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Comentários
Eis o sonho dos comunistas que naturalmente querem ser rainhas.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Porque elas continuarão sendo humanas.
Sem uma sociedade complexa como a que os humanos criaram, com funções especializadas e onde uns trabalhem para outros, não é possível desenvolver tecnologias avançadas nem alimentar 7 bilhões de pessoas.
Para que funcione a sua utopia de cada um produzir o próprio sustento, sem depender de ninguém, temos que reduzir drasticamente a população mundial. Para começo de conversa.
E se se alegar que essa comunidade estará dentro dum território protegido por algum convênio que forneça segurança externa, fica demonstrada a inviabilidade de auto sustentação do modelo; seria o brinquedo da casinha na árvore do pátio.
Aliás certamente por isso que as comunidades isoladas do tempo da guerra (a época independente de ser real o fato) de Tróia acabaram se aglomerando nas cidades.
With regard to the size of States, Aristotle makes, on a different scale, the same mistake that is
made by many modern liberals. A State must be able to defend itself in war, and even, if any
liberal culture is to survive, to defend itself without very great difficulty. How large this
requires a State to be, depends upon the technique of war and industry. In Aristotle's day, the
City State was obsolete because it could not defend itself against Macedonia. In our day, Greece
as a whole, including Macedonia, is obsolete in this sense, as has been recently proved. To
advocate complete independence for Greece, or any other small country, is now as futile as to
advocate complete independence for a single city, whose territory can be seen entire from an
eminence. There can be no true independence except for a State or alliance strong enough, by
its own efforts, to repel all attempts at foreign conquest. Nothing smaller than America and the
British Empire combined will satisfy this requirement; and perhaps even this would be too
small a unit.
Sim. Eu aguentaria. Prefiro enfrentar fome, frio e mosquitos do que encarar um supervisor de uma fábrica. Um pescador pode viver sua própria vida e fazer o que quiser, já um empregado de uma grande empresa tem que viver a vida do patrão e só fazer o que o patrão quer. Eu prefiro viver minha própria vida, pois eu no comando, tudo fica mais fácil.
Isto de forma alguma é falta de ambição. A gente não precisa ganhar bem para viver plenamente e poder contribuir com nossa sociedade. Professores e enfermeiros ganham pouco, mas são essenciais. Se tenho liberdade para trabalhar onde e como quiser, posso contribuir mais com minha sociedade. Posso ler quantos livros eu quiser, ter os melhores amigos e viajar bastante.
Vou dar um exemplo pessoal. A maior realização da minha vida foi participar do movimento cético no Brasil logo que ele começou em 1999. Quando criei sites e divulgava o ateísmo em fóruns e outros espaços. Graças a isto obtive a amizade de muitas pessoas e recebia vários e-mails de desconhecidos agradecendo-me pelo meu trabalho voluntário. Tudo isto é motivo de vaidade para mim e lembrar das coisas que vivi entre 1999 a 2005 me deixa alegre e satisfeito. Nunca recebi nenhum centavo para realizar este trabalho, e isto me fez ser bem visto por pessoas que considero muito importantes.
Então, o melhor trabalho que a gente pode realizar é o trabalho voluntário. Se eu pudesse ganhar a vida só fazendo trabalho voluntário eu faria isto. E creio que isto é possível. Conforme demonstrarei em outras mensagens mais para frente.
Agora, trabalhar numa fábrica só para sobreviver. Produzindo algo que só irá poluir e congestionar as cidades. Criando mais e mais lixo para que uns poucos lucrem. Não, isto não me daria o senso de importância que gosto de ter naquilo que faço.
Não precisamos de recompensas e punições para seguir em frente na vida. Precisamos apenas ter o direito de acessar os fatores que nos elevam moralmente e nos fazem mais humanos.
Supondo uma sociedade pós-capitalista onde não exista nem o Estado e nem a iniciativa privada.
Neste caso, será necessário as pessoas se associarem livremente a forças de segurança. Elas teriam como finalidade evitar invasões externas. Essa associação funcionária da mesma forma que as outras associações de trabalhadores. Seria autogestionada e controlada pela sociedade.
