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Economia Baseada em Recursos

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Comentários

  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Fernando_Silva disse: Errado. A terra fértil e a água são recursos escassos e já estamos atingimos o limite.
    Duas opções:
    1. Desenvolver novas tecnologias que produzam mais destruindo menos.
    2. Encontrar bilhões de voluntários para se matar e deixar mais espaço e recursos para o resto.

    Fernando, por favor, não fale estas coisas!!!!

    Você gostaria que alguém te matasse para diminuir a população do planeta e assim aumentar os recursos disponíveis para os sobreviventes? Aposto que não. Então, não queira para os outros o mal que você não quer para você.

    Entenda que você é um cidadão de terceiro mundo. No dia em que os donos do mundo não precisarem mais da mão-de-obra humana eles simplesmente irão mandar matar todos, inclusive eu e você. Para isto eles possuem armas biológicas, nucleares etc.

    Você pode ser útil para eles hoje, mas quando você não for mais útil, será eliminado. Então é melhor você ficar do lado das vítimas do que ficar do lado dos causadores dos problemas, porque queira você ou não, você também é uma vítima.

    Estes caras que visam o lucro não estão nem um pouco interessados em criar tecnologias limpas. Eles querem é obter o máximo de lucro possível mesmo que isto implique a destruição do meio ambiente. Eles jogam os problemas para os outros, para a futura geração. Querem que as pessoas acreditem que no futuro será criada uma tecnologia para limpar toda a merda que eles fizeram. Só que isto é acreditar em milagres e como céticos que somos não podemos acreditar em milagres.

    Então estes problemas de superpopulação e esgotamento dos recursos naturais foram criados pelo capitalismo e a solução deles depende da eliminação deste sistema económico que só visa o lucro de uma minoria.


  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Acauan disse: Finalmente assisti o vídeo na íntegra, por amizade ao Claudio.

    Erros mil, da afirmação de que a Economia visa o lucro, sendo que o lucro é objeto de estudo da Ciência Econômica e não seu objetivo, à afirmação de que a eletricidade foi a responsável pelo fim da escravatura - quando a eletrificação se disseminou, a escravidão legalizada já estava extinta no Ocidente. Lembrando que os grandes consumidoras de trabalho escravo, as lavouras de monocultura como o algodão no sul dos Estados Unidos e a cana-de-açúcar no Brasil, não tiveram seu modo de produção alterado pelo advento da energia elétrica, continuando dependentes do uso de mão de obra intensiva.

    Acauan, muito obrigado por você ter aturado este anticapitalista falando por mais de meia hora.

    O ponto onde eu quis chegar é dizer que as inovações tecnológicas alteram a sociedade. É claro que o uso da energia eletrica foi desenvolvido e disseminado ao longo do século dezenove, assim como a escravidão foi também abolida no mundo ao longo do século dezenove. Ambos eventos ocorreram simultâneamente. Então acredito que a energia eletrica deu sua contribuição para o fim da escravidão a medida que eliminou muita da necessidade de mão-de-obra para trabalhos pesados. Pelo menos, deu um motivo para os abolicionistas dizerem: "Isto não será necessário no futuro, então vamos acabar agora".

    Outros fatores também contribuíram para o fim da escravidão, como por exemplo a invenção das máquinas movidas a carvão e principalmente o iluminismo, que nasceu no século dezoito.

  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador

    Ontem assisti o filme Elysiun. Muito bom e retrata bem os problemas sociais que estou colocando neste tópico e que acredito que só podem ser resolvidos através de uma Economia Baseada em Recursos.
    Elysium é uma ficção científica dirigida por Neill Blomkamp (Distrito 9).

