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Método Paulo Freire de ensino afunda o Brasil

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Comentários

  • Acauan disse: CRIATURO disse:eu diria que o atual sistema é totalmente desmotivante tanto para alunos, quanto para os professores que realmente desejam cumprirem com seus papéis sociais.

    Papel social de professor e saber os conteúdos que ensina e saber ensiná-los. Se não cumpre este requisito básico, todo o resto é inútil.

    SIM e dos alunos seria adquirem novos conhecimentos para se tornarem mais uteis a si mesmo e a sociedade.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • Neuromancer disse: Na cidade onde moro é muito comum estudantes de medicina darem aulas para cursinhos pré-vestibulares. Confesso que eu não entendi a que você se refere como absurdo.
    Na cidade onde eu moro é comum professores universitários darem aulas em cursinhos pré-vestibulares pra quem não tem dinheiro. E...? É caridade, alunos do curso de medicina não tem tempo de arcar com 40 horas de aula por semana, acho que nem 20 horas... tem que ter um cronograma, dedicação,
    não é só jogar pessoas que supostamente sabem alguma coisa pra dar aula, isso não melhora a educação.

    Na área de educação no Brasil é cheia de gente com idéias "brilhantes" assim, e olha onde isso nos levou...
  • CRIATURO disse: SIM e dos alunos seria adquirem novos conhecimentos para se tornarem mais uteis a si mesmo e a sociedade.
    Claro, tudo culpa dos alunos, adolescentes e pré-adolescentes tão responsáveis e maduros...

    Os professores, adultos, não tem nenhuma responsabilidade.
  • Olha, eu acredito que melhoraria um pouco a situação se os pais deixassem um pouco de lado as novelas, futebol e programas de baixo nivel e incentivassem seus filhos a lerem, estudassem em casa. Não deixar tudo nas mãos da escola.

    Quando as redes de tv começaram a aflorar, e colocar em suas programações programas infantis, os pais transformaram as televisoes (aparelhos) em babas eletronicas, para não os atrapalharem e poderem ficar um pouco sossegados. Agora os pais querem quase a mesma coisa das escolas...que os professores tomem o lugar deles para educa-los. Por isso as crianças estão tão rebeldes assim...os pais não colocam freio em sua educação e se os professores fazem isso (quando eles estão certos é claro) os pais brigam com eles, tomando as dores dos filhos. E voces querem que os professores sejam estimulados como??

    Vamos nos concentrar somente nos bons profissionais...a pessoa estuda pra caramba, passa em concurso publico para dar aulas. O sistema lhes amarra as maos não podendo reprovar nem dar um castigo para os alunos problemas. Qualquer coisa que fale ou faça pode dar procisso administrativo ou uma briga desnecessaria com os pais dos alunos, isso quando ele não é ameaçado pelo proprio aluno. Sem garantias e sem liberdade pra fazer muita coisa e um salario que não compensa...é um otimo estimulante mesmo.

    Sinto falta de quando o professor era respeitado e sua palavra era lei. E, principalmente, os pais apoiavam as decisoes dos professores. Agora é justamente o contrario. Quem gostaria de trabalhar nessas concições??
    Eu sou o Doutor. Venho do planeta Gallifrey da constelação de Kasterborous. Com a minha nave, a TARDIS (Time And Relative Dimensions In Space (Tempo e Dimensões Relativas No Espaço) eu viajo por varios mundos e épocas combatendo as injustiças em minhas explorações. Eu o convido para me acompanhar em minhas aventuras, a maioria delas perigosas. Voce quer me acompanhar?

    Total de Mensagens:
    8609 + aquelas que tenho agora. ):-))
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited abril 2012 Vote Up0Vote Down
    Fabi disse: Na cidade onde eu moro é comum professores universitários darem aulas em cursinhos pré-vestibulares pra quem não tem dinheiro. E...? É caridade, alunos do curso de medicina não tem tempo de arcar com 40 horas de aula por semana, acho que nem 20 horas... tem que ter um cronograma, dedicação,
    não é só jogar pessoas que supostamente sabem alguma coisa pra dar aula, isso não melhora a educação.

