna sensivel. Pessoas comecam a perceber que geracoes passadas viviam em condicoes relativamente piores, e que novos metodos e ideias sao mais eficazes que os antigos.

    O progressismo consiste na estrategia retorica de fazer parecer que esse processo anonimo e complexo e na verdade um projeto precisamente delineado por uma pequena elite politica, e que se abrirmos mao de mais direitos individuais essa elite podera fazer mais para alcancar o tal progresso.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • A maior exposição dos homossexuais pode ser uma consequência do capitalismo, mais um nicho de mercado a ser explorado. O que antes era estranho e interdito, passa a ser benéfico, natural e até necessário :)

    Não a partilhando, compreendo a preocupação com a possibilidade de ver ideias a se imporem pela força.
    Minha posição continua igual, a sociedade livre que decida. Existe perigo no deixar as pessoas decidir, porém, não se pode pretender uma sociedade livre (economia de mercado) por um lado e noutro querer restringir nos costumes (moral).

    Deixa rolar, quem viver verá!
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited julho 2012 Vote Up0Vote Down
    Mig29 disse: Minha posição continua igual, a sociedade livre que decida. Existe perigo no deixar as pessoas decidir, porém, não se pode pretender uma sociedade livre (economia de mercado) por um lado e noutro querer restringir nos costumes (moral).


    Existe uma tendencia a considerar liberdade como a condicao daquele nao esta sujeito a restricoes de conduta impostas por instituicoes.

    Isso pode ate ser uma definicao de liberdade, mas na verdade e mais apropriada como definicao de selvageria. O processo de civilizacao e o processo no qual individuos procuram restringir suas acoes aderindo a regras de conduta, pelo beneficio mutuo gerado.

    Liberdade nao e a ausencia de restricoes morais ao comportamento.

    Liberdade e a condicao onde essas instituicoes nao estao sob controle de elites que detem uma prerrogativa de violencia sobre as demais pessoas.

    Quando a elite politica decide o novo significado de uma instituicao ha uma violacao desse entendimento de liberdade. E e justamente o caso aqui.




    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Não foi essa liberdade que apresentei. A minha liberdade não é ditada por elites, progressistas ou conservadoras (são iguais).

    O ajuste ao dever ocorre quando a pessoa não é subjugada pela elite.


  • Quando voce pega a instituicao existente do casamento e voce diz que ela agora passa a se aplicar a um novo contexto de relacoes, o que esta ocorrendo e a imposicao ditatorial de uma visao.

    Veja que eu nao sou contra a associacao livre de pessoas.

    Por principio, gays podem viver juntos, podem dividir propriedades, e podem criar filhos biologicos ou adotivos.

    Eu inclusive acho que lhes deva ser extendida a possibilidade de adotar, ja que a transferencia de responsabilidade por criancas deve ser um assunto da alcada daqueles responsaveis por elas, e apenas deles.

    O problema nao esta em delimitar a potencialidade das coisas que gays podem fazer juntos.

    O problema esta em impor como essas coisas devem ser encaradas por outras pessoas.

    O casamento e uma instituicao que significa algo para muitas pessoas.

    E esse significado faz com que pessoas casadas recebam tratamento diferenciado de pessoas solteiras.

    Pode ser que para muitas pessoas esse algo se aplique a casais gays.

    Mas o fato e que outras pessoas tem o direito de discordar.

    E quando o governo impoe uma identidade legal entre unioes gays e casamentos esse direito e negado.

    Eu acho que se padres nao quiserem celebrar unioes gays, ou um banco quiser negar um tipo de credito ou conta conjunta para casais gays, ou se um orfanato cristao nao quiser transferir guarda para gays, esse deve ser um direito a ser respeitado.

    Essas instituicoes tem todas algo a perder se as unioes gays nao corresponderem as expectativas gerais que elas formam sobre casamentos.

    Todas elas tem uma longa experiencia de transacoes com casais, e seu funcionamento atual e fruto dessa experiencia.

    Dizer que esse funcionamento e adequado para gays a priori e se curvar a arrogancia racionalista das elites progressistas.

    O governo tambem e uma instituicao que faz transacoes com casais e familias.

    O governo em principio deve poder aplicar seus criterios para distinguir essas coisas.
    E se esses criterios nao discernirem gays de heterossexuais, ok.

    Para todos os efeitos governamentais, casais gays e heteros sao a mesma coisa.

