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Ateus Comunistas

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Comentários

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Gorducho disse: E não, em sendo pescador o Sr. não fará o que quer e quando quer, pois terá que virar dia e noite nas margens ou dentro do barco até juntar a quantidade de peixes que evite sua família e a comunidade (considerada sua quota-parte de trabalho) não perecer por inanição.
    Exato. Essa história de "ser livre, sem patrão, e só fazer o que quiser" só funciona até certo ponto.
    Ainda será necessário lutar pela sobrevivência. Na maior parte do tempo, pessoas "livres" farão o que é preciso para ter o que comer, vestir e onde morar, não aquilo que elas gostariam de fazer.
  • sybok: Os nossos antepassados olhariam para os Brasileiros como olhamos para os americanos? Como quem vê gente reclamando de barriga cheia?

    Hm... na minha opinião nossos antepassados provavelmente olhariam pra nós com solidariedade. Trabalho escravo ainda é fato no Brasil. Sem contar a escravidão "trabalhista" também.

    http://noticias.r7.com/cidades/para-lidera-lista-suja-do-trabalho-escravo-no-brasil-03072014

    E esse "nós" é relativo também. Se for antepassado de imigrante italiano e japonês é bem mais tranquilo. Agora antepassados do meu povo negro e do povo indígena... hm...

    Como vocês bem explanaram, o comunismo ou o marxismo em si como sistema econômico, filosófico e ideológico está bem longe de ser solução. As proposições marxistas marcaram a história e "abalaram" as estruturas de quem detinha o poder, no entanto existem refutações às mesmas bem sérias e dignas de estudo, com certeza. O modelo capitalista acabou prevalecendo diante da falência total dos modelos socialistas que tentaram vigorar. No entanto, vocês são adultos e sabem muito bem as mazelas do modelo capitalista, devidamente registradas na história, com crises, demissões em massa, assédio moral, disparidade social, protestos e greves violentas, chantagens, assassinatos, manipulações, corrupção... Não podemos considerar estes problemas como inerentes ao estado ou aos modelos comunistas.

    Quando o Cláudio diz que o Capitalismo vai ruir ou passar, concordo plenamente. Ele já está cambaleando.

    Só não entendo o ódio e a polarização que nosso país tem vivido com o PT como boneco de judas e simbolizando a esquerda e o PSDB como paladino de uma falsa moral, hipócrita e caricata, de um modelo mais lúcido para os rumos do país, quando na verdade reproduz toda a dita roubalheira do PT com maior maestria, desenvoltura e influência.

    É muito ódio e pouco debate lúcido, estruturado e argumentado.

  • CameronCameron Membro
    edited julho 2015 Vote Up0Vote Down
    RodrigoBuga disse: No entanto, vocês são adultos e sabem muito bem as mazelas do modelo capitalista, devidamente registradas na história.
    Bem lembrado, vamos listar?

    Antes da Revolução Industrial capitalista o regime escravo era prática comum e oficial na maioria das grandes metrópoles do mundo, depois foi reduzido a criminalidade e clandestinidade como o link que você postou.

    O capitalismo com seu comércio entre nações em uma escala nunca antes vista trouxe desenvolvimento e prosperidade, o resultado disso é que os custos das guerras se tornaram altos demais e por isso, proporcionalmente, vivemos no período de maior estabilidade e paz do que qualquer outra época da História.

    Antes do capitalismo de larga escala as pessoas viviam em média menos que 30 anos em qualquer lugar do mundo, hoje nos países com maior IDH a expectativa de vida é de 80 anos e em vários outros países como o nosso é de 60 anos ou mais.

    Só no capitalismo se teve condições de alfabetização em massa, antes só os ricos ou muito sortudos aprendiam a ler e a escrever.

    Vacinação em massa, desenvolvimento de tecnologias e medicamentos que se tornam cada vez mais acessíveis para cada vez mais pessoas, novamente, só foi possível graças ao capitalismo.

    E por aí vai...

