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O Big Bang torna impossível a existência de Deus?

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Comentários

  • Mig29 disse: A coincidência dos opostos ( a respeito do infinito e finito em Deus) é um tema que pretendo explorar em Nicolau de Cusa. Se por acaso tiver alguém que saiba algo sobre o assunto não se iniba.

    Deus não pode ser finito e infinito ao mesmo tempo. É uma contradição. É por isso que grande parte dos teístas defendem a transcendência de Deus em relação à criação finita.
  • Mig29 disse:
    Divertido :)
    Considero masoquismo. Quando penso demais, deus some depressa.

    Se por um lado considero deus inacessível, tolamente ou não, quero alcança-lo. Deparo-me com muitas teorias, mas no fim recordo que todas estão erradas, pois deus é inacessível.

    Bom, se Deus é inacessível, então não pode ser pensado. Aí eu lhe pergunto pq vc pretende ficar pensando sobre o que não pode ser pensado? O resultado disso sempre será frustração.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Fernando disse: De novo. Ou eu percebo qualitativamente o que é esta impressão visual criada na retina, ou eu não sei o que é uma cor. Eu posso entender o que impressão na retina, posso entender o que é um comprimento de onda entre 500-565 nm e 600-530 THz. Mas sequer vou poder associar isso a uma cor se eu já não souber de antemão o que é uma cor.

    Toda definição depende de uma identificação prévia do que será definido.
    Quando identificação e descrição da cor são corretas, um cientista cego pode produzir luz verde regulando equipamentos de laboratório, mesmo ele próprio não tendo imagem visual do que está fazendo.

    Fernando disse: Eu acho que isso que vcs chamaram de definição de cor está mais pra propriedade matemática de uma cor do que pra definição da mesma.

    Definir é identificar algo descritivamente de modo inconfundível. A definição ondulatória identifica descritivamente de modo inconfundível a cor verde.

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • FernandoFernando Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: Toda definição depende de uma identificação prévia do que será definido.
    Quando identificação e descrição da cor são corretas, um cientista cego pode produzir luz verde regulando equipamentos de laboratório, mesmo ele próprio não tendo imagem visual do que está fazendo.

    Acauan, existe uma diferença qualitativa entre o verde-percebido e o amarelo-percebido. Entre a definição ondulatória do verde e do amarelo existe apenas uma distinção quantitativa. Então é mais do que óbvio que se vc pensar nas propriedades físicas das cores, vc pode defini-las segundo valores numéricos distintos. Só que se ninguém percebesse estas qualidades as cores não seriam para nós mais do que números.

    Então tudo o que vc está argumentando pressupõe que primeiro uma qualidade seja percebida para que depois seja descrita. Sem a percepção da qualidade em questão a definição de uma qualidade enquanto qualidade é completamente inútil.

    Post edited by Fernando on
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Fernando disse:
    Acauan, existe uma diferença qualitativa entre o verde-percebido e o amarelo-percebido. Entre a definição ondulatória do verde e do amarelo existe apenas uma distinção quantitativa. Então é mais do que óbvio que se vc pensar nas propriedades físicas das cores, vc pode defini-las segundo valores numéricos distintos. Só que se ninguém percebesse estas qualidades as cores não seriam para nós mais do que números.

    A questão posta era se as cores podiam ser definidas de algum modo.
    E podem.
    Os "só que" derivados são outras questões.

    Fernando disse: Então tudo o que vc está argumentando pressupõe que primeiro uma qualidade seja percebida para que depois seja descrita. Sem a percepção da qualidade em questão a definição de uma qualidade enquanto qualidade é completamente inútil.

    De novo, a questão não era a utilidade da definição e sim sua possibilidade.
    Post edited by Acauan on
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  • Fernando disse: Bom, se Deus é inacessível, então não pode ser pensado. Aí eu lhe pergunto pq vc pretende ficar pensando sobre o que não pode ser pensado? O resultado disso sempre será frustração.

    Masoquismo :)

    Não busco pensar deus, mas saber como viver num mundo onde deus é presença.

    Do ponto vista do Crente teísta sou ateu. Mas, nada resolve sobre a intuição de existir uma conexão entre tudo o que parece separado, nem sobre o limite
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Fernando disse: Eu acho que isso que vcs chamaram de definição de cor está mais pra propriedade matemática de uma cor do que pra definição da mesma.