    Na área de educação no Brasil é cheia de gente com idéias "brilhantes" assim, e olha onde isso nos levou...

    Repassei o que me foi dito. Achei interessante o autor do artigo defender algo que deveria acontecer espontâneamente mas não acontece. Quanto a achar que eles não podem arcar com aulas, é falso, conheço vários que fazem isso e dão conta da faculdade.
    Ah...Eles não fazem isso por caridade, os que eu conheço são muito bem pagos.
    Post edited by Neuromancer on
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Lucifer disse: Sinto falta de quando o professor era respeitado e sua palavra era lei. E, principalmente, os pais apoiavam as decisoes dos professores. Agora é justamente o contrario. Quem gostaria de trabalhar nessas concições??
    Comentários sobre a educação pública no Brasil - parte 5
    Por Acauan Guajajara


    Publicado originalmente em 12/07/2007 às 17:44

    No olho do furacão da catástrofe que se abateu sobre o sistema público de ensino brasileiro nas últimas décadas está o professor, tanto como indivíduo e profissional quanto como instituição.

    O significado tradicional da instituição do professor pode ser ilustrado no seguinte relato da experiência de um casal de dekasseguis brasileiros, formados em curso superior no Brasil, que foram para o Japão trabalhar naqueles serviços operários básicos pelos quais os japoneses natos não se interessam mais.
    Contam que os japoneses não expressavam nenhuma reação quando ele informava que era engenheiro, mas que todos se mostravam muito impressionados quando ela dizia que era professora, a partir do que passavam a tratá-la com distinção especial.

    Esta distinção especial é antiga, natural e esperada na imagem do professor.
    Exceto no Brasil de hoje.
    De hoje, pois em outras épocas a profissão recebia neste país a mesma reverência prestada pelos nipônicos, apenas menos cerimonial do que é típico no oriente.

    Como e porque nossos professores perderam a aura de respeitabilidade que lhes era inerente é uma repetição em nível pessoal e profissional do mesmo processo de perda de valor sofrido pela educação brasileira.
    Isto se constata pela freqüência alarmante com que se repete a absurda frase "quem faz a escola é o aluno". Ora, se quem faz a escola é o aluno, o professor então não serve para nada, quando muito é um coadjuvante menor no teatro da aprendizagem.

    Naqueles tempos no Brasil, a imagem do professor era a do intelectual, não que todos cumprissem rigorosamente os requisitos da definição, mas por ser este o modelo que melhor retratava o ideal da profissão.
    Se a imagem de intelectual dava forma ao educador, seu conteúdo era de estofo ainda mais respeitável, portador que era de uma autoridade moral e social tacitamente delegada como extensão da autoridade paterna.

    A escola era uma continuidade simbólica da instituição familiar, que promovia de modo gradual e assistido a transição da criança do seio protegido da família para o mundo, complementando a educação recebida em casa, treinando-a no convívio social e reforçando-a com os conhecimentos sitos além da experiência doméstica.

    Isto só era possível pela existência de uma sintonia fina entre os valores familiares tradicionais e os valores institucionais da educação, que se congregavam na pessoa do professor.

    Este cenário vigorava em um Brasil pré-industrial e pré-urbano, no qual uma educação pública artesanal praticamente se restringia à minoritária população das cidades.

    Para os ideólogos de esquerda, o professor tradicional representava o extremo oposto do que vislumbravam a frente das salas de aula.
    O educador comprometido com o aprendizado individual de seus alunos, com a preservação e transmissão do saber e com os valores familiares e cívicos passava a ser visto como um elemento obsoleto e reacionário a serviço dos interesses da classe dominante, que alienava o proletariado, intoxicando-o de cultura burguesa.

    Este modelo de professor deveria ser substituído por elementos politicamente engajados ou, no mínimo, conscientes, dentro do significado político-ideológico dado a estes termos, que assumiriam a missão de transformar as escolas e, a partir delas, transformar a sociedade.
    A formação deste novo professor não seria problema, uma vez que a maioria das escolas de filosofia, letras e ciências sociais das universidades, que ditava o perfil do professorado, era alinhada com a ideologia esquerdista.