    O que você chama de mazelas do modelo capitalista na verdade são mazelas da existência humana aonde a escassez é a regra, vivemos em um mundo selvagem aonde seres vivos lutam incessantemente pela sobrevivência, o modelo capitalista é o melhor para atenuar essa dura realidade, bastando apenas para se chegar a essa conclusão que você seja justo ao criticá-lo, comparando-o não com um ideal ou uma fantasia, mas com as alternativas do mundo real.



    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • RodrigoBugaRodrigoBuga Membro
    edited julho 2015 Vote Up0Vote Down
    O que você chama de mazelas do modelo capitalista na verdade são mazelas da existência humana aonde a escassez é a regra, um mundo selvagem aonde seres vivos lutam incessantemente pela sobrevivência, o modelo capitalista é o melhor, bastando apenas para se chegar a essa conclusão que você seja justo ao criticá-lo, comparando não com um ideal, uma fantasia, mas com as alternativas do mundo real.

    Seu argumentos são muito bons. Eu realmente procuro criticar o capitalismo com justiça, mas sinto nas criticas às proposições marxistas, socialistas, um ódio desnecessário.

    Tudo é uma questão de ótica também. Minha denúncia de trabalho escravo existente até hoje você olha como um milagre capitalista por ser reduzido, eu olho como um absurdo que não era pra existir e que é proporcionado justamente pela rentabilidade do mesmo.

    Tenho considerado, de fato, os problemas da humanidade muito mais morais e éticos do que ideológicos, pois por mais que vocês queiram exaltar o capitalismo como o melhor modelo pra nossa sociedade, através dele são cometidas diariamente as piores injustiças imagináveis mundo afora.
    O capitalismo com seu comércio entre nações em uma escala nunca antes vista trouxe desenvolvimento e prosperidade

    Creio que aqui você se refere à colonização, um dos maiores e piores crimes da história da humanidade. O que você chama de desenvolvimento eu entendo como expropriação, matança, demonização, imposição, invasão, estupro, etc. As comunidades tribais africanas e indígenas viviam muito bem antes da intervenção colonial. A ganância já existente no mercantilismo, o pai do capitalismo, propiciou toda a história de exploração e matanças que temos aí.

    Imputar apenas à existencia humana tais atrocidades considero um risco. Há motivações ideológicas sim por trás de tudo isso e o mercantilismo/capitalismo as impulsionaram. Não que o marxismo seja a solução disso, de modo algum, mas vendo vocês com este discurso apaixonado pró capitalismo considero preocupante. Distorcendo e reinterpretando fatos tentando fazer a merda capitalista feder menos... nada bacana.
    Post edited by RodrigoBuga on
  • Saudações Cláudio



    Cláudio disse: A vida das pessoas não vale absolutamente nada dentro do capitalismo, a não ser que elas tenham dinheiro para pagar para viver.


    Almir Cezar disse: Pois o socialismo só poderia triunfar em escala mundial, à medida que o Capitalismo é um sistema mundial e também implica numa serie de relações econômica que substituam a regulação econômica pela lei do valor pela ação do planejamento estatal e o completo desaparecimento da propriedade não-socialista dos meios de produção. O próprio economista polonês Oskar Lange lembra muito bem isso (embora em algum textos não seja explícito devido a pressão que o stalinismo fazia sobre a intelectualidade socialista do Leste Europeu.

    Lênin durante o início da NEP - que também difere muito do que os chineses vem fazendo desde o fim da decada de 1970 - afirmava que a NEP consistia em "um passo atrás pra dar dois pra frente" ao Socialismo, rebatendo aqueles que denunciavam a NEP como restauracionista do capitalismo.

    A NEP consistia em colocar sob supervisão do planejamento mais generalista a livre porém parcial acumulação privada na economia nacional.