    É uma definição que permite reproduzí-la de modo a que outra pessoa possa vê-la e sentir o que sentimos. Qual seria uma definição melhor de "verde"?
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Mig29 disse: Não consegue ver, não pode entender a definição.

    Editado: Pensei, o cego nem vai saber o que significa Ver.

    O cego vai entender a definição e, de posse do instrumental adequado, será capaz de reproduzir a cor descrita pela definição, mas, como é cego, realmente não poderá vê-la.

    Da mesma forma, um surdo pode ler música e até compô-la, mas sua experiência não será total.


    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando disse: Bom, se Deus é inacessível, então não pode ser pensado

    O infinito é inacessível e impensável pois não possui inicio nem fim. Podemos conceituar vagamente assim mesmo, o infinito é algo que não tem começo nem fim, nada mais que isso. É um conceito. Mas n~so se pode afirmar que 1/0 seja infinito.
  • Fernando disse: Johnny disse: E quem define os atributos do seu deus único? Que eu me lembre, é um conceito e não há nada que venha além de nossa própria limitação conceitual.


    Atributos não se definem, se percebem. Atributos são qualidades que constituem a essência de algo. Agora, sinceramente eu nunca vi ninguém definindo qualidades. Não me lembro de ter lido sobre isso em qualquer lugar. As cores são qualidades, por exemplo. Defina pra mim o verde. Não tem como. Qualidades são percebidas, podem no máximo serem explicadas, mas definidas, eu sinceramente acho que é impossível.

    Nunca conheci alguém que tenha "percebido" deuses.E mesmo assim, tenha percebido o dito cujo a ponto de dizer que o mesmo seja infinito (conceitual), bom, justo, amoroso e misericordioso, dadas as diversas variações religiosas e o que cada uma prega do mesmo.
  • Mig29Mig29 Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Fernando_Silva disse: O cego vai entender a definição

    A linguagem é fascinante. Certamente, o Cego pode escutar a definição.
    Reitero que não a pode "entender" como entendemos a cor.
    Fernando_Silva disse: e, de posse do instrumental adequado, será capaz de reproduzir a cor descrita pela definição,

    Não é a cor que ele vai reproduzir*, mas uma outra coisa qualquer através de uma determinada linguagem criada para o efeito. Ou, explique no caso, o ser capaz de reproduzir a cor descrita para entendermos todos o que você está a pensar.


    *Entenda-se, quando nos é pedido para reproduzir a cor, aparece no nosso cérebro a cor verde. O mesmo processo não vai acontecer no cego. Então, o cego até pode reproduzir a cor pedida, mas fazendo-o através de uma linguagem instrumental criada para o efeito.
    Post edited by Mig29 on
  • Acauan disse: Os "só que" derivados são outras questões.

    Podemos aprender coisas simples e inesperadas com frases como acima exposta.
    Não sei se o problema é só meu, mas a maior dificuldade para pensar bem é a indisciplina da mente.
    Tentar dividir os problemas em questões especificas e focar-se tão e somente na resposta à mesma é essencial.

    P.S. A escolástica tem muito a ensinar aos pedagogos modernos.
  • JohnnyJohnny Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    A questão não está somente na cor em si. Peça para um cego descrever as nuances de uma simples rosa. Se não há como uma máquina interpretar os sentidos humanos, não há como trasferí-los por informação.
    Post edited by Acauan on
  • Johnny disse: A questão não está somente na cor em si. Peça para um cego descrever as nuances de uma simples rosa. Se não há como uma máquina interpretar os sentidos humanos, não há como trasferí-los por informação.

    Se for capaz de descrever uma cor, todas a variações estão potencialmente incluídas. Continuo sem saber como um cego apreende uma cor.



  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Mig29 disse: Ou, explique no caso, o ser capaz de reproduzir a cor descrita para entendermos todos o que você está a pensar.

    Vai recriar a cor na forma de luz ou de tinta, desde que tenha o instrumental adequado e a informação completa. Mas, não, não ele não terá as mesmas sensações visuais que nós. Será apenas uma informação.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Johnny disse: Se não há como uma máquina interpretar os sentidos humanos, não há como trasferí-los por informação.

