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Argumentos contra a existência de Deus: o Problema do Mal

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Comentários

  • Marcio disse: O deus da sua teoria não se encaixa na questão do problema do mal.

    independente da origem, o mal pode ser considerado a causa de um sofrimento, porem como "tristeza de um é alegria do outro" continua sendo relativo a interpretação dos sentimentos pessoais.
    interessante que sempre que se discute , torna-se difícil deixar de relacionar Deus a moralidade humana e os sentimentos e não poderia ser de outra forma ja que os sentimentos são os sentidos da vida.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited maio 2013 Vote Up0Vote Down
    sybok disse: e atribui essa nova bondade a deus.

    e qual seria anova bondade que eu estou querendo atribuir a Deus ?
    sybok disse: CRIATURO disse: o mal para o ser humano é a ignorância, para Deus a ignorância humana é a solução para criação da vida.

    Isso muda o significado da palavra, o que torna sem sentido atribuir qualquer conceito de bondade a Deus.

    atribuir seria o mesmo que o homem humanizar Deus isso é impossível ,mas creio que seja possível Deus auto limitar-se ao nivel da raça humana.
    sybok disse: Isso não significa que seja necessário sentir TODO tipo de coisa,

    para haver opção na liberdade de escolha para auto formação do ser "eu" é necessário a existência minima de duas referências "diferentes" de sentimentos, quando nos agrada convencionamos de bem, quando não do mal.
    penso que o mal represente apenas uma diferença do nível de consciência entre Deus e o homem, se voce privar o homem da ignorância e da liberdade de se poder escolher sentir as conseqüências das más ações ele perde "sua" personalidade própria, torna-se inexistente voltando a ser a maior consciência Deus.
    sybok disse: nem ter TODO tipo de liberdade.

    a ignorância absoluta permite a livre formação do ser"eu", inicialmente através das ações mecânica reagindo proporcionalmente "dois" tipos de sentimentos : "o agradável" e o "desagradável" o desejo da escolha por um desses "dois" sentimentos é o que determina a intenção da futuras escolhas que passarão a formar a "razão" nova personalidade do ser "eu".
    Quanto ao livre arbítrio esse só pode ser absoluto no "desejo"
    Post edited by CRIATURO on
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CRIATURO disse: ok pai percidoido yuyu, vou ver se consigo assistir depois conversamos a respeito.

    Assiste todos os episódios e aproveite e leia sobre Xintoísmo.



    CRIATURO disse: então continue com sua criticas vazias se acha que esta acrescentando algo

    Te mostrei o caminho das pedras e apontei seus micos, se você quer ser cego e ignorar isso problema é teu.




    CRIATURO disse: eu não! a sua burrice me assusta, falta de argumento e mau humor resulta em baixaria, se não sabe brincar então porque insiste nestas suas piadinhas.
    ou será que se ofendeu porque realmente acredita ver gente morta.

    Criaturo novamente me chamando de burro alimentando seu gene egoísta se afastando ca consciência máxima Deus.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • Azathoth disse: Um Deus maligno, amoral ou indiferente passaria pelo Problema do Mal sem problema (rs!) mas não o Deus judaico-cristão, que ama a humanidade (João, 3:16), que pune os maus e recompensa os bons. Mas o Criaturo não entende ou não quer entender isso...

    E como diria o filósofo El Chavo del Ocho: "Depois eu que sou burro".
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • sybok disse: Se o mal já não é mais o mal, o bem também não é mais o bem.

    Excelente.