    Elysium se passa no ano de 2154, quando a população pobre vive oprimida numa Terra dizimada, enquanto os ricos habitam a estação orbital Elysium. São poucas as pessoas com passe livre entre o planeta e a estrutura no espaço. Funcionário de uma fábrica de policiais androides no Condado de Los Angeles, o ex-condenado Max da Costa (Matt Damon) sofre um acidente químico que o deixa à beira da morte - e só em Elysium existe uma cura.
  • CameronCameron Membro
    edited setembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Claudio disse: Entretanto, numa EBR não existirá moeda de troca, dívidas ou qualquer tipo de servidão. Simplesmente todos os recursos do planeta serão declarados pertencentes a toda humanidade e todos terão acesso a todos recursos.
    Ok, só mais algumas dúvidas.

    Em qual dimensão uma EBR será construída?

    Esses recursos pertencentes a toda a humanidade limitados apenas pela vontade de consumí-los (se você quiser, você pega, tudo é de todos) serão produzidos pela fusão a frio, pela revogação das leis da física ou pelo materializador da Enterprise?

    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Acauan disse:
    Só para constar, não sei se alguém se deu ao trabalho de checar as fontes informadas no final de Zeitgeist, que inclui gente da estirpe de Manly Palmer Hall, Tim Freke, Edward Carpenter, D. M. Murdock ou Acharia S, Gerald Massey, John Allegro and last but not least, Madame Blavatsky.
    Madame Blavatsky é dose...
    Uma charlatã sem vergonha ridicularizada em sua época, mas que o tempo e o esquecimento transformaram em guru da Nova Era.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Claudio disse: Ou seja , se nada detiver o conhecimento humano, ele prosperará e crescerá em ritmo geométrico. Para isto, basta ter um modelo económico que não bloqueio o conhecimento, não necessariamente o capitalismo.
    Não necessariamente o capitalismo, mas necessariamente um sistema que proteja a propriedade privada e a livre iniciativa. Um sistema que não combata cegamente a desigualdade e sim apenas a miséria. Um sistema que garanta pelo menos uma vida digna para quem tem menos, mas não impeça que os mais talentosos e ambiciosos cheguem mais longe, consigam mais e - o horror! - fiquem mais ricos que os outros.

    Já disse, vou repetir: é melhor ser pobre num país cheio de gente rica, como os EUA, que "igual a todo mundo" num país miserável, como a Somália. Ah, mas os coitadinhos dos pobres comem as migalhas que caem da mesa dos ricos? Pois é, mas comem. Na Somália, não há migalhas para se catar.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited setembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Claudio disse: Iremos aproveitar todas as experiências positivas do capitalismo, como por exemplo o incentivo a ciência, mas deixaremos de lado os pontos negativos, como por exemplo a destruição dos recursos naturais.
    Os recursos naturais estão sendo devorados porque há gente demais no mundo. E isto é consequência da fartura e da vida mais longa, não de uma ideologia. "Felizmente", grande parte dos 7 bilhões de habitantes é pobre e consome pouco. E aí, você vai convencer americanos e europeus a viver com pouco?

    Ou já tem disponíveis tecnologias revolucionárias que vão produzir muito consumindo poucos recursos? Não creio. Nós ainda vamos precisar do capitalismo por muito tempo para que estas tecnologias sejam desenvolvidas.


    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited setembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Claudio disse: As pessoas agem assim e se submetem a isto porque este é o sistema no qual elas nasceram. É necessário questionar este sistema e buscar alternativas. O problema é que o mundo do trabalho atual traz muito sofrimento às pessoas. A grande maioria odeia o seu trabalho e só trabalha para sobreviver. Não deveria ser assim e eu acho que uma outra alternativa é possível.
    A Bíblia já diz: "Ganharás o pão com o suor do teu rosto".
    É a condição humana e não o resultado do sistema capitalista de produção.
    Há um monte de coisas que 'não deveriam ser assim', mas que temos que suportar.
    Fomos expulsos do Paraíso, lembra?
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Claudio disse: Existe um momento na vida em que um jovem tem que fazer uma escolha: ser um opressor ou ser um oprimido. Tinha eu meus vinte anos, trabalhava numa empresa privada e me ví diante deste dilema e tive que escolher. Resolvi que não seria nem uma coisa, e nem outra, optei por fugir. Fui para bem longe para poder ser funcionário público. Queria ter direito a vida. Não queria ter que trabalhar 16 horas por dia de domingo a domingo. Também não queria oprimir outras pessoas, pois o mal que eu não quero para mim, também não quero para os outros.
    E agora essas pessoas que não fugiram estão pagando o seu salário e sustentando suas horas reduzidas de trabalho.