    Assim, o desmonte ideológico do sistema de ensino foi acompanhado em paralelo da desconstrução (para usar uma palavrinha da moda) da instituição do professor.
    Para esta desconstrução contribuíram principalmente dois grupos de fatores, um externo e outro interno àquela categoria profissional.

    O externo proveio dos militares governantes, que consideravam que o professorado tradicionalista seria incapaz de apresentar a produtividade requerida pelos planos desenvolvimentistas que exigiam instrução básica em massa.

    O interno, mais danoso, gerado no próprio seio do professorado, um núcleo militante encarregado de minar o orgulho, auto-estima e senso de missão dos educadores, fazendo com que se vissem apenas como trabalhadores explorados e mal pagos, em nada diferentes das massas operárias que ensinavam e com as quais deviam se alinhar na luta comum contra a classe dominante opressora.

    Atacada de fora por uma política desenvolvimentista que estupidamente priorizava a quantidade em detrimento da qualidade e de dentro pela militância infiltrada, a imagem pública do professor decaiu do receptáculo de saber, respeitabilidade e valores para a de categoria reivindicante, apenas mais um coletivo de trabalhadores sem diferencial distintivo de qualquer outro.

    A esta perda das distinções seguiu-se o esvaziamento das vocações, com as vagas de professores preenchidas em grande parte não mais por idealistas que sempre almejaram tal oficio, mas por pessoas de formação diversa que tinham o magistério como segunda ou terceira opção profissional, ao qual recorriam na falta de alternativa melhor.

    Esta decadência atingiu o fundo do poço quando se tornou recorrente entre os próprios professores culpar os baixos salários por todos os problemas do ensino, como se esta deficiência, por si só, explicasse a ignorância generalizada, o desinteresse visível e os resultados desastrosos que a cada ano pioravam dentro da educação pública.

    Invertendo a tradição de que sobre o homem educado recaem mais deveres e responsabilidades, os professores, os homens que educavam, apelavam a subterfúgios jamais usados pelos mais simples artesãos. Neste país os pedreiros em geral nunca receberam altos salários por seus serviços, mas não dá nem para imaginar por causa disto pedreiros construindo sistematicamente prédios que desabam e pondo a culpa na baixa remuneração.

    O professor ideologicamente descontruído perdeu esta lógica simples.

    A esperança de futuro reside nos resistentes, aqueles que contra toda a oposição preservaram o antigo compromisso com o saber, o estudante e os valores cívicos.

    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Neuromancer disse: Quanto a achar que eles não podem arcar com aulas, é falso, conheço vários que fazem isso e dão conta da faculdade.
    Ah...Eles não fazem isso por caridade, os que eu conheço são muito bem pagos.

    Claro.

    Olha onde a educação no Brasil vai parar, com estudantes de outras áreas (como medicina)dando aula para o Ensino Médio...Só no Brasil mesmo pra esse tipo de ideia vingar/surgir.

    E não, eles não podem arcar com as aulas e evidência anedota não funciona comigo. Olha quantos professores desqualificados, sem plano de aula, que não dão todo o conteúdo o Brasil tem, e isso que eles nem tem que arcar com uma faculdade....
  • Lucifer disse: Vamos nos concentrar somente nos bons profissionais...a pessoa estuda pra caramba, passa em concurso publico para dar aulas.
    Primeiro vamos pensar nos incompetentes, depois a gente vê o próximo passo, que pode nem ser assim do jeito que você falou. Você não sabe qual o efeito de tirar os incompetentes... pode ser muito mais benéfico do que parece.
  • Fabi, quando eu mencionei os bons profissionais, quis dar um exemplo de porque eles são tão desmotivados. Claro que existem os incopetentes e tira-los de circulação seria uma boa, mas veja os problemas da educação que afligem os bons profissionais.