    O Estado continuava a ter controle e propriedade da indústria pesada e de infra-estrutura, inclusive ampliando, ter o monopólio do comércio exterior e agir através do planejamento interferindo nos rumos da economia (mesmo que não através de uma planificação).

    http://limiaretransformacao.blogspot.com.br/2011/05/sociedade-comunista-e-possivel-uma.html

    Cláudio, concordo com vc que o capitalismo é desumano no sentido de que quando se trata do individualismo, esse sistema econômico dá infinitas oportunidades...
    Mas quando o assunto é o coletivo os serviços deixam de ser exclusivos e passam a ser igualitários, onde hj vemos FALTAR TUDO NOS SISTEMAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS... :(

    Mas, pensemos... Nenhuma sociedade moderna pode viver mais sem um controle do estado para o funcionamento básico de serviços de atenção a sociedade. Pelo menos nem que seja como MONITORAMENTO do bom funcionamento dos mesmos, como no caso de empresas que trabalham por concessão dos transportes, por exemplo.

    A infra-estrutura, a segurança pública, a educação, etc, etc... Serviços coletivos pagos para que a sociedade possa manter-se funcionando...


    Uma ecovila, por exemplo, no inicio pode até começar sem um gestor, ou líder, porém, uma hora ou outra será necessário que sejam formados comitês de gerenciamento desses lugares, pois se observarmos em nossa sociedade... Uma pessoa varre a calçada dela, mas se o vizinho não varrer a calçada dele, o lixo dele vem para a frente da sua casa... E aí logo terão um conflito...rs


    Na verdade acho que o comunismo nem se aplica a situação que vc está defendendo, se me permite opinar...rs

    Sua defesa pela liberdade social, seria mais assertiva se vc estivesse falando sobre um socialismo... Não sei...

    O comunismo é uma UTOPIA no sentido completo do funcionamento planificado da sociedade, pois a ECONOMIA é quem "manda"(delimita) no(o) estado, e não vice e versa, compreendes ???




    abraços fraternos a ti e a todos
    da Silvana
  • CameronCameron Membro
    edited julho 2015 Vote Up0Vote Down
    RodrigoBuga disse: Distorcendo e reinterpretando fatos tentando fazer a merda capitalista feder menos... nada bacana.
    Quais fatos estariam distorcidos?

    A escravidão diminuiu após a Revolução Industrial, isso é um fato.

    A educação em massa e o consequente avanço tecnológico em muitos países é uma realidade e só foi possível na escala que conhecemos hoje graças ao capitalismo, isso é um fato.

    A melhora da qualidade de vida é uma realidade, as pessoas de classe média hoje tem uma qualidade de vida superior aos reis e imperadores do passado, por terem se tornado comuns muitos tendem a ignorar ou subestimar o valor de água encanada, luz elétrica, vacinação, etc..., cada vez mais acessíveis a um número maior de pessoas, exceto é claro, veja só, nos locais menos capitalizados do mundo e com menor liberdade econômica, isso é um fato.

    O ponto que muitos que fazem discursos anti-capitalistas não entendem é que a condição natural é a miséria. Prosperidade é uma artificialidade humana, e ela não cai do céu, acusar o capitalismo de não erradicar as mazelas da existência humana (incluindo a ganância, egoísmo, corrupção, etc...) é o mesmo que acusar um bombeiro que conseguiu salvar três pessoas de um incêndio aonde morreram outras oito de assassino ou negligente.

    O que vocês querem não é um sistema econômico e sim um milagre, lamento lhes dizer mas milagres não existem.

    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Acauan disse:
    Então você tem que se decidir, ou você é comunista e quer destruir a sociedade de classes - o que implica em demolir todo legado da civilização ocidental - pela via da revolução proletária, meios culturais ou seja lá qual for o novo plano, ou não é comunista.
    Enquanto existirem pessoas a favor da sociedade de classes eu não irei querer sua destruição. Só serei a favor da destruição quando 100% das pessoas quiserem isto. Não tenho nenhum direito de desejar interferir nas escolhas pessoais dos outros, contanto que elas não prejudiquem ninguém.

    Defendo ideias que vão contra o capitalismo, em especial ao pensamento único neoliberal. Por isto, irei ser chamado de comunista, mas antes que chamem de comunista, eu mesmo já estou me identificando como tal. Se ser contra o capitalismo é ser comunista, então eu sou comunista. O que para mim significa desejar que todos os recursos do planeta Terra sejam um bem comum de todos seus habitantes. Para assim, produzir riquezas a serem compartilhadas por todos.

