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A parte onde Deus mais toca os céticos

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Comentários

  • Sybok tem mais Super Interessante:

    O que faz cada lado do cérebro?
    POR Redação Super
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    Edição272
    Dezembro de 2009
    Sumário desta edição Todas as edições
    Reinaldo José Lopes

    Conselho para quem tem manuais do tipo Desenhando com o Lado Direito do Cérebro: encaminhe o livrinho para reciclagem. Faz tempo que os neurocientistas sabem que ninguém desenha só com o lado direito - só se faltar o esquerdo.

    Hoje é muito questionada a tese de que os hemisférios cerebrais possuem uma divisão de tarefas rígida. Algumas funções específicas realmente são privilégio da esquerda ou da direita, mas tudo indica que muitas tarefas funcionem em um esquema de mutirão, em que o papel de cada área varia dependendo da necessidade.

    Essa ideia de que cada metade do cérebro pode tanto cobrar escanteio quanto correr para cabecear se baseia em casos de pacientes com lesões cerebrais graves que realizam atividades supostamente ligadas às áreas perdidas.

    Considere, por exemplo, o caso de dois rapazes acompanhados pela neurocientista Mary Helen Immordino-Yang, da Universidade do Sul da Califórnia. O adolescente argentino Rico e o jovem americano Brooke (nomes fictícios) literalmente perderam metade de seu cérebro: Rico teve o hemisfério direito cirurgicamente retirado para controlar a epilepsia e Brooke tirou o esquerdo como prevenção a uma doença autoimune. Tanto Rico quanto Brooke continuam sendo capazes de andar, falar, raciocinar e interagir socialmente - o que seria impossível se houvesse uma divisão absoluta de tarefas entre os hemisférios cerebrais. A fala, por exemplo, é uma função quase sempre atribuída ao lado esquerdo do cérebro. Seria um caso de plasticidade cerebral em ação, com pedaços do órgão antes destinados a determinada função tomando o lugar dos que estão faltando.

    "O que nós estamos vendo é que a atividade dos neurônios é sempre probabilística", diz Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro da Universidade Duke (EUA). "Não são sempre os mesmos neurônios que produzem a mesma ação. A atividade cerebral flutua." Se essa observação se confirmar em mais estudos, o neurocientista diz que será preciso derrubar de vez a ideia de hemisférios especializados. Resta saber se as convicções dos cientistas são tão flexíveis quanto o cérebro deles.


    É de ladinho que eu lhe acho

    Saiba as funções cerebrais ainda atribuídas a hemisférios específicos - e quais já são dadas como bilaterais


    Acordo ortográfico

    Funciona aqui a parte formal da linguagem, como as regras gramaticais que nos dizem a maneira certa de usar o plural ou quais palavras são masculinas ou femininas numa frase.


    Como dois e dois

    Tudo indica que os aspectos mais importantes da manipulação de números estão relacionados com o hemisfério esquerdo do cérebro. Ou seja, você pode até não ser muito bom de matemática, mas a capacidade está lá.


    Faz sentido

    São de esquerda as faculdades mentais responsáveis por elaborar um raciocínio de forma clara, assim como as que ajudam a recordar uma sequência de acontecimentos.


    Lado direito do corpo

    O controle neuronal de cada metade do corpo é invertido. Assim, destros têm seu "braço de escrever" controlado pelo hemisfério esquerdo.


    "Falta só um milhão"

    A parte mais sutil da fala - tons de voz denotando ironia ou humor, a ênfase em uma determinada palavra - é processada neste lado.


    Você vem sempre aqui?

    Reconhecer rostos é uma habilidade importantíssima para espécies sociais como nós, e parece que o hemisfério direito é crucial para isso.


    Função picasso

    Os tais "manuais para desenhar com o lado direito do cérebro" se baseiam em pesquisas que indicam que as capacidades artísticas parecem estar relacionadas à metade direita. Claro, a coisa não é tão simples: se você for raciocinar sobre seu desenho, já está apelando para o lado esquerdo.


    Lado esquerdo do corpo

    Aqui, também vale o efeito espelho: canhotos controlam mãos e pés preferenciais com o lado direito do cérebro.


    DOIS HEMISFÉRIOS

    A fala e o raciocínio lógico, antes atribuídos ao lado esquerdo, e o reconhecimento de imagens e capacidade musical, antes tidos como exclusivos do direito, são hoje comprovadamente trabalho para dois hemisférios.


    http://super.abril.com.br/ciencia/o-que-faz-cada-lado-do-cerebro
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited maio 3 Vote Up0Vote Down
    sybok disse:
    Perceba as palavras sublinhadas.
    O que você não questionou foi a possibilidade de resolver problemas SEM RACIOCINAR.
    É o que animais fazem.

    e como seria isso ?

    Nenhum deles neurocientista que estude o cérebro... Só gente falando genericamente em termos leigos e para leigos, confundindo inteligencia com razão.
    então essa burrice não é exclusividade minha
    A IGNORÂNCIA não é exclusividade sua, a burrice é.
    Nenhum dos cientistas da matéria estudam o cérebro, são todos biólogos, em geral de campo, que OBSERVAM COMPORTAMENTO animal.
    Eles DESCREVEM COMPORTAMENTOS, mas não sabem nada sobre o cérebro para poder dizer cientificamente COMO e ONDE no cérebro esse comportamento tem origem.
    http://hypescience.com/estudo-desmistifica-diferencas-entre-os-dois-lados-cerebro/
    http://super.abril.com.br/ciencia/o-que-faz-cada-lado-do-cerebro
    Qualquer um deles se alertado sobre o engano no uso de certas palavras não ficaria insistindo de modo burro no erro como você faz.
    e esses caras dizem que voce esta enganado:
    Jeff Anderson, diretor do Serviço de Mapeamento Neurocirúrgico da Universidade de Utah.
    Há um equívoco em pensar que tudo a ver com ser analítico, por exemplo, está confinado a um lado do cérebro, e tudo a ver com ser criativo está confinado para o lado oposto.


    Considere, por exemplo, o caso de dois rapazes acompanhados pela neurocientista Mary Helen Immordino-Yang, da Universidade do Sul da Califórnia. O adolescente argentino Rico e o jovem americano Brooke (nomes fictícios) literalmente perderam metade de seu cérebro: Rico teve o hemisfério direito cirurgicamente retirado para controlar a epilepsia e Brooke tirou o esquerdo como prevenção a uma doença autoimune. Tanto Rico quanto Brooke continuam sendo capazes de andar, falar, raciocinar e interagir socialmente - o que seria impossível se houvesse uma divisão absoluta de tarefas entre os hemisférios cerebrais. A fala, por exemplo, é uma função quase sempre atribuída ao lado esquerdo do cérebro. Seria um caso de plasticidade cerebral em ação, com pedaços do órgão antes destinados a determinada função tomando o lugar dos que estão faltando.

    "O que nós estamos vendo é que a atividade dos neurônios é sempre probabilística", diz Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro da Universidade Duke (EUA). "Não são sempre os mesmos neurônios que produzem a mesma ação. A atividade cerebral flutua." Se essa observação se confirmar em mais estudos, o neurocientista diz que será preciso derrubar de vez a ideia de hemisférios especializados.
    sybok disse: Como você falou sobre PROVAS e fica ai emitindo teimosamente opiniões burras que contrariam o conhecimento cientifico moderno, mesmo depois de ser refutado e avisado de que está falando merda, lanço o desafio.

    agora a cereja do bolo:

    este final veio sob encomenda em homenagem a sua Burrice:
    dito e comprovado por neurocientista mais atualizados :
    "Resta saber se as convicções dos cientistas são tão flexíveis quanto o cérebro deles. "

    fico feliz ao saber que mesmo sem ter os conhecimentos científicos que voce alega ter, tambem pela faculdade da intuição consigo formular e chegar a mesma conclusão de pessoas bem mais capacitadas como estes neurocientistas citados,também quanto a formação do ser "eu" apresentada nas cartas de cristos, a "mente mente mas quando acerta,mesmo sem raciocinar é certeira, é como te digo "um burro fica feliz ao identificar-se com a mesma ideia de outros burros"

    perceba que eles corroboram minha idéia de que a razão não é produto de parte exclusiva do cérebro e sim de todo um conjunto, ao contrario de voce tenta ridicularizar essa ideia como se eu visse tudo como um "borrão" míope.
    Computadores são CRIADOS pela nossa razão, mas seu mecanismo de escolha é próprio e bem diferente da nossa razão.

    a é ? seria o que aleatório, ou baseado no raciocínio humano de quem o programou?