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    CRIATURO disse:
    independente da origem, o mal pode ser considerado a causa de um sofrimento, porem como "tristeza de um é alegria do outro" continua sendo relativo a interpretação dos sentimentos pessoais.
    Continua sendo um mal se um é feliz às custas da infelicidade dos outros.
  • Azathoth disse: Caso você não tenha lido ou prestado muita atenção no tópico que postei sobre Epicuro:

    li e respondi, confira nos primeiros comentários do seu tópico

    Azathoth disse: mas o Paradoxo de Epicuro vai até a raiz do problema e mostra que a justificação da desobediência dos nossos ancestrais simplesmente não se sustenta, dadas as propriedades de Deus.
    como ja disse, chutar cachorro morto é facil
    O Epicuro é apenas mais um Ateu tradicional do Deus fariseu, por isso neste caso esta com a razão em afirmar que o mal pode ser usado para contradizer a bondade "desse" deus biblico.
    Azathoth disse: E o mesmo argumento serve para qualquer noção de Deus do teísmo tradicional, quer se acredite ou não na existência de Adão e Eva.

    eu acho que o meu teísmo não é muito tradicional, tai a dificuldade em ser refutado.
    Se não então vejamos:
    Azathoth disse: Se Deus existe, então ele é onisciente, onipotente e todo-bondoso.
    argumento ilógico
    Azathoth disse: Se Deus é onisciente, então sabe desde a eternidade que o mal viria a existir.

    Deus é tudo se o mal existe também faz parte de Deus, logo é eterno.
    Azathoth disse: Deus é onipotente, então ele pode acabar com o mal ou poderia tê-lo evitado.

    Deus possui limites, nós somos o "mal" as partes de Deus limitado, porque motivo Deus cometeria um suicídio? Neste caso Deus seria burro ou ilógico.
    Azathoth disse: Se Deus é todo-bondoso, então ele iria querer acabar ou evitar o mal.

    Deus não é todo bondoso "por que amor de mais tambem pode acabar matando".
    Deus é o necessário para criar e manter a vida eterna.
    Deus criou o mal, o mal somos nós porque Deus deveria acabar com sua própria criação ?
    Se o Epicuro, Davi Hume e todos os seus discípulos ateus tivessem o conhecimento que somos partes de Deus não seriam: "Ateus de si mesmos".
    Azathoth disse: Logo, Deus não é onisciente, onipotente e todo-bondoso [de P5 e P6 por modus tollens]
    C2. Logo, Deus não existe [de P1 e C1 por modus tollens]
    Me aponte onde está a falta de lógica do filósofo?

    já apontei! Se ele refere-se ao deus ao qual ele atribuiu tais conceitos ele tem razão em afirmar que ele não existi isto é típicos de ateus "criam um deus ilógico para aparentarem terem razão em refuta-lo"

    da mesma forma que eu refutei argumentando contra a falta de lógica em atribuir tais atributos gostaria que voces tentassem refutar a mimnha lógica atribuida a Deus:

    Deus é amoral.
    Deus é o necessário para criar e manter a vida eterna.
    Deus é limitado.
    Deus criou mal que é a ignorante raça humana.
    Acabar com o mal seria um Deus ilógico.
    A humanidade é a parte limitada da consciência divina.
    para criar uma consciência Diferente de Deus são necessário o mal da ignorância absoluta possibilitando o desejo da livre escolha entre duas referencias de sentimentos "diferentes" os agradáveis e os desagradáveis,esta condição que possibilita a auto formação do ser"eu".
    Acabar com o mal a ignorância e liberdade de escolha significa fazer a parte limitada da consciência Deus limitada ao homem voltar a origem da sua Total Consciência Deus antes da sua criação.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited maio 2013 Vote Up0Vote Down


    Marcio disse: você deve ter em mente que o problema do mal no mundo, refuta a concepção de um deus onibondoso, como creem os cristãos. É do que trata o tópico.
    Obviamente não refuta um deus maldoso, um deus indiferente ou um deus amoral.
    O deus da sua teoria não se encaixa na questão do problema do mal.
    É isso aí, meu amigo Marcio, mas neste caso objetivo do tópico passa ser chover no molhado.
    Ja que não é muito difícil refutar o deus fariseu ,mas leia este comentário:
    http://religiaoeveneno.com.br/discussion/comment/38752#Comment_38752
    Post edited by CRIATURO on
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    CRIATURO disse: da mesma forma que eu refutei argumentando contra a falta de lógica em atribuir tais atributos gostaria que voces tentassem refutar a mimnha lógica atribuida a Deus:

    Deus é amoral.
    Deus é o necessário para criar e manter a vida eterna.
    Deus é limitado.
    Deus criou mal que é a ignorante raça humana.
    Acabar com o mal seria um Deus ilógico.
    A humanidade é a parte limitada da consciência divina.
    Suas definições são arbitrárias. Não podem ser refutadas nem confirmadas.
    A pergunta é: por que o seu deus fez assim? Por que ele precisaria fazer alguma coisa, antes de mais nada? Que me importam os motivos obscuros desse deus se eu não gosto das consequências?
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited maio 2013 Vote Up0Vote Down
    Azathoth disse:
    Salgueiro disse: Como o problema do mal seria encarado caso a morte não fosse o fim? O que vcs acham?

    Boa tarde, Sal!
    Acho que seu ponto de vista abriria uma perspectiva INTEIRAMENTE NOVA para o Problema do Mal: pois, se a morte NÃO fosse o fim, então o mal sofrido nesta vida poderia ser reparado numa vida futura. Se, nesta vida, eu sou uma vítima da talidomida e nasci deformado, numa vida futura posso ser um atleta olímpico; se, numa vida passada, eu fui um escravo, nesta eu posso ser filho de um rico banqueiro suíço. O problema, Salgueiro, é a INCERTEZA... que garantias eu teria que a vida futura seria, NECESSARIAMENTE, melhor do que a atual? Poderia ser igual ou muito pior, não acha?

    Azathoth e Sal,

    Esta proposição, de que a imortalidade alteraria o Problema do Mal pela possibilidade de reparação se choca com alguns princípios filosóficos e teológicos.

    A Moral Espírita Kardecista se sustenta nesta proposição, uma versão doutrinária da Evolução Biológica e do Progressismo Positivista, segundo a qual todos os Espíritos humanos necessariamente progridem pela expiação dos males cometidos e do aprendizado decorrente ao longo de um número indeterminado de reencarnações.

    Um dos problemas nesta abordagem é que imortalidade remete ao conceito de Eternidade.
    A perspectiva moral em uma vida finita é diferente do que seria em uma suposta outra infinita.

    Na perspectiva espírita, a expiação apaga o mal feito, o que não faz sentido, pois trata questões morais matematicamente, como se uma má ação de valor (- 1) pudesse ser cancelada por uma boa ação de valor (+ 1).
    Ou pior, considera que o sofrimento da expiação cancela o mal feito, o que torna o raciocínio errado mesmo matematicamente, pois o mal sofrido na expiação (- 1) soma e não cancela a má ação também de valor (- 1) que se pretende cancelar.

    Do ponto de vista da Eternidade não há presente, passado ou futuro. Com o que a própria Física atual parece concordar.
    Supor que o mal feito em determinado tempo deixa de existir em outro é tão irreal quanto defender que um mal feito em uma localidade foi apagado porque em localidade diferente fez-se um BEM de igual intensidade e valor contrário. Isto deriva da interpretação do Tempo como dimensão, conceito inacessível a Kardec e ao seu cientificismo datado.

    Mesmo na concepção cristã, que acredita que só a Graça divina pode perdoar o mal, persiste o problema que o mal não deixou de existir por ter sido perdoado. Uma vez que um único ato de maldade foi executado, este ato passa a fazer parte da Eternidade e se torna eterno em decorrência.



    Post edited by Acauan on
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Fernando_Silva disse:
    Acauan disse:
    Fernando_Silva disse: Moral é o que permite a convivência, é o que permite a existência de sociedades humanas. Disto resulta que a moral de cada sociedade varia conforme seus critérios do que é importante dentro desta convivência e quem pertence ao grupo "nós" e ao grupo "os outros".

    A humanidade progride à medida em que mais dos "outros" são incluídos em "nós".

    Você percebeu que sua definição de progresso moral da humanidade não está contida na definição de moral do parágrafo anterior?

    Acho que você quis dizer que o conceito de melhorar a convivência com o próximo é distinto do conceito de incluir os "não tão próximos" no grupo dos "próximos".