    Eu posso estar errado em fazer essa colocação pois estou fora da area da educação já faz um bom tempo, mas pelo que sei, e pelo que voces colocaram aqui, os profissionais estão presos em suas planilhas e planos de aulas, ficando de mão atadas não podendo sair das "regras" impostas pelo ministerio da (des)educação apoiados pelas secretarias de (des)educação tambem. Voce não acha que os bons profissionais não gostariam de poder reprovar o aluno que não consegue seguir os bons alunos (bons alunos = estudiosos)? Segurar aquele aluno até que ele tenha condições para poder prosseguir? Os maus profissionais não estão nem aí. Pra eles passar um burro junto com um inteligente da na mesma. O importante é o deles cair na conta bancaria todo mes. Mas os bons profissionais se ressentem com isso. E são justamente os bons profissionais, que pegam mais no pe dos alunos que são mais criticados pelos pais, esses incopetentes que nem sabem dar os primeiros passos da educação dos filhos e pela sua chefia que bronqueia porque ele não quis passar um lesado que não sabe nem escrever seu proprio nome na quarta-serie (ou seja lá como esta sendo dividido o ano letivo). E a chefia desse professor tambem recebe bronca de seus superiores justamente por causa do numero grande de alunos que repetem, ou de pais que reclamaram que seu filhinho burro do papai nao passou de ano. Esses mesmos pais que nem se preocupam em cobrar de seus filhos suas obrigações escolares.

    Não está sendo facil ultimamente o papel de educador em nosso pais e a tendencia é piorar pois o governo (não importa qual partido, são tudo um bando de merdas) não está nem aí para educar as crianças e jovens pois eles sabem que, quanto mais burro a pessoa mais facilmente será manipulavel quando tiver idade suficiente para votar.

    Eu sou o Doutor. Venho do planeta Gallifrey da constelação de Kasterborous. Com a minha nave, a TARDIS (Time And Relative Dimensions In Space (Tempo e Dimensões Relativas No Espaço) eu viajo por varios mundos e épocas combatendo as injustiças em minhas explorações. Eu o convido para me acompanhar em minhas aventuras, a maioria delas perigosas. Voce quer me acompanhar?

    Total de Mensagens:
    8609 + aquelas que tenho agora. ):-))
  • Fabi disse: Claro, tudo culpa dos alunos, adolescentes e pré-adolescentes tão responsáveis e maduros...

    Os professores, adultos, não tem nenhuma responsabilidade.

    olha! No ensino publico,Tanto professores quanto alunos são culpados pela falta de educação, os primeiros por terem desistido de ensinar e os segundos por não se interessar por um aprendizado.
    Mas o principal culpado por esta situação é o atual sistema de ensino que permite essa situação perversa do comodismo de ambas as partes, onde infelizmente quem perde é a sociedade.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Fabi disse: E não, eles não podem arcar com as aulas e evidência anedota não funciona comigo. Olha quantos professores desqualificados, sem plano de aula, que não dão todo o conteúdo o Brasil tem, e isso que eles nem tem que arcar com uma faculdade....

    Alguém poderia fazer o favor de explicar ao Fabi o que é evidência anedótica?
    Post edited by Neuromancer on
  • Aqui estão as estatísticas:
    http://www.sbfisica.org.br/arquivos/estatisticas_professores_INEP_2003.pdf

    E sobre você conhecer/saber da existência de estudantes de medicina dando aulas, você tem algum dado oficial ou é só o que você ouve falar?
  • Lucifer disse: Eu posso estar errado em fazer essa colocação pois estou fora da area da educação já faz um bom tempo, mas pelo que sei, e pelo que voces colocaram aqui, os profissionais estão presos em suas planilhas e planos de aulas, ficando de mão atadas não podendo sair das "regras" impostas pelo ministerio da (des)educação apoiados pelas secretarias de (des)educação tambem.
    Lendo um pouco sobre a Lei das Diretrizes e bases da educação no Brasil e alguns palpites dados aqui e até em revistas, eu sei que por pior que seja o que está no papel... Se isso não existisse, imagine o caos maior que estaria a educação no Brasil.