    Ah, sim, eu trabalho 9 horas por dia, de segunda a sexta. Numa empresa privada.
    Claudio disse: Como falei, não tive escolha ao optar pelo serviço público. Hoje quero que os jovens possam ter a escolha que eu não tive. Quero que os mais jovens possam trabalhar sem serem oprimidos.
    Qual a sua estatística sobre "jovens oprimidos que detestam o trabalho"? Quão realista é a fantasia de um mundo em que cada um só trabalhe o tempo que quiser, no que quiser?
    Claudio disse:
    O capitalismo pertence aos capitalistas. Quem não é capitalista é um intruso e deve sair deste sistema. Esta mais do que na hora das pessoas que são contra as práticas capitalistas se unirem para a construção de uma alternativa para superar este sistema totalmente desvinculado da realidade.
    Eu não sou contra o capitalismo. Ele me sustenta. Vendo algumas horas de trabalho por dia em troca de um salário que me permite viver com um certo conforto.
    Claudio disse: As pessoas não gostam de trabalhar porque existe um chefe para cobrar resultados. Se não houvesse um chefe as pessoas iriam amar cada segundo de trabalho.
    Muita gente não gosta de trabalhar. Ponto final. Vão continuar não gostando, tenham ou não um chefe.
    Aliás, por quase 20 anos, eu gostava do que fazia. Cansei. Entretanto, continuo fazendo meu trabalho como antes porque acho que é a coisa lógica a se fazer se eu quiser ganhar o meu sustento honestamente.
    Claudio disse: Então, durante toda nossa vida somos forçados a nos adaptar ao sistema. Caso contrário nosso destino é passar fome e morrer na miséria.
    Pessoas morrem de fome desde a época dos caçadores/coletores. Nenhuma novidade. Morrem menos agora, com o capitalismo. O problema a ser enfrentado não é o capitalismo, é a superpopulação.
    Claudio disse: Se as pessoas fossem educadas para serem colaboradoras e generosas eles seriam. Principalmente se estas atitudes fossem premiadas pela sociedade. Um dos objetivos em se construir Ecopolos é mandar para lá primeiro as pessoas que possuem estas características em excesso. Dai, estas pessoas formariam uma nova cultura e os próximos habitantes teriam que se adaptar a esta cultura.
    Vocês vão ter sérios problemas para conseguir candidatos com o perfil adequado. Vão permanecer como enclaves isolados enquanto o mundo segue em frente.
    Claudio disse: O ser humano tanto é altruísta como egoísta. Seu comportamento é maleável e é o meio que irá decidir quais características humanas irão prevalecer. Então, num meio saudável, somente características positivas irão aparecer.
    Sua ingenuidade me assusta...
    Claudio disse:
    Entretanto, numa EBR não existirá moeda de troca, dívidas ou qualquer tipo de servidão. Simplesmente todos os recursos do planeta serão declarados pertencentes a toda humanidade e todos terão acesso a todos recursos.
    Talvez funcione - com uma humanidade de clones idênticos em que o menor desvio seja eliminado. Em que o menor indício de ambição e talento superior seja punido.
    Claudio disse: As pessoas irão trabalhar de graça. Movidas por sentimentos nobres. Assim se alguém precisar de um médico, por exemplo, será atendido gratuitamente pelo médico, como forma de gratidão, quem receber este serviço irá também trabalhar de graça para outros. Todos irão trabalhar movidos pelo amor ao trabalho e as pessoas.
    Você já combinou isto com o resto da humanidade?
    Você já tem algum tratamento para eliminar a individualidade das pessoas?
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Claudio disse: A maior parte do dinheiro que circula não circula em forma de moeda. Circula no formato eletrônico. Não tenho agora os dados sobre o Brasil, mas nos EUA somente três por cento do dinheiro circulante é em moeda, o restante é em meios eletrônicos.
    O que não significa que a quantidade de dinheiro, seja lá em que formato estiver, seja gerado pelos bancos particulares. Isto cabe ao Banco Central. Se fosse tão fácil, os bancos não viveriam falindo (os grandes, nem tanto, mas periodicamente o governo intervém em bancos pequenos que assumiram riscos excessivos e quebraram).
    Claudio disse:
    Você gostaria que alguém te matasse para diminuir a população do planeta e assim aumentar os recursos disponíveis para os sobreviventes? Aposto que não. Então, não queira para os outros o mal que você não quer para você.
    Reparou que eu falei em 'voluntários'? Não lhe ocorreu que eu estava sendo irônico?
    Claudio disse: Entenda que você é um cidadão de terceiro mundo. No dia em que os donos do mundo não precisarem mais da mão-de-obra humana eles simplesmente irão mandar matar todos, inclusive eu e você. Para isto eles possuem armas biológicas, nucleares etc.
    Isto é paranoia, pura e simples.