    Suponho que há um progresso quando, por exemplo, "não matar" passa a valer, não apenas para os membros do próprio grupo, mas também para os de outros grupos.

    Exato. Esta certeza de que "não matar" é uma lei moral que deve proteger TODOS os seres humanos nos é autoevidente, mas não tem sustentação na hipótese utilitarista de que a moral deriva do que permite a convivência, pois a convivência de alguns pode ser melhorada a custa da opressão ou extinção de outros.

    A idéia de que TODOS os seres humanos são seres morais e que a moral deve garantir a todos os mesmos direitos e deveres visando tanto o BEM individual quanto o BEM comum é um axioma moral, sem base utilitária pois em 99,9% da História Humana sociedades se estabeleceram e se sustentaram baseadas em moral exclusiva, que não reconhecia "os outros".

    É possível também melhorar a convivência social restringindo-se a Liberdade individual, o que tornaria as ditaduras eficazes melhores moralmente que as Democracias, mas temos também como autoevidente que a Liberdade é um BEM em si mesma e portanto um fundamento moral que não pode ser negado ao indivíduo.

    E mais uma vez, nada na hipótese utilitarista dá valor absolutao à Liberdade. Pela interpretação utilitarista, uma sociedade escravagista que conseguisse dominar eficazmente seus escravos e forcá-los a aceitar sua condição não teria nada de imoral, pois "a convivência" não seria afetada. Dentre outros exemplos possíveis.

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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Marcio disse: Não consigo pensar em nenhum valor moral objetivo análogo às constantes físicas. Todos admitem exceções, uns menos outros mais.

    Mesmo constantes Físicos frequentemente são axiomáticos, como Carga Elétrica, sua existência se define por autoevidência, não pela compreensão que temos de sua natureza.
    Marcio disse: Ademais, se houvesse um valor moral absoluto na esfera de deus, só faria sentido para ele, se fosse aplicado a nós se tornaria subjetivo. Acho.

    Absolutos não precisam fazer sentido. Absolutos simplesmente são.

    Pergunta: Faz sentido que os ângulos internos de qualquer triângulo somem 180 graus?

    Marcio disse: 2) Num universo de dois seres mortais ou mais. Subjetivo, pois pode-se admitir a exceção de matar o outro para se defender de um ataque potencialmente mortal.

    Decisão moral é diferente de princípio moral.
    Pode-se decidir pelo mal menor em circunstâncias em que todas as alternativas são ruins.

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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited maio 2013 Vote Up0Vote Down
    Azathoth disse: Achei um texto da Wikipédia sobre o tema, onde dizia que a doutrina da predestinação de João Calvino está baseada "na perspectiva de que Deus predestina previa e absolutamente a humanidade, escolhendo entre os homens aqueles que irão salvar-se e aqueles que vão ser condenados. Esta doutrina tira ao Homem qualquer possibilidade de rejeitar ou aceitar livremente a graça divina". Portanto, Deus já sabe, de antemão quem será salvo e quem já está condenado - assim, a Onisciência anula completamente o Livre Arbítrio! O texto continua "tanto para o Calvinismo quanto para o catolicismo romano agostiniano, NÃO HÁ livre arbítrio". Dá vontade de participar de um debate sobre o tema ("Argumentos contra a existência de Deus: Onisciência x Livre Arbítrio"), pois, se Deus já ESCOLHEU quem está salvo e quem está condenado, que raios quer dizer esse tal de livre arbítrio???

    Livre arbítrio é a soma da Liberdade e da Autodeterminação, que por sua vez podem ser resumidos respectivamente como direito efetivo de fazer escolhas e de criá-las.

    O Calvinismo nega a essência do Livre Arbítrio que é a escolha, pois o dogma da predestinação determina que Deus já escolheu pelos homens, que nada podem fazer a respeito.

    Assim, para os calvinistas qualquer discussão moral do ponto de vista humano é perda de tempo, pois para eles moral é apenas o que Deus decreta como moral.
    Por exemplo, se Deus decretasse que estupro e assassinato são bons, então estupro e assassinato seriam bons. Se a consciência humana nega isto é problema da consciência humana, não do princípio.