    Sybok disse: A capacidade de pensamento lógico e matemático capaz de criar conceitos abstratos e linguagem... Algo único do ser humano.
    ha controvérsias!
    Não, não há.
    No máximo cogitam se algum outro grade primata ou animais de grande cérebro como golfinhos possam ter alguma estrutura primitiva semelhante e que contenha as bases daquilo que no ser humano forma a razão.

    posts atrás argumentei que animais poderiam ter razões primitivas ,voce disse que não!

    CRIATURO disse: animais não sonham ?

    Sim, sonham. Sonhos não tem nada a ver com a razão.
    CRIATURO disse: a memória deles não possui conceitos abstratos ?
    Não. Não possui.

    mas sonhos não são imaginações abstratas ?


    CRIATURO disse: como também são capazes de dar nomes abstratos a seus pares
    Dar nomes pode ser indicativo de linguagem, algo que ainda não é certo, pois sabe-se que golfinhos usam comunicação por ecolocalização, com sons que REPRODUZEM A ONDA SONORA que seus sonares refletem em objetos, o que seria quase como mostrar uma foto.
    Comunicação por "fotos" não depende de LINGUAGEM.
    tipo pinturas pré históricas contando historias ?
    Ainda que golfinhos e algum grande primata possam ter alguma LINGUAGEM primitiva, e, isso ainda não foi provado, isso não seria nada que contrarie a teoria do cérebro trino sobre esses mamíferos de grandes cérebros.
    sei! seriam enquadrados na espécies dos mamíferos superiores , então seriam considerados racionais ?
    Como eu venho dizendo desde o começo, somente grandes primatas e golfinhos podem ter as bases do que no ser humanos evoluiu para a razão.
    a é? pensei que desde o principio fosse eu a defender a razão primitiva nos animais ?
    Golfinhos e primatas tem os mesmos 3 cérebros que os humanos, leia novamente o texto da teoria e você vai ver a evolução desde os repteis até nós.
    que bom, detesto discriminações raciais!


    CRIATURO disse: E cientistas da Universidade Paul Sabatier, na França, demonstraram que abelhas entendem conceitos abstratos como "equivalente" e "diferente".
    Qualquer animai que tenha OLHOS pode ver o que é maior ou menos simplesmente OLHANDO.
    Dai dizer que eles entendem "conceitos abstratos" é um salto de fé e esse é um dos problemas dessa reportagem chinfrim que reúne "curiosidades" sobre os animais que se quer tocam de fato no assunto razão nem fala sobre o cérebro desses animais.
    bom a maioria das matérias são feitas para leigos, por isso carecem de maioria informações cientificas , inclua ai o seu texto falando da tese Michel Gazzaniga @ Roger Sperry
    Post edited by CRIATURO on
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    sem nenhuma consciência sem existências
  • PercivalPercival Membro
    edited maio 3 Vote Up0Vote Down
    Silvana disse:
    Percival, vc diz coisas desconexas para quem busca ser um debatedor cético...

    Precisas entender o enunciado para refutar sua/seu interlocutor(a), prezado...

    Se você não consegue entender consulte um dicionário. No mais seu Deus e uma personificação sua feito com misturas de estudos que não tem ligação. Já tive amostras de seu (des)conhecimento diversas vezes: Emoto, tesla... sem contar o desastre da Homeopatia.




    Silvana disse: Darwin, provou, mesmo supostamente matando um tipo conceitual de D-us, que somos fruto de um processo de reprodução biológica e evolução das espécies... Somos originados de uma reprodução, meiose, que permite o aprimoramento ou não(depende situações multifatoriais) das espécies biológicas... rs

    Nietzsche, ao afirmar que D-us estava morto, não o fez no sentido de matar a figura do divino, mas de criar um divino a partir do niilismo ativo...rs

    Percival, percebes o equivoco de tua falta de conhecimento do assunto filosófico abordado.

    Darwin não provou Deus ele provou algo que você acredita ser Deus.

    @Silvana , percebes o equivoco de tua falta de conhecimento do assunto filosófico abordado?





    Silvana disse: Ou seja, vc foi extremamente arrogante como sempre (permita-me), ao afirmar que tudo o que eu disse estava errado, que minhas concepções são baseadas em minha crença, blá, blá, blá...

    Mas são, se você não acredita vou ficar debatendo com você por que?

    Isso parece mais alguém com ego ferido querendo se sair como a bondosa o que na verdade não é bem assim.




    Silvana disse: Pois é... Mais ataques desproporcionais...

    Quando digo que vc é meio nonsense...rs

    O que tem José de Abreu com nossa suposta tentativa ... De trocar deias sobre monismo, niilismo, dualismo ?

    Se fazendo de vítima novamente.

    Tem tudo a ver com seus supostos debates em que você ataca e precisa fazer um textão pra se postar como vitima.


    Silvana disse: O Método Paulo Freire foi responsável por tua educação básica... Pois vc é da geração da metodologia de Freire, não eu... rs

    Mas, na boa... Vc deveria ter aproveitado para VER A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER ... :)

    E para terminar... rs

    Com certeza que Paulo Freire te ajudou pra caraleo a interpretação de texto e ato de ler.


    Silvana disse: Minha formação vai muito bem, obrigada. Não se preocupe comigo, antes preocupe-se com sua formação...


    Sim me preocupo sim. Quero aprender mais muito mais.

    Só que eu sei onde estão as informações certas e os supostos donos da verdade.

    Ainda me ofende de ignorante, olha só a certinha derrapando rs...




    Silvana disse: Eu realmente não aprendo... Pensei que podia debater de forma mais séria com vc.

    Que pena. Me enganei mais uma vez... Fazer o quê ?!!!

    Pra começo de conversa o debate não era com você e sim com o @CRIATURO

    Além do mais, seu Deus é uma interpretação de artigos que você acredita que esses fenômenos são dele.

    Vou discutir o que com você? Nada.

    Fique com suas convicções e estude que é que tu fazes melhor.

    Vai que você corrige seus bugs rs...

    Beijos na bunda (nas duas bandas) ;)


    Do Percival Sensual.
    Post edited by Percival on
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • sybok disse: Errado, o que eu digo vem de artigos que eu leio sobre cientistas que estudam a mente, mas são corroboradas pelas coisas que eu mesmo observo ao me focar no funcionamento da minha própria mente através da meditação, celibato, etc...Você não faz nem uma coisa nem outra.

    errado! estudo as idéias alheias e adoto as que me parecem mais lógicas e segundo as minhas observações , idéias e conceitos faço uma adaptação.