    Qualquer novo sistema econômico que vier a surgir para substituir o capitalismo, será construído apoiando-se nos ombros do capitalismo. Portanto, o legado da civilização ocidental e de qualquer outra civilização, sempre estarão presentes.


  • Silvana disse: Uma ecovila, por exemplo, no inicio pode até começar sem um gestor
    Como? Quer dizer que não vão planejar o que vão produzir, as áreas nas quais vão plantar e as obras que têm que fazr; quem as fará; e em que priorização? Vai ser uma gandaia geral que cada um faz o que bem entende?

    Claro que tem que ter um gestor, que até pode ser um "Conselho". Mas o tal Conselho sempre vai ter uma figura que se destaca e arregimenta adeptos p/vencer as votações, restituindo mimos a esses em troca. O ser humano funciona assim; querer outra coisa é propor uma sociedade celestial, para seres que não os terrícolas.
  • eu mesmo nunca conheci nenhum escravo nem conheço quem tenha conhecido.
    O fato de não conhecer pessoalmente uma pessoa escravizada, afinal ninguém é escravo por vontade própria, não deslegitima a existência da mesma. Existem escravizados? Danem-se né? Existem miseráveis? Danem-se também! Este posicionamento capitalismo de acumulo irrestrito de bens pra si próprio sem dar a mínima para o outro, essa falta de exercício de alteridade patológica é o germe da violência. É a "coisificação" do outro.
    Tenha mais respeito pelas pessoas que foram submetidas a essa condição a qual você que sempre viveu vida boa só conhece de ouvir falar em livros.

    Pra mim quem não diferencia trabalho livre de escravidão o faz simplesmente por ter horror ao trabalho em si, é gente que não sabe que o trabalho é uma imposição da natureza, que mesmo formigas e pássaros são obrigados a fazer. Isso é coisa de gente preguiçosa que não gosta de trabalhar, por isso imaginam um sistema utópico onde não precisariam trabalhar.
    Primeiramente, você nem me conhece. Tenha mais respeito pela minha pessoa ao falar, sua arrogância é desnecessária ao debate. Expor minha vida pessoal aqui não enriquecerá o argumento, no entanto, não fale do que você não sabe, não julgue, não seja preconceituoso. Atenha-se à argumentação factual e comprovável. Pra resumir, senti na pele a total miséria e também a fome, e a fome cala muito argumento de quem de fato, provavelmente o seu caso, nunca passou necessidade na vida. Lembre-se que a fama de baiano ser preguiçoso vem exatamente da situação de trabalho forçado à qual eram submetidos durante a escravidão e resistiam. Sua fala remete a esta lógica. Você está justificando a exploração e imputando no explorado a "culpa" por não querer trabalhar, dadas as devidas proporções comparativas. O discurso hegemônico é o que manda. Na época em questão ele era do escravista (que era lei) e hoje do dito sistema capitalista, trabalhista, celetista e justo, que também explora o trabalhador. O poder rege o discurso.
    "Nossos" não é relativo porcaria nenhuma, pois todos nós somos descendentes de negros, brancos e índios. Meu bisavô por parte de mãe era índio saído de aldeia e por parte de pai era português.