  • SilvanaSilvana Membro
    edited setembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Saudações Claúdio
    Saudações aos demais participantes

    Claúdio,
    segue minhas contribuições e indagações, sei que algumas já iniciadas em discussão por outros participantes, mas queria indagar certos aspectos contigo.

    Claudio disse: O capitalismo é um sistema de dominação e de concentração de rendas.

    Sim. Analisando os dados objetivos desse sistema vertical.
    Claudio disse: os bancos emprestam várias vezes o dinheiro dos seus correntistas, gerando assim, dinheiro a partir do nada. Tornando a quantidade de dinheiro em circulação inúmeras vezes maior do que a necessária e forçando a economia a crescer uma vez que a maior parte do dinheiro nasce a partir de dívidas. Portanto, só o fato de termos uma moeda de troca gerada sem controle, torna o sistema uma grande farsa.

    O nome técnico-financeiro(praticado) para parte dessa dinâmica chama-se: Agiotagem bancária. Também conhecido como: Especulação financeira, quando da aplicação de rendas astronômicas nos juros do dinheiro emprestado...

    Porém quanto à circulação do dinheiro, esse promove o investimento na “economia livre”, entendes?
    Sim, escravizando uns e promovendo outros, o problema é que a turma não aprende economia na escola.

    Sei que parece cruel, mas isso entra como mecanismo do (pseudo) Mercado Livre(capitalismo, que de livre nada têm... Ou seja, o poder de compra sempre vai estar no lado de quem pode manter-se sem se endividar.

    E de qual classe estamos falando?

    Para uma economia “justa”, daí a definição para “Economia Justa”, já é bastante complicada em uma economia como a nossa. Acostumada a Bolsas. Essa metodologia ajuda colaborando ainda mais com o escambo se pensarmos a que grupo é destinado essas bolsas...

    Portal Rio 20- Cúpula dos povos: A urgência é nítida: não se trata somente de sair do capitalismo, mas também é preciso alterar de modelo de civilização. A humanidade entrou em um período de longa transição onde a mudança de civilização não é um recurso satisfatório, mas um desafio histórico diante do qual estão os povos no século 21.

    http://rio20.net/pt-br/propuestas/propostas-para-uma-economia-justa-e-sustentavel/

    Claúdio, o link acima coaduna com tuas idéias, a exemplo do que disse o economista Adam Smith sobre a mão invisível no social, daí complemento na vanguarda das idéias do avanço financeiro seja de um povo, uma cultura, uma família ou um cidadão.
    Essa mão invisível, acaba por “impulsionar” as áreas afins da economia a citar nas áreas da Adm., das ciências sociais e etc....

