Clique AQUI para voltar ao forum NOVO!

Como vai, Forasteiro?!

Parece que você é novo por este pedaço. Se você quer se envolver, clique em algum destes botões!

Usuários nesta discussão

Olavo de Carvalho o que vocês acham ?

1568101113

Comentários

  • edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan: O que quis fazer foi uma diferenciação entre economista e "sociólogo" e "filosofo" da academia oficial brasileira atual. Me parece que os economistas são sérios e continuam sérios, têm uma seriedade que não compara com a "sociologia" e "filosofia" acadêmicas brasileiras atuais. E na época do auge de Celso Furtado, na década de 1960 já era assim na "sociologia" e "filosofia" acadêmicas brasileiras, com uma enorme influencia dos Marcuses e Adornos da vida e tenho a impressão que já havia os lixos de Lacan e Derrita e outros lixos do tipo na época do auge de Celso Furtado, na década de 1960.

    Então para comparar com o Celso Furtado da década de 1960, se teria que comparar com um economista de centro-esquerda hoje (e também pelo fato de que Celso Furtado era mais de centro-esquerda do que de esquerdona), e não com uma "filosofa" de academia como a palhaça Chaui e que além disso é de esquerdona. Foi isso que eu quis dizer quando eu escrevi que Celso Furtado é economista.
    Post edited by LaraAlvaerengaSip on
  • Acauan escreveu: »
    Convivi um tempo com professores doutores de Humanidades de uma tradicionalíssima Universidade privada. Se aquilo era elite intelectual, eu sou o general Custer.
    Ouvi coisas que gerariam vergonha no Facebook em um ambiente que deveria ser o mais ilustrado.

    E, claro, a má e velha contaminação marxista rançando todo pensamento.

    Tive uma disciplina na faculdade (curso tecnológico, na rede pública) que era ministrada por um professor ítalo-brasileiro ex-padre, desses com sotaque e tudo. O curso não atraia nada que formasse um "intelectual" que é prerrogativa das "humanas" e era focado no mercado de trabalho, mas não impedia de aparecer, o que é normal, de vez em quando alguém mais politizado e/ou erudito. Mas voltando ao professor em questão... Bem, ele aparentava ser um grande conhecedor de filosofia e teologia (apesar de quase nunca discutir esses assuntos em sala) e ele disse a pérola de que Marx foi o autor que fez a melhor análise sobre o capitalismo. E olha que ele não era nada de marxista ou suas variantes, acredito que ele era centrista, mas o marxismo é forte em tudo quanto é lugar.

    Mas sinceramente não sei o quanto ele manjava de filosofia e teologia (acredito que os padres das antigas tinham que estudar muito essas disciplinas) e por isso não saberia dizer se ele mesmo manjava o quanto acreditavam.

    Aposto que essa universidade citada por você era a PUC.
  • Angra_MayniuAngra_Mayniu Membro
    edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    PS. depois de googlar vi que é ele mesmo, acho que o livro foi para explicar o fracasso do chamado "plano trienal".
    Esse cara ainda é amado pela esquerda?
    Se tem a ver com João Goulart, pode ter certeza que é. Qualquer fracasso daquele governo vai ser posto na conta do golpismo, dos EUA, da CIA, da especulação financeira, do que for, menos da incompetência do próprio governo.
    Post edited by Angra_Mayniu on
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    Apatico escreveu: »
    O que me leva a pergunta: Então não há mais um legítimo representante de uma Elite Intelectual vivo no Brasil? Se não, qual foi o último? Ainda há uma Elite Intelectual no Ocidente? O que acha de Roger Scruton?

    Primeiro teríamos que definir melhor o que é elite intelectual.
    No Brasil isto virou sinônimo de ostentação de títulos, o que explica porque a vaca foi pro brejo no que se refere à inteligência por aqui.

    Uma elite intelectual de verdade é aquela que adquiriu conhecimento geral e amplo comparável aos dos estudiosos antigos, especializou-se em determinado ramo do conhecimento e neste ramo promoveu avanços significativos.