    Mas entendo sua introdução ao vitimismo de "grupo", apelando a uma situação a qual você mesmo nunca viveu, como se isso desse mais credibilidade a seu discurso irreal. Você acha que os escravos brancos do império Romano, antepassados dos italianos, sofriam menos do que os escravos negros?
    Novamente uma tentativa ridícula de igualar, de modo bem senso comum e fraco, as implicações raciais e sociais trazidas pelo período de colonização à realidade brasileira. Nossa descendência em comum basicamente vem do estupro e do abuso do meu povo negro assim como da dizimação do povo indígena. Explorador, opressor adora falar vitimismo. É interessante que a violência do colonizador contra o colonizado é considerada "ordem social", já a violência do colonizado, oprimido, é considerada "Crime, vandalismo, selvageria". Eu constato a realidade dos meus ancestrais, cujas consequências me afetam até hoje quando entro em lojas ou sou parado pela polícia a noite, e sou chamado de vitimista? Qual é a construção discursiva dos nossos tempos? Quem é o herói? O belo? O bonito? O líder? Quem ocupa posições de poder nesse país? Durante a imigração das comunidades japonesas e italianas para o Brasil, os mesmos foram bem recebidos com terras e condições de sustento. Já meu povo... é muita desonestidade intelectual da sua parte querer igualar a situação do meu povo com a dos imigrantes europeus. Sobre todo o processo de escravidão histórico? Você quer citá-lo como argumento para desmerecer a colonização e seus efeitos nefastos que nos atingem até hoje? O que você chama de vitimismo de grupo eu chamo de constatação da realidade que incomoda a muitos que compartilham o mesmo ponto de vista que você, geralmente detentores do poder e do discurso hegemônico por sentirem-se ameaçados.
    O capitalismo é o resultado da separação entre poder politico e poder econômico, da separação entre estado e mercado e da aquisição de certos direitos do homem, como o direito a propriedade, o direito ao livre trabalho, a livre troca e a livre concorrência, entre outros. Trata-se da conquista de direitos e da remoção de poderes arbitrários historicamente concedidos aos governantes.

    Que inocência é essa jovem? Seu discurso de separação do poder econômico e político é lindo, mas na prática, dinheiro é poder político!!!! O dinheiro compra os governantes!!! Prova disso é impunidade dos barões brasileiros, ricos, cujos filhos que queimam índios e viram policiais, atropelam ciclistas e ficam impunes enquanto pobres roubam shampoos e são presos por anos, outros portanto pinho sol na rua para revenda são incriminados como suspeitos de fazerem coquetel molotov! As democracias são corruptíveis, ou seja, a riqueza pode comprar muito da representação que precisa para obter as leis necessárias para mais acumulo e concentração de riqueza. Isto significa que conforme a concentração da riqueza incrementa, a democracia degrada e ao final se destrói.
  • Certo, mas escravos existem nos sistemas comunistas! Temos os médicos cubanos que são escravos do Estado - tipo como em Esparta - com as famílias mantidas como reféns.
    Então escravidão não é privilégio do capitalismo. Aliás veio desde os primórdios muito antes do capitalismo.
  • RodrigoBugaRodrigoBuga Membro
    edited julho 2015 Vote Up0Vote Down
    Certo, mas escravos existem nos sistemas comunistas! Temos os médicos cubanos que são escravos do Estado - tipo como em Esparta - com as famílias mantidas como reféns.
    Então escravidão não é privilégio do capitalismo. Aliás veio desde os primórdios muito antes do capitalismo.

    Sim gorducho, concordo contigo! Minhas postagens não são defesas cegas do Marxismo ou socialismo. As merdas históricas perpetradas em nome desta ideologia também precisam vir à tona! Eu sinceramente só me incomodo com o modo que a maioria do pessoal aqui tem pintado o capitalismo num arco-íris! A história do mercantilismo e capitalismo espirra sangue. Se temos hoje como um dos maiores genocidas da história Mao Tse Tung, de orientação comunista, como podemos achar o capitalismo lindo, cuja contagem de corpos no total, envolvendo todas as guerras, revoltas, protestos, assassinatos e abusos é equivalente? Como podemos deixar de fora a contagem de corpos das Ditaduras capitalistas que se espalharam pela américa latina principalmente? Vejo com muita reserva e repulsa a paixão que vocês no geral tem pelo capitalismo, antro ideológico de pessoas que também são elitistas, racistas, fascistas, xenófobas, etc, principalmente aqui no Brasil. Revoltados Online, Movimento Brasil Livre e por ai vai...
    Post edited by RodrigoBuga on
  • Ditaduras Capitalistas?
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • RodrigoBuga disse: Este posicionamento capitalismo de acumulo irrestrito de bens pra si próprio sem dar a mínima para o outro, essa falta de exercício de alteridade patológica é o germe da violência. É a "coisificação" do outro.

    Para alguem conseguir acumular capital, certamente precisou gerar muitos empregos ou ofereceu algo de valor para outros.