    O Calvinismo é brutal, mas também é a única saída cristã para o Problema do Mal, pois resumindo, quando Deus faz o mal o mal é BEM apenas porque foi feito por Deus. E fodam-se os humanos...

    Post edited by Acauan on
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Cameron disse: O Acauan e você parecem defender uma noção de absoluto enquanto conceito internamente coerente em si mesmo (se entendi errado favor corrigir).

    Não exatamente.
    Absoluto é verdadeiro em si mesmo, sua veracidade não depende de elmentos que lhes são externos.

    É possível algo ser internamente coerente e falso.


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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Cameron disse: Acho perfeitamente possível que um sistema moral possa se refinar ao longo do tempo de forma a ficar com plena coerência interna e funcionalidade.
    Se isso for uma moral absoluta então eu acredito que moral absoluta possa existir.
    Só que eu preferiria chamá-la de coerente, sólida, robusta e funcional ao invés de absoluta.

    O problema é que não é possível um sistema moral que atenda às necessidades humanas sem axiomas morais aceitos como absolutos, mesmo não sendo possível demonstrá-los como tais.

    São axiomas morais:
    - O valor intrínseco e autojustificado da vida humana;
    - A Verdade;
    - A Justiça;
    - A Liberdade.

    Sem a admissão destes axiomas, então poderíamos ter uma sistema coerente, sólido, robusto e funcional que admitisse:

    - Matar um inocente para salvar dois ou mais;
    - A mentira quando ela produz um resultado social benéfico;
    - Praticar a injustiça contra minorias, se o resultado fosse justiça para a maioria;
    - Admitir a escravidão, desde que voluntária.

    Nenhuma das possibilidades acima é irracional ou mesmo incoerente. Sob circunstâncias várias podem produzir resultado social positivo.

    Resumindo, Moral baseada nos resultados sociais não é Moral, é Política.






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  • Fernando_Silva disse: Suas definições são arbitrárias. Não podem ser refutadas nem confirmadas.
    as do Epicuro tambem são ele atribui onisciência, onipotência e bondade Deus só para poder afirmar que a existência do mal contradiz o deus que "ele" idealizou.
    A diferença que eu ao atribuir uma característica a Deus eu justifico com alguma lógica, ele não desonestamente finge aceitar uma premissa falsa com se fosse verdadeira para poder ter razão em refuta-la.
    Aih ! chutar cachorro morto fica facil né Fernando?
    Ateus se apegam muito nas contradições biblicas, tentam criar um deus ilógico para depois terem razão em afirmar que ele não existe.
    Fernando_Silva disse: A pergunta é: por que o seu deus fez assim? Por que ele precisaria fazer alguma coisa, antes de mais nada?
    Deus não fez assim ele é assim!
    Deus não cria apenas auto transforma-se e talvez sinta algum tipo de prazer nisto.

    Fernando_Silva disse: Que me importam os motivos obscuros desse deus se eu não gosto das consequências?
    se Deus não faz da forma que eu quero então para mim ele não existe ?
    Se tiver coragem idealize aih o seu deus transparente?
    A dor é forte mas na melhor hora sera substituída pela alegria
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CameronCameron Membro
    edited maio 2013 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse:O problema é que não é possível um sistema moral que atenda às necessidades humanas sem axiomas morais aceitos como absolutos, mesmo não sendo possível demonstrá-los como tais.
    E o inverso? E se for possível demonstrar que não são absolutos?

    São axiomas morais:
    - O valor intrínseco e autojustificado da vida humana;
    - A Verdade;
    - A Justiça;
    - A Liberdade.

    Sem a admissão destes axiomas, então poderíamos ter uma sistema coerente, sólido, robusto e funcional que admitisse...
    Na minha opinião se uma moral absoluta existisse ela poderia ter apenas um preceito, se tiver mais do que um basta imaginar uma situação aonde dois ou mais preceitos entrem em conflito, aquele que prevalecer seria o absoluto e aquele que fosse violado seria o relativo, é a metáfora da força irresistível contra o objeto imóvel, os dois não podem ser absolutos, ou a força irresistível move o objeto imóvel que nesse caso não seria imóvel ou o objeto não se move e a força não era irresistível.