    Sinceramente não vejo muita gente assim no Brasil de hoje.

    Já no Ocidente o cenário não é tão estéril.
    Um dos modelos de intelectual completo que tive por boa parte da vida foi Bertrand Russell, por quem conservo imensa admiração, mas desenvolvi com a idade alguma reserva.

    Jared Diamond é hoje um exemplo que daria deste intelectual completo, que depois de estudar e dominar profundamente áreas de conhecimento profundamente técnicas, se embrenhou em fins de mundo e desenvolveu pesquisas avançadas com impacto em nossa visão de como civilizações se criam e desenvolvem. A quantidade de dados que ele domina com segurança para chegar a cada conclusão mínima é simplesmente colossal.

    E do Scruton só ouvi falar. Não li e até hoje não me interessei muito.





    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Acauan: O que quis fazer foi uma diferenciação entre economista e "sociólogo" e "filosofo" da academia oficial brasileira atual.

    Ok, esclarecido.

    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    Moisés escreveu: »
    Tive uma disciplina na faculdade (curso tecnológico, na rede pública) que era ministrada por um professor ítalo-brasileiro ex-padre, desses com sotaque e tudo. O curso não atraia nada que formasse um "intelectual" que é prerrogativa das "humanas" e era focado no mercado de trabalho, mas não impedia de aparecer, o que é normal, de vez em quando alguém mais politizado e/ou erudito.

    Sinceramente, tenho encontrado mais eruditos técnicos do que se espera e menos nas Humanas do que deveria.
    O próprio Antônio Angueth citado é engenheiro.

    Moisés escreveu: »
    Mas voltando ao professor em questão... Bem, ele aparentava ser um grande conhecedor de filosofia e teologia (apesar de quase nunca discutir esses assuntos em sala) e ele disse a pérola de que Marx foi o autor que fez a melhor análise sobre o capitalismo. E olha que ele não era nada de marxista ou suas variantes, acredito que ele era centrista, mas o marxismo é forte em tudo quanto é lugar.

    Mas ele está completamente certo.
    A análise que Marx faz do capitalismo é excelente em vários pontos, errada nos conceitos de Valor Trabalho e Mais Valia e falsificada quanto a alguns dados históricos que ele sabidamente manipulou.
    Entretanto, no geral, a abordagem histórica da evolução do capitalismo, dentro de uma visão econômica clássica é de fato bem científica.
    O problema não está na análise, mas no salto infinito que há entre a parte analítica da obra de Marx e o marxismo em si, que a partir de certo momento se desprende de qualquer base de sustentação na realidade e almeja ser uma verdade em si mesmo, uma verdade profética fundamentada na crença do materialismo histórico e da luta de classes.

    Moisés escreveu: »
    Mas sinceramente não sei o quanto ele manjava de filosofia e teologia (acredito que os padres das antigas tinham que estudar muito essas disciplinas) e por isso não saberia dizer se ele mesmo manjava o quanto acreditavam.

    Os padres estrangeiros que vieram para o Brasil costumavam ser muito cultos. Vários eram poliglotas, sabiam ler latim e conheciam os clássicos. Não seria estranho se fosse o caso deste.

    Esta estirpe continha viva nos Mosteiros Beneditinos, por exemplo.

    Moisés escreveu: »
    Aposto que essa universidade citada por você era a PUC.

    Weeelll...

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    sybok escreveu: »
    Celso Furtado não foi aquele com um plano econômico desastroso, que depois escreveu um livro com desculpinhas só pra explicar como devido a falta de tempo para bolar um plano melhor, saiu aquele lixo, e para explicar como as coisas "realmente" deveriam ter sido feitas?

    PS. depois de googlar vi que é ele mesmo, acho que o livro foi para explicar o fracasso do chamado "plano trienal".
    Esse cara ainda é amado pela esquerda?