    O problema esta no fato de que o governo decidiu se envolver com a definicao dos parametros sociais do casamento.
    O casamento atual e sancionado pelo governo, o que parece sugerir que um novo tipo de casamento gay deveria ser, com as mesmas caracteristicas.

    Isso e absurdo.

    A estatizacao do casamento deveria ser revertida, e nao expandida. Ao permitir que ela se aplique a casais gays o governo esta contaminando uma instituicao que nunca foi de sua alcada.

    Esse e o ponto.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited julho 2012 Vote Up0Vote Down
    Uma união reconhecida pelo governo dá direito a pensões e outros benefícios materiais.
    Não é só uma questão de status ou respeito.
    Post edited by Fernando_Silva on
  • ufka_Cabecaoufka_Cabecao Moderador
    edited julho 2012 Vote Up0Vote Down

    Pois e.

    Por principio eu nao sou contra a existencia de contratos entre pessoas que especifiquem termos dessa natureza.

    Mas e preciso prestar atencao para como esses termos seriam arbitrados.

    Ao meu ver seria um erro acreditar que varas de familia estariam equipadas para resolver os problemas tipicos que esses contratos produziriam.

    Isso porque o direito familiar e estruturado no entendimento existente das assimetrias de condicao entre os sexos numa relacao conjugal, sobretudo com relacao aos sacrificios individuais que ambas as partes incorrem para constituir a familia.

    As leis escritas e sobretudo as regras nao escritas mas aplicadas por tradicao funcionam porque de um modo geral familias estao proximas a um determinado modelo prototipico que incorpora fatores comuns a maioria delas. Fora a assimetria natural de poder fisico e o fato das mulheres passarem por periodos de gestacao, a maioria das familias estaveis o bastante para gerar filhos, patrimonio conjunto e eventuais litigios complicados, segue o modelo tradicional onde o marido prove a maior parte da renda financeira enquanto a esposa se ocupa da maior parte de tarefas domesticas e supervisao proxima das criancas.

    Por mais que leis escritas nao necessariamente explicitem tais assimetrias de maneira obvia, o entendimento juridico existente e aplicado na pratica com certeza as incorpora.

    Esse conhecimento nao pode ser transferido diretamente para o cenario de unioes gays, pois ele e amplamente inaquado para lidar com os problemas particulares que esse cenario produz. Nenhuma das distincoes basicas que estabelecem o contexto onde essas solucoes se aplicam estaria tipicamente presente ou seria tao facilmente identificavel quanto e o sexo (biologico) de uma pessoa.

    Usar o aparato juridico existente para a instituicao familiar produziria um enorme desperdicio de tempo e recursos que deveriam servir a outros propositos.

    Por exemplo, a acumulacao de litigios entre homossexuais para os quais os instrumentos juridicos existentes nao se aplicam atrasaria a conclusao de litigios familiares legitimos, ja que os mesmos profissionais de justica estariam sendo divididos. E possivel especular que a propria inadequacao desses instrumentos de solucao de problemas se tornasse a origem de mais e mais litigios a serem resolvidos.

    Alem disso, os resultados juridicos derivados de conclusoes de processos entre homossexuais acabariam por contaminar a forma como litigios familiares legitimos seriam processados, isso porque ambos dividiriam nao apenas os profissionais especializados como a infraestrutura abstrata de leis e regras nao escritas que governam tais processos.

    Modificacoes nessa infraestrutura seriam propostas para incorporar problemas que sao peculiares a unioes gays e cujas solucoes nao necessariamente correspondem ao que seria melhor para familias legitimas.

    Idealmente litigios contratuais entre homossexuais em cohabitacao deveriam ser resolvidos por cortes de arbitragem privadas, como qualquer novo tipo de contrato inventado.

    Essas cortes tem alto indice de eficacia e expediencia nas suas deliberacoes e podem se adaptar rapidamente a novas formas de relacao contratuais sem destruir o capital institucional acumulado.

    E caso a deliberacao dessas cortes nao satisfizesse seus clientes a justica comum poderia ser acionada atraves de tribunais de pequenas causas ou outras avenidas juridicas dedicadas a problemas civis de natureza nao-especifica.

    Na Franca uma solucao interessante encontrada foi criar um pacto de uniao civil chamado PAC. Esse contrato possui termos mais customizaveis e pode ser estabelecido entre dois adultos de qualquer genero.

    Eu nao conheco os detalhes do funcionamento, mas parece ser algo mais adequado ja que isola a instituicao familiar de contaminacoes progressistas pois ha uma clara separacao de leis e instituicoes juridicas.