    Como no exemplo da Rio 20:
    1. Fundamentos de uma nova economia orientada a satisfazer dignamente as necessidades dos seres humanos respeitando os sistemas naturais da vida e do planeta.
    2. Enfrentar a tirania do capital financeiro e especulativo.
    3. Organizar um novo sistema monetário articulando múltiplas moedas e reforçando os pilares de um intercâmbio solidário, sustentável e democrático.
    4. Transitar do crescimento ilimitado para um “decrescimento diferenciado” e um “crescimento orgânico”.
    5. A produção e o consumo não devem estar guiados pelo mercado e sim pela satisfação das necessidades. A urgência prioritária é reduzir as desigualdades e erradicar a pobreza.
    6.A relação dos seres humanos com a natureza deve ser repensada através de uma perspectiva de cooperação.
    7. A economia do cuidado deve ser valorizada porque corresponde à necessidades humanas vitais e fundamentais.
    8. Promover e desenvolver a segurança e a soberania sustentáveis.
    9. Formular e promover uma economia dos bens comuns.
    10. Tornar possível a transição para uma biocivilização pela sustentabilidade da vida e do planeta.
    Para o Foro Social Temático em Porto Alegre e Rio+20.

    Isso tudo é muito dinâmico.....

    Mas queria mesmo esclarecer contigo uma dúvida.

    >>> Como articular uma esfera científica dentro da FORÇA basilar de Montesquieu?<<<

    Como poderia se encaixar a ajuda da EBR no Ministério da Economia no Brasil?

    Seria essa a dinâmica, perdoe-me se não é essa a proposta. Não assiti ao vídeo na íntegra, pois minha multimídia está ruim.

    Então, só complementando com a indagação:
    Pois todos sabemos que os cientistas neste país, não conseguem grandes recursos dos respectivos Ministérios, quanto mais para centralizar poder de decisão dos rumos da economia.


    Claúdio, prazer falar com vc.


    Abraços fraternos a ti
    Abraços fraternos a todos.
    Silvana
    Post edited by Silvana on
  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Acauan disse: Só para constar, não sei se alguém se deu ao trabalho de checar as fontes informadas no final de Zeitgeist, que inclui gente da estirpe de Manly Palmer Hall, Tim Freke, Edward Carpenter, D. M. Murdock ou Acharia S, Gerald Massey, John Allegro and last but not least, Madame Blavatsky.

    Acauan, demorei a responder este teu post porque exigiu pesquisa.


    Das pessoas que você citou, Manly Palmer Hall era um Rosa Cruz, Tim Freke era líder dos gnosticos, Edward Carpenter era um místico estudioso da religião e
    John Allegro era místico e arqueólogo estudioso dos escritos do mar morto. Já D. M. Murdock ou Acharia S,
    Gerald Massey e Madame Blavatsky. eram todos lideres da Teosofia.

    Todos eles eram estudiosos da religião e escreveram vários livros sobre o tema. Opções religiosas a parte, eles fizeram um bom trabalho de investigação histórica.

    Qual a ligação desses místicos com o movimento Zeitgeist? Resposta: nenhuma. Vou explicar.

    O fundador do Movimento Zeitgeist Peter Joseph fez em 2007 um documentário chamado "Zeitgeist the movie". Onde ele criticava o sistema financeiro e o cristianismo. Este documentário ele fez antes de fundar o Movimento Zeitgeist e antes de se tornar ativista da Economia Baseada em Recursos.

    Neste documentário ele procura mostrar o Cristianismo como um plágio de religiões mais antigas, em especial a do Egito Antigo. Para dar respaldo ao que ele colocou no documentário, ele citou centenas de livros dentre os quais livros desses autores que você citou e que eram lideres de seitas religiosas.