Falando por mim. Eu não me considero melhor do que ninguém. Também não me sinto inferior. Só me vejo como igual. Não tenho absolutamente nenhuma necessidade de competir com ninguém. Nunca tive. Se algum dia competi, tipo num concurso, foi porque fui obrigado a isto.
Talvez você diga que eu sou um caso isolado. Sem problemas. Caso existam outras pessoas iguais a mim, essas pessoas podem criar um mundo sem competição. Não vejo necessidade alguma em competir para realizar descobertas cientificas ou tecnológicas. O amor ao trabalho e ao conhecimento é que é o grande motor da evolução humana.
Se existirem outros como você, poderão criar um enclave isolado enquanto o resto do mundo segue como sempre foi.
Depois de mais da metade da minha vida trabalhando em fábrica, não vejo a coisa desta forma. Claro que sempre haverá um bando de FDP seja lá qual for o sistema social ou econômico adotado (até mesmo na sua utopia), mas não é do jeito que você diz.
O que eu vi, ao longo de todos esses anos, foram pessoas felizes por ter aquele emprego e, em muitos casos, até orgulhosas do que faziam. Os muitos problemas que enfrentavam não eram vistos como exploração do patrão e sim como consequências da imperfeição do mundo ou da dificuldade natural em se atingir um objetivo. A vida delas não estava limitada à empresa ou à "vida do patrão". Elas tinham família, filhos, amigos, interesses particulares. Gostando ou não de trabalhar, era esse trabalho que lhes possibilitava ter uma vida fora dali.
O que eu vi, pelo contrário, é que, quanto mais alto na hierarquia, mais as pessoas se estressavam.
Quem estava no chão de fábrica passava o dia exercendo sua função e depois ia para casa assobiando. Já eu, por exemplo, saía estressado e com a cabeça cheia de problemas não resolvidos. O dono da firma e meus chefes tinham problemas de saúde por causa das preocupações. Por causa disto, sempre preferi ser um pau mandado.
Não, um pescador vivendo numa cabana não pode fazer o que quiser. Não receberá ordens de ninguém, mas não terá dinheiro nem outros recursos para fazer grandes coisas. Sua vida se limitará a pescar, comer e dormir.
E a experiência é justamente a maioria se sentir feliz por ter o emprego.
Impressionante como o Sr., Sr. Claudio, idealiza que não haverá sacanagens, picuinhas, vingancinhas e cobranças na sua utopia comunista!
E não, em sendo pescador o Sr. não fará o que quer e quando quer, pois terá que virar dia e noite nas margens ou dentro do barco até juntar a quantidade de peixes que evite sua família e a comunidade (considerada sua quota-parte de trabalho) não perecer por inanição.
Agora sim ,se uma pessoa é completamente inadaptada aa ambientes industriais século XXI, ou a empregos com carteira de modo geral, então a solução é mesmo procurar alguma comunidade em algum lugar...
Mas não tente generalizar a significativa fração da humanidade terrícola porque não é o que ocorre. Não projete sua forma de ver o mundo nos outros porque eles não pensam assim (estatisticamente falando, claro). Aliás, ao contrário, o que estamos vendo é o crescimento numérico de populações religiosas fanáticas no seio de religiões opostas à Marxista, quais sejam a islâmica e os evangélicos.
Não só fabricas existem no capitalismo. Aliás essa questão da destruição do globo e do modelo consumista suicida de certa forma concordo...
Há muita possibilidade na área médica, i.e., enfermeiros, paramédicos. Isso sem falar em ensino; informática; empreiteirismo...
Existem pessoas que não se adaptam ao capitalismo e eu sou uma delas. Mas não posso e nem quero impor minha opinião sobre outros. O que estou defendendo é que as pessoas tenham o direito de viver fora do capitalismo.
Para isto, milhares de iniciativas tem sido postas em práticas ao redor do mundo. A maioria delas não gostaria de ser chamada de comunista, mas eu prefiro ser chamado de comunista porque sei que ao defender estas iniciativas serei tachado como tal.