    Por outro lado, havia muito do pensamento de Furtado nas políticas que levaram ao Milagre Econômico no regime militar, uma das muitas contradições do regime.
    Hoje fala-se do período como um estrondoso fracasso, mas quase toda a infra-estrutura de integração nacional, principalmente telecomunicações e geração de energia foi construída naquele período muito curto.
    E se não fosse a crise do Petróleo, talvez tivesse dado certo ou menos errado.

    E sim.
    Todo esquerdista tipo Petista moderno tem que seguir a cartilha de elogiar o desenvolvimentismo de Furtado e ridicularizar o liberalismo de Roberto Campos.

    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    [quote="Angra_Mayniu;56381Se tem a ver com João Goulart, pode ter certeza que é. Qualquer fracasso daquele governo vai ser posto na conta do golpismo, dos EUA, da CIA, da especulação financeira, do que for, menos da incompetência do próprio governo.[/quote]

    Incompetência esta que beirava o inacreditável.

    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • MoisésMoisés Membro
    edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan escreveu: »
    Mas ele está completamente certo.
    A análise que Marx faz do capitalismo é excelente em vários pontos, errada nos conceitos de Valor Trabalho e Mais Valia e falsificada quanto a alguns dados históricos que ele sabidamente manipulou.
    Entretanto, no geral, a abordagem histórica da evolução do capitalismo, dentro de uma visão econômica clássica é de fato bem científica.
    O problema não está na análise, mas no salto infinito que há entre a parte analítica da obra de Marx e o marxismo em si, que a partir de certo momento se desprende de qualquer base de sustentação na realidade e almeja ser uma verdade em si mesmo, uma verdade profética fundamentada na crença do materialismo histórico e da luta de classes.

    Ufa!

    Sim, eu ainda não estudei nada de marxismo ao ponto de discutir nada com ninguém e achava, por preconceito mesmo, que o que ele afirmou era uma besteira. Bom ver que não era.
    Acauan escreveu: »
    Os padres estrangeiros que vieram para o Brasil costumavam ser muito cultos. Vários eram poliglotas, sabiam ler latim e conheciam os clássicos. Não seria estranho se fosse o caso deste.

    Esta estirpe continha viva nos Mosteiros Beneditinos, por exemplo.

    Vi no Lattes dele que ele se formou na Itália na década de 1960 e 1970 em teologia e filosofia, respectivamente. Deve manjar um bocado sim.
    Post edited by Moisés on
  • Acauan: Mas mesmo na parte da análise do capitalismo feita por Marx que têm a ver, ela só vale para explicar o capitalismo até a primeira metade do século XIX, no máximo dos máximos até o terceiro quarto do século XIX, depois já começa a não ter nada a ver (e alais mesmo antes para mim, ela só tinha 50% de validade, não me parece que ele tenha sido nunca o melhor, nessa analise, mas foi um dos melhores). E me parece que depois de Engels e dos últimos marxistas não adeptos da teoria do imperialismo, o marxismo praticamente acabou como uma linha de pensamento sério. Na década de 1930, o marxismo já era praticamente um cadáver.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Mas mesmo na parte da análise do capitalismo feita por Marx que têm a ver, ela só vale para explicar o capitalismo até a primeira metade do século XIX, no máximo dos máximos até o terceiro quarto do século XIX, depois já começa a não ter nada a ver...

    Exato, mas é preciso lembrar que a industrialização acelerada do Ocidente na época criou um dinamismo de forças inédito na História. Marx surfou mal nas ondas deste dinamismo, seu erro mais crasso foi crer que o capitalismo industrial fomentaria a Revolução do proletariado, que veio a ocorrer na Rússia predominantemente agrária. Claro que a Rússia pré-Primeira Guerra não era tão atrasada quanto os esquerdistas querem fazer crer (as estatísticas mostram consumos de carvão e produção de aço comparáveis aos da França, por exemplo), mas o fato é que o avanço do capitalismo na Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e França sufocou o interesse proletário na Revolução e mesmo na Rússia ela só vingou pelo oportunismo dos Bolcheviques, a incompetência do Czar e o desastre da participação russa na guerra.
    (e alais mesmo antes para mim, ela só tinha 50% de validade, não me parece que ele tenha sido nunca o melhor, nessa analise, mas foi um dos melhores).