    De forma análoga o valor da vida humana e a verdade não podem ser ao mesmo tempo absolutas moralmente, basta imaginar uma situação aonde alguém para salvar inocentes da morte tenha como única alternativa mentir.

    Se condenarmos a pessoa moralmente por ter mentido então a vida humana não tem valor absoluto e vice-versa.

    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • Acauan disse: Na perspectiva espírita, a expiação apaga o mal feito, o que não faz sentido, pois trata questões morais matematicamente, como se uma má ação de valor (- 1) pudesse ser cancelada por uma boa ação de valor (+ 1).

    se em uma vida eu mato uma pessoa e na outra eu dou a minha vida para salva-la, a minha consciência pode considerar a divida paga.

    se em uma vida eu abandono uma pessoa e na outra eu a adoto posso compensar o mal feito com um bem dobrado.
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  • Acauan disse: Mesmo constantes Físicos frequentemente são axiomáticos, como Carga Elétrica, sua existência se define por autoevidência, não pela compreensão que temos de sua natureza.
    concordo, podemos aprender as leis que regem a matéria mas querer definir sua essência com com palavras esta alem dos limites da nossa consciência, no máximo podemos aprimorar tais conhecimentos amadurecendo nossa consciência..
    sinto logo existo!
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Cameron disse: E o inverso? E se for possível demonstrar que não são absolutos?

    Tornam-se operadores de uma moral relativa que tem sua função, mas não podem ser fundamentos axiomáticos da moral.
    Cameron disse: Na minha opinião se uma moral absoluta existisse ela poderia ter apenas um preceito, se tiver mais do que um basta imaginar uma situação aonde dois ou mais preceitos entrem em conflito, aquele que prevalecer seria o absoluto e aquele que fosse violado seria o relativo, é a metáfora da força irresistível contra o objeto imóvel, os dois não podem ser absolutos, ou a força irresistível move o objeto imóvel que nesse caso não seria imóvel ou o objeto não se move e a força não era irresistível.

    Se pensarmos na moral como um sistema, o absoluto está no todo, não nas partes.
    Cameron disse: De forma análoga o valor da vida humana e a verdade não podem ser ao mesmo tempo absolutas moralmente, basta imaginar uma situação aonde alguém para salvar inocentes da morte tenha como única alternativa mentir.

    Como dito, sistemas morais podem incluir uma hierarquia moral.
    A preservação da vida humana situa-se antes e acima na hierarquia moral do que o compromisso de devolver os livros da biblioteca pública no prazo.
    Mesmo assim, os preceitos continuam valendo para ambos os casos.

    Cameron disse: Se condenarmos a pessoa moralmente por ter mentido então a vida humana não tem valor absoluto e vice-versa.

    Repetindo a característica sistêmica da moral.
    Opção pelo mal menor pode ser uma obrigação moral que não contraria o sistema.
    Mentir para salvar uma vida humana pode tornar a mentira necessária, mas não torna a mentira boa.


    Acauan dos Tupis
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    CRIATURO disse: se em uma vida eu mato uma pessoa e na outra eu dou a minha vida para salva-la, a minha consciência pode considerar a divida paga.
    se em uma vida eu abandono uma pessoa e na outra eu a adoto posso compensar o mal feito com um bem dobrado.

    Isto faz tanto sentido quanto absolver um incendiário porque ele prometeu trabalhar no Corpo de Bombeiros.
    Acauan dos Tupis
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  • MarcioMarcio Membro
    edited maio 2013 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: Marcio disse: Não consigo pensar em nenhum valor moral objetivo análogo às constantes físicas. Todos (valores morais) admitem exceções, uns menos outros mais.


    Mesmo constantes Físicos frequentemente são axiomáticos, como Carga Elétrica, sua existência se define por autoevidência, não pela compreensão que temos de sua natureza.