Esta transição entre a atual sociedade capitalista e uma futura sociedade pós-capitalista acontecerá ao longo de décadas. Aos poucos, as pessoas irão deixando um modo de produção e aderindo ao novo. O importante é que as pessoas tenham alternativas e atualmente elas existem aos milhares. É importante, para todos, lutar para que estas alternativas continuem existindo. Irei fazer minha parte aqui neste fórum divulgando estas alternativas.
Os ecopolos são o auge atual destas alternativas, mas existem outras que estão englobadas nas práticas da economia solidária e na economia compartilhada. O que deverá acontecer é que ao longo dos próximos anos, haverá a coexistência de dois sistemas econômicos dentro das mesmas cidades.
Eu apoio esta nova economia, que você pode dar o nome que quiser, porque não vejo mais sentido em tanta competição, guerras, miséria, superpopulação, destruição do planeta e vícios. Para mim, nada disto faz mais sentido e não é mais necessário. Só que o capitalismo ainda nos prende a estas coisas ruins.
- Controle social Cláudio? - Você sabe onde isso leva? - Leva onde sempre levou, ao totalitarismo, porque não existe isso, não existe mente coletiva, isso é apenas um bordão vazio que serve como pretexto para imposição de cima pra baixo.
Abraços,
O ser humano já nasce com algumas noções morais. O convívio social faz com que ele aperfeiçoe sua moral. O que é justo ou não dependerá da sociedade na qual a pessoa vive. Então o meio é que decide o que é certo ou errado e se alguém fizer o errado será mal visto por todos. Como somos seres super sociais, iremos querer seguir os valores da nossa sociedade.
Qual é o salário justo? Não há salário justo porque se você trabalha com amor, o produto do seu trabalho não tem preço. Se você trabalha com criação, ela poderá se replicar indefinitivamente e isto também não tem preço. Por isto, ninguém deve receber dinheiro em troca do seu trabalho. O que todos devem receber é tudo o que precisam para viver bem.
Vivemos num mundo em que uns trabalham demais e outros não trabalham. Os que conseguem se especializar são escravos do trabalho e sofrem por isto e os que não conseguem ficam sem trabalhar, ou fazem bicos, e também sofrem com isto. Será que o salário do trabalhador de Wall Street é justo? Não sei. quantas horas eles trabalham por dia? quantos anos passaram estudando? Eles nem sabem o tanto de riqueza que seu trabalho produz? Claro que não. São completamente alienados do produto do seu trabalho.
É o trabalho que dignifica o homem e dá a ele senso de pertencimento e missão. Mas o capitalismo roubou isto dos trabalhadores.
Tudo isto causa frustração nas pessoas e dai eles saem as ruas para protestar e ganhar alguma visibilidade. Dai aparece um empresário posando de fodão. Se saiu melhor na argumentação, mas e dai? Ele argumentava com pessoas simples que estavam lá apenas expressando sua humanidade. Para manter-se vivas num mundo onde são invisíveis. Certamente lá não estavam os 40 milhões de norte americanos que vivem na miséria. Estava quem pelo menos podia protestar.
Todos devem se beneficiar da toda evolução tecnológica e científica. Por isto, é mais do que normal que hoje existam muitas pessoas que recebam mais do que na idade média ou no século XX. Entretanto, a maior parte da humanidade ainda é condenada a viver excluída de bens básicos. Porque o sistema é completamente caótica e se baseia na crença falsa de que o mercado regula tudo.
Se houver alguma coisa boa no capitalismo, isto não é capitalismo, é humanismo. Como o próprio nome diz, o capitalismo se baseia no capital e não no ser humano. A vida das pessoas não vale absolutamente nada dentro do capitalismo, a não ser que elas tenham dinheiro para pagar para viver.
Como é que alguém pode ser capitalista onde não exista propriedade privada? Se os bens são abundantes, e não há escassez, não faz sentido alguém guardar algo para si. Bem-vindo ao futuro.
Não teve não... Marx é inegavelmente um analista histórico competente, mas Filosofia é outra coisa. O que há de filosófico em Marx vem de Hegel e outras fontes, até de Epicuro e dos Gnósticos, se escavar um pouco, mas de ideias filosóficas originais, quase nada ou nada mesmo.