    E claro que essa solucao e criticada por liderancas progressistas cuja principal motivacao nao e permitir um ambiente institucional que reconheca unioes gays, mas sim desestabilizar a familia e toda civilizacao existente em torno dela.
    Post edited by ufka_Cabecao on
  • Eu não sei... acho tão natural homem gostar de mulher, e vice-versa, que qualquer desvio deste comportamento parece absurdo. Pelo menos foi assim que meu avô ensinou meu pai, meu pai me ensinou e vou ensinar meus filhos. Já estava mais que na hora de alguém enfrentar os desmandos desse "Movimento Gay". Daqui a pouco, ter um comportamento sexual normal é que vai ser errado.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited julho 2012 Vote Up0Vote Down
    Fato: Na maioria e no geral, homens homossexuais não querem se casar, querem ter o direito de se casar, sendo sob a perspectiva deste fato que a polêmica deve ser analisada.

    Direitos institucionalizados são necessidades e aspirações de indivíduos e grupos que em algum momento foram consideradas justas pela sociedade e reconhecidos pela lei.

    Reinvidicar como direito algo que não se quer ou precisa só porque tal direito é concedido a outro grupo para o qual tais direitos são imprescindíveis é algo que fere o bom senso, mesmo que possa ser admitido como causa do ponto de vista jurídico.

    Nos casos específicos em que se aplicam, as necessidades básicas dos homossexuais envolvidos em uniões estáveis são basicamente as questões sobre propriedade comum de bens duráveis adquiridos durante a união, herança, extensão dos benefícios de dependente econômico a um dos parceiros nos contratos que estipulam tal condição e pensão post mortem.

    Todas as questões podem ser resolvidas através de contratos, testamento incluso, bastando que a legislação estabeleça ferramentas burocráticas mais eficazes para resolver o problema.

    A manutenção de um relacionamento amoroso e sexual, por si só, é uma situação de interesse privado e não público, sejam quem forem os membros desta união e as particularidades afetivas ou sexuais que envolvam.
    Reivindicar direitos com base no reducionismo deturpador do "se heterossexuais podem, homossexuais tem que poder também" é apenas isto, reducionismo deturpador.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited julho 2012 Vote Up0Vote Down
    Azathoth disse: Eu não sei... acho tão natural homem gostar de mulher, e vice-versa, que qualquer desvio deste comportamento parece absurdo. Pelo menos foi assim que meu avô ensinou meu pai, meu pai me ensinou e vou ensinar meus filhos. Já estava mais que na hora de alguém enfrentar os desmandos desse "Movimento Gay". Daqui a pouco, ter um comportamento sexual normal é que vai ser errado.

    Militantes e simpatizantes do "Movimento Gay" soltam gritinhos, rasgam seus babados e quebram suas unhas toda vez que alguém define relacionamentos heterossexuais como normais.

    E são.

    O termo normal não implica, necessariamente, em julgamento de valor.
    Gênios são tão anormais quanto loucos, sob qualquer conceito de normalidade, que no mais, serão sempre variações da idéia de desvio de padrão, padrão este que pode ser convencional e arbitrário.

    É a velha encheção de saco Politicamente Correta que insiste na tentativa de impor uma ideologia por meio do controle da linguagem. Algo parecido com o newspeak, de 1984, do Orwell.
    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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  • Sábias palavras, Acauan!

    Espero que o bom senso acabe revertendo essa pressão doentia do "Movimento Gay". E tem mais uma coisa: essa história do Politicamente Correto já encheu o saco mesmo, está na hora de parar com isso.
  • Enquanto se debate o mundo rola la fora.
  • Mig29 disse: Enquanto se debate o mundo rola la fora.


    O que esse comentario quer dizer?

    Voce se tornou anti-debate?
  • "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Mig29Mig29 Membro
    edited julho 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse: O que esse comentario quer dizer?

    Voce se tornou anti-debate?


    Significa que a realidade vai acabar por ultrapassar o debate. Este debate sobre os direitos dos homossexuais é uma reação a uma nova realidade concreta e que acredito não retorná atrás. Excepto se voltar a ser restaurado um regime politico autoritário.


    Post edited by Mig29 on

  • A realidade sempre vai "ultrapassar" os debates, quaisquer que eles sejam.

    O que ocorre e que voce acredita que uma visao de sociedade especifica se manifestara necessariamente independente do que se coloque em debate.

    Isso porque voce acredita ter o poder de compreender as dinamicas sociais envolvidas e ter formulado sua teoria definitiva para o fim da historia, como quase todo progressista.