    A análise que Marx faz do capitalismo é bastante técnica e - de modo um tanto contraditório - notoriamente conservadora para um teórico revolucionário. É esta capacidade de purgar sua verve revolucionária de seus conteúdos analíticos que dão valor a esta parte de sua obra.

    E me parece que depois de Engels e dos últimos marxistas não adeptos da teoria do imperialismo, o marxismo praticamente acabou como uma linha de pensamento sério. Na década de 1930, o marxismo já era praticamente um cadáver.

    O Marxismo sobrevive firme, forte e ameaçador como contaminação cultural, capaz de se mesclar a qualquer linha de pensamento e cooptá-la.
    Como é claro que Marxismo não pode ser sujeito de nada, a ação é dos intelectuais marxistas, que unidos mais pela crença comum que por uma organização central tentam construir por vias abstratas a Revolução que não vingou no Ocidente.

    Note que praticamente todo pensamento Relativista converge para conceitos marxistas, como Materialismo e oposição às instituições estabelecidas.
    Um exemplo óbvio é a Ideologia do Politicamente Correto, onde relativismo e marxismo criam um ativismo baseado no sectarismo de classes (raça, gênero, preferência sexual) que divide a sociedade entre opressores e oprimidos e inicia um combate cultural contra o que seriam classes opressoras - brancos, homens, heterossexuais -. No processo sequestram as instituições e a moral da sociedade para usá-las contra elas próprias. Todo Politicamente Correto posa de moralmente superior, ao mesmo tempo que acusa de moralista os que defendem os valores que quer destruir.
    O absurdo é óbvio, mas bem conduzido por técnicas de abordagem de massa e controle das mídias, tem funcionado. Quando deixar de funcionar, o marxismo se mesclará a alguma outra tendência influente e continuará influenciando pensamentos, até que seja eficazmente combatido neste nível, não apenas na superfície do debate político partidário.


    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan: Quanto eu falei que o marxismo já estava quase morto já na década de 1930, eu falei num sentido de que os autores marxistas novos já daquela época não conseguiam entender melhor a realidade, perceber melhor as coisas. Na verdade, foi a partir da teoria do imperialismo que o marxismo parou de conseguir entender a realidade, ou sequer perceber a realidade, e tanto o leninismo quando Marcuse e Adorno eram partidários da teoria do imperialismo. Aliais são os resíduos da teoria do imperialismo a maior pedra no sapato para o próprio politicamente correto, com o multiculturalismo tendente a justificar atrocidades entre os povos "oprimidos", e os grupos que o politicamente correto quer atrair (ou pelo menos suas bases, seus membros comuns) não são burros, inclusive considerando que esses povos de origem não-ocidental, hoje em dia precisam do comércio com o ocidente às vezes até mais do que o ocidente precisa deles e além disso às vezes até mesmo precisam das chamadas "ajudas de cooperação" e dado isso, e também o fato de que eles estão se industrializando, isso dá muitíssimos riscos de efeitos imitação no ocidente, inclusive por causa das imigrações, mas mesmo sem isso, e além disso, com mais países opressivos no mundo, diminuem os países para os quais as pessoas que não querem ser oprimidas podem imigrar.