Claudio, pelo jeito você aprendeu Marxismo com a Luciana Genro.
Primeiro, Marx defendia que o Capitalismo era uma etapa da evolução da sociedade indispensável à implantação do socialismo justamente porque seria o Capitalismo o único regime no qual as massas proletárias tomariam consciência de sua condição de explorados, coisa que seria impossível nos estágios econômicos anteriores, como por exemplo no Feudalismo.
Ele tava errado em tudo, claro, foi a Rússia semi-feudal (embora nem tanto quanto se fala) que fez a Revolução e não a Alemanha industrial e moderna que ele tanto queria que fosse.
Independente do erro, tá claro que Marx nunca defendeu esta coisa que o Capitalismo cria conformismo, pelo contrário, segundo Marx o Capitalismo e suas... contradições é que produziria o levante do proletariado que destruiria aquele regime e implantaria a Nova Ordem Socialista.
Claudio, como a grande maioria dos marxistas românticos, você evidencia que não conhece o pensamento de Marx, simplesmente criou um modelo idealizado dele, ao qual se apega.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
No contexto deste tópico estamos falando de Esquerdistas Marxistas.
Tem outros tipos de Esquerdistas? Tem! E todos tem suas ruindades particulares, mas no momento o foco são os Marxistas.
Claudio, você se assumiu como comunista, o que é muito mais sério do que acreditar na influência do ambiente, coisa que em maior ou menor grau até Direitistas acreditam.
Quando você se afirma Comunista declara adesão a uma doutrina ideológica que prega a destruição da sociedade existente - a tal Sociedade de Classes - e sua substituição por outra tal, a Sem Classes. No fim o que é óbvio e que a experiência histórica prova é que é sem classes coisa nenhuma, mas a destruição é muito real e muito feia
Então você tem que se decidir, ou você é comunista e quer destruir a sociedade de classes - o que implica em demolir todo legado da civilização ocidental - pela via da revolução proletária, meios culturais ou seja lá qual for o novo plano, ou não é comunista.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
De onde você tirou esta ideia?????
O que existe desde sempre é um processo de agregação crescente que começa nos núcleos familiares primitivos e evolui para a formação de impérios. O extremo oposto de "busca pela autogestão e emancipação social".
Jared Diamond explicou isto brilhantemente em Guerras, Germes e Aço, leitura que você já citou, espero que tenha lido e se reler vai encontrar lá uma contestação tão fundamentada do que disse que será impossível não mudar de ideia se o critério for verdadeiramente racional.
Pelo Marxismo Clássico, sistemas econômicos não são inventados, são inventores. Seria a Economia a propulsora das ações humanas e não o inverso. Claro que Marx não seria um marxista tão clássico assim, já que admitia uma dinâmica histórica bem mais complexa, mas o Marxismo ortodoxo de massa segue esta linha.
Este discurso tá mais prá Hippie que prá comunista.
Menos mal...
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Até lá, seus sonhos se baseiam numa futura utopia que eu não creio que venha a acontecer. O individualismo é um direito. O coletivismo tem que ser imposto por ditaduras.
Elites sempre existirão. Uma minoria sempre será, por natureza, mais capaz do que o resto. Num mundo justo, isto resultará em maior riqueza para essa elite (riqueza essa que beneficiará, indiretamente, os medíocres que não foram capazes de criá-la).
Consumismo é um direito. Cada um deve poder escolher se o deseja ou não.
É praticamente uma evidência anedota.
Além do quê, eles se beneficiam das tecnologias produzidas pelo "malvado" capitalismo. Praticamente nada foi desenvolvido por eles.
A "culpa" do capitalismo foi ter gerado uma riqueza nunca vista na história da humanidade, além de ter aumentado em muitas décadas a expectativa de vida.
O planeta levou centenas de milhares de anos para chegar ao primeiro bilhão de habitantes, em 1840. A partir daí, com a revolução científica e industrial, rapidamente passou dos 7 bilhões.
Grupinhos escondidos em comunidades naturebas não vão mudar esta realidade. E acabarão sendo atingidos por ela.