    Voce possui a teoria de que o homem é um ser dual constituído por uma personalidade mecânica racional e outra consciente.
    Não conseguiu provar que a parte racional do cérebro consegue criar pensamentos abstratos independentes dos sentidos físicos.
    afirma que o ser mecânico ja nasce com pre disposições e traços de personalidades de experiências passadas essa idéia atenta contra o livre arbitrio querendo evidenciar um determinismo nos atos humanos.
    E para corroborar sua teoria postou este texto: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI334301-17773,00-VOCE+NAO+ESTA+NO+COMANDO.html

    onde neurocientista Michel Gazzaniga acreditou ter provado que o lado esquerdo do cerebro seria a razão interpretativa e mecânica no comando das decisões e tambem responsável pela linguagem.
    E que o hemisfério direito do cérebro seria o responsável pela parte das decisões de fato consciente baseadas em memórias genéticas e de vivencias anteriores.

    Mas essa teoria tentando evidenciar funções especificas aos hemisférios dir/esq do cerebro foi refutada cientificamente pela neurocientista Mary Helen Immordino-Yang, da Universidade do Sul da Califórnia. http://super.abril.com.br/ciencia/o-que-faz-cada-lado-do-cerebro
    onde dois jovens ao terem metade do cérebro esquerdo e direito removidos, ambos continuaram raciocinando e falando normalmente.

    ao meu ver é observável que de fato, existe algo no cérebro que tenta racionalizar todas informações percebidas pelo sentidos, por exemplo se alguém dorme em cima de um objeto pontudo, a parte racional do cérebro montará o cenário de um sonho onde a pessoa esta sendo atacada exatamente na parte física que de fato esta sentido dor.
    Tambem é notável que no limiar entre o estado de vigília e a inconsciência do sono ha uma criação de pensamentos desconexos.
    interessante que quando em estado de sonhos tudo la parece fazer sentido a nossa razão interpretativa,mas recobrando o estado de vigília existe outra razão nos dizendo que os sonhos são raciocínios desconexos e ilógicos.
    parece que vivemos em dois mundo quando la no mundo dos sonhos, acreditamos tudo ser racional, quando ca o que antes parecia ser lógico passa a não ter sentido.
    Uma observação importante é que em alguns casos mais raros mesmo em estado de sonhos mantemos uma racionalização lógica do tipo conseguirmos com inteligencia solucionar problemas, inclusive os de matemática, criarmos letras de musicas, que de tão consciente ao voltarmos para o estado de vigília nos lembrarmos e continuarmos vendo lógica na racionalização feita em sonhos.
    A questão mais importante é saber determinar até que ponto esta racionalização mecânica esta no comando tanto em sonhos quanto no estado de vigília ?
    Digamos que esta razão mecânica seja programável geneticamente com instintos , traços de personalidades, gostos e hábitos,mas que também seja auto programável ou seja um produto do meio.
    Por exemplo justificando-se por N motivos sucumbi racionalmente ao uso da drogas, decidindo experimentar e que por algum tempo fique a racionalizar que drogas é algo bom, até que consiga perceber conscientizar-se que os resultados da droga são mais maléficos do que benéficos, então esta CONSCIÊNCIA assume o comando da razão.




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  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited maio 5 Vote Up0Vote Down
    Sybok

    sem responder os meus questionamento , limita-se a pegar partes do texto que corrobora na parte que mais toca sua crença a # Dos atos inconscientes # mas , então vejamos as contradições cientificas do seu texto sendo refutadas pelos meus mais atualizados, fica muito claro que o seu texto aponta para *funções especificas a cada lado do cerebro, ja os meus tentam refutar essa teoria:
    Sybok: o lado esquerdo ele que dá significado a nossas experiências, memórias e fragmentos de informação e, inclusive, às nossas decisões. Mas não seria o responsável pelo ato de decidir propriamente. Essa função ficaria com o hemisfério direito, onde estão gravadas as informações genéticas e de vivências anteriores e os sentidos fisicos da visão.
    Hoje é muito questionada a tese de que os hemisférios cerebrais possuem uma divisão de tarefas rígida. Algumas funções específicas realmente são privilégio da esquerda ou da direita, mas tudo indica que muitas tarefas funcionem em um esquema de mutirão, em que o papel de cada área varia dependendo da necessidade.
    DOIS HEMISFÉRIOS
    A fala e o raciocínio lógico, antes atribuídos ao lado esquerdo, e o reconhecimento de imagens e capacidade musical, antes tidos como exclusivos do direito, são hoje comprovadamente trabalho para dois hemisférios.
    http://super.abril.com.br/ciencia/o-que-faz-cada-lado-do-cerebro

    Há um equívoco em pensar que tudo a ver com ser analítico, por exemplo, está confinado a um lado do cérebro, e tudo a ver com ser criativo está confinado para o lado oposto. Na verdade, são as conexões entre todas as regiões do cérebro que permitem que os seres humanos sejam tanto criativos quanto tenham um pensamento analítico.
    “Não é o caso do hemisfério esquerdo estar associado com a lógica ou raciocínio mais do que o direito”, explica Anderson. “Além disso, a criatividade não é mais processada no hemisfério direito do que o esquerdo”.
    http://hypescience.com/estudo-desmistifica-diferencas-entre-os-dois-lados-cerebro/

    O mito das pessoas terem o lado esquerdo ou direito do cérebro mais desenvolvido pode ter surgido a partir da pesquisa do vencedor do Prêmio Nobel Roger Sperry, (@ Michel Gazzaniga) feita na década de 1960. Sperry estudou pacientes com epilepsia, que foram tratados com um procedimento cirúrgico que cortava o cérebro ao longo de uma estrutura chamada corpo caloso. O corpo caloso liga os dois hemisférios do cérebro, portanto os lados esquerdo e direito do cérebro desses pacientes não podiam mais se comunicar.
    Sperry e outros pesquisadores(@ Michel Gazzaniga), por meio de uma série de estudos de inteligência, *determinaram que partes, ou lados, do cérebro estavam envolvidos em linguagem, matemática, desenho e outras funções nestes pacientes. Mas, então, entusiastas de psicologia de nível popular aproveitaram esta ideia, criando a noção de que a personalidade e outros atributos humanos são determinados através do domínio de um dos lados do cérebro sobre o outro.

    A comunidade da neurociência nunca comprou essa noção e agora temos evidências de mais de 1.000 imagens do cérebro mostrando absolutamente nenhum sinal de dominância na esquerda ou na direita”, desmente Anderson

    veja ai:

    O hemisfério esquerdo — que Gazzaniga chama de interpretativo — buscaria uma explicação para tudo .
    Ele trabalhou com um paciente de cérebro partido — devido à epilepsia, ele tinha passado por uma cirurgia de seção no corpo caloso, principal via de neurônios que conecta as duas metades do cérebro e, portanto, não tinha comunicação entre os hemisférios direito (responsável pelos sentidos, como visão e audição) e o esquerdo (onde a linguagem está centralizada).

    primeiro afirma que não tinha comunicação entre os hemisférios, depois:
    Ele mostrou um pé de galinha para ser assimilado pelo hemisfério esquerdo do cérebro (que só viu essa imagem)

    Contradição 1
    ou seja continuou havendo comunicação entre o lado esquerdo para o direito onde afirmava ser o lado responsável pela visão

    depois colocando uma imagem de neve no olho direito, disse que a pessoa afirmava não estar vendo por ter desligado a comunicação do lado direito com o esquerdo do cérebro.
    (é possível isolar o estímulo cerebral somente para um hemisfério sem muita dificuldade. Foi o que Gazzanigga fez. )

    isto implica que ha no minimo dois canais de comunicação entre os hemisférios direito p/esquerdo e do esquerdo p/ direito.
    E que ele havia desligado somente a comunicação do direito p/esquerdo

    deixando a pessoa cega do olho direito! alias como conseguiu desligar o canal de comunicação apenas para um dos sentidos segundo eles localizado no lado direito, por exemplo como a pessoa tambem não ficou surda ?