    Bem, a televisão faz isto.
  • sybok disse: Isso é complicado cara, mas basicamente sei disso da mesma forma que sei que existo e que o céu é azul. Deus se oculta na nossa ignorância, mas age no mundo o tempo todo e sua ação consciente no mundo pode ser percebida, tanto no mundo em si, quanto dentro de nós, já que a separação entre ele e nós não parece realmente existir.


    Já esperava por este tipo de resposta.
    Da mesma forma que vc sabe que Deus existe, os egípcios sabiam que Rá era o Deus Sol.

    Eu também sei que existo e como passei a existir.
    Sei que o céu é azul e porque ele é azul.

    Saber que Deus existe sem nenhuma evidência, apenas atribuindo características dos mais variados tipos sem nenhuma comprovação não parece ser lógico.

    Alguém que sabe que Deus existe mas considera tolo aquele que sabe que Rá existe porque já foi provado - pela pobre e limitada ciência humana :) - que o sol é apenas uma estrela, portanto o Deus Sol não passou de mera mitologia, não consegue perceber que comete o mesmo engano?

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Mig29 disse: Continuo sem saber como um cego apreende uma cor.

    Não apreende. Apenas a manipula da mesma forma que nós manipulamos informações que nos chegam por sensores externos e não por nossos 5 sentidos.
  • Mig29 disse: Se for capaz de descrever uma cor, todas a variações estão potencialmente incluídas. Continuo sem saber como um cego apreende uma cor.
    Se uma máquina pode descrever uma cor, "um cego pode reproduzí-la" foi o que o Fernando Silva disse, salvo eu enganado esteja.
  • Fernando_Silva disse: Bem, a televisão faz isto.

    Quem transfere a informação é um sistema de captação que transforma as informações apenas em impulsos elétricos. Não se pode por exemplo pedir para um computador desenhar e pintar uma rosa a partir de conceitos. Ele vai apenas copiar o que é inserido em seu banco de dados. Não recria, apenas copia. Um papagaio de imagens.
  • Acauan disse: Os "só que" derivados são outras questões.

    Não. Os "so que" são a questão. Eu estou interessado na qualidade singular do verde, não nas propriedades ondulatórias da luz. A qualidade verde, vc não definiu em lugar algum.
    Acauan disse: De novo, a questão não era a utilidade da definição e sim sua possibilidade.

    Ué, uma definição que é inútil perde completamente a sua função. Eu posso definir um ponto como o objeto de quatro lados, três ângulos, cujos pontos são equidistantes do centro e que é indivisível. Ótimo, defini o ponto e a minha definição não está errada. O ponto é que a minha definição tem que servir no mínimo pra me fazer compreender racionalmente o objeto definido.

    Muito embora a definição que vc apresentou me faça compreender racionalmente a cor verde, ela não serve em nada pra compreender o verde enquanto qualidade. Tudo o que vc me mostrou até aqui é que ou eu sei de antemão o que é o verde pq eu já percebi esta cor, ou eu não vou entender absolutamente nada sobre a qualidade verde.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Fernando disse: Não. Os "so que" são a questão. Eu estou interessado na qualidade singular do verde, não nas propriedades ondulatórias da luz. A qualidade verde, vc não definiu em lugar algum.

    No que você está interessado é outro "só que".
    Fernando disse: Ué, uma definição que é inútil perde completamente a sua função.

    Perder a função não significa perder a identidade.

    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Fernando de onde vem esse conhecimento prévio?
  • FernandoFernando Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Acauan

    Eu acho que estamos patinando por falta de clareza. Veja bem, o que eu quero dizer é que uma qualidade não pode ser compreendida por uma definição sem que, antes disso, já não seja compreendida através de uma percepção.

    Não me interessa tanto saber se é possível ou não definir a cor verde. O que me interessa é que sem a percepção do verde, nenhuma definição será capaz de reproduzir a qualidade singular que eu vejo quando observo a cor verde. Vc pode, por exemplo, reproduzir a ideia de um circulo na sua mente através da definição de circulo. Mas não pode reproduzir a percepção qualitativa do verde pela simples definição da cor. Um cego de nascimento, ou uma pessoa que não vê a cor verde, não aprenderiam nada sobre a qualidade de ser verde através dessa sua definição.
    Post edited by Fernando on
  • Mig29 disse: Fernando de onde vem esse conhecimento prévio?

    Que conhecimento prévio?
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