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Comentários
Concordo. nem sempre as mudanças vêm para bem. Mas se uma parcela da sociedade (ainda que, segundo alguns, ínfima) pede essa mudança, devemos ter razôes bastante fortes que sustentem a negação. E esta negação não pode estar ligada a números, isto é, não importa se são poucos os que pedem.
me faz lembrar de uma palestra que assisti no último ano.
O tema era a Lei Maria da Penha. Que falava sobre a legislação que protegia a mulher de violência doméstica. No meio da palestra um aluno pediu a palavra para perguntar se a Lei Maria da Penha protegia também os homens, a resposta foi NÃO, de acordo com a palestrante, a Lei somente protegia mulheres devido ao número de relatos de espancamento contra mulhers ser alto e não a homens devido ao baixo número de casos. A palestrante tentava, a todo custo, justificar isso.
Isto para mim é uma Lei porca, por que não poderiam fazer uma lei na qual ninguém pode espancar ninguém,seria mais abrangente e justa. É como se dissessem: "Existem homens que apanham de suas parceiras, mas é só um pouquinho. Não deveríamos nos preocupar com eles pois são poucos."
Conversando depois com um colega que estuda direito ele me explicou que a Lei é sim mais abrangente, mas não foi capaz de me dizer detalhes.
Pois é, essa pergunta tem que ser bem debatida antes que alguma lei seja mudada.
Leis não devem ser abolidas ou modificadas sem que as consequências sejam bem analisadas, principalmente quando mexem com costumes e instituições tão antigos.
Eu não gostaria que nosso sistema legal fosse tão vulnerável que qualquer reivindicação de alguma minoria pudesse afetá-lo. Simpatizo com esta causa em particular, mas posso não simpatizar com outras.
As principais reivindicações dos homossexuais se referem ao reconhecimento jurídico das uniões estáveis e suas implicações quanto a propriedade comum, herança, pensão e dependência econômica de um dos parceiros.
Todas estas questões podem ser resolvidas por contratos civis, bastando que se crie legislação específica que os regulamente.
Ocorre que a motivação da militância homossexual não é resolver problemas práticos e assim melhorar a vida dos indivíduos pertencentes a este grupo.
O objetivo final é substituir a escala de valores sociais vigente - que tem a família tradicional no topo - pelo relativismo de valores, no qual a definição de família deixa de existir e passa a ser um conceito mutável decretado pelo consenso das opiniões políticas dominantes - ou seja, o das militâncias organizadas - tanto quanto os demais valores fundamentais da sociedade.
Ou seja, as militâncias políticas organizadas querem um mundo no qual as militâncias políticas organizadas mandem.
Salvo exceções notórias, é bobo quem acredita que esta turma age por altruísmo.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Talvez mas eu nao consigo perceber o contexto onde essa distincao teria qualquer aplicabilidade.
A distincao de naturalidade entre relacoes homossexuais e heterossexuais e um aspecto importante dentro de um debate que procure formar um entendimento acerca do que constitui uma familia e do que nao constitui uma familia..
Ja uma possivel distincao de naturalidade entre comportamento homossexual e abiogenese me parece uma comparacao sem nenhum nexo.
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Eu acho que a questao e menos espistemologicamente complicada do que voce esta fazendo parecer.
Instituicoes aparecem na medida que certos comportamentos padroes sao adotados e reconhecidos.
A identidade domestica de um par homossexual ainda e menos natural do que a de um casal.
Isso nao tem nada a ver com a possibilidade da natureza produzir esse tipo de fenomeno, pois como sabemos, ela de fato produz.
Mas trata-se de um fenomeno relativamente recente na historia da sociedade moderna.
Um fenomeno que pode ser apenas uma moda passageira, como varios outros.
Institui-lo na marra e um equivoco na medida em que nao existe conhecimento atual suficiente para garantir que outras instituicoes nao sairiam prejudicadas.
Nao e porque num dado momento a natureza de certa forma produziu calcas boca de sino que estas se tornariam uma instituicao. Ainda bem.
Alguns homossexuais parecem estar sinceramente interessados em estabelecer relacoes monogamicas com um e apenas um co-homossexual. Isso com certeza e um direito individual inalienavel deles.
Mas o fato de ser um direito nao remove o carater aberrante desse comportamento e nao lhe confere qualquer tipo de status superior. E apenas um direito, assim como e um direito gaguejar ou nao escovar os dentes.
Sybok,
e interessante notar como as pessoas sao ao longo do tempo programadas para responder de uma maneira pavloviana a certas palavras. Elas possuem uma qualidade hipnotica, e sao usadas na forma de encantamentos quase religiosos.
"Direitos" e uma dessas palavras.
Eu acredito que em parte essa seja uma dificuldade da lingua portuguesa.
Em ingles existe o conceito de "entitlements" e o conceito de "rights". Embora a segunda palavra seja empregada em diversos contextos no sentido da outra, a distincao existe.
Em portugues ela se torna mais tecnica e complicada na forma de "direitos positivos e negativos" e "objetivos e subjetivos".
Eu confesso nao dominar totalmente essa separacao.
Mas entre "entitlements" e "rights" a coisa e bem mais clara.
Rights sao as categorias de decisao que sao prerrogativas da pessoa, e sobre as quais nenhuma esfera superior de poder tem a autoridade para legislar sobre.
Ja entitlements sao beneficios garantidos a certas pessoas as custas de outras, ou seja, transferencias de poder.
A maioria das reivindicacoes do tipo "gay rights" sao na verdade reivindicacoes de "entitlements".
Porque nao e um direito individual o controle sobre a opiniao e o reconhecimento que outras pessoas formam a respeito de voce e das maneiras que voce conduz sua vida.
O seu direito acaba na decisao individual de escolher com quem voce quer viver e como empregar os meios a sua disposicao da mananeira que lhe aprouver.
Forcar o reconhecimento gay e instituir um novo "entitlement", um poder de uns sobre outros.
A distincao entre direito e poder e fundamental e frequentemente borrada em discursos ideologicos.