    Quando o esquerdo era estimulado, o paciente conseguia falar o que via. Quando era o direito, dizia não ver nada, apesar de o cérebro estar registrando a imagem, o que o pesquisador comprovou por escâner. Estava demonstrado que o lado esquerdo é que # traz à nossa consciência o que a gente percebe. #

    Contradição 2

    inicialmente ele afirma que a visão e os sentidos fisicos é função especifica do lado direito, no entanto desligado a comunicação com o lado esquerdo a pessoa ficou cega do lado direito, ou seja isto evidencia ERRONEAMENTE que o sentido da visão necessitaria dos dois lados do cerebro e não apenas do direito como o texto afirma: os hemisférios direito (responsável pelos sentidos, como visão e audição) e o esquerdo (onde a linguagem está centralizada).
    no entanto esta afirmação também é falsa pois como veremos mais abaixo os sentidos, interpretação e linguagem não são produto exclusivo de apenas um dos lados do cerebro

    Contradição 3

    essa suposta determinação de funções especificas ao cerebro, como no caso anulação da visão causada pela interrupção da comunicação do lado direito com o esquerdo também é FALSA, pois tambem foi refutada por dois neurocientistas:

    Considere, por exemplo, o caso de dois rapazes acompanhados pela neurocientista Mary Helen Immordino-Yang, da Universidade do Sul da Califórnia. O adolescente argentino Rico e o jovem americano Brooke (nomes fictícios) literalmente perderam metade de seu cérebro: Rico teve o hemisfério direito cirurgicamente retirado para controlar a epilepsia e Brooke tirou o esquerdo como prevenção a uma doença autoimune. Tanto Rico quanto Brooke continuam sendo capazes de andar, falar, raciocinar e interagir socialmente - o que seria impossível se houvesse uma divisão absoluta de tarefas entre os hemisférios cerebrais. A fala, por exemplo, é uma função quase sempre atribuída ao lado esquerdo do cérebro. Seria um caso de plasticidade cerebral em ação, com pedaços do órgão antes destinados a determinada função tomando o lugar dos que estão faltando.
    http://super.abril.com.br/ciencia/o-que-faz-cada-lado-do-cerebro


    O mito das pessoas terem o lado esquerdo ou direito do cérebro mais desenvolvido pode ter surgido a partir da pesquisa do vencedor do Prêmio Nobel Roger Sperry, (@ Michel Gazzaniga) feita na década de 1960.
    “A comunidade da neurociência nunca comprou essa noção e agora temos evidências de mais de 1.000 imagens do cérebro mostrando absolutamente nenhum sinal de dominância na esquerda ou na direita”, desmente Anderson
    http://hypescience.com/estudo-desmistifica-diferencas-entre-os-dois-lados-cerebro/
    Post edited by CRIATURO on
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited maio 6 Vote Up0Vote Down
    sybok disse: Pois é, você faz uso da RAZÃO PURA questionando coisas SUPERFICIALMENTE mesmo SEM ESTUDAR E SEM ENTENDE-LAS.

    Ser Consciente, se são superficiais então por que não consegue responde-las?
    sybok disse: chegando ao cumulo do ridículo de achar que um texto de revista refutando mitos populares sobre coisas como "desenhar com o lado direito do cérebro", estava refutando a pesquisa de neurocientistas...
    papo furado, trata-se de dois neurocientistas refutando a teoria de outros dois neurocientistas Speery @ Gazzaniga.
    Isso sem falar nas inumeras vezes que você tirou sei lá de onde que os textos corroboravam qualquer parte das abobrinhas que você fala.
    Você nas suas crenças e na sua confusão mental, pinça e distorce coisas que não conhece, não entende e não estuda, mas que de orelha vai distorcendo tudo, tirando conclusões apressadas sempre distorcendo tudo com suas crenças.
    e voce de bom grado aceitando teorias dos outros, desde que elas corroborem suas crenças, ou o mais provável suas crenças nasçam delas.
    A matéria não vem refutar pesquisas cientificas, nem as conclusões do estudos como o do neurocientista que eu postei, ela vem refutar mitos populares sobre o cérebro.
    Repare que FAZ TEMPO que os neurocientistas sabem disso. Você acha mesmo que um renomado neurocientista trabalhando tantos anos não saberia algo tão básico que é noticiado por revistinhas no Brasil?
    refuta mitos e tambem a teoria de Gazzaniga determinando funções especificas e FIXAS a um dos lados do cerebro, como os sentidos estarem no lado direito, assim como memórias genéticas..
    Os textos postados foram tirados de revistas, então por que a sua revista galileu seria mais confiável do que a minha super interessante? alem do mais estamos discutindo ideias contraditórias de neurocientistas renomados mencionado por textos dessas revistas.
    Agora outro trecho para apontar todos os erros que você cometeu ao avaliar uma matéria minuscula com foco em um mito popular e que em nada refuta o texto que eu apresentei.
    citei a minuscula matéria da super interessante como resumo de uma refutação óbvia de que os dois lados do cérebro trabalham em conjunto e de forma aleatória sem a obrigatoriedade de terem FUNÇÕES FIXAS e podem exercer as mesma funções em ambos os lados, e que quando anulado um dos lados o outro assume todas as funções cerebrais sem nenhuma perda cognitiva e emocional.
    Enquanto o seu texto Gazziniga em momento nenhum diz que estas funções cerebrais podem ser exercida por ambos os lados, pelo contrario tenta evidenciar que desligado um dos lados a pessoa perde um dos sentidos no caso a visão!
    Hoje é muito questionada a tese de que os hemisférios cerebrais possuem uma divisão de tarefas rígida. Algumas funções específicas realmente são privilégio da esquerda ou da direita, mas tudo indica que muitas tarefas funcionem em um esquema de mutirão, em que o papel de cada área varia dependendo da necessidade.
    Veja onde eu sublinhei. Ai eu mostro o seu primeiro erro.O cérebro possui PLASTICIDADE e um hemisfério pode ASSUMIR TAREFAS de outro hemisfério NA AUSÊNCIA DELE.
    Isso em NENHUM MOMENTO pode ser interpretado como você interpretou, que os hemisférios não tem tarefas especificas, eles tem e cada área do cérebro tem, no entanto essa DIVISÃO EXISTENTE não é RÍGIDA, o que significa não que a divisão não exista, mas que em caso de necessidade o cérebro pode se adaptar e compensar uma lesão, TRANSFERINDO a funções de uma área afetada para outra.

    ok! tem razão! de fato o texto da Super Interessante confirma haver algumas funções como sendo preferencias do lado esquerdo como a fala.
    mas, logo abaixo diz que essa visão mais tradicional poderá cair por terra:
    "O que nós estamos vendo é que a atividade dos neurônios é sempre probabilística", diz Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro da Universidade Duke (EUA). "Não são sempre os mesmos neurônios que produzem a mesma ação. A atividade cerebral flutua." Se essa observação se confirmar em mais estudos, o neurocientista diz que será preciso derrubar de vez a ideia de hemisférios especializados. Resta saber se as convicções dos cientistas são tão flexíveis quanto o cérebro deles.

    A divisão de tarefas portanto EXISTE, elá só não é RÍGIDA.
    Só que essa divisão não ocorre como prega o mito refutado pela revista, que diz que de um lado ficam coisas racionais e do outro criativas.