    Dá pra acabar com a progressão continuada, mas acabar com os planos de aula, ou o que deve ser ensinado no Ensino Fundamental e Médio, isso não dá. Não podemos esquecer que as leis e normas existem por um motivo, e não é pra desmotivar, é pra por ordem.

    Precisamos poder cobrar dos professores, pra eles darem todo o cronograma do que deve ser ensinado, e não só ensinar metade do que deveriam ter ensinado o ano todo (isso é comum). E o professor tem que saber usar as ferramentas que tem, como dar trabalhos e fazer provas, como falar/explicar para os alunos, dominar o conteúdo, tem que ter essa dedicação aí sim a sociedade brasileira vai "gritar" pra aumentarem o salario dos professores. Mas enquanto forem amargurados ensinando metade da matéria que deveriam ensinar...
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Fabi disse: E sobre você conhecer/saber da existência de estudantes de medicina dando aulas, você tem algum dado oficial ou é só o que você ouve falar?

    Procure nos requisitos para alguém lecionar no Estado de Minas Gerais.
    Quanto a ouvir falar, não eu não ouvi falar, conheço as pessoas, tanto agora quanto na época em que estudava. Você quer nomes e quais instituições eles trabalham para poder comprovar?
    Post edited by Neuromancer on
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Fabi disse: ... aí sim a sociedade brasileira vai "gritar" pra aumentarem o salario dos professores.

    Esse fórum, as vezes, me rende boas risadas

    Post edited by Neuromancer on
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Fabi disse: tem que ter essa dedicação aí sim a sociedade brasileira vai "gritar" pra aumentarem o salario dos professores.

    A sociedade não está nem aí para professores. Mas não é exclusividade deles, ela também não está nem aí para médicos.
    Para a maioria da população médicos ganham muito bem do estado e são uns esnobes.
    Lembro da greve dos anestesistas aqui na cidade onde moro, foram 8 meses de greve, isto mesmo, OITO MESES, a prefeitura estava adorando pois sem cirurgias o gasto com os pacientes desabou, a população estava cagando para isso. Aí vem um cara aqui e me fala que se os professores mostrarem o "seu valor" que a população, ou sociedade como preferir, vai se manifestar a favor da causa... só pode estar de brincadeira ou é realmente muito ingênuo.
    Convém comentar aqui que boa parte deste fórum já manifestou que os professores devem ganhar segundo as leis de oferta e procura, isto é, se ganham pouco é porque trabalham em uma área onde a oferta é grande, portanto não se pode, nem deve, ser feito nada em relação a isso.
    Post edited by Neuromancer on
  • Fabi disse: E sobre você conhecer/saber da existência de estudantes de medicina dando aulas, você tem algum dado oficial ou é só o que você ouve falar?

    Acho que entendo o porquê de você duvidar de estudantes de medicina poderem lecionar.Mas isso é causado por alguns equivocos.
    O primeiro equivoco é ser um curso integral. A palavra integral remete automaticamente para o tempo todo, o que não é sempre verdade. Integral quer dizer que o aluno pode ter aula em qualquer dos 3 turnos, a saber, manhã, tarde e noite. Mas isso não significa que ele tem que estudar sempre os 3 turnos, em um semestre ele pode ter aulas somente à noite, em outro somente no turno diurno, e ainda em outro nos 3 turnos, o que o impediria de lecionar, o que poderia ser contornado ajustando os horários do trabalho conforme os horários das aulas caso não fosse impossível.
    O segundo é que durante o curso de medicina todos os semestres são pesados. Existem semestres mais "puxados" e outros nem tanto. Nos semestres mais folgados eles teriam como se dedicar a outra atividade paralela a medicina, os professores que eu conheci sempre estavam no meio do curso ou no início, os que estavam quase se formando em medicina realmente não eram vistos trabalhando como professores.
    E por fim não eram todos os estudantes de medicina que conseguiam, ou queriam, fazer isso, boa parte deles realmente achava que isso era perca de tempo e esforço, se
    dedicar a algo que, segundo eles, não tinha futuro algum.
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Acauan disse: Esta distinção especial é antiga, natural e esperada na imagem do professor.
    Exceto no Brasil de hoje.
    De hoje, pois em outras épocas a profissão recebia neste país a mesma reverência prestada pelos nipônicos, apenas menos cerimonial do que é típico no oriente.