    Peter Joseph foi realmente infeliz ao colocar como fonte estes autores. Ele fez isto devido ao grande e respeitado conhecimento que estas pessoas possuíam de religião antiga. Este primeiro documentário do Peter Joseph não é usado atualmente pelo Movimento Zeitgeist. Somente o segundo e o terceiro documentário dele são utilizados, pois não é bom que este movimento se envolva com assuntos religiosos. Ele precisa ser laico.

    A Economia Baseada em Recursos é defendida por diversas organizações, entre elas está o Movimento Zeitgeist do qual participo. Tudo neste movimento é decidido em rede. É um movimento que proíbe qualquer tipo de liderança ou comando. Portanto, Peter Joseph não é o dono do movimento, ele é apenas alguém muito respeitado pelos defensores da EBR.

    Se ele vacilou por ter colocado na bibliografia do documentário dele estes nomes, isto em nada denigre a Economia Baseada em Recursos cujas ideias iniciais foram traçadas por Jacque Fresco do Projeto Venus bem antes do Peter Joseph nascer.


  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Silvana disse: Claúdio,
    segue minhas contribuições e indagações, sei que algumas já iniciadas em discussão por outros participantes, mas queria indagar certos aspectos contigo.
    Silvana, foi um alívio ler sua mensagem. Depois de tantas mensagens pesadas devido à religiosidade capitalista. Pude ler alguém falando em soluções ao invés de conformismo e de uma forma bem legal.

    Silvana disse: Como no exemplo da Rio 20:

    Estas metas da Rio 20 são ótimas. Eu concordo com todas elas. O problema é que implementá-las depende da boa vontade dos donos do poder político e econômico. O povo muito pouco pode fazer para pressioná-los.

    A concentração de renda é imensa. E no capitalismo o que manda é o dinheiro. Exemplo, as 300 pessoas mais ricas do mundo possuem uma riqueza superior a riqueza das 3 bilhões de pessoas mais pobres.

    Então a gente pode reunir milhares de pessoas para lutar por causa social qualquer, mas estas pessoas facilmente serão esmagadas pelo poder econômico. A população tem muito pouco poder diante do poder dos bilionários.

    No capitalismo, somos como formiguinhas diante de um leão. Formigas não podem enfrentar leões. Então só resta as formiguinhas fugirem do reino dos leões e montarem seu próprio domínio.

    Não vejo mal em lutar por reformas no sistema capitalista que beneficiem a todos. De certa forma é possível sim sensibilizar os detentores do poder. Mas, eu prefiro outra forma de luta. Acho mais fácil buscar construir um novo sistema econômico fora do capitalismo e fazer este sistema dar certo, para que as pessoas deixem o capitalismo e adotem este novo sistema.






    Silvana disse: >>> Como articular uma esfera científica dentro da FORÇA basilar de Montesquieu?<<<
    Como poderia se encaixar a ajuda da EBR no Ministério da Economia no Brasil?


    A repartição dos poderes proposta pro Montesquieu e adotada nas repúblicas não possui nada de científico. Foi apenas uma ideia dos poderosos para garantir o poder da burguesia ao mesmo tempo que dava uma ideia de equilibrio de forças para acalmar a população.

    Na realidade toda nossa construção política nada possui de científica. Foi uma montagem para atender os interesses da elite. Nesta montagem não existe espaço para nada que vá contra estes interesses.

    Minha opinião particular, e pode não ser a opinião de outros defensores da EBR, é que não há como encaixar as ideias da EBR dentro de uma forma republicana de Estado. São dois modelos economicos completamente distintos.

    Seria bom se algumas reforma fossem feitas dentro do capitalismo, como por exemplo: não permitir que bancos emprestem várias vezes o dinheiro depositado, adotar a democracia direta no que for possível, fazer reforma agrária etc. Se estas reformas da Rio 20 forem feitas, será bom para o próprio capitalismo.