    Esse é o primeiro erro na sua interpretação, mas sua pressa em manter suas crenças e inventar uma suposta refutação do texto que eu postei onde ela não existe é grotesca em certos pontos.
    Repare que a matéria não só diz que a divisão existe, mas não é rígida, como ela lista coisas sabidamente parte da especialização de cada hemisfério, CONFIRMANDO coisas ditas no outro texto e não refutando como você afirmou.

    o mito que a super refuta é do inicialmente apresentado pelo seu texto na galileu de que ao hemisfério esquerdo fica especificamente a função da fala e interpretação do dados e ao lado direito a função de memória genética, de experiências passadas e tomada de decisão.
    em nenhum momento seu texto afirmou que dois lados do cérebro poderiam assumir estas funções.
    muito pelo contrario a experiência do Gazziniga, parece querer confirmar que de fato a razão querendo explicar a figura da neve, esta localizada somente no lado esquerdo e que sem ela a consciência do lado direito fica cega.
    1 - O cientista lá no outro texto não trabalhou com pessoas com um lado removido e sim com pessoas com os hemisférios DIVIDIDOS, o que significa que ambos os hemisférios continuavam funcionando e portanto NENHUM ASSUMIU AS FUNÇÕES DO OUTRO.
    funcionando parcialmente,mas o maior problema de interpretação fica pela pobreza de informações, para tirarmos conclusões mais corretas seria necessário analisarmos a experiência observando imagens dos circuitos cerebrais e quais os circuitos foram interrompidos.
    Porque essa diferença é importante? Porque a DIVISÃO DE TAREFAS EXISTE, ela só não é rígida como seu texto explica.
    seu texto não evidencia que a funcionalidade do cerebro pode ser comum aos dois lados do cérebro, pelo contrario a perda da visão parece querer alimentar o mito das funções serem DEFINITIVAMENTE FIXAS a cada lado do cérebro, como a razão para o lado esquerdo e a consciência para o direito.
    Como ambos os hemisférios existiam foi possível avaliar essa divisão de tarefas EXISTENTE em ação.
    Deveria ter esclarecido que esta divisão não é FIXA
    2 - Não se trata de uma TEORIA, mas sim de FATOS CONSTATADOS ao se observar pacientes com os dois hemisférios cortados/separados.
    Aquilo que o texto relata sobre o paciente escolher a pá sem estar CONSCIENTE de que viu uma foto de uma cena na neve, não foi meramente uma "teoria", foi o que ocorreu DE FATO com o paciente.
    São as teorias que serão construídas com base NESSE FATO observado de que o cérebro faz escolhas não conscientes.

    Esse ponto 2 é onde sua tentativa de refutação é mais grotesca, afinal você pegou uma matéria sobre OUTRO TEMA, interpretou tudo errado e de modo distorcido como você SEMPRE faz e tentou usa-la para NEGAR UM FATO OBSERVADO de que o cérebro divide tarefas entre hemisférios e faz escolhas inconscientes, e, não uma "teoria" sobre isso.

    como ja disse essa experiência Gazziniga ta muito mal elucidada, falta muita informação comprovando sua lógica ,o que deixa uma serie de duvidas.
    mas se entendi bem, seu texto afirma que somos um ser dual:
    Um mecânico que estaria localizado no hemisfério esquerdo fazendo papel de bobo tanto quanto aquela brincadeira de onde o apresentador de tv mostra palavras aleatórias e a pessoa tem que ir criando alguma historia tentando dar alguma razão lógica a aparição delas.
    Outro, é o ser consciente ele é que de fato percebe os fatos ,compara-os com os da sua memória de experiência anteriores e antes do ser racional DECIDE a próxima ação!

    Se for correta esta forma que entendi, eu creio que isso seja possível só acrescento que as memórias de vivencia anteriores podem ser também de outras vidas , seja pelos instintos transmitidos geneticamente, como também pela pluralidade das existências e também por transmissão de conhecimentos externos ao ser MAIS CONSCIENTE através da intuição!
    No entanto a experiência da neurocientista Mary Helen Immordino-Yang, da Universidade do Sul da Califórnia, após anular um dos hemisférios deixa claro que esta dualidade do ser continuará existindo apenas com um dos lados do cérebro funcionando.

    agora questão que mais toca o nosso ser, como saber quando nossa decisão esta sendo apenas racional ou consciente?
    Post edited by CRIATURO on
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • O processador humano é do tipo dual core!



    O cérebro dividido revisitado

    http://www.methodus.com.br/artigo/257/o-cerebro-dividido-revisitado.html

    Nossas habilidades humanas únicas podem ser produzidas por redes neurais minúsculas - e ainda assim nosso cérebro cria a sensacão de que somos integrados e unificados. Como isso é possível?

    Revista Scientific American - por Michael S. Gazzaniga

    Conceitos-chave

    - Quando os hemisférios esquerdo e direito do cérebro não se comunicam, as informações visuais deixam de transitar entre os dois lados. O direito registra a imagem e pode mobilizar uma resposta não verbal a ela, mas é incapaz de falar sobre o que vê; e a mesma coisa ocorre com o tato, olfato e audição.
    - Lesões no hemisfério esquerdo são mais prejudiciais à linguagem, mas há uma enorme plasticidade neste caso, além de variação individual.
    - Enquanto pesquisadores se empenharam em decifrar como o cérebro atinge seus objetivos e como é organizado, a lateralização, evidenciada por estudos sobre a secção cerebral, levou ao chamado modelo modular.
    - Evidências sugerem que em cérebros divididos o hemisfério esquerdo tem experiência consciente diferente do direito.

    Há quase 40 anos, escrevi um artigo para a Scientific American sobre estudos inovadores a respeito do cérebro. Três pacientes que sofriam de epilepsia haviam se submetido à cirurgia de secção do corpo caloso - a supervia de neurônios que conecta as duas metades do cérebro. Roger W. Sperry, Joseph E. Bogen, P. J. Vogel e eu pudemos observar o que acontece quando os hemisférios esquerdo e direito são incapazes de se comunicar.

    Tornou-se evidente que as informações visuais deixam de transitar entre os dois lados. Quando projetamos uma imagem no campo visual direito - ou seja, para o hemisfério esquerdo, onde as informações do campo direito são processadas - os pacientes conseguem descrever o que vêem. Entretanto, quando a mesma imagem é apresentada ao campo visual esquerdo, eles afirmam não ver coisa alguma. Mas se pedimos que apontem para um objeto similar ao projetado, conseguem fazê-lo sem problemas. O hemisfério direito vê a imagem e, apesar de poder mobilizar uma resposta não-verbal, é incapaz de falar sobre o que vê.

    O mesmo acontece com o tato, o olfato e a audição. Além disso, cada metade do cérebro é capaz de controlar os músculos superiores de ambos os braços, porém os músculos responsáveis pelo movimento das mãos são orquestrados apenas pelo hemisfério contralateral. Em outras palavras: o hemisfério direito consegue controlar apenas a mão esquerda, e o esquerdo, a direita. No final, descobrimos que os dois hemisférios controlam aspectos muito diferentes do pensamento e da ação. Cada metade tem sua especialização e, portanto, suas próprias limitações e vantagens. A esquerda é dominante no controle da fala e da linguagem; a direita sobressai em tarefas visuomotoras.

    Nas décadas seguintes, a pesquisa sobre a secção do cérebro continuou. Aprendemos mais a respeito das diferenças entre os hemisférios, e conseguimos compreender como se comunicam uma vez separados. Fizemos descobertas sobre a linguagem, os mecanismos da percepção e atenção e a organização cerebral, bem como o sítio potencial de memórias falsas. O mais fascinante é que ampliamos nossa compreensão sobre consciência e evolução. Os estudos originais sobre a secção do cérebro levantaram muitas questões interessantes, incluindo algumas a respeito da capacidade das metades distintas de "conversarem" entre si e sobre o papel desta comunicação no pensamento e na ação. Existem diversas pontes de neurônios, denominadas comissuras, que conectam os hemisférios; o corpo caloso é a maior delas e aquela normalmente seccionada durante cirurgias para epilepsia. Mas, e as muitas outras comissuras menores?