    Enquanto comunistinhas ficam de mimimi, são essas pessoas que realmente fazem algo de concreto para ajudar os mais necessitados.
    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • Claudio disse: Spider disse: - Controle social Cláudio? - Você sabe onde isso leva? - Leva onde sempre levou, ao totalitarismo

    Estou imaginando uma sociedade altamente evoluída e educada. Assim como a população da Islândia.

    - Pois é Cláudio, o povo evoluído e educado da Islândia preza muito pelo seu individualismo e pela sua liberdade, não quer nem saber de comunismo.

    Abraços,


  • Eu já defendo um modelo tipo o do principado de monaco, com um GP de formula 1 pelas ruas e tudo mais.
    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • ENCOSTO disse: Eu já defendo um modelo tipo o do principado de monaco, com um GP de formula 1 pelas ruas e tudo mais.


    Eu apoio.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    RodrigoBuga disse: Novamente uma tentativa ridícula de igualar, de modo bem senso comum e fraco, as implicações raciais e sociais trazidas pelo período de colonização à realidade brasileira. Nossa descendência em comum basicamente vem do estupro e do abuso do meu povo negro assim como da dizimação do povo indígena. Explorador, opressor adora falar vitimismo. É interessante que a violência do colonizador contra o colonizado é considerada "ordem social", já a violência do colonizado, oprimido, é considerada "Crime, vandalismo, selvageria". Eu constato a realidade dos meus ancestrais, cujas consequências me afetam até hoje quando entro em lojas ou sou parado pela polícia a noite, e sou chamado de vitimista? Qual é a construção discursiva dos nossos tempos? Quem é o herói? O belo? O bonito? O líder? Quem ocupa posições de poder nesse país? Durante a imigração das comunidades japonesas e italianas para o Brasil, os mesmos foram bem recebidos com terras e condições de sustento. Já meu povo... é muita desonestidade intelectual da sua parte querer igualar a situação do meu povo com a dos imigrantes europeus. Sobre todo o processo de escravidão histórico? Você quer citá-lo como argumento para desmerecer a colonização e seus efeitos nefastos que nos atingem até hoje? O que você chama de vitimismo de grupo eu chamo de constatação da realidade que incomoda a muitos que compartilham o mesmo ponto de vista que você, geralmente detentores do poder e do discurso hegemônico por sentirem-se ameaçados.

    Perfeito! Isto é texto para guardar.
  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Spider disse: - Pois é Cláudio, o povo evoluído e educado da Islândia preza muito pelo seu individualismo e pela sua liberdade, não quer nem saber de comunismo.
    Na Islândia funciona a democracia direta e se levarmos em conta a forte presença do Estado na economia de lá, eles são praticamente um país socialista. O que em nada impede o individualismo das pessoas, que até pode ser positivo, contanto que exista o olhar para o outro.
  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    edited julho 2015 Vote Up0Vote Down
    ENCOSTO disse: Enquanto comunistinhas ficam de mimimi, são essas pessoas que realmente fazem algo de concreto para ajudar os mais necessitados.

    Olha, podemos não ser ricos para empregar pessoas. Mas trabalhamos na organização dos trabalhadores para que os mesmos possam formar cooperativas, hortas urbanas compartilhadas, microempreendimentos etc. Nós fazemos sim nossa parte. De inúmeras formas diferentes, que infelizmente não são divulgados pela mídia.

    Eu, particularmente, faço minha parte prática incentivando e colaborando para que mais pessoas usem os softwares livres. De vez em quando me envolvo com alguma atividade voltada para a emancipação social.

    Post edited by Claudio on
  • ClaudioClaudio Administrador, Moderador
    Acauan disse: O que existe desde sempre é um processo de agregação crescente que começa nos núcleos familiares primitivos e evolui para a formação de impérios. O extremo oposto de "busca pela autogestão e emancipação social".
    Jared Diamond explicou isto brilhantemente em Guerras, Germes e Aço, leitura que você já citou, espero que tenha lido e se reler vai encontrar lá uma contestação tão fundamentada do que disse que será impossível não mudar de ideia se o critério for verdadeiramente racional.