    Então quer dizer o apoio de grande parte do politicamente correto ao "multiculturalismo" extremo justificar de atrocidades internas em outros povos, mesmo quando inseridos no comércio ou nas ajudas internacionais, é um tiro no pé, que afasta as pessoas comuns não fanáticas de outros grupos que eles queiram cooptar como as mulheres, por exemplo, inclusive também por contradições entre a parte das mulheres e até mesmo a parte do próprio feminismo formal, mais a favor de ajudas a maternidade do que de depreciar a maternidade, e o movimento transsexual e a parte anti-maternidade do feminismo (e nas mulheres comuns só uns 15% delas são anti-maternidade, pois mesmo entre as 20% de mulheres que aos 50 anos não têm filhos, 5% foi porque não puderam quer por motivos físicos quer por psicológicos mas que na verdade queriam ter tido filhos) e toda a parte do feminismo a favor de que as mulheres possam ser policiais da parte física de atividades policiais por exemplo, e até que sejam 50% delas é contraditória com a parte do feminismo a favor de leis como a Maria da Penha, e é a primeira parte do feminismo que é a favor da união com o movimento transsexual sendo que só 20% tem afinidades com essa união com o movimento transsexual, isso e mais a ambiguidade com relação ao islamismo, afasta 80% das mulheres das versões mais extremistas e anti-sistema do feminismo.

    Igualmente na questão do racismo, a maioria dos negros e mulatos escuros e médios que não é fanática e percebem casos como a perseguição dos cristãos e animistas negros e mulatos do Sudão pelos muçulmanos também negros do Sudão, e inclusive da perseguição de negros e mulatos do crime organizado contra outros negros e mulatos, não são tão fáceis assim de cooptar pelas versões mais radicais e influenciadas pelos movimentos "anti-imperialistas" e quase abolicionistas penais do politicamente correto.

    Igualmente as pessoas com noções mais de nacionalismos de idéias do que de nacionalismos de países (muito menos nacionalismos de países ou culturas ao avesso com auto-desprezo como ocidental por causa da teoria do imperialismo), então quer dizer, um social-liberal francês ou americano que se sente mais identificado com um social-liberal de origem muçulmana mas na verdade teísta secreto no mundo islâmico do que com uma pessoa de esquerdona do seu próprio país. Me parece que unos 25% dos "nascidos" islâmicos nos países de maioria islâmicas são na verdade teístas, deístas ou mesmo em alguns casos ateus, e são na verdade social-liberais ou conservadores-liberais do tipo do partido conservador da Grã-Bretanha, e eles me parecem mais meus compatriotas do que uns tipos do PC do B ou intimamente a favor de ideias como as do PC do B no Brasil e me parece que cerca de um quarto dos membros do PT são a favor de ideias como as do PC do B no Brasil e mais um quarto são a favor das ideias do anti-imperialismo e de Marcuse e Adorno e do multiculturalismo extremo, então metade do PT é podre, mas há a outra metade, a metade séria e a justamente a parte mais com sindicalismo do tipo mais hedonista e prático, tanto no sindicalismo trabalhista quanto no sindicalismo do tipo outros grupos como mulheres e negros, essa parte mais hedonista e prática de diversos tipos de sindicalismo está mais disposta a argumentar em termos do interesse bem entendido dos outros do que no quanto pior melhor, e os 50% de membros anti-sistema do PT não tem como levar as pessoas estilo sindicalismo de diversos tipos no PT mais por motivos hedonistas e práticas, a parte 50% anti-sistema do PT, não tem como levar esses 50% moderados para o seu estilo contraditório anti-sistema, e em se tratando dos votantes sem carnê de partido então....uns 95% dos eleitores atuais do PT são do tipo hedonistas práticos e não anti-sistema.
    Post edited by LaraAlvaerengaSip on
  • Acauan escreveu:
    Jared Diamond
    Não conhecia. Joguei o nome no google. Achei isso: http://spectator.org/articles/35047/jared-diamond-western-civilization-you-didnt-build

    Não li o livro e não está nas minhas prioridades nesta década, mas segundo o artigo, um determinista geográfico descrente em valores culturais que credita o sucesso europeu à "sorte de idiota".
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Apatico escreveu: »
    Acauan escreveu:
    Jared Diamond
    Não conhecia. Joguei o nome no google. Achei isso: http://spectator.org/articles/35047/jared-diamond-western-civilization-you-didnt-build