    Esta questão foi abordada com estudos sobre o sistema atencional. A atenção envolve diversas estruturas no córtex e no sub-córtex - a porção mais antiga e primitiva de nosso cérebro. Na década de 80, Jeffrey D. Holtzman, da Cornell University Medical College, descobriu que cada hemisfério é capaz de direcionar a atenção espacial não somente para a sua própria esfera sensorial, mas também para certos pontos na esfera sensorial do hemisfério oposto desconectado. Isso sugere que o sistema atencional seja comum aos dois hemisférios - pelo menos no que diz respeito às informações espaciais - e ainda consegue operar através de algumas conexões inter-hemisféricas remanescentes.

    O trabalho de Holtzman foi particularmente fascinante por levantar a possibilidade da existência de "recursos" atencionais finitos. Ele postulou que alguns tipos de tarefas utilizam certos recursos cerebrais; quanto mais complexa a tarefa, mais desses recursos são necessários - e maior é a necessidade desta metade do cérebro de solicitar o auxílio do subcórtex ou do outro hemisfério. Em 1982, Holtzman mais uma vez abriu novos caminhos, descobrindo que, de fato, quanto mais arduamente uma metade do cérebro dividido trabalhasse, mais difícil se tornaria para a outra metade realizar outra tarefa simultaneamente.

    Steve J. Luck, da University of Iowa, Steven A. Hillyard e colegas da University of California em San Diego e G. Ronald Mangun, atualmente na Duke University School of Medicine, estudaram o que acontece quando uma pessoa examina um campo visual em busca de um padrão ou de um objeto. Descobriram que pacientes com o cérebro dividido apresentam desempenho superior em algumas tarefas de busca visual. Aparentemente, o cérebro intacto inibe os mecanismos de busca que cada um dos hemisférios naturalmente possui.

    O hemisfério esquerdo, em particular, pode exercer um forte controle sobre esse tipo de tarefa. Alan Kingstone, da University of British Columbia, descobriu que o lado esquerdo apresenta estratégias de busca "inteligentes", ao contrário do cérebro direito. Em testes nos quais um indivíduo pode deduzir como procurar de forma eficiente um elemento diferente entre uma série de itens similares, o hemisfério esquerdo tem desempenho superior. Assim, aparentemente, o hemisfério esquerdo, mais competente, é capaz de seqüestrar o sistema atencional intacto.

    Apesar de este e de outros estudos sugerirem que os hemisférios divididos mantêm alguma comunicação entre si, outras aparentes conexões inter-hemisféricas provaram ser ilusórias. Realizei uma experiência em conjunto com Kingstone que quase nos conduziu a conclusões errôneas. Mostramos duas palavras para um paciente e então pedimos que desenhasse o que havia visto. A palavra "arco" foi mostrada para um dos hemisférios, e a palavra "flecha" para o outro. Para nossa surpresa, o paciente desenhou um arco-e-flecha! Achamos que houvesse integrado as informações internamente em um hemisfério, que então guiara a resposta desenhada. Estávamos enganados. A integração ocorrera no papel, e não no cérebro. Um dos hemisférios havia desenhado seu item - o arco - e então o outro havia assumido o controle da mão, desenhando seu estímulo - a flecha. Descobrimos isso ao usar pares de palavras cuja integração era menos imediata, como "céu" e "arranha". O paciente não fez um edifício, mas desenhou o céu sobre uma raspadeira (em inglês, "arranha" é scraper, ou raspadeira).

    Além de auxiliar os neurocientistas na determinação dos sistemas que continuam funcionais e daqueles que são seccionados junto com o corpo caloso, os estudos da comunicação entre os hemisférios levaram a uma importante descoberta sobre as limitações de pesquisas em animais. Durante muitos anos, neurocientistas examinaram o cérebro de macacos e de outros animais, pois acreditava-se que o cérebro deles apresentasse organização e função muito similares, se não idênticas, às nossas.

    Essa conjectura pode ser falsa. Apesar de algumas estruturas e funções serem notavelmente similares, existem também muitas diferenças. Por exemplo: quando a comissura anterior, pequena estrutura que se localiza um pouco abaixo do corpo caloso, fica intacta no cérebro dividido, os macacos mantêm a capacidade de transferir informações visuais de um hemisfério para o outro. As pessoas, no entanto, não transferem informações visuais. A mesma estrutura desempenha, portanto, diferentes funções em diferentes espécies.

    Mesmo a extrapolação entre seres humanos pode ser perigosa. Uma de nossas primeiras descobertas foi a de que o hemisfério esquerdo processa livremente a linguagem e falar sobre suas experiências. Apesar de não ser tão livre, o direito processa a linguagem até certo ponto. Entre outras habilidades, associa palavras a imagens, soletra e rima, além de separar objetos em categorias. Apesar de nunca termos descoberto nenhuma habilidade para realizar sintaxes sofisticadas naquela metade do cérebro, achávamos que esse conhecimento léxico fosse bastante extenso.

    Nossos três casos provaram ser exceções. O hemisfério direito da maioria das pessoas não consegue lidar sequer com os rudimentos mais básicos da linguagem. Isso é consistente com outros dados neurológicos, particularmente aqueles referentes a vítimas de acidentes vasculares cerebrais. Lesões no hemisfério esquerdo são muito mais prejudiciais à função da linguagem que no direito. Todavia, existe grande plasticidade e variação individual. Um paciente, J. W., desenvolveu a capacidade de falar a partir do hemisfério direito - 13 anos após ter se submetido à cirurgia, e consegue às vezes verbalizar informações apresentadas tanto à metade esquerda quanto à metade direita de seu cérebro.

    Kathleen B. Baynes, da University of California em Davis, relata outro caso único. Uma paciente canhota falou a partir de seu cérebro esquerdo após uma cirurgia de secção do cérebro - uma descoberta não tão surpreendente por si só. Entretanto, a paciente era capaz de escrever apenas a partir do hemisfério direito, em geral incapaz de falar. Essa dissociação confirma a idéia de que a capacidade de escrita não precisa estar necessariamente associada à capacidade de representação fonológica, ou seja, parece ser um sistema independente, uma invenção da espécie humana, e não precisa fazer parte do sistema de linguagem verbal hereditário.

    Módulos cerebrais
    Apesar de numerosas exceções, a maior parte das pesquisas sobre a secção do cérebro revelou um nível enorme de lateralização, ou seja, de especialização em cada hemisfério. Enquanto os pesquisadores se empenhavam em compreender como o cérebro atinge seus objetivos e como é organizado, a lateralização revelada pelos estudos sobre a secção do cérebro levou ao chamado modelo modular. Pesquisas nas áreas da ciência cognitiva, inteligência artificial, psicologia evolutiva e neurociência nos direcionaram para a idéia de que o cérebro e a mente são constituídos de unidades discretas, ou módulos. Tais módulos realizam funções específicas, trabalhando em conjunto para suprir as necessidades de processamento de informações da mente.

    Nesse sistema, o hemisfério esquerdo mostrou-se bastante dominante em relação a atividades cognitivas importantes, tais como a solução de problemas aparentemente não afetados pela secção do cérebro. É como se o hemisfério esquerdo não precisasse do vasto poder computacional da outra metade para desenvolver atividades complexas. Por outro lado, o hemisfério direito apresenta deficiências graves na solução de problemas complicados.

    Joseph E. LeDoux, da New York University, e eu descobrimos esta habilidade do lado esquerdo do cérebro há quase 25 anos. Queríamos saber como esse hemisfério responde aos comportamentos produzidos pelo silencioso direito. Apresentamos a cada hemisfério uma imagem relacionada a uma de quatro imagens posicionadas na frente do paciente com cérebro dividiido. Ambos os hemisférios selecionaram a imagem correta com facilidade. A mão esquerda apontou para a escolha do hemisfério direito, e a direita, para a escolha do esquerdo. Perguntamos então ao hemisfério esquerdo, o único capaz de falar, por que a mão esquerda apontava para o objeto. Ele não sabia, pois a decisão havia sido tomada no hemisfério direito. No entanto, rapidamente criou uma explicação. Chamamos este talento narrativo criativo de mecanismo de interpretação.