    Um nao-progressista veria uma variedade de cenarios possiveis, e o processo de debate como instrumental para a manifestacao desses cenarios.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Em outras palavras, debater também influencia / molda / constrói a realidade.
    Uma realidade que, em muitos casos, depende mais da opinião das pessoas que de ações.
  • HuxleyHuxley Membro
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    Azathoth disse: Eu não sei... acho tão natural homem gostar de mulher, e vice-versa, que qualquer desvio deste comportamento parece absurdo. Pelo menos foi assim que meu avô ensinou meu pai, meu pai me ensinou e vou ensinar meus filhos.

    É falácia dizer que ser heterossexual é (ou parece) “mais natural” do que ser homossexual. De Douglas Futuyma no livro Biologia Evolutiva 3ª edição:

    “A natureza humana é um termo coloquial que exprime a noção de que seres humanos compartilham universalmente de uma disposição intrínseca para comportamentos particulares – uma disposição que reside em nossos genes.

    É difícil afirmar o que poderia ser ‘natural’ para os humanos, e o termo pode muito bem não ter sentido algum. O genótipo humano claramente tem uma norma de reação muito ampla (veja Capítulo 13) em relação à maioria dos comportamentos; qualquer um de muitos fenótipos pode se desenvolver, dependendo das circunstâncias. A norma de reação para a forma de crescimento em carvalhos-europeus (Quercus Alba) varia de delgado e de galhos curtos se a árvore cresce em uma floresta, até a grande largura se cresce em espaço aberto; seria absurdo considerar uma ou outra forma como não-natural. Igualmente, se uma pessoa se desenvolve para ser corajosa ou covarde, heterossexual ou homossexual, egoísta ou generosa dependendo da experiência prévia ou influência social, nenhum desses fenótipos pode ser visto como mais ‘natural’ do que outro. Alguns comportamentos, tais como usar piercings ou sinfônicas são raros ou ‘anormais’ (i.e., muitos diferentes da média), mas não fora do natural, pois a natureza humana é nossa norma comportamental de reação, o que inclui tudo o que se faz.”


    Post edited by Huxley on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    Da mesma forma, há espécies de peixes em que fêmeas viram machos e vice-versa quando faltam machos ou vice-versa.

    A gente cresce achando que isto ou aquilo é 'normal' porque é o que vemos à nossa volta, mas outras possibilidades existem disfarçadas, com medo da repressão da 'normalidade'.
    Post edited by Fernando_Silva on

  • Esse debate semantico a proposito de palavras como "natural" e bastante tosco.

    Sim, parecem haver instancias espontaneas de comportamento sexual ambivalente em algumas especies.

    Ha inclusive alguns cientistas propoe que em certas especieis haja fitness ecologico para individuos que apresentem padroes alternativos de comportamento sexual.

    Isso e uma mera curiosidade e nao muda o fato de que o comportamento heterossexual exclusivo e "mais natural".

    Isso porque o entendimento de naturalidade aqui nao e enquanto uma categoria em oposicao ao que quer que possa ser considerado anti-natural.

    Mas sim e o que se percebe como mais sintonizado com um padrao de funcionamento esperado de um sistema.

    Para seres humanos, andar sobre as patas traseiras e "mais natural" do que empregar membros anteriores, mas talvez haja individuos forcados por circunstancias geneticas ou adaptados a um ambiente onde se deslocar de outra maneira seja mais eficaz.


  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited agosto 2012 Vote Up0Vote Down
    ufka_Cabecao disse:
    Esse debate semantico a proposito de palavras como "natural" e bastante tosco.

    Além de geralmente se mostrar um estelionato intelectual, uma daquelas engenharias da palavra da ideologia PC.

    O uso coloquial do adjetivo "natural" não significa "encontrável na natureza", como querem fazer crer alguns.
    Se assim fosse, um bezerro de duas cabeças seria considerado coisa natural, dado que na natureza são observáveis.

    No dia a dia usa-se os termos "natural" e "normal" como significando dentro de um padrão.
    Um padrão, por si só, não define um juízo de valor, logo o que foge à "natureza" ou à "normalidade" pode ser tanto para melhor quanto para pior ou dar na mesma.

    Gênios são tão anormais ou fora do normal ou fora da natureza esperada quanto loucos ou idiotas.

    É um conceito arbitrário?
    Indubitavelmente.

    Injusto?
    Não necessariamente.

    O resto é patacoada ideológica.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
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