    Não li o livro e não está nas minhas prioridades nesta década, mas segundo o artigo, um determinista geográfico descrente em valores culturais que credita o sucesso europeu à "sorte de idiota".
    O que Jared diz, resumindo muito, é que o progresso de uma civilização depende de fatores como animais domesticáveis (porcos, vacas, ovelhas etc.) que possam ser criados em cativeiro, eliminando-se a imprevisibilidade da caça. E de alimentos que possam ser plantados (trigo, arroz etc.). Além de jazidas de minérios como ferro e carvão e meios de transporte como cavalos e camelos.

    Os povos que não tinham acesso a isto, como a maior parte dos africanos, permaneceram como caçadores coletores.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    Quanto eu falei que o marxismo já estava quase morto já na década de 1930, eu falei num sentido de que os autores marxistas novos já daquela época não conseguiam entender melhor a realidade, perceber melhor as coisas. Na verdade, foi a partir da teoria do imperialismo que o marxismo parou de conseguir entender a realidade, ou sequer perceber a realidade, e tanto o leninismo quando Marcuse e Adorno eram partidários da teoria do imperialismo.

    O que ocorre com o pensamento Marxista a partir dos anos 30 é que praticamente todos os intelectuais engajados foram recrutados pelo Partido Comunista da União Soviética ou, mais exatamente, por Stalin e se tornaram apenas porta vozes das estratégias de propaganda estabelecidas por Moscou.
    A criatividade que marcou este pensamento nas décadas anteriores, com Gramsci e Rosa Luxemburgo por exemplo, seria sufocada pela burocratização da intelectualidade comunista, que aceitou se submeter a um comando central por conta de uma lealdade canina ao Partido e à Internacional, que como dito, nada mais era que obediência aos desejos e planos de Stalin.

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    Apatico escreveu: »
    Acauan escreveu:
    Jared Diamond
    Não conhecia. Joguei o nome no google. Achei isso: http://spectator.org/articles/35047/jared-diamond-western-civilization-you-didnt-build

    Não li o livro e não está nas minhas prioridades nesta década, mas segundo o artigo, um determinista geográfico descrente em valores culturais que credita o sucesso europeu à "sorte de idiota".

    Note que citei Diamond como modelo de intelectual, sem expressar juízo de valor sobre o pensamento dele.
    Olavo de Carvalho fala muito que está formando uma Elite Intelectual no Brasil, mas comparado a perfis como o de Diamond podemos questionar se o próprio Carvalho se enquadraria nesta tal elite. Que Olavo de Carvalho acumulou muito conhecimento em leituras ao longo da vida é fato autoevidente em sua obra - o que torna apenas ruído de fundo o que os detratores dele acham ou dizem a respeito - porém, ler muito e construir um conhecimento individual é um mérito que fica abaixo de outro que também fez isto e, indo além, ultrapassou os limites das referências disponíveis sobre sua especialidade de conhecimento, tornando-se ele próprio a referência.

    Jared Diamond viveu anos em aldeias nos confins do mundo direcionando pesquisas que envolviam da biologia molecular à linguística. Se muitas das premissas dele são discutíveis - e muito - a profundidade de conteúdo e a disciplina metodológica de seu trabalho é nada menos que colossal. Qualquer um que tente superá-lo terá que empenhar uma vida inteira de trabalho para isto.
    É neste nível que se define a verdadeira Elite Intelectual.
    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Fernando_Silva escreveu: »
    Apatico escreveu: »
    Acauan escreveu:
    Jared Diamond
    Não conhecia. Joguei o nome no google. Achei isso: http://spectator.org/articles/35047/jared-diamond-western-civilization-you-didnt-build

    Não li o livro e não está nas minhas prioridades nesta década, mas segundo o artigo, um determinista geográfico descrente em valores culturais que credita o sucesso europeu à "sorte de idiota".
    O que Jared diz, resumindo muito, é que o progresso de uma civilização depende de fatores como animais domesticáveis (porcos, vacas, ovelhas etc.) que possam ser criados em cativeiro, eliminando-se a imprevisibilidade da caça. E de alimentos que possam ser plantados (trigo, arroz etc.). Além de jazidas de minérios como ferro e carvão e meios de transporte como cavalos e camelos.