    Eu já baixei o livro Guerras, Germes e Aço, de Jared Diamond, para ler, mas ainda não li. É um livro de história muito interessante e didático. Dei só uma foleada e ví que ele fala sobre as guerras que os seres humanos tiveram que travar entre si e os avanços que estas batalhas trouxeram.

    O que tenho a dizer sobre isto é que as guerras que houveram no passado, e as lutas dos homens entre si, não são mais necessárias hoje. O fato dos nossos antepassados humanos e não-humanos, viverem se estapeando entre si, não significa que temos que viver nos atacando hoje.

    Assim como existiram forças competitivas entre as pessoas no passado, também existiram forças colaborativas, que possibilitaram diversos avanços tecnológicos e a formação das famílias, das tribos, das cidades e dos impérios. Tivemos o amor e o ódio como forças de transformação. Hoje, podemos ter apenas o amor, que é muito melhor do que o ódio.

    Houve uma coevolução entre o desenvolvimento moral e social. Isto permitiu que nossa natureza animal diminuisse e nossa natureza racional aumentasse. Para o futuro o desafio é abandonar este nosso lado que nos aproxima da selvageria. Para isto é necessário deixarmos de competir uns contra os outros e passar a cooperar mais uns com os outros. Pois, cooperar é muito mais eficiente do que competir.

  • Saudações gorducho

    Gorducho disse acerca das ecovilas do Cláudio: Vai ser uma gandaia geral que cada um faz o que bem entende?

    hahahahahaha


    Não sei... Isso é uma pergunta ou afirmativa ...rsrsrs



    ......

    Cláudio disse: Houve uma coevolução entre o desenvolvimento moral e social. Isto permitiu que nossa natureza animal diminuisse e nossa natureza racional aumentasse. Para o futuro o desafio é abandonar este nosso lado que nos aproxima da selvageria. Para isto é necessário deixarmos de competir uns contra os outros e passar a cooperar mais uns com os outros. Pois, cooperar é muito mais eficiente do que competir.

    Cláudio, vc é um idealista convicto....

    Existiu um filósofo grego que disse a cerca do sugerido em seu texto, sobre a emancipação DO PENSAMENTO HUMANO, no entanto era com relação a questão de gênero...

    Vou "parafrasear" o mesmo, assim, darei uma maior dimensão a questão...


    A evolução humana só foi possível por conta da emancipação econômica individual...

    Uma mente social tratada de forma coletiva, só CONSEGUE EVOLUÇÃO, no sentido de que alguns favorecem outros ao LIVRE PENSAMENTO...

    Com o avanço industrial o ser humano abandonou um pouco o trabalho braçal e pode iniciar a aventura do PENSAR...

    O homem com o avanço das relações sociais e de produção, aos poucos foi abandonando as produções menos intelectuais, foi se aprimorando, se aperfeiçoando...

    O Capitalismo querendo ou não, foi e é um trampolim impulsionador dessa situação de mudança, pois TIRANO QUE É, obrigou gerações e gerações de pessoas a se formarem ao redor do CAPITAL HUMANO...

    O que isso significa... Que o homem abandonou as velhas formas de relação de produção e está cada vez mais tecnológico e assim, MUITO mais PRODUTIVO, eu diria infinitamente mais produtivo, pois agora usamos mais nossa CAPACIDADE MENTAL...

    O Socialismo é uma força social oposta, pois ele puxa o coletivismo, ele nos OBRIGA a pensarmos no entorno, no CRESCIMENTO DA COLETIVIDADE...

    Ou seja, SÃO DUAS FORÇAS OPOSTAS... Porém, COMPLEMENTARES... rsrsrs

    Sem o Individualismo não temos OS BANDEIRANTES, sem os bandeirantes não temos a quem seguir, muito menos o que questionar ... rsrsrs (permitam-me a comparação do pioneirismo)

    Portanto, o estado existe para que o coletivo(socialismo) funcione, já o individualismo existe para que o CAPITAL(capitalismo) HUMANO POSSA EVOLUIR...

    Sem o equilíbrio e a co-existência de ambas as propostas sociais, o mundo não estaria caminhando para a evolução(SOCIAL) que estamos...

    PENSE NISSO !!!