  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Silvana disse: Então, só complementando com a indagação:
    Pois todos sabemos que os cientistas neste país, não conseguem grandes recursos dos respectivos Ministérios, quanto mais para centralizar poder de decisão dos rumos da economia.


    Claúdio, prazer falar com vc.

    Silvana, antigamente eu ficava defendendo reformas no capitalismo aqui neste fórum. Tipo as da Rio 20. Ai ficavam me chamando de comunista, de petralha, de esquerdinha, de norte coreano etc. Então eu desisti de defender reformas no capitalismo. Vi que isto não é possível, pois a religião capitalista não permite questionamento aos seus dogmas. Vi que o jeito é ser totalmente contra o capitalismo e apoiar sua superação.

    Capitalismo só quer saber de ciência quando ela representa lucro. Se não representa, não há investimento. Então, não dá para esperar que cientistas sejam ouvidos nas decisões governamentais.

    Silvana, foi um prazer também falar com você.


  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Cameron disse: Ok, só mais algumas dúvidas.

    Em qual dimensão uma EBR será construída?

    Cameron, se você entrasse dentro de uma máquina do tempo e voltasse para a Idade Média e lá fosse divulgar conceitos como livre mercado, meritocracia, república etc. Iam achar você um doido varrido. Se você falasse das inovações tecnológicas de 2013, iam te achar um lunático.

    Então quando falamos da EBR estamos falando do futuro, mas é um futuro que precisa começar a ser construído agora, porque se não for preparado agora, talvez seja tarde demais.

    Um sistema econômico não surge da noite para o dia. Leva décadas ou séculos para se firmar. Foi assim com o capitalismo, com o feudalismo e outros sistemas. Se tudo der certo, talvez a EBR leve de 50 a 100 anos para sair. São diversas etapas a serem cumpridas.

    Ideias revolucionárias são ideais perigosas para os detentores do poder. Quem domina o mundo quer mais é que as coisas continuem do jeito que estão para sempre. Então a mídia que é controlada por eles sempre procura impor às pessoas o conformismo. Só que se você quiser estar a frente do seu tempo, você não pode ser conformista. Tem que questionar o sistema e buscar as alternativas para consertar o que está errado nele.

  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited setembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Claudio disse: Economia Baseada em Recursos cujas ideias iniciais foram traçadas por Jacque Fresco do Projeto Venus bem antes do Peter Joseph nascer.

    Chequei a biografia na Wiki.
    Futurólogo, engenheiro social, holístico...
    Quase cem anos e nenhum feito relevante.
    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Acauan disse: Chequei a biografia na Wiki.
    Futurólogo, engenheiro social, holístico...
    Quase cem anos e nenhum feito relevante.

    Jacque Fresco é o criador do Projeto Venus. Um modelo de Ecopolo e de cidade do futuro. Foi ele que primeiro conceituou a Economia Baseada em Recursos. Suas obras podem ser encontradas neste site: http://www.thevenusproject.com/


  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited setembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Claudio disse
    Acauan disse: Chequei a biografia na Wiki.
    Futurólogo, engenheiro social, holístico...
    Quase cem anos e nenhum feito relevante.

    Jacque Fresco é o criador do Projeto Venus. Um modelo de Ecopolo e de cidade do futuro. Foi ele que primeiro conceituou a Economia Baseada em Recursos. Suas obras podem ser encontradas neste site: http://www.thevenusproject.com/

    Claudio, consegue vislumbrar que o Projeto Vênus, o modelo de Ecopolo e a Cidade do Futuro são apenas desenhos e maquetes?

    Que a única coisa que Fresco criou de efetivo foram alguns projetos de equipamentos, nenhum deles significativo como paradigma tecnológico?

    O que ele produz aos montes é falação e promessas.