    Os povos que não tinham acesso a isto, como a maior parte dos africanos, permaneceram como caçadores coletores.
    Com alguns desconto, poderia tomar como verdade até a revolução industrial, descontando que inovações agrícolas podem tornar territórios produtivos. Veja o caso brasileiro. Depois da industrialização, esse determinismo perdeu todo o sentido. Singapura era a nação mais pobre do mundo há pouco mais de meio século. Hoje está entre as mais ricas.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    Apatico escreveu: »
    Com alguns desconto, poderia tomar como verdade até a revolução industrial, descontando que inovações agrícolas podem tornar territórios produtivos. Veja o caso brasileiro. Depois da industrialização, esse determinismo perdeu todo o sentido. Singapura era a nação mais pobre do mundo há pouco mais de meio século. Hoje está entre as mais ricas.

    Diamond identifica os fatores geográficos como determinantes no desenvolvimento mais rápido da Eurásia em relação aos outros continentes e a partir daí explica porque no século XIX a Europa era uma civilização industrial, científica e tecnológica com organização político-social complexa, enquanto os aborígenes australianos viviam ainda na Idade da Pedra.

    A análise parte de 50.000 anos atrás, quando todos os povos eram caçadores-coletores, e a partir daí alguns estabeleceram a agricultura, a pecuária, a escrita e a metalurgia, enquanto outros continuaram caçadores-coletores.

    Fica evidente que quando um povo conquistava um progresso técnico, como por exemplo a domesticação de determinadas plantas, os povos próximos rapidamente copiavam a experiência e assim o progresso se disseminava.
    O longo eixo leste-oeste da Eurásia tornava esta disseminação mais rápida do que na Austrália ou nos Andes, isolados pelo mar ou barreiras geográficas.

    Uma vez que não existem mais regiões isoladas, povos atrasados civilizacionalmente podem copiar os modelos bem sucedidos e avançar rapidamente, como foi o caso da Singapura atual, o que não era possível aos Índios que habitavam o Brasil antes de 1500, por exemplo.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Ah, sim, entendido.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Mas e quanto à China e à Índia (e no caso da China além do mais com um clima temperado)? São regiões na maioria úmidas, e com criação de gado.
    E mesmo em parte as partes de oasis do mundo islâmico, que embora sejam minoritárias também existem. Mas nesse caso, ainda poderia ser o fato de serem minoritárias, mas não na China e na Índia.
  • edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    Acauan escreveu: »
    Quanto eu falei que o marxismo já estava quase morto já na década de 1930, eu falei num sentido de que os autores marxistas novos já daquela época não conseguiam entender melhor a realidade, perceber melhor as coisas. Na verdade, foi a partir da teoria do imperialismo que o marxismo parou de conseguir entender a realidade, ou sequer perceber a realidade, e tanto o leninismo quando Marcuse e Adorno eram partidários da teoria do imperialismo.

    O que ocorre com o pensamento Marxista a partir dos anos 30 é que praticamente todos os intelectuais engajados foram recrutados pelo Partido Comunista da União Soviética ou, mais exatamente, por Stalin e se tornaram apenas porta vozes das estratégias de propaganda estabelecidas por Moscou.
    A criatividade que marcou este pensamento nas décadas anteriores, com Gramsci e Rosa Luxemburgo por exemplo, seria sufocada pela burocratização da intelectualidade comunista, que aceitou se submeter a um comando central por conta de uma lealdade canina ao Partido e à Internacional, que como dito, nada mais era que obediência aos desejos e planos de Stalin.