    Esta fascinante habilidade vem sendo estudada a fim de determinar como a interpretação do hemisfério esquerdo afeta a memória. Elizabeth A. Phelps, atualmente na New York University,Janet Metcalfe, da Columbia University, e Margaret Funnell, do Dartmouth College, descobriram que os dois hemisférios diferem no processamento de novos dados. Quando apresentadas a novas informações, as pessoas geralmente se lembram de muito do que vivenciaram. Quando questionadas, geralmente afirmam lembrar-se de coisas que não fizeram realmente parte da experiência. Quando pacientes que sofreram secção do cérebro são submetidos a testes como esse, o hemisfério esquerdo gera muitos relatórios falsos. Já o direito fornece um relato muito mais verídico.

    Essa descoberta pode auxiliar a determinar onde e como as memórias falsas se desenvolvem. Existem diversas hipóteses sobre quando, no ciclo de processamento das informações, essas memórias são formuladas. Alguns pesquisadores sugerem que seja no início; que relatos errôneos sejam codificados no momento em que se dá o evento. Outros acreditam que a memória falsa seja um reflexo de um erro na reconstrução de experiências passadas.

    O hemisfério esquerdo exibe certas características que apóiam esta última visão. A especialidade do intérprete do hemisfério esquerdo é desenvolver esquemas como esse. Em seguida, Funnell descobriu que o hemisfério esquerdo possui a capacidade de determinar a fonte de uma memória, com base no contexto ou nos eventos circundantes. O hemisfério esquerdo coloca as experiências em um contexto maior, enquanto o direito lida com os aspectos intuitivos do estímulo.

    O mecanismo de interpretação do hemisfério esquerdo pode estar sempre trabalhando, procurando o significado dos acontecimentos. Ele busca constantemente a ordem e a razão, mesmo quando elas não existem - o que faz com que continuamente crie erros. Ele tende a generalizar em excesso, freqüentemente construindo um passado potencial, em vez de um passado verdadeiro.

    A perspectiva evolutiva
    Os estudos de George L. Wolford, do Dartmouth, contribuíram para reforçar esta hipótese. Em um teste simples, em que é preciso adivinhar se uma luz aparecerá na parte superior ou inferior de uma tela de computador, as pessoas são criativas. O estímulo é manipulado de modo que a luz apareça na parte superior da tela 80% das vezes, mas em seqüência aleatória. Apesar de logo ficar evidente que o botão superior se ilumina mais vezes, as pessoas invariavelmente tentam determinar um padrão ou seqüência - e realmente acreditam que são capazes de fazê-lo. Adotando esta estratégia, acertam apenas 68% das vezes. Se apertassem sempre o botão superior, acertariam 80% das vezes.

    Ratos e outros animais apresentam maior propensão a "aprender a maximizar", apertando apenas o botão superior. O hemisfério direito age da mesma maneira: não tenta interpretar a experiência e descobrir um significado mais profundo. Vive apenas no presente - acertando 80% das vezes. O esquerdo, entretanto, quando questionado por que tenta desvendar a seqüência completa, sempre cria uma teoria, não importa quão descabida seja.

    A teoria da evolução pode explicar melhor esse fenômeno narrativo. O cérebro humano, como qualquer cérebro, é uma coleção de adaptações neurológicas estabelecidas através da seleção natural. Cada uma dessas adaptações tem sua própria representação - isto é, podem ser lateralizadas para redes ou regiões específicas no cérebro. No reino animal, no entanto, as capacidades geralmente não são lateralizadas. Pelo contrário, tendem a ser encontradas em ambos os hemisférios, em níveis mais ou menos iguais. Apesar de os macacos apresentarem alguns sinais de especialização lateral, estes são raros e inconsistentes.

    Por isso, a lateralização vista no cérebro humano aparentava ser uma conquista evolutiva - mecanismos ou habilidades criados em apenas um dos hemisférios. Recentemente topamos com uma incrível dissociação hemisférica que nos força a especular que alguns fenômenos lateralizados podem surgir da perda de uma habilidade em um hemisfério, e não de um ganho. No que deve ter sido uma feroz competição por espaço cortical, o cérebro do primata em evolução teria sofrido grande pressão para adquirir novas faculdades, sem perder as antigas - e a lateralização pode ter sido sua salvação. Uma vez que os dois hemisférios estão conectados, um "jeitinho" para um ajuste com uma região cortical homóloga poderia criar uma nova função, sem perdas para o animal, já que o outro lado permaneceria inalterado.

    Paul M. Corballis e Robert Fendrich, do Dartmouth, Robert M. Shapley, da New York University, e eu estudamos a percepção daquilo que chamamos de contornos ilusórios em vários pacientes com cérebro dividido. Trabalhos anteriores haviam sugerido que a visualização dos conhecidos contornos ilusórios estudados pelo falecido Caetano Kanizsa, da Universidade de Trieste, fosse especialidade do hemisfério direito. Nossos exprimentos revelaram que não. Descobrimos que ambos os hemisférios podiam perceber contornos ilusórios, mas que o hemisfério direito era capaz de perceber certos agrupamentos perceptuais que o esquerdo não conseguia. Assim, enquanto os dois hemisférios de uma pessoa com o cérebro dividido conseguem julgar se os retângulos ilusórios são largos ou estreitos quando não existem linhas desenhadas ao redor das figuras, por exemplo, apenas o direito consegue continuar a discernir após o contorno ser feito. Esse arranjo é conhecido como versão amodal do teste.

    Nossas habilidades humanas únicas podem muito bem ser produzidas por redes neurais minúsculas e limitadas - e ainda assim nosso cérebro, altamente modular, cria a sensação, em todos nós, de que somos integrados e unificados. Como isso é possível? A resposta pode ser que o hemisfério esquerdo busca explicações sobre o porquê dos eventos. Indo além da simples observação e perguntando por que ocorreram, o cérebro consegue lidar melhor com os eventos, caso se repitam no futuro.

    A compreensão dos pontos fortes e fracos de cada hemisfério nos levou a indagar acerca da base da mente, desta organização abrangente. Depois de vários anos de pesquisas fascinantes com cérebros divididos, parece que o hemisfério esquerdo, criativo e interpretativo, tem uma experiência consciente muito diferente daquela do direito, verdadeiro e literal. Apesar de ambos os hemisférios poderem ser vistos como conscientes, a consciência do cérebro esquerdo ultrapassa em muito a do direito. E isso levanta uma outra série de questões que devem nos manter ocupados pelos próximos 30 anos, mais ou menos.

    Para conhecer mais

    Hemispheric specialization and interhemispheric integration. M. J. Tramo, K. Bayynes, R. Fendrich, G. R. Mangun, E. A. Phelps, P. A. Reuter·Lorenz e M. S. Gazzaniga, em Epilepsy and the corpus callosum. 2' edição. Plenum Press, 1995.
    Como a mente funciona. Steven Pinker. Companhia das Letras, 1998.
    The mind's pasto Michael S. Gazzaniga. University of California Press, 1998.
    The two sides of perception. Richard B. Ivry e Lynn C. Robertson. MIT Press, 1998.
    Cerebral specialization and interhemispheric communication: does the corpus callosum enable the human condition? Michael S. Gazzaniga, em Brain, vol. 123, nº 7, págs. 1293-1326, julho de 2000.
    The left hemisphere's role in hypothesis formation. George Wolford, Michael Miller e Michael S. Gazzaniga, em Journal of Neuroscience, vol. 20, nº6, RC64, págs. 1-4, 15 de março de 2000.