    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • CameronCameron Membro
    edited setembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Claudio disse: Cameron, se você entrasse dentro de uma máquina do tempo e voltasse para a Idade Média e lá fosse divulgar conceitos como livre mercado, meritocracia, república etc. Iam achar você uma doida varrida. Se você falasse das inovações tecnológicas de 2013, iam te achar uma lunática.
    Devo pressupor que seu "argumento" em favor de sua ideologia e modelo econômico consiste em apenas uma visão romântica que você faz do futuro e nada mais? No entanto seu modelo prescreve o abandono do sistema, do padrão e até mesmo da lógica do real e atual na esperança de que o modelo supostamente utópico de um futuro sabe-se lá de quando se concretize? (da Idade Média aos dias atuais tem vários séculos).

    Perdoe o excesso de ceticismo dessa sua colega de fórum, ideias progressistas que prometem mundos e fundos no futuro em troca da desestabilização dos padrões e valores vigentes não tem um histórico muito feliz, muito pelo contrário, temos todos os motivos, esses dados com o sangue de milhões de inocentes, para não darmos valor a esse tipo de militância, independente de quão sinceras e bem intencionadas elas sejam.


    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    edited setembro 2013 Vote Up0Vote Down
    E Claudio, você vem falando muito em religião capitalista ao mesmo tempo em que defende uma crença cega em um paraíso, em um profeta e em uma doutrina.
    Post edited by Acauan on
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited setembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Claudio disse: Já D. M. Murdock ou Acharia S,
    Gerald Massey e Madame Blavatsky. eram todos lideres da Teosofia.
    Acharia S escreveu livros detonando o mito de Jesus. Podem até ser úteis como ponto de partida, mas ela apresenta muitos exageros, boatos, falsas conexões e bobagens sem investigar. Simplesmente junta tudo e publica, tipo o Erik von Danniken.

    Madame Blavatsky era uma charlatã sem vergonha que encenava fenômenos espíritas para enganar os trouxas e depois inventou essa mistureba que deu origem à teosofia, unindo-se a um bando de malucos e pilantras.


    Post edited by Fernando_Silva on
  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Fernando_Silva disse: Reparou que eu falei em 'voluntários'? Não lhe ocorreu que eu estava sendo irônico?
    Fernando, desculpe. Não li direito o que você escreveu. O problema todo é que já li e ouvi diversas pessoas dizerem que a solução para o problema da escassez dos recursos naturais está nas guerras para eliminar a superpopulação. Então acabei lembrando disto e confundi. Não vi a ironia.

    Fernando_Silva disse:
    Você já combinou isto com o resto da humanidade?
    Você já tem algum tratamento para eliminar a individualidade das pessoas?

    Um dos objetivos da Economia Baseada em Recursos é dar mais individualidade às pessoas. Atualmente, os trabalhadores fazem aquilo que os chefes mandam eles fazerem. Eles não fazem o que eles querem fazer.

    Numa EBR o indivíduo só fará aquilo que quer. Só executará os trabalhos que quer executar. Isto aumentará a experiência humana e a plenitude da vida. Cada segundo neste planeta na vida de um ser humano será um momento de realização pessoal, seja trabalhando ou seja descansando.

    A EBR acredita neste cenário porque acredita que existe uma abundância de recursos naturais e tecnológicos a disposição de todos, se houver planejamento para o uso desses recursos. Ela acredita também que é possível mudar o comportamento humano mudando o ambiente.

    Sabemos que existem psicopatas e pessoas com outros problemas comportamentais. Mas tudo isto será tratado e reduzido ao máximo.

  • Numa EBR o indivíduo só fará aquilo que quer. Só executará os trabalhos que quer executar



    raul.jpg
    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • Claudio disse: Jacque Fresco é o criador do Projeto Venus.

    Como o próprio nome diz, Jacque Fresco é um fresco.
    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • Claudio disse: Numa EBR o indivíduo só fará aquilo que quer. Só executará os trabalhos que quer executar.

    Acredita mesmo no êxito de um sistema assim?

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

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