    Na verdade, não só o stalinismo que é fora da realidade, mas o leninismo todo também, e marxistas não-leninistas como Marcuse e Adorno, na maioria são fora da realidade também (e sem dúvida que Marcuse e Adorno são fora da realidade). O problema é a teoria do imperialismo, que está errada, e essa teoria teve influencia mais ampla do que o stalinismo e mesmo influencia mais ampla do que o leninismo. O problema foi quando não se cumpriu a profecia de pauperização absoluta dos operários de industrias e inventaram o teoria do imperialismo para "explicar" esse fato.
    Post edited by LaraAlvaerengaSip on
  • Mas e quanto à China e à Índia (e no caso da China além do mais com um clima temperado)? São regiões na maioria úmidas, e com criação de gado.
    E mesmo em parte as partes de oasis do mundo islâmico, que embora sejam minoritárias também existem. Mas nesse caso, ainda poderia ser o fato de serem minoritárias, mas não na China e na Índia.

    E estes povos construíram civilizações gigantes, em vários momentos mais avançadas que o Ocidente.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Apatico escreveu: »
    Mas e quanto à China e à Índia (e no caso da China além do mais com um clima temperado)? São regiões na maioria úmidas, e com criação de gado.
    E mesmo em parte as partes de oasis do mundo islâmico, que embora sejam minoritárias também existem. Mas nesse caso, ainda poderia ser o fato de serem minoritárias, mas não na China e na Índia.

    E estes povos construíram civilizações gigantes, em vários momentos mais avançadas que o Ocidente.

    É mas não foram pioneiros em industrialização e desde o século XVII que são menos desenvolvidos do que a Europa ocidental e países derivados em povoamento, e em se tratando da China continental mesmo e da Índia, ainda hoje são pobres, apesar de alguns mitos em contrário, mas em PIB PER CAPITA, PER CAPITA que é o realmente interessa, têm um pib per capita de um terço a menos do que o do próprio Brasil, por exemplo, sendo que o Brasil já não é muito desenvolvido. Verdade que há os tigres asiáticos que aí sim são ricos mesmo, e o Japão, mas a China continental que é muito maior e a Índia também, mas continua menos desenvolvidos.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited janeiro 2014 Vote Up0Vote Down
    É mas não foram pioneiros em industrialização e desde o século XVII que são menos desenvolvidos do que a Europa ocidental e países derivados em povoamento, e em se tratando da China continental mesmo e da Índia, ainda hoje são pobres, apesar de alguns mitos em contrário, mas em PIB PER CAPITA, PER CAPITA que é o realmente interessa, têm um pib per capita de um terço a menos do que o do próprio Brasil, por exemplo, sendo que o Brasil já não é muito desenvolvido. Verdade que há os tigres asiáticos que aí sim são ricos mesmo, e o Japão, mas a China continental que é muito maior e a Índia também, mas continua menos desenvolvidos.

    Diamond analisa diferenças no progresso civilizacional em períodos de milhares de anos. Diferenças resultantes da industrialização estão sendo rapidamente compensadas por vários países que chegaram mais tarde, assim como determinados povos desenvolveram depois a agricultura e a escrita copiando as técnicas desenvolvidas pelos pioneiros. Frequentemente faziam isto com centenas de anos de atraso, mas estabeleciam uma tendência a nivelar-se - em maior ou menor grau - no mesmo nível técnico da civilização modelo. Muito diferente das sociedades de caçadores coletores, que milhares de anos depois do ponto de partida comum, continuavam nos marcos iniciais da evolução civilizacional.

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Apatico escreveu: »
    Mas e quanto à China e à Índia (e no caso da China além do mais com um clima temperado)? São regiões na maioria úmidas, e com criação de gado.

    E estes povos construíram civilizações gigantes, em vários momentos mais avançadas que o Ocidente.

    China e índia fazem parte do Eixo Eurasiano onde a evolução civilizacional foi mais bem sucedida.

    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Entre ou Registre-se para fazer um comentário.