    MICHAELS. GAZZANIGA é professor de neurociência cognitiva e diretor do Center for Cognitive Neuroscience no Dartmouth College. Recebeu o título de doutor no California Institute of Technology, onde, junto com Roger W. Sperry e Joseph E. Bogen, iniciou as pesquisas sobre o cérebro dividido. Desde então, já publicou artigos em várias áreas e é tido como o responsável pelo lançamento do campo da neurociência cognitiva no início da década de 8O.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • Voce tem razão de fato fiz algumas interpretações errôneas devido a pobreza de informações e falta de clareza dos textos, pesquisando encontrei este recente texto postado acima, que é bem mais esclarecedor.

    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • o-ato-de-bater-palmas.gif
    O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
    '' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
  • uia! ainda habitas por aqui!
    sinto logo existo!
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  • Texto do livro "Os Dragões do Éden" de Carl Sagan (Cap II - Genes e Cérebros):


    "Os neurobiologistas, em sua maioria, acreditam que os neurônios sejam os elementos ativos na função cerebral, embora haja indícios de que algumas lembranças específicas e outras funções cognitivas estejam contidas em determi¬nadas moléculas do cérebro, tais como o ARN (ácido ribonucléico) ou proteínas pequenas. Para cada neurônio do cérebro existem aproximadamente 10 células gliais (originadas da palavra grega que quer dizer cola) que proporcionam a sustentação da arquitetura neuronal. Um neurônio em um cérebro humano faz entre mil e 10 mil sinapses ou ligações com neurônios adjacentes. (Muitos neurônios da medula espinhal parecem fazer cerca de 10 mil sinapses, e as chamadas células de Purkinje , do cerebelo, podem fazer até mais. O número de ligações dos neurônios no córtex é provavelmente inferior a 10 mil.) Se cada sinapse responde através de uma resposta sim-ou-não única a uma pergunta elementar, à semenlhança dos elementos contidos nos computadores eletrônicos, o número máximo de resposta sim/não ou bits de informação que o cérebro pode conter é aproximadamente 10^10 x 10^3 = 10^13, ou 10 trilhões de bits (ou 100 trilhões = 10^14 bits se tivéssemos considerado 10^4 sinapses para cada neurônio). Algumas dessas sinapses devem conter a mesma informação contida em outras sinapses; algumas devem estar relacionadas a funções motoras e outras funções não-cognitivas; e outras podem estar simplesmente vagas, esperando a informação de um novo dia para entrar em ação.

    Se cada cérebro humano só fizesse uma sinapse - correspondente a uma estupidez monumental - seríamos capazes de apenas dois estados mentais. Se tivéssemos duas sinapses, 22 = 4 estados, três sinapses, 23 = 8 estados, e em geral, para N sinapses, 2^N estados. Mas o cérebro humano é caracterizado por umas 10^13 sinapses. Por conseguinte, o número de diferentes estados de um cérebro humano equivale a 2 elevado a essa potência - ou seja, multiplicado por ele mesmo 10 trilhões de vezes. Esse é um número inconcebivelmente grande, muito maior, por exemplo, do que o número total de partículas elementares (elétrons e prótons) em todo o universo, que é muito menor do que 2 elevado à potência 10^13. É em virtude desse imenso número de configurações funcionalmente diferentes do cérebro humano que dois seres humanos, mesmo que sejam idênticos, jamais poderão ser muito parecidos. Esses números enormes também podem explicar algo da imprevisibilidade do comportamento humano e daqueles momentos que surpreendem até a nós mesmos pelo que fizemos, De fato, em face desses números, o espantoso seria a existência de regularidade no comportamento humano. A resposta deve ser que de forma alguma estão ocupados todos os estados cerebrais possíveis; deve existir um número enorme de configurações mentais que jamais foram introduzidas ou sequer vislumbradas por qualquer ser humano na história da humanidade. Sob essa perspectiva, cada ser humano é realmente raro e diferente, sendo a santidade de cada vida humana uma conseqüência ética plausível.

    Nos últimos anos, tem-se tornado clara a existência de microcircuitos no cérebro. Nesses microcircuítos, os neurônios constituintes são capazes de uma variedade muito maior de respostas do que o simples "sim" ou "não" dos elementos comutadores contidos nos computadores eletrônicos. Os microcircuitos têm dimensões muito reduzidas (as dimensões típicas são da ordem de 1/10 mil centímetro) e são portanto capazes de processar os dados muito rapidamente. Eles respondem a cerca de um centésimo da voltagem necessária para estimular os neurônios, comuns, sendo, por conseguinte, capazes de respostas muito mais elaboradas e sutis. Tais microcircuitos parecem aumentar em número de maneira compatível com nossas noções habituais a respeito da complexidade de um animal, atingindo sua máxima proliferação, tanto em termos absolutos quanto relativos, nos seres humanos.

    Também se desenvolvem tardiamente na embriologia humana. A existência desses microcircuitos sugere que a inteligência pode ser o resultado não apenas da importância da relação entre as massas do cérebro e do corpo, mas também da abundância de elementos comutadores no cérebro. Os microcircuitos tomam o número de estados cerebrais possíveis ainda maior que o que calculamos no parágrafo anterior, e assim corroboram ainda mais a espantosa singularidade de cada cérebro humano.

    Podemos abordar o tema do conteúdo de informação do cérebro humano de uma forma bastante diferente - introspectivamente. Tente imaginar alguma lembrança visual, por exemplo, de sua infância. Observe-a bem de perto com o "olho" de sua mente. Imagine-a composta de um conjunto de finos pontos como uma fotografia de jornal. Cada ponto possui certa cor e brilho. Agora você deve indagar quantos bits de informação são necessários para caracterizar a cor e o brilho de cada ponto; quantos pontos compõem a imagem rememorada; e quanto tempo leva para lembrar todos os pormenores da imagem. Nesta retrospectiva, você focaliza uma parte muito pequena da imagem em um determinado momento; seu campo visual é bastante restrito. Quando encontrar todos esses números, você chega ao índice de informação processado pelo cérebro em bits por segun-do. Quando faço um cálculo desse tipo, verifico um índice máximo de processa¬mento em torno de 5 mil bits por segundo.

    Mais comumente, essas rememorações visuais concentram-se nos contor¬nos das formas e nas alterações bruscas de brilhante para escuro, e não na configu¬ração de áreas de brilho em grande parte neutras. A rã, por exemplo, vê com gran¬de predomínio na direção dos gradientes de brilho. Entretanto, existem considerá¬veis indícios de que a lembrança pormenorizada dos interiores, e não apenas os contornos das formas, é razoavelmente comum. Talvez o caso mais contundente seja uma experiência com seres humanos em uma construção estereoscópica de uma imagem tridimensional, usando um padrão evocado por um olho e um padrão sendo visto pelo outro. A fusão de imagens nesse anaglifo requer a me¬mória de 10 mil elementos pictóricos.

    Mas eu não estou relembrando imagens visuais durante todo o meu tempo de vigília, nem estou submetendo continuamente as pessoas e os objetos a uma intensa e cuidadosa investigação. Faço isso talvez durante uma pequena porcentagem de tempo. Meus outros canais de informação - auditivos, táteis, olfativos e gustativos - são envolvidos com índices de transferência muito menores. Concluo que o índice médio de dados processados pelo meu cérebro gira em torno de (5 mil/50) = 100 bits por segundo. No decorrer de 60 anos, isso corresponde a 2 x 10^11 ou 200 bilhões de bits no total, inseridos na memória visual, ou de outra natureza, caso eu tenha memória perfeita. Esse número é menor, porém não muito menor, que o número de sinapses ou de conexões neurais (uma vez que o cérebro tem mais o que fazer além de simplesmente lembrar) e sugere que os neurônios são realmente elementos importantes na função cerebral. "
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