    Devemos(Nação) antes saber construir uma ISLÂNDIA AQUI NOS TRÓPICOS... :)




    abraços fraternos a ti e a todos
    da Silvana
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited julho 2015 Vote Up0Vote Down
    RodrigoBuga disse: No entanto, vocês são adultos e sabem muito bem as mazelas do modelo capitalista, devidamente registradas na história, com crises, demissões em massa, assédio moral, disparidade social, protestos e greves violentas, chantagens, assassinatos, manipulações, corrupção... Não podemos considerar estes problemas como inerentes ao estado ou aos modelos comunistas.
    Não há sistemas perfeitos. O capitalismo é apenas o menos ruim, num mundo ele próprio imperfeito onde a escassez é a regra e a luta pela sobrevivência, uma constante.
    Qualquer sistema envolvendo seres humanos, por melhor que seja, terá problemas. Afinal, sua implementação dependerá deles.
    RodrigoBuga disse: Quando o Cláudio diz que o Capitalismo vai ruir ou passar, concordo plenamente. Ele já está cambaleando.
    Está "cambaleando" há 500 anos, só que cai, se levanta, aprende a lição e segue em frente.
    RodrigoBuga disse: Só não entendo o ódio e a polarização que nosso país tem vivido com o PT como boneco de judas e simbolizando a esquerda e o PSDB como paladino de uma falsa moral, hipócrita e caricata, de um modelo mais lúcido para os rumos do país, quando na verdade reproduz toda a dita roubalheira do PT com maior maestria, desenvoltura e influência.
    Ninguém aqui acha que o PSDB é um modelo de virtude. É apenas, no momento, a opção menos nociva com chance de chegar ao poder.

    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    RodrigoBuga disse: Creio que aqui você se refere à colonização, um dos maiores e piores crimes da história da humanidade. O que você chama de desenvolvimento eu entendo como expropriação, matança, demonização, imposição, invasão, estupro, etc. As comunidades tribais africanas e indígenas viviam muito bem antes da intervenção colonial.
    O que você chama de "viviam bem"?
    Você diria que os massacres dos maias e astecas para conseguir vítimas para os sacrifícios humanos eram uma coisa boa?
    Que não havia guerra entre os índios brasileiros?
    Que a escravidão não existia na África até que chegaram os europeus?
    Que ninguém invadia a terra de ninguém nem chacinava os outros povos?
    Que foi o colonialismo que levou os islamitas a sair pelo mundo invadindo e convertendo a ferro e fogo?
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Silvana disse: Com o avanço industrial o ser humano abandonou um pouco o trabalho braçal e pode iniciar a aventura do PENSAR...

    O homem com o avanço das relações sociais e de produção, aos poucos foi abandonando as produções menos intelectuais, foi se aprimorando, se aperfeiçoando...
    No passado, a maioria de analfabetos trabalhava de sol a sol para que uma minoria se dedicasse à ciência, literatura, artes etc.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited julho 2015 Vote Up0Vote Down
    Um barão negro, seu palácio e seus 200 escravos

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    Revirar esses papéis é voltar ao tempo do tataravô de Mônica, o mineiro Francisco Paulo de Almeida, um dos mais importantes barões do café do segundo reinado. Titulado como Barão de Guaraciaba pela própria princesa Isabel, acumulou um enorme patrimônio no Vale do Paraíba fluminense. Suas fazendas estendiam-se pelos estados do Rio e também de Minas Gerais, somando um vasto território estimado em 250 quilômetros quadrados — e uma fortuna de quase 700 mil contos de réis, coisa de bilionário. Mas um detalhe tornava o barão diferente dos outros nobres. Ele era negro em um país escravocrata. Reinou em um mundo dominado por brancos.
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    Embora fosse negro, o aristocrata estava longe de ser um abolicionista. Quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, tinha cerca de 200 escravos na fazenda Veneza, em Conservatória, onde possuía mais de 400 mil pés de café.
    http://oglobo.globo.com/rio/um-barao-negro-seu-palacio-seus-200-escravos-14573740#ixzz3dVYYLvw7
    Post edited by Fernando_Silva on
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