    Foi o que eu disse, que os valores morais parecem sempre admitir exceções de acordo com o domínio em que são aplicados. As constantes são invariáveis em todo canto do planeta, e aparentemente do universo, e não apresentam análogos no campo moral.

    Acauan disse: Absolutos não precisam fazer sentido. Absolutos simplesmente são.

    Pergunta: Faz sentido que os ângulos internos de qualquer triângulo somem 180 graus?

    Sei lá, fazem sentido para o triângulo, são propriedades intrinsecas dos triângulos, que se violadas desconstroem o triângulo.
    Assim como as propriedades das partículas.
    Assim como o valor de PI, etc.

    Só que os valores morais não podem ser absolutos uma vez que nós é que os determinamos de acordo com nossas limitações físicas. Nosso modo de ser admite variáveis demais pela complexidade.

    Acauan disse: Decisão moral é diferente de princípio moral.
    Pode-se decidir pelo mal menor em circunstâncias em que todas as alternativas são ruins.

    Então. O princípio moral só existe porque temos que tomar decisões, assim nossas ações acabam por determinar um princípio moral que é extrapolado para um caráter absoluto que não possui concretamente.
    Moral absoluta é como o deus absoluto, ambos são abstratos.
    Post edited by Marcio on
    O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
    '' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
  • Talvez eu esteja entendendo errado, ou diferente, o termo "absoluto" aplicado à moral.

    Talvez ele esteja inserido em uma hierarquia de valores quando se trata obviamente de uma escala de valores morais. O que está no topo é considerado o princípio absoluto o restante são ramificações que quanto mais distantes do topo mais relativas vão ficando.
    O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
    '' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited maio 2013 Vote Up0Vote Down
    Marcio disse: Foi o que eu disse, que os valores morais parecem sempre admitir exceções de acordo com o domínio em que são aplicados. As constantes são invariáveis em todo canto do planeta, e aparentemente do universo, e não apresentam análogos no campo moral.

    Note seu próprio uso do termo "aparentemente".
    Não podemos fazer afirmações sobre constantes físicas absolutas porque nossos métodos de aferição são relativos.
    No máximo podemos concluir que a amostragem coberta pelos testes valida a conclusão, mas conclusões validadas não significam conclusões verdadeiras e o absoluto é necessariamente verdadeiro.

    Marcio disse: Sei lá, fazem sentido para o triângulo, são propriedades intrinsecas dos triângulos, que se violadas desconstroem o triângulo.
    Assim como as propriedades das partículas.
    Assim como o valor de PI, etc.

    Substitua triângulo por leis da geometria e leis da geometria por leis morais e verá que o sentido se mantém.
    Marcio disse: Só que os valores morais não podem ser absolutos uma vez que nós é que os determinamos de acordo com nossas limitações físicas. Nosso modo de ser admite variáveis demais pela complexidade.

    Nós determinamos valores morais relativos.
    Valores morais absolutos são verdadeiros em si mesmos.

    Se admitimos que valores morais são determinados dentro de nossas limitações, admitimos que tais valores são apenas convencionais, o que implica que não há diferença real de valor moral entre escravidão e liberdade ou entre preservação da vida humana e permissão do assassinato. Seriam as convenções locais e temporais que determinariam o que é o que.

    Marcio disse: Então. O princípio moral só existe porque temos que tomar decisões, assim nossas ações acabam por determinar um princípio moral que é extrapolado para um caráter absoluto que não possui concretamente.

    Se é Princípio, por definição precede.
    Marcio disse: Moral absoluta é como o deus absoluto, ambos são abstratos.

    Assim como a Geometria, que nem por isto deixa de ser verdadeira.

    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • CRIATURO disse: É isso aí, meu amigo Marcio, mas neste caso objetivo do tópico passa ser chover no molhado.
    Ja que não é muito difícil refutar o deus fariseu ,mas leia este comentário:

    Sua teoria, ainda que confusa, refuta o deus judaico-cristão, assim como o problema do mal o faz de uma forma mais objetiva.
    O problema do mal não é contraditório com sua concepção de deus.
    O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
    '' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
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