    Para que tenham uma ideia de como a coisa está. Foi proibido o tablado (aquele degrau em frente ao quadro), pois segundo os pedagogos que tive contato, ele era altamente discriminador, pois o professor não poderia ficar "acima" do nível dos alunos. Resultado: com o maior esforço para se esticar para poder alcançar o quadro os problemas nos ombros dos professores se tornaram mais comuns e com isso os afastamentos médicos mais frequentes. Agora tente argumentar com um pedagogo que o tablado pode ser necessário para o professor, tanto para usar o quadro como para ver e ser visto pela turma nas explicações, eles simplesmente ficam repetindo que o professor não pode estar acima dos alunos. Querem nivelar os professores por baixo a qualquer custo.
    Post edited by Neuromancer on
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Neuromancer disse: Convém comentar aqui que boa parte deste fórum já manifestou que os professores devem ganhar segundo as leis de oferta e procura, isto é, se ganham pouco é porque trabalham em uma área onde a oferta é grande, portanto não se pode, nem deve, ser feito nada em relação a isso.

    A oferta é grande porque a exigência de qualificação é baixa.
    Aumente-se as exigências e a situação se inverterá.


    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    podem aumentar a qualidade profissional do docente a vontade se não mudarem o atual sistema de ensino , não mudarão nada.
    alem do mais a maioria dos alunos não querem saber de estudar, junte tudo isso a um sistema conivente em manter tal situação e o resultado ja é o apresentado.
    Post edited by CRIATURO on
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    CRIATURO disse: podem aumentar a qualidade profissional do docente a vontade se não mudarem o atual sistema de ensino , não mudarão nada.
    alem do mais a maioria dos alunos não querem saber de estudar, junte tudo isso a um sistema conivente em manter tal situação e o resultado ja é o apresentado.

    A balbúrdia da educação pública brasileira pode ser resumida na atitude de tantos de culpar "o sistema", como se o tal sistema fosse sujeito e não objeto das decisões erradas tomadas pelas cabeças cheias de minhocas Paulofreirianas que definem as diretrizes e políticas para a educação.

    Não existe "o sistema". Existe gente que após errar durante décadas insiste em atribuir os erros a causas etéreas, enquanto repete as mesmas besteiras geração após geração.

    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Tentemos ser simples.
    O aluno não quer estudar.
    Qual foi a resposta da pedagogia vigente ao problema?
    Aluno aprovado por sistema.
    Qual a resposta mais simples?
    Aluno é reprovado.

    A flexibilidade e adaptabilidade no ensino (programas, métodos de avaliação, etc), nunca antes da universidade. Primeiro forja-se um carácter e ensina-se o elementar, então, o individuo é apto para fazer suas escolhas e assumir as consequências.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Mig29 disse: Primeiro forja-se um carácter e ensina-se o elementar, então, o individuo é apto para fazer suas escolhas e assumir as consequências.

    Mas, segundo Paulo Freire, a 'conscientização' da criança é mais importante que meras ferramentas.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited maio 2012 Vote Up0Vote Down
    Vou repetir: um livro 'sagrado' com o título "Pedagogia do Oprimido" já mostra a que veio e o que esperar dele.

    'Avaliar' = 'Reprimir'.
    Chega de opressão!
    Chega de classificar as crianças conforme sua capacidade. Abaixo a desigualdade!
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Avaliar é uma necessidade. Prefiria que não existisse, mas isto é irracional.

    Qualquer proposta que não tenha em consideração a necessidade de avaliar, deixar-me-ia muito desconfiado. Teria que AVALIAR (rsrs) os resultados